A Nova Potter escrita por Why Taw
Capítulo XV
❄ “A Pedra Filosofal” ❄
Alice nunca havia gostado do natal em si, desde pequenina, mas o feriado sempre havia sido o seu preferido. Duas semanas longe da escola, dos professores e das pessoas chatas da escola.
Talvez porque sentia falta dos loiros escandalosos ou da animação contagiante de Pansy, mas aquele ano estava sendo exatamente o contrario do que sempre foi. Estava sendo entediante.
Fred e Jorge eram uma companhia maravilhosa, Alice se divertia muito com eles, mas depois de mais de três dias com eles a companhia deles havia perdido grande parte da graça. Mas a ruivinha tinha certeza que a detenção por enfeitiçar bolas de neve para quicar na cabeça de Quirrell tinha sido a mais divertida de todas, e depois disso ainda haviam conhecido a cozinha da escola e os adoráveis elfos domésticos que trabalhavam lá.
— Eu amo essa decoração. – murmurou preguiçosamente, com a cabeça apoiada sobre a mesa, passando os olhos pelo Grande Salão.
O salão estava espetacular. Festões de azevinho e visco estavam pendurados em todas as paredes e nada menos que doze arvores de natal enorme estavam disposta por todas as paredes, umas cintilando com cristais de neve, outras sendo iluminadas por centena de velas.
— Sua preguiça é contagiante – Daniel, que por algum motivo desconhecido também havia ficado na escola, resmungou no mesmo tom que ela, bocejando em seguida –, mas a decoração esta mesmo linda. Tracey adorou.
Alice crispou os lábios, rolando os olhos.
— Então você gostou porque sua namorada gostou?
— Hm... Mais ou menos isso. – respondeu confuso, alguns segundos depois.
Alice voltou a rolar os olhos, sem entender a lógica do loiro.
— Você não deveria gostar das coisas só porque ela gosta, quer dizer, ela não é você. Nem gêmeos vocês são.
— Você não gosta de tudo que seu irmão gosta – argumentou –, e são gêmeos. Mas eu e meu irmão gostamos de varias coisas iguais, e ele é dois anos mais velho.
— Eu nem sei do que Harry gosta – falou bocejando –, eu to entediada. – choramingou.
— Porque você não tenta descobrir algo sobre o Nicolau Flamel invés de ficar resmungando e fazendo bico igual à Pansy?
— É ISSO! — gritou animada, saltando da cadeira e dando um beijo estralado na bochecha dele, antes de correr para fora do Salão, parando na porta e virando-se para o loiro: - Você vem ou não, Daniel?
O menino riu, mas foi atrás dela. O tédio dela era realmente contagiante.
❄
Depois de duas horas e muitos livros consultados, o tédio voltou com tudo para cima dos sonserinos. O menino já dormia com a cabeça em cima de um livro enorme enquanto Alice passava os olhos por cima das paginas de outro livro enorme, mas sem encontrar nada.
— O que você ta fazendo com o meu namorado? - perguntou uma voz fina como a de Pansy, mas muito mais irritante.
Alice suspirou, antes de girar a cabeça para encarar a Tracey. Que a garota era bonita não havia muitos argumentos contra, mas que ela era insuportável havia o mesmo número de argumentos, só que esses eram a favor mesmo.
— Eu não estou fazendo nada – rolou os olhos, voltando a encarar o livro –, ele esta dormindo, se ainda não percebeu. Você não me parece tão inteligente como um Ravenclaw deveria ser, não acha?
Tracey ficou vermelha e parecia bem irritada, fazendo Alice sorrir.
— Você não pode gritar aqui dentro – avisou –, a bibliotecária é bem irritada mesmo. Mas se você quiser ficar aí, eu não vejo problema, desde que fique caladinha e não nos atrapalhe.
Isso pareceu irritar ainda mais a castanha, que fuzilou-a.
— DANIEL! – berrou, fazendo Alice tapar as orelhas— ACORDE AGORA E SAIA DE PERTO DESSA GAROTA CHATA E REPULGNANTE!
— Também te adoro, miga. – Alice falou espantada, vendo Daniel acordar assustado.
— FOI THEODORE, MÃE! – o loiro gritou, pulando da cadeira assustado. Balançou a cabeça, olhando da namorada para Alice – O que houve?
— Sua namorada é meio doida – Alice afirmou fechando o livro e levantando –, se eu fosse você tomaria cuidado com ela. E chata e repugnante é a você, queridinha.
E andou até para perto do balcão onde a mal encarada bibliotecária olhava como se quisesse os matar.
— Hey, tia. – sorriu docemente – Você pode me ajudar com uma pesquisa super importante?
— Não. – respondeu, curta e grossa.
— Maravilha! – exclamou fazendo a mulher olhá-la confusa, ao mesmo tempo em que ouvia um sonoro “ai”, virando-se e encontrado Tracey arrastando Daniel para fora da biblioteca e uma lufana esfregando um dos ombros, com uma cara de dor. Lís. – Onde eu posso encontrar alguma coisa sobre Nicolau Flamel?
A bibliotecária fuzilou-a antes de virar as costas resmungando alguma coisa sobre alunos insolentes; Alice soltou uma risadinha, voltando a caminhar para a mesa que estava antes da escandalosa namorada de Daniel aparecer.
— Hey, Lís! – Alice cumprimentou-a – Sente-se comigo, aposto que aquela doida não vai voltar aqui nem tão cedo.
A de cabelos cacheados riu baixinho e aceitou o convite da ruiva, sentado-se em frente a ela.
— Fazendo trabalhos em pleno feriado? – questionou – Sem querer ofender, mas você não me parece ser muito estudiosa.
— É, Pansy que é a estudiosa de nós. – Alice concordou, sorrindo – Eu estou fazendo umas pesquisas pessoais, nada demais.
— Eu posso ajudar, se não for atrapalhar, é claro. – completou, quando viu a ruivinha arquear a sobrancelha perfeitamente.
— Hmm – pensou, decidindo se deveria ou não aceitar a ajuda da lufana. Lís era legal, claro, mas confiar? –, tá, se não for te incomodar... – decidiu, concluindo que não precisaria contar nada demais.
— Não vai – sorriu à morena –, eu estava bem entediada mesmo. Sobre o que esta pesquisando?
– Eu estava fazendo um trabalho de poções com Daniel e encontramos o nome “Nicolau Flamel”, e estamos curiosos sobre ele. Já estamos procurando há alguns dias, mas ate agora só descobrimos que ele era alquimista. E nos também não fazemos idéia do que seja isso, alquimista.
Lís sorriu animada. Alice falava de um dos seus assuntos preferidos!
— Alquimia é uma pratica que combina elementos de química, antropologia, astrologia, filosofia, metalurgia e matemática. – explicou.
— É ”fia” demais pro meu gosto. – reclamou, deitando a cabeça no livro para prestar atenção no que a cacheada falava. – Continue, por favor.
— Na alquimia tem quatro objetivos principais e dois deles te levam a Nicolau Flamel – falou atraindo ainda mais a atenção de Alice –, um desses objetivos é transformar qualquer metal em ouro e o outro um Elixir da Vida Longa, que é capaz de lhe dar imortalidade e curar você de qualquer doença.
— E o que isso tem haver com Flamel? – perguntou impaciente e curiosa, batendo um lápis trouxa na mesa rapidamente – Fala, Lís!
— Nicolau Flamel criou uma pedra capaz de faze essas duas coisas, e dizem por ai que foi com a ajuda do Diretor Dumbledore.
— E QUAL O NOME DISSO? – perguntou/berrou, recebendo um olhar fulminante da bibliotecária.
— A Pedra Filosofal.
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