A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 11
Capitulo X




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Capitulo X

 

❄ O Cachorro de Três Cabeças ❄

 

Até onde Pansy tinha contado, ela não poderia sentar-se à mesa de outra casa, mas não falou nada de ficar ali perto enquanto conversava.

— E então eu chamei ele de marica, ai ele convidou Crabbe para ser o padrinho dele. – terminou, apoiando o braço no ombro do moreno, antes de desistir de ser obediente e se sentar ao lado dele. – Mas não acho que ele vá aparecer. Geralmente Draco é super legal, mas ele não é o melhor exemplo de coragem, sabe?

— Você só esta querendo fazer Harry parecer covarde na frente do Malfoy. – Ronald Weasley acusou, fuzilando-a com os olhos.

— Você parece meio animado, Haz. – comentou ignorando o amigo do irmão – Aconteceu alguma coisa? Minerva te colocou de castigo?

— Não conte! – Weasley quase berrou – Ela é inimigo!

Se ele não fosse amigo de Harry, Alice tinha certeza que seria nele que ela estaria todas as azarações do livro. Weasley era irritante!

Antes que Harry respondesse qualquer coisa, dois gêmeos ruivos apareceram sentando-se em frente a Ronald e aos Potter. Alice já tinha ouvido falar deles, era Fred e George Weasley. E ao contrario do outro Weasley, eles pareciam serrem bem divertidos.

— Grande lance – falou o da esquerda em voz baixa – Olívio nos contou, estamos no time também. Somos batedores.

Time?

— Tenho certeza que vamos ganhar a taça de Quadribol desse ano. – continuou o da direita – Não ganhamos desde que Carlinhos terminou a escola, mas o time desde ano esta brilhante.

Harry está no time de Quadribol? Pensou arqueando a sobrancelha E aquilo de que primeiranistas não podem jogar nos times das casas?

— Você deve ser bom, Harry – o primeiro gêmeo voltou a falar –, Olívio estava quase dando pulinhos quando nos contou.

— Temos que ir, Lino Jordan acha que encontrou uma nova passagem secreta para sair da escola.

Harry e o time vão ter que esperar um pouquinho pensou, levantando-se num pulo assim que os gêmeos levantaram-se, agarrando o braço de um deles.

— Até mais, Haz. – depositou um beijo estralado na bochecha do menino – Eu posso ir com vocês? – perguntou ao ruivo, piscando os olhos de maneira doce. – Por favor, eu prometo me comportar e não contar nada a ninguém!

Os dois se entreolharam e pareciam estar tendo uma conversa silenciosa, depois viraram-se para a menina sorrindo.

— Claro.

Alice sorriu para eles, seguindo eles para fora do Grande Salão, onde um terceiro menino os esperava.

— Esse é Lino, Lino essa é...

— Alice – a menina sorriu para ele. –, então, onde fica a passagem secreta?

.

— Então – perguntou como se não quisesse nada, ao chegarem ao sexto andar –, o que é um duelo bruxo? E para que serve um padrinho num duelo?

Jorge, que era um pouquinho maior que Fred, olhou para ela divertido.

— Você só esta aqui há uma semana e já esta querendo arrumar briga?

— Só estou curiosa – rolou os olhos, parando em frente a uma tapeçaria –, o que tem aqui atrás?

— Nossa nova passagem secreta para fora do castelo. – Lino anunciou – E com nossa quero dizer minha e dos gêmeos.

— Duas pessoas combatendo com feitiços, isso é um duelo bruxo. – Fred respondeu o questionamento da ruivinha – O Mapa mostra essa passagem, Lino.

— Que mapa? – Lino, que estava aparentemente confuso, perguntou e Jorge, discretamente, deu uma cotovelada no irmão.

— Fred deve estar delirando – disse dramaticamente, colocando a mão na testa do irmão. – Vamos olhar lá dentro?

— Claro! – Alice foi a primeira a confirmar, fazendo os três meninos olhá-la comas sobrancelhas arqueadas. – Que foi? Eu também quero ir! E vocês nem disseram para o que é que serve o padrinho num duelo.

— Você só veio com a gente porque queria resposta, não foi? – Fred perguntou rindo.

— Eu também quero descobrir como sair do castelo – sorriu de volta, olhando para a passagem escura.

— Se quem tiver duelando morrer, o padrinho vai substituí-lo. – Lino explicou, antes de se virar para os gêmeos – Ela não pode ir, se fomos pegos ela só irá nos complicar.

— Ei! – protestou – Eu garanto que posso fugir melhor que vocês todos juntos! Ninguém vai conseguir me encontrar se eu decidir me esconder.

Os meninos riram.

— Qualquer dia lhe levaremos para conhecer o povoado, Potter. – prometeu Jorge – Mas agora você vai voltar para junto das cobrar e esquecer tudo o que houve aqui.

— Vocês não mandam em mim! – se irritou – Porque eu não posso ir com vocês? Eu prometo ficar bem quietinha.

Os três voltaram a se encarar, pareciam estar numa grande discussão silenciosa. Depois de aproximadamente cinco minutos, eles olharam para ela com os olhos estreitos.

— Vem – Os gêmeos sorriram, entrando na passagem com ela no encalço deles e com Lino logo atrás.

As paredes eram de pedra e um tanto escuras, mas logo os meninos conjuraram um feitiço que fez um jato de luz douradas ficar na ponta das varias deles. Era apertado demais para passar duas pessoas lado a lado, então eles seguiram em fila indiana por poucos minutos, subindo escadas e virando em corredores que faziam os meninos se inclinarem para conseguir passar, até George, que guiava o grupo, parar.

— Acho que chegamos no fim. – comentou, passando a mão na parede até que ela abriu – E demos na... NA SALA DO FILCH?

Para sorte dos garotos, o zelador não estava ali.

— Vai ser bem legal explorar aqui! – Alice disse animada, entrando na sala.

— Outra hora, ruivinha. – Fred disse passando o braço pelo pescoço dela e puxando-a para fora da sala – Primeira regra da marotice, não seja pega. E daqui a pouco Filch aparece.

Alice bufou, mas concordou. Ela queria aprontar, mas não queria ser pega.

— Eu não acredito que vamos fazer isso – Pansy resmungou pela milésima vez, desde que Alice lhe contara que pretendia seguir Draco. – E nem que você saiu com os gêmeos Weasley e não me chamou para ir junto!

Desde que voltara para o Salão Comunal e contara a Pansy onde estava, a loira estava lhe infernizando com isso. A menina parecia que tinha uma seria tara pelos dois ruivos.

— Eu já te disse mil vezes que não fizemos nada – rolou os olhos, colocando uma pantufa nos pés – e outra, eu não te chamei pra vim comigo.

Pansy rolou os olhos.

— Mas você é minha colega de quarto – começou o discurso, que Alice já tinha te decorado – pelos próximos sete anos...

— Somos amigas e, alem disso, irmãs de coração. – continuou rolando os olhos. – Entenda Pan, eu gosto de você. Mais do que eu já gostei de qualquer outra menina irritante, mas nos ainda não somos como irmãs.

— Insensível. – Dramatizou, colocando a mão no peito. Logo depois soltou uma gargalhada; a loira já havia se acostumado com o temperamento da ruiva – Mas eu também te amo, não se preocupe.

Alice riu também, atirando uma almofada nela.

— Vamos? – perguntou e Snow, que estava cochilando com Milly na caminha deles, levantou a cabeça. – Não você, amorzinho. – fez carinho na cabeça do bichano – A Barbie paraguaia.

Pansy lhe mostrou o dedo do meio e amarrou o cordão da calça de moletom que usava.

— Vamos!

.

As meninas tiveram que se esconder ao chegarem às escadas, onde Draco, Crabbe e Daniel desciam juntos. O ultimo de cara amarrada. Assim que eles desceram, as duas foram atrás sem fazer barulho, para não atrair atenção desnecessária. Os meninos saíram do Comunal primeiro e, depois de alguns segundos, as duas foram atrás deles.

Estava tudo indo muitíssimo bem até chegarem ao terceiro andar, onde os meninos quase trombaram de frente com Filch. As duas agarraram as capas deles, pedido silêncio somente mexendo os lábios, e se esconderam atrás de algumas armaduras.

— Pelo outro lado. – Alice falou movendo os lábios, indicando para o outro lado.

Draco estava emburrado, mas assentiu.

Eles estavam andando silenciosamente por uma galeria cheia de armaduras, uma parte do castelo que Alice não conhecia, no escuro quando tombou com alguma coisa e caiu no chão, soltando um gemidinho.

— Ai!

A coisa, ou melhor, pessoa, com quem ela esbarrou também caiu, mas em cima de uma armadura fazendo uma barulhão.

Em seguida só ouviu um “CORRÃO”, na voz de Harry, e saíram correndo como loucos, Harry segurando a mão da irmã, sem nem olhar para trás para ver se Filch os seguia.

Correram, correram e correram mais um pouco. Nenhum sem ter nem idéia de para onde iam, mas quando atravessaram uma tapeçaria, rasgando-a no processo, e saíram perto da sala de Feitiços, todos eles respiraram aliviados.

Era um grupo bem grande, que daria um belo trabalho para se esconder.

Potter, Potter, Malfoy, Weasley, Granger, Nott, Longbottom e Crabbe. Todos respirando com dificuldade, apoiando-se um nos outros.

— Acho que o despistamos. – Ofegou Harry, se apoiando na parede. Alice se apoiou ao lado do irmão, respirando com dificuldade.

Granger dizia alguma coisa desconexa, que só era capaz de entender alguma coisa como “A culpa é de vocês”. Alice tinha gostado dela.

— Temos que voltar para os comunais – Daniel falou depois de alguns segundos –, Filch pode nos encontrar.

Mas antes que eles pudessem sequer dar um passo, Pirraça, o poltergeist, apareceu na frente deles com um sorrisinho maligno e guinchou de  prazer.

—Cale-se, ou vamos ser expulsos.

Ele riu, ou melhor, gargalhou.

— Que feinho, passeando por ai pela madrugada. Vão ser expulsinhos. – riu de novo. – Devia contar a Filch, sabe? Para o próprio bem de vocês.

— Pirraça! – Alice chamou baixo, mas com a voz firme – O que acha de deixar a gente passar, hein meu camarada? Podemos até fazer um acordo, se você quiser.

— Ah, saia logo da nossa frente. – Rony resmungou, passando pelo poltergeist.

Um grade erro.

— ALUNOS FORA DA CAMA! ALUNOS FORA DA CAMA NO CORREDOR DE FEITIÇOS. – Berrou, e os alunos passaram por ele correndo até o final do corredor, onde tinha uma porta trancada.

— É o nosso fim. – bufou Draco, fazendo Granger rolar os olhos e passar por entre eles.

— Alohomora! – disse batendo a varinha na porta, que se abriu e todos correram lá para dentro rapidamente.

Filch e Pirraça conversavam/discutiam do lado de fora da porta, mas Alice tinha atenção em algo que estava na frente dela. Algo que seria capaz de matá-las.

Era um cachorro gigante, não com uma cabeça terrível, mas com três. Ele estava sentado em cima de alguma coisa, algum tipo de porão.

Pansy também parecia ter visto o cachorro, porque se agarrou ao braço de Alice com força. Os outros pareciam prestar atenção na conversa, mas entre morrer e ser expulsa, a ruiva não tinha duvidas que não teria problema nenhum em estudar em outro lugar.

Em um frame de segundo os outros também virão o cachorro e abriram a porta, correndo para fora. Em algum momento eles se separam dos leões, mas não perceberam. Correram até chegar no comunal, desabando todos no tapete fofo em seguida.

— Vocês não podem contar nada sobre isso para ninguém. – avisou a ruiva, depois de alguns minutos – Nós não devíamos ter visto aquilo, então vamos fingir que não vismos.

Draco e Crabbe não pareciam ver problemas naquilo, Pansy concordou logo em seguida. Só Daniel que permanecia firme, fitando a lareira. Logo todos começaram a subir para os dormitórios, deixando só Alice e Daniel na sala comunal.

— Você não pode contar. – falou novamente, entregando uma xícara de chocolate quente, que havia pegado num armário que dava direto na cozinha, a ele. – É serio, Daniel.

— Eu não vou contar. – concordou, pegando a caneca e olhando para ela em seguida – Você não acha estranho ter uma coisa daquelas numa escola?

— Ele esta guardando alguma coisa. – murmurou, lembrando do que ele estava em cima – Ele estava em cima de uma passagem para alguma coisa, acho que é para proteger algo.

— Mamãe sempre disse que Hogwarts é o local mais seguro do mundo – comentou, olhando para a fumaça que saia da boca da xícara – O que acha que ele esta guardando?

— Não faço idéia. – murmurou, pensando nas possibilidades – Mas é algo importante, ou não teria um monstro o guardando.

Daniel deu uma risadinha daquilo.

— Exagerada.


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