A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 3
Capitulo II


Notas iniciais do capítulo

Hey, Boa Leitura!



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Capitulo II

❄ Beco Diagonal ❄

Algumas pessoas acordariam super cedo, ou poderiam chegar a nem mesmo dormir, se recebessem a noticia que Alice havia recebido no dia anterior, acompanhada, mas tarde, de um aviso da senhora Gilbert que alguém viria buscá-la naquele dia, mas, mesmo sendo quase meio dia, a menina ainda dormia tranquilamente até Perrie, uma de suas colegas de quarto, entrar aos berros.

— KAREN MANDOU LHE AVISAR QUE TE QUER LÁ EM BAIXO EM DEZ MINUTOS.

Alice colocou o travesseiro na cabeça e rolou os olhos, antes de abrir um sorriso sarcástico para Perrie.

— Você sabe falar sem ser aos berros? – perguntou levantando – Em meia hora eu chego lá.

— DEZ MINUTOS! – gritou de novo, e saiu batendo a porta do quarto.

A menina levantou da cama lentamente, indo até o baú onde suas coisas estavam e pegou a primeira roupa que encontrou – calça skinny, blusa e um moletom – e correu para o banheiro. Que para sua sorte, estava desocupado.

 

Toc toc. Bateu na porta da sala da senhora Gilbert e entrou.

Como na tarde anterior, ela estava acompanhada. Alice gostou mais da cara desse do que do Sr. Snape.  Ele era alto, tinha olhos e cabelos castanhos, esses últimos grisalhos, apesar dele não parecer ter nem quarenta anos. Seu rosto era pálido, tinha aparência frágil, cansada e doentia.

Contudo sorriu para menina, fazendo aparecer ruguinhas fofas ao redor dos olhos, quando a viu.

— Esse é o Sr. Lupin, Alice. – apresentou Sra. Gilbert.

— Uhum. – assentiu – Mandou me chamar?

— Sim, sim. – assentiu, tirando uma gargantilha que o pingente era uma chave da gaveta e entregou-a a Alice – Essa é a sua chave, do cofre.

— An, que cofre? – perguntou arqueando uma sobrancelha

— De Gringotes, o banco que lhe falei. – explicou – Lupin lhe levara para comprar suas coisas.

— E aquilo de “nunca sair com estranhos”?

— Eu não sou um estranho – Lupin sorriu –, eu fui uma das primeiras pessoas que lhe pegou no colo quando você nasceu, sabia? E eu era uma das poucas pessoas que você gostava.

— Assim, eu nasci há onze anos e um dia. – falou lentamente – Impossível lembrar-se disso, sem falar que minha memória costuma ser péssima.

— Culpe James por isso, foi genético. – riu ele – Já esta pronta?

— Pronta estou, mas vou sair? – perguntou confusa, mas sem demonstrar isso.

— Eu lhe avisei que ele viria te buscar, Alice. – Johanna falou seria e a menina deu um sorriso amarelo – Você arrumou suas coisas, não foi?

— Assim, né... Eu estava fazendo uma coisa importantíssima e não deu tempo de arrumar, mas posso fazer isso agora e bem rapidinho.

Sra. Gilbert olhou impaciente para menina.

— Você tem exatamente cinco minutos para voltar aqui com suas coisas prontas.

— Eu posso lhe ajudar – Lupin se ofereceu, fazendo a menina arquear a sobrancelha na direção dele. -, se você quiser, é claro.

— Pode ser – disse levantando –, vai ser menos trabalho pra mim mesmo.

— Alice! – ralhou a mulher mais velha, recebendo um sorriso amarelo.

 

 

— Então você conhecia meus pais? – Alice questionou sem demonstrar curiosidade, tirando suas coisas do baú.

— Era um dos melhores amigos do seu pai – informou vagamente, observando o quarto. –, nos conhecemos em Hogwarts.

— Acho que minhas coisas não vão caberem aqui. – disse cerrando os olhos, olhando das suas coisas para sua mochila.

— Posso resolver isso. – Lupin pegou um pedaço de madeira, parecido com o que Sr. Snape tinha usado na noite anterior, mas essa era mais feia. Ele apontou para a mochila da menina – Capacious Extremis. Agora vai caber tudo, pode tentar.

— O que é esse troço? E Capa-o-que? – perguntou novamente, começando a guardar as coisas dentro da mochila, que surpreendentemente estava cabendo tudo e ainda tinha espaço.

— Você não sabe o que é uma varinha? – perguntou surpreso – Quem veio lhe contar que você era uma bruxa? Ela não lhe explicou as coisas?

— Você faz perguntas demais, Lupin. Quem veio me contar foi um tal de Snape, mas ele só me contou o básico do básico mesmo. Falou que eu ia estudar em uma tal de Hog-alguma-coisa e que tinha um irmão chamado Harry. Sra. Gilbert explicou algumas coisas depois que ele saiu, tipo que alguém vinha me buscar hoje. – falou tudo num fôlego só – Eu vou para algum orfanato para bruxos?

— Você vai morar comigo, Alice, eu sou seu padrinho.

— Que?!

— Eu sou uma pessoa legal – disse com um meio sorriso –, e será por pouco tempo. Dois ou três meses por ano, somente. Hogwarts é um colégio interno.

— Se você é meu padrinho, porque eu sempre morei aqui? – perguntou descrente.

— Isso é assunto para outra hora, nos precisamos ir ao Beco Diagonal comprar seus materiais escolares. Terminou?

Alice olhou em volta, aparentemente tinha guardado tudo que era dela na mochila

— Sim, estou pronta.

— Eu quero vomitar. – Alice murmurou colocando a mão no estômago, com os olhos fechados e sentindo tudo girar.

— Você não vai vomitar – Lupin falou alisando as costas dela –, com o tempo você acostuma. Esse é um dos transportes mais utilizados no mundo bruxo, mas se você quiser podemos usar transportes trouxas na próxima vez.

Alice abriu os olhos lentamente, se sentindo zonza com a movimentação na rua onde estavam. Era um rua incrivelmente cumprida, de ladrilhos e meio torta, cheio de lojas e tinha alguns vendedores ambulantes também. Pessoas de roupas estranhas andavam apressadamente para todos os lados, crianças pequenas corriam rápidas por todos os lados, trombando uma nas outras e abrindo um berreiro em seguida.

— O que é trouxa?

— Pessoas que não são bruxas. – explicou, guiando-a para um grande edifício branco, que se erguia acima das lojinhas. – Aqui é Gringotes, o banco dos bruxos. Seu dinheiro está aqui.

— Eu tenho dinheiro?

— Claro que sim – Lupin riu da surpresa dela –, seu avô deixou uma bela herança para seu pai. E agora é seu e de Harry.

— Falando nesse Harry, quando vou conhecê-lo?

— Em Hogwarts, Dumbledore acha melhor assim. – explicou, abrindo uma das portas de bronze polido e bando passagem para Alice entrar.

Havia mais de cem criaturinhas estranhas sentadas em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros-caixas, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheria. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outras tantas criaturinhas acompanhavam as pessoas que entravam e saiam por elas.

 – O que é isso?- perguntou aproximando-se de Lupin discretamente.

Eles eram uma mais baixos que Alice, tinha uma cara escura e dedos muitos compridos e barba pontuda. Muito estranhos, na opinião da menina.

— Duendes, eles cuidam do banco. – explicou, andando para o balcão com Alice o seguindo de perto. – Boa tarde, viemos fazer um saque na conta da Srta. Potter.

— E a senhorita Potter tem a chave? – perguntou mal humorado, esticando-se para dar uma boa olhada em Alice.

Essa tirou a gargantilha do pescoço, entregando-a ao duende, que examinou-a atentamente.

— Parece estar em ordem. – disse por fim, acenando para outro duende. – Wren levara vocês até lá.

 

 

— Vocês, bruxos, deveriam arrumar uns transportes melhores. – Alice reclamou ao sair do banco – Esses da vontade de vomitar.

— Na próxima, vamos por pó de flu ou vassouras.

— O que é pó de flu? – perguntou curiosa;

— Em uma lareira.

— Sabe de uma coisa? Eu amei aquilo que desaparece do lugar. – disse rápido – O que precisamos comprar?

— Tem uma lista de materiais junto de sua carta, onde ela esta?

— Hmmm... – Alice pensou um pouco, e depois meteu a mão na mochila tirando o envelope de lá. – Aqui! – tirou de lá outra folha e leu-a.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Uniforme:

Os estudantes do primeiro ano precisam de:

Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas)

Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário

Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)

Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)

As roupas do aluno devem ter etiquetas com seu nome.

Livros:

Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:

Livro padrão de feitiços(1ª série) de Miranda Goshawk

História da magiade Batilda Bagshot

Teoria da magiade Adalberto Waffing

Guia de transfiguração para iniciantesde Emerico Ewitch

Mil ervas e Fungos mágicos de Fílida Spore

Bebidas e poções mágicasde Arsênio Jigger.

Animais fantásticos e onde habitamde Newt Scamander

As forças das trevas: Um guia de autoproteção de Quintino Trimble.

Outros Equipamentos:

1 varinha mágica

1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)

1 conjunto de frascos

1 telescópio

1 balança de latão

Os alunos podem ainda trazer uma coruja ou um gato ou um sapo.

LEMBREMOS AOS PAIS QUE OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM USAR VASSOURAS PESSOAIS.

— Eu quero um gato. – disse terminando de ler – Preto de preferência.

Lupin riu.

— Vamos comprar as outras coisas primeiras. – falou – Eu vou no boticário, preciso de algumas poções e aproveito e compro o que você precisara de lá. Enquanto isso você pode ir na Floreio e Borrões, comprar seus livros.

— Onde fica essa loja?

— Ali – ele indicou para uma loja que tinha vários livros na frente – Compre os livros da lista, mas se quiser mais algum pode pegar também. Eu já venho para lhe ajudar.

— Claro. – disse andando para a livraria, que era a que ela achou a mais legal que já conhecera, apesar de nunca ter ido a uma.

Ela tinha as prateleiras abarrotadas até o teto com livros do tamanho de paralelepípedos encadernados em couro, livros do tamanho de selos postais com capas de seda, livros cobertos de símbolos curiosos e alguns livros sem nada.

Ela pegou todos os livros da lista e mais dois; Hogwarts, Uma Historia, porque tinha uma capa bonita, e Pragas e Contrapragas, que parecia ser bastante interessante. Ainda naquela loja ela comprou vários rolos de pergaminho, penas e tintas.

Quando estava prestes a pagar, Lupin apareceu e ajudou-a. Aquele dinheiro bruxo era bastante complicado.

— Eu já comprei seu caldeirão, balança e telescópio. Ainda faltam a varinha, uniforme e o mascote.

— Vamos comprar as roupas primeiro. – pediu, enquanto Lupin apontava a própria varinha para os livros da menina, fazendo eles diminuírem de tamanho e guardando-os no bolso, onde ela julgou estar as outras coisas que ele tinha comprado.

— Claro – disse andando com ela para longe da livraria –, comprou algum livro a mais?

— Aham, dois.

— Quais?

— Hogwarts, Uma Historia e Pragas e Contrapragas.

— O primeiro é um ótimo livro, eu recomendo.

— Eu amei a capa dele. – comentou, fazendo o homem balançar a cabeça negativamente.

— Não se compra livros pela capa. E porque você comprou um livro de pragas?

— Pra aprontar com as pessoas, obvio. – riu – Hogwarts que me aguarde.


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Notas finais do capítulo

Cometários?



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