Tempestades de um espinho que ansiava virar flor escrita por Shiori


Capítulo 4
Duradouro exílio, oscilando frente ao irrecuperável.




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Caminhava por dentre o teu vale das rosas,
Resquícios de brilhos inquietos no baú
das memórias mais malditas e danosas
atadas à eternidade brusca de um
passado azul.

Rodando do começo ao fim, fragmentos retalhados,
partes rasgadas das páginas empoeiradas
de um livro encoberto pelo tempo
cuja escrita em lilás vibrante
já não se encontra mais.

Bagunçado assim, caótico como teu jeito de brincar.
Nauseante assim, como a maldição que é não te encontrar.

Em silêncio peço que todos os traços dessa coleção
indecifrável de vestígios da nossa biografia
voltem a ser mais do que fotos desfocadas,
quadros borrados cobertos de nostalgia
envoltos por índigos e carmesins.

Quem dera tropeçar na pressa, como a criança que era,
e correr na tua direção sem sequer cansar os pés.
Trágico que isso já não faça mais sentido agora,
Não nos encontraremos, neste mundo ao revés.
Agora não.


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