A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 13
Capitulo XII




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❄A Detenção ❄

 

Alice ainda tentava entender de onde vinha tanta raiva quando um Snape furioso guiava as meninas para o Salão Comunal, depois de terem resolvido o assunto do banheiro.

Hermione havia dito que tudo era culpa dela, que tinha procurado o trasgo e os outros só tinham ido salvá-la. Os dois grifanos pareceram surpresos com isso, Pansy ainda estava em estado de choque para se pronunciar e quando Alice tentou abrir a boca para falar a verdade Snape mandara um olhar fulminante em sua direção mantendo-a calada, pelo menos até chegarem as masmorras.

— Hermione não teve culpa de nada. Eles que foram atrás do trasgo, a gente só estava conversando no banheiro enquanto terminava de se arrumar. – falou tudo rápido, ignorando toda a pontuação que ela normalmente usaria ao pronunciar aquilo.

Snape continuou calado, andando silenciosamente pelos corredores.

Alice rolou os olhos. Tudo que aquele homem tinha de ótimo professor, tinha de péssimo como pessoa.

Mas ela continuaria gostando dele mesmo assim, não era todo dia que ela arrumava um professor que gostava.

Novembro chegou junto do frio, e das partidas de quadribol. O ultimo era um dos assuntos mais comentados, não importava onde você estivesse, as pessoas sempre conseguiriam uma maneira de colocar quadribol na historia. Alice realmente achava que isso se devia ao fato de estar andando com muito com Daniel, que queria dizer que Draco estava junto, e o Malfoy tinha uma fixação doentia por o tal assunto.

Quando soube que Harry seria apanhador, começou a ironizar que devia alguém ir atrás dele com um colchão, só para o “queridinho” não se quebrasse quando caísse da vassoura. Mas Alice sabia que aquilo não passava de inveja, era de conhecimento geral que Draco achava injusto os primeiranistas não poder jogar.

Fred e George também estavam no time, reduzindo drasticamente o tempo que Alice tinha para tentar convencê-los a levar para o povoado que todos falavam tão bem. Sempre que os encontrava, ela pedia para eles levarem-na ou ao menos ensinar qual das passagens dava na vila, mas a resposta deles sempre eram a mesma:

— Não vamos ser os culpados pela expulsão da irmã de Harry Potter.

Ela sempre bufava, dizendo que um dia ela descobriria sozinha a maldita passagem.

Os professores também pareciam mais inspirados a passar deveres e mais deveres. Snape, em uma aula que perdera a paciência com Longbottom, passou para escrevem três rolos de pergaminho sobre uma poção. Que para infelicidade de Alice, era a única que ela não tinha entendido direito para que servia. Até tinha combinado com Hermione, que vinha se saindo uma boa colega, de estudarem sobre isso na biblioteca, mas acabou-se esquecendo, resultando numa detenção por não ter entregado o trabalho.

— Não sei porque você esta nervosa – Alice rolou os olhos para Pansy, na manhã da primeira partida de quadribol –, quem pegou a detenção foi eu; Quem vai cumpri-la também sou eu, você esta segura bem longe de Snape.

— Mas ele parecia realmente furioso quando passou tua detenção. – a loira afirmou – Ficou até resmungando.

Isso lembrou Alice de que tinha que escrever para Lupin. Não para contar da detenção, coisa que ela não faria mesmo, e sim para perguntar o problema de Snape com James Potter. O professor tinha resmungando algo sobre Alice ser parecida com o pai, irresponsável. Mas o problema não era esse, e sim o desprezo presente em sua voz quando ele falou isso.

— Nada que eu não supere, Pan. – riu, colocando uma jaqueta jeans por cima da blusa, em seguida colocando um cachecol da sonserina – Viu meu gorrinho? Eu não sei onde ele se meteu.

A loira catou algo no chão ao lado da própria cama, atirando-o em Alice em seguida. Era o gorrinho.

— Você tem roupas demais essa rata. – Pansy falou enquanto elas desciam as escadas, a ruiva para ir para sua detenção e Pansy para fazer alguma coisa que Alice nem tinha idéia do era.

A ruiva rolou os olhos ao olhar para blusa de manga longa de usava. Era cinza, e tinha a cara da Minnie Mouse.

— Eu só tenho uma da Minnie. – retrucou.

— E as outras são do namorado dela. – rolou os olhos. – Falando em namoro, como anda seus planos malignos sobre Davis e Daniel?

Isso estava levando mais tempo que a menina previra. Já tinha visto duas ou três vezes a namorada do loiro beijando um segundanista da grifinoria, mas Daniel nunca estava com ela nesses momentos oportunos. E sem provas ele não acreditaria, poderia até querer afastar Alice. E por mais que negasse, ele era um bom amigo.

— Mas lentos que uma tartaruga. – bufou, saindo do salão comunal. – Te vejo no almoço?

— Claro. Se não você não vai para o jogo.

Isso era verdade. Alice não via o motivo de ir ver alunos voando enquanto jogavam bolas um nos outros, e nem fazia idéia de quem jogaria para Pansy estar com esse fogo todo para ir ver, mas deixou para lá.

— Então te vejo no almoço. – acenou para a loira quando parou em frente a sala de poções, batendo na porta em seguida. Ouviu um “entre” abafado.

Quando entrou Snape estava sentando em sua mesa, corrigindo alguns pergaminhos

— Está atrasada. – disse sem olhá-la.

— Não estou nada – a menina retrucou fazendo ele levantar a cabeça para a encarar. –, o senhor me disse que queria que eu estivesse aqui de manhã. E ainda é de manhã, então não estou atrasada. – explicou pomposamente.

Snape nada disse, só entregou a menina uma prancheta com folhas de pergaminho, tinta e penas.

— Quero que você organize as poções por ordem alfabética no armário, catalogando todas elas aí. – explicou voltando-se para a correção – Também escreva o estado que ela esta, dizendo se esta cheia ou acabando.

Se não fosse pelo risco de conseguir outra detenção, Alice não teria ido calada para frente do armário, que estava abarrotado por frasquinhos pequenos com conteúdos de todos os tipos.

Cumpriu uma parte da detenção em silêncio, mas ao chegar na terceira prateleira, onde tinha as poções mais estranhas, começou a fazer perguntas em cima de perguntas ao professor, por pura curiosidade, mas quando notou que ele estava se irritando com aquilo não parou mais.

— E essa, polissuco, para que serve? – perguntou pegando outro potinho e escrevendo o nome no pergaminho, com um “cheio” na frente.

Snape suspirou antes de responder, já pensando em dispensar a ruivinha da detenção.

— Ela te deixa com a aparência de outra pessoa durante uma hora.

— E com a aparência de quem eu vou ficar?  

— Você coloca um pedaço da pessoa que você quer se transformar aí dentro.

— Um pedaço da pessoa? – virou-se fazendo cara de nojo, fazendo Snape esboçar um mínimo sorriso.

Daquele jeito, perguntando curiosamente sobre poções, ela até se parecia com Lily.

— Unha e cabelos são os mais usados – explicou –, agora vire para o armário e continue.

Alice colocou três potinhos e escreveu, até encontrar outro que lhe chamou atenção. Era transparente.

—Armotencia?

— Poção do amor. Se você a der a alguém, a pessoa se apaixona por você. Mas será somente platônico, nunca será igual ao amor verdadeiro.

— E porque você tem uma poção dessas, professor? – perguntou com um sorriso malicioso, virando-se para Snape – Está pensando me dar essa poçãozinha a alguém?

— Garota insolente! – bradou, irritado – Vire-se para frente e deixe de perguntas.

— Mas professor – fez um biquinho, ainda com uma expressão divertida –, como eu vou conseguir fazer os trabalho se você não me explica pra que serve essas poções?

Snape levantou mancando, e quando deu um passo foi possível ver um machucado feio. Como se alguma coisa tivesse mordido o local.

Um cachorro.

— Armário, Alice, Alice, armário. – apresentou, virando a cabeça da menina na direção do armário novamente. – Preste atenção no seu trabalho, e só nele.

Mas seria impossível ela fazer isso, a única coisa que se passava pela cabeça da bruxinha naquele momento era o que ele estava aprontando para conseguir aquela mordida.


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