A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 22
Capitulo XXI




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Capitulo XXI

❄Voltando Para Casa ❄

Alice sabia que deveria abrir os olhos em algum momento, mas parecia que seus olhos não queriam se abrir de maneira alguma.

Ela estava deitada em algum lugar quentinho e confortável, que não parecia ser de maneira alguma a câmara onde esteve com Voldemort e Quirrell.

Quando finalmente conseguiu abrir os olhos, eles arderam pela claridade e ela voltou a fechá-los. Ao mesmo tempo que alguém entrara no local onde ela estava.

— Será que ela ainda vai acordar? – questionou uma voz vagamente familiar, masculina, enquanto uma mão pegava a da menina.

— Claro que sim, Ronald! – retrucou uma voz indignada, Hermione ou Pansy. Votava mais na primeira, Pansy jamais chamaria o Weasley de Ronald. – Ela é a irmã do seu melhor amigo, você não deveria falar assim.

— A irmã demoníaca do meu melhor amigo. – retrucou a primeira voz, fazendo Alice querer acordar só para dar uns tapas nele.

— Vocês não podem ficar brigando aqui dentro. – falou uma voz calma e tranqüila. Remus. – Nem falarem isso sobre ela, que não esta em condições de se defender.

— Desculpe senhor. – pediu a voz envergonhada de Hermione – Nos já vamos nos retirar.

— Se quiserem passar mais algum tempo com ela eu posso voltar mais tarde.

— Não, nós já vamos. – Hermione falou rapidamente. – Não é, meninos?

— Sim. – a voz de Harry falou pela primeira vez e mão que segurava a de Alice soltou-a. – Depois eu volto, Lice.

Deu um beijo na bochecha dela e Alice ouviu passos se distanciando e depois outro se aproximando, um barulho de uma cadeira sendo puxada e finalmente a voz de Remus.

— Eu sei que você esta acordada, Alice.

Ela deu uma risadinha, voltando a abrir os olhos. Dessa vez devagar, para não arderem novamente.

— Oi, padrinho. – cumprimentou, observando o local onde estava. Ala Hospitalar. A mesa ao seu lado estava abarrotada de coisas, que dava para abrir tranquilamente uma loja de doces. – De onde saiu tudo isso?

— Ao que parece você é a queridinha da Sonserina. – Remus deu de ombro, com um sorriso doce nos lábios – Mais da metade disso veio de lá, os outros foi do resto dos seus amigos e admiradores.

Alice assentiu, batucando os dedos nas mãos.

— O que aconteceu ontem a noite é segredo absoluto. – comentou divertido – E isso quer dizer que toda a escola já sabe. Harry e a senhorita Parkinson vão ficar aliviados de saber que você acordou, eles estavam bastante preocupados. Sua amiga passou a manhã inteira aqui, só saiu para almoçar porque Madame Pomfrey a expulsou.

— Então o preço para acabar com a raiva de Harry é quase morrer. – Alice falou rolando os olhos, mas depois sorriu – O que o senhor esta fazendo aqui, Remmy?

— Dumbledore mandou uma coruja me contando o que a senhorita aprontou. – comentou, lançando um olhar acusador para a menina. – Que tal me contar a sua versão da historia?

Alice contou toda a historia, mesmo que ele já soubesse de uma parte dela. Quando falou, orgulhosamente, que estava certa e Harry errado sobre Snape, Lupin a interrompeu.

— Sabe o que é engraçado? – questionou, curiosamente.

Alice negou, batucando com os dedos na palma da mão.

— Seus amigos foram avisar a Snape o que você estava aprontando, quando ele chegou a sala que o Fofo estava adivinhe quem estava lá?

— Eu não estudo adivinhação. – retrucou, impaciente. – Vamos padrinho, continue.

— Harry, Srta. Eu Não Tenho Paciência. – brincou – E mesmo se odiando, eles foram juntos lhe buscar. Severo parece gostar de você, e Harry também. Mesmo você dizendo que ele estava com raiva de você.

— Ele estava com raiva! – afirmou sorrindo. Ela também gostava dos dois. – E como estão os loiros? Pan tinha machucado a perna e Draco a mão. E Dan tomou uma poção estranha, mas que não podia matá-lo. Tenho certeza.

— Sim, mesmo furioso Snape parecia orgulhoso por você ter conseguido desvendar o desafio dele facilmente, pelo que Daniel contou. E todos os seus amigos estão bem. A menina passou a noite aqui, porque tinha quebrado a perna e precisa esperar a poção fazer efeito totalmente. Os dois meninos estavam bem, foram direto para o Salão Comunal.

Alice assentiu.

— E o que houve com a Pedra?

— Estava escondida dentro do espelho que vocês destruíram. Quando o espelho quebrou, a pedra foi destruída.

Por puro instinto, tocou o pulso e fechou os olhos, lembrando da dor que sentira quando Quirrell tocara o local.

— Algo errado, Lice? – Remus questionou se aproximando dela, tocando-lhe a testa.

— Sim... Só lembrei daquela criatura nojenta. – disse fazendo uma careta, e logo depois uma expressão curiosa. – O que houve com Quirrell?

— Severo chegou a tempo de tirá-lo de cima de você. Você estava machucada, mas ele? Ele parecia já esta quase morto, Harry relatou que assim que foi tirando de cima de você ele se desfez em areia. Severo acha que ele estava se alimentando de você, na hora da briga, só por isso estava vivo.

— Ele nem conseguia me tocar sem se machucar! – exclamou – Como ele estava se alimentando de mim?

— Não ele, Alice. Você-Sabe-Quem. – esclareceu – Você sabe, quando ele foi atrás de Harry e seus pais você já estava comigo. Mas Lily fez um feitiço antigo, repleto de amor, que é uma das poucas coisas que Você Sabe Quem nunca vai conseguir compreender, que manteria Harry seguro. Ela não tinha como fazer o feitiço em você também, então fez um que ligaria os dois, assim ambos estariam protegidos. Por isso vocês não morreram, porque o amor de Lily por vocês é enorme. Mesmo que ela já tenha morrido, o feitiço não vai ser quebrado pelo Lorde das Trevas. Ele é inteiramente feito de ódio, ambição e avareza. Amor é o mais forte dos sentimento que existe.

“E o que mais consegue lhe ferrar” acrescentou a menina, mentalmente, decidiu que só um sorriso para o padrinho estaria de bom tamanho. Ele não precisava saber da opinião dela sobre amor agora.

Mesmo Alice afirmando que estava maravilhosamente bem todo os dias, de meia e meia hora, a cada minuto que via a medibruxa, Madame Pomfrey insistia que Alice deveria sim ficar na Ala Hospitalar até que ela estivesse bem, na opinião dela. A menina tinha certeza que ela só sairia dali quando acabasse a escola, e se saísse.

Mas para sua sorte, Remus, que ainda não tinha ido embora, conseguiu convencer a doida, apelido carinhosamente dado por Draco em uma das suas visitas, de que Alice estava perfeitamente saudável para ir à festa de fim de ano naquela noite.

Pansy e Alice concordavam que aquilo só aconteceu porque a medibruxa deveria ter uma quedinha por Remus.

— Eu estou estranha. – Alice resmungou em frente ao espelho, se olhando de cima a baixo. Usava um vestido “fofinho”, azul escuro com bolinhas brancas. Na altura da cintura tinha uma faixa azul cintilante, nos pés tinha um all star e os cabelos estavam soltos e molhados. – Vou trocar de roupa.

— Não vai nada. – brigou Pansy, que também usava um vestido. A parte de cima do dela era preta, e a saia preta com flores brancas. Nos pés uma sapatilha, e o cabelo também solto e molhado. – Estamos super parecidas e lindas com essas roupas.

Depois de uns cinco minutos discutindo, ambas chegaram a um acordo: Na próxima festa de fim de ano Alice escolheria o que elas deveria usar. Ao chegaram ao Salão Principal sorriram instantaneamente com a decoração. Ele estava todo decorado com as cores da Sonserina, verde e prata, e uma enorme bandeira com a serpente da casa cobria a parede atrás da mesa principal.

— Ganhamos o campeonato das casas pelo sétimo ano consecutivo! – Pansy exclamou animada, fazendo um toque de mão com Alice.

Quando entraram, ouve um silencio momentâneo e em seguida todos começaram a falar alto e ao mesmo tempo, apontando, de maneira nada discreta, para a ruiva.

— Eu disse que estávamos linda. – Pansy brincou – Todos estão até comentando.

— Seu ego esta igual ao de Draco. – Alice riu, sentando-se ao lado do menino. – Onde esta o outro loiro?

— Com a puta... Ops, com a namorada. – riu, indicando para a mesa azul e branca – Ela ficou bem irritada quando descobriu que ele estava com a gente ontem à noite, eu tentei convencê-lo a terminar com ela. Mas Dan nasceu para ser otário mesmo.

Alice e Pansy deram um tapa na parte traseira da cabeça de Draco ao mesmo tempo.

— Não fala assim do teu amigo, ô idiota. – Alice disse rolando os olhos – Se você sabe o que a Davis apronta deveria contar a ele.

— Você também sabe e ele também é seu amigo, conte você. – o menino rolou os olhos.

— Mas vocês são amigos a mais tempo; - Pan pontuou – Você que tem que contar.

— Exatamente. Cadê o companheirismo, hein? Se o namorado de Pansy fosse um puto eu iria contar a ela.

— E se o namorado fosse de Alice eu também contaria.

— E depois nos duas daríamos um jeito de se vingar dele. – concluiu a ruiva, com um sorriso malvado nos lábios.

— Ele não vai acreditar em mim, porque eu já tive uma quedinha por Tracey.

— Eca! – Alice exclamou, fazendo uma cara horrorizada. – Você tem um péssimo gosto, Draquinho.

— Tinha, cabeça de fogo. – zombou – Olhem, Daniel esta vindo. Coloquem as idéias de vocês em pratica.

As duas olharam para frente, Daniel realmente estava vindo na direção deles com um sorriso simpático nos lábios. Se entreolharam e, para Draco, elas pareciam estar conversando só com o olhar. Depois de menos de cinco segundos, Alice bufou e se pronunciou:

— Tá, eu conto.

— Doidas. – Draco riu, enquanto Daniel sentava e Dumbledore entrava no salão.

— Como está, Lice?

— Querendo azarar todo mundo – comentou tranquilamente, ignorando todos mundo que se levantava – de uma maneira nada discreta – para a encarar. –, parecem que nunca me viram.

— Todos estão falando de você. – ele riu, enquanto Minerva pedia silêncio.

— Mais um ano que passou! – Disse Dumbledore alegremente. – E preciso incomodar vocês com a falação asmática de um velho antes de cairmos de boca nesse delicioso banquete. E que ano tivemos! Espero que as suas cabeças estejam um pouquinho menos ocas do que antes... Vocês têm o verão inteiro para esvaziá-las muito bem, antes do próximo ano letivo. Agora, pelo que entendi, a Taça das Casas deve ser entregue e a contagem de pontos é a seguinte: em quarto lugar Grifinória com trezentos e doze pontos, em terceiro, Lufa-Lufa, com trezentos e cinquenta e dois pontos, Corvinal, com quatrocentos e vinte e seis, e Sonserina com quatrocentos e setenta e dois pontos.

E uma tempestade de pés e mãos batendo irrompeu da mesa de Sonserina.

— Somos os melhores! – Draco riu, passando um dos braços sobre o pescoço de Alice e o outro pelo de Pansy, para em seguida dar um beijo estralado na bochecha deles. – Esses leões não são pareis para nós!

Se fosse em outro momento, ela teria afastado Draco com tapas. Mas estava realmente feliz. O ano acabara bem; Quirrell estava morto, Voldemort provavelmente também; Lupin não tinha ficado com raiva, Snape estava orgulho dos alunos e Harry voltou a se lembrar que tinha uma irmã maravilhosa. Então só deu um abraço forte no loiro e aproveitou a festa.

Logo que a festa acabou Snape entregou as notas para os alunos de sua casa, os parabenizando – de sua maneira bastante implícita – pela vitoria. Alice tinha passado com notas excelentes, como tinha dito que faria, e estava ansiosa para mostrar ao padrinho que cumprirá a promessa.

Na manhã seguinte as coisas foram organizadas, malões arrumados e eles se despediram do castelo. Ao contrario de voltar de barco como vieram, eles voltaram numa carruagem como os outros alunos.

A volta para King’s e Cross foi repleta de conversas animadas, besteiras comidas e muitas risadas à medida que eles se afastavam da escola e os campos ficavam mais e mais verdes.

Quando chegaram à estação, teve alguns abraços e lagrimas por parte de Pansy. Alice riu do choro da amiga, mas sabia que também sentiria falta de dividir o quarto com a loira e ficarem conversando até tarde sobre besteiras.

— Você tem que ir me visitar, Ali. – comentou fazendo um biquinho – Os três. A gente pode ir passear com tia Millicent, e comer besteiras trouxas. E vamos comprar o material juntas, Alice, pra ser tudo parecido.

Alice riu, mas concordou. Depois de alguns abraços em Pansy, a menina saiu para encontrar os pais. Daniel foi logo depois, e também se despediu de Alice com um abraço e foi encontrar a mãe.

Alguns segundos depois Alice encontrou Lupin conversando com um casal de ruivos, perguntou a Draco quem eles eram.

— Os Weasley. – disse com nojo na voz, jogando o braço sobre o pescoço da menina. – Vô Abraxas chegou, vamos falar com ele.

E não era um convite. Ele simplesmente puxou Alice na direção de um homem alto, loiro, e que usava uma elegante túnica verde musgo. Não parecia muito com o que Alice achava que um avô deveria ser, mas a menina não conhecia o avô de ninguém então resolveu ficar calada.

— Meu pequeno Dragão! – cumprimentou o homem, fazendo Alice ficar curiosa – E quem é essa linda dama?

— Vovô, essa é Alice Potter. Lice, esse é Abraxas Malfoy, meu avô.

— Prazer, senhor Malfoy. – Alice cumprimentou polidamente, estendendo a mão para o homem, que a pegou e levou aos lábios, depositando um beijo ali.

— O prazer é meu, senhorita. – respondeu sorrindo – Meu neto falou muito bem de você.

— Ele também falou muito bem do senhor. – sorriu amarelo

— Finalmente você esta arrumando companhias mais educadas, Draco. – o homem falou para o neto – Vincent e Gregory são companhias terríveis.

Alice concordava completamente com o homem, mas resolveu não comentar nada. Seria mal-educado de sua parte.

— Com licença senhor Malfoy – pediu a voz de Lupin atrás deles –, temo interromper a conversa de vocês. Tenho que levar minha afilhada, vamos Alice?

A menina assentiu.

— Sr. Lupin. – Abraxas cumprimentou, dessa vez com um sorriso estranho nos lábios. Lembrava bastante o de Draco quando ele estava aprontando alguma coisa. – Adoraríamos receber sua bela afilhada algum dia em Malfoy Manor qualquer dia.

— Se for da vontade dela, claro que ela pode ir visitá-los. – concordou o homem, mas parecia fazer aquilo por pura educação. – Mas agora realmente temos que ir, se despeça logo de seu amigo Alice.

— Te vejo depois, Barbie paraguaia. – disse baixinho ao abraçar o menino, dando um beijo estralado na bochecha dele – Até mais, senhor Malfoy. Foi um prazer conhecê-lo.

Abraxas e Draco acenaram para a menina, enquanto ela seguia com Remus para a passagem para o mundo trouxa.

— Eu tive notas excelentes! – anunciou para o padrinho, com um grande sorriso – Eu costumo cumprir minhas promessas, Remmy.

— Severo elogiou, da maneira dele, é claro, seu maravilhoso desempenho em poções.

— Sim, é uma matéria fantástica. – concordou. – Eu vou sentir falta do castelo.

— Só é dois meses de férias, Alice, passa rápido. – Lupin riu.

— Que demore bem muito. – rolou os olhos – Eu trabalhei demais esse ano, preciso de muitas férias.

— E juízo, muito juízo.


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