A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 21
Capítulo XX




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Capítulo XX

❄O Homem de Duas Faces: Voldemort❄

— Menina esperta! – Quirrell comentou, tirando o olhar do grande espelho e se voltando para a ruivinha.

— Desde que nasci, professor. – disse em tom zombeteiro, passando os olhos pela câmera – E onde estar aquela criaturinha nojenta para qual você trabalha, o seu mestre?

— Do que esta falando, senhorita? – questionou, falsamente inocente, arqueando uma sobrancelha, sem demonstrar o menor sinal de gagueira.

— Você acabou de me chamar de esperta e acha que eu acredito que você quer a pedra pra você? – perguntou sorrindo, sentando-se em um dos degraus da escada, sem demonstrar o quão nervosa estava. – Querendo ofender mesmo, você não passa de um hospedeiro inútil para Voldemort.

Quirrell pareceu se enfurecer com a resposta da aluna e cerrou os punhos. Deu dois passos em direção a menina, mas algo o fez parar no caminho e indagar:

— Você sabe sobre a pedra. – aquilo nem de longe era uma pergunta – E como pode saber que eu não a quero pra mim?

Alice sorriu, como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

— Você é ridículo, professor. Eu não costumo subestimar inimigos, mas você nunca teria inteligência o suficiente para elaborar tudo o isso. Ambos sabemos disso muito bem.

Quirrell pareceu ficar momentaneamente sem palavras e quando abriu a boca, outra voz, abafada, foi que falou.

— Deixe-me vê-la... Deixe-me falar com ela.

Era uma fria, sibilante e terrivelmente assustadora. Alice se arrepiou com ela.

— O senhor tem certeza, Mestre?... Temo que não esteja forte o suficiente para isso.

— Estou forte o suficiente, Quirinus.

Alice continuou sentada, um tanto apavorada, quando Quirrell ergueu os braços e coçou a desenrolar o turbante, já suspeitando do que veria ali. Quando o turbante caiu, a cabeça de Quirrell ficou estranhamente pequena. Ele dirigiu um sorriso assustador a menina antes de se virar.

Mesmo sabendo que Quirrell hospedava Voldemort no corpo, ela preferia nunca ter visto aquilo. Forçou-se a não fazer cara de nojo enquanto via aquela face branco-esverdeada, com olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas. Igual a uma cobra, pensou a menina.

Alice pensou que ao encontrar o grande Lorde Voldemort sentiria medo, ou ódio por ele ter matado seus pais. O ódio estava sim presente, mas o único motivo que ela conseguiu encontrar foi por Harry ter crescido sem os pais. Deixou uma risada sarcástica escapar dos seus lábios quando notou isso.

— Finalmente lhe conhecemos, Alice Potter. – ele disse parecendo animado – Realmente parece como sua mãe, ouvi dizer que mesmo sendo sonserina tem um temperamento bem parecido com o dela. – prosseguiu divertido. – Uma coisa adorável a maneira que ambas lutam para manter a bravura, mesmo diante de uma morte certeira.

— Não. – Alice deu um sorriso de canto – Realmente sou corajosa, mas não sou idiota. Mas não dizem por aí que herdamos o melhor nos nosso pais? Acho que Harry herdou isso mesmo. Lembra do garotinho que te fez essa criatura frágil e patética?

Isso pareceu irritar Voldemort profundamente.

— Sim. – o rosto rosnou, irritado – Está vendo no que seu irmão me transformou? Apenas uma sombra do que costumava ser. Só tenho uma vida quando compartilho o corpo com alguém. – Quando ele falou isso, o rosto de Quirrell se contorceu em frente ao espelho e a menina pôde ver veias negras começando a se espalhar pela pele pálida do professor. – Sim, Quirrell foi um bom servo. Infelizmente, até alcançar meu propósito vou precisar de um hospedeiro mais forte.

Alice arregalou levemente os olhos, sentindo todo o sangue se esvair de seu corpo. Quirrell não parecia estar em um situação muito diferente.

— Não íamos ma-ma-matá-la?

— Matá-la? – Voldemort respondeu sem tirar os olhos da menina – Jamais desperdiçaria todo o potencial que essa menina parece ter, Quirinus. Venha, minha querida. – ele pediu fazendo Quirrell apontar para o espelho. – Junte-se a mim, seremos invencíveis juntos.

— Até você não precisar mais de mim? – a menina rolou os olhos, levantando-se – Nunca! – gritou, antes de sair correndo

Alice saltou para a porta em chamas, mas Voldemort gritou:

— AGARRE-A!

E no instante seguinte Alice sentiu a mão de Quirrell fechar-se em torno de seu pulso. E, ao mesmo tempo, uma dor fria como uma agulhada queimou em sua mente, parecia que sua cabeça ia se rachar em dois, ela berrou, lutando com todas as forças e, para sua surpresa, Quirrell largou-a. A dor em sua cabeça diminuiu, ela olhou alucinado à volta para ver onde fora Quirrell e o viu dobrar de dor, examinando os dedos, eles se enchiam de bolhas, diante dos seus olhos.

— Agarre-o! Agarre-o! – esganiçou-se Voldemort outra vez e Quirrell investiu, derrubando a menina no chão, caindo por cima dela, as duas mãos apertando o pescoço da ruivinha. A cabeça dela quase o cegava de dor, contudo ela via Quirrell urrar de agonia.

— Mestre, não posso segurá-lo. Minhas mãos. Minhas mãos!

E Quirrell, embora prendendo-a no chão com os joelhos, largou seu pescoço e arregalou os olhos, perplexo, para as palmas das mãos, elas pareciam queimadas, vermelhas, em carne viva.

— Então a imobilize com a varinha, seu tolo. –  guinchou Voldemort.

Quirrell levantou a mão para jogar uma praga letal, mas Alice, por puro instito, esticou as mãos e agarrou a cara de Quirrell.

— AI!

Quirrell saiu de cima dela, seu rosto se encheu de bolhas também, e então Alice entendeu: Quirrell não podia tocar sua pele sem sofrer dores terríveis, sua única chance era dominar Quirrell, causar-lhe dor suficiente para impedi-lo de lançar feitiços.

A menina ficou em pé de um salto, agarrou Quirrell pelo braço e segurou-o com toda a força que pôde. Quirrell berrou e tentou se desvencilhar, a dor na cabeça de Potter estava aumentando, ela não conseguia enxergar, ouvia os gritos terríveis de Quirrell e os berros de Voldemort “MATE-A! MATE-A!” e outras vozes, talvez dentro de sua própria cabeça, muito parecidas com as de Snape e Harry, chamando “Alice! Alice!”

Sentiu o braço de Quirrell desprender-se com força de sua mão, teve certeza de que tudo estava perdido e mergulhou na escuridão, cada vez mais profunda.


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