A Seleção de Apolo escrita por CarolFonseca


Capítulo 14
Entre facas e vadias


Notas iniciais do capítulo

Olá pra você do outro lado da telinha lendo isso! Você deve estar se perguntando por que não postamos ontem, sexta, que é o dia oficial de atualizar essa fanfic. Acontece que a Janis entrou um clube que tem reuniões todas as sextas a noite, e sempre que vamos postar, é uma correria. Com esse novo compromisso dela fica ainda mais complicado postar na sexta e por isso decidimos que seria melhor trocar o dia para sábado. Por isso estamos postamos hoje. Agora todo sábado tem capítulo novo. Boa leitura!

P.S.: Ok, gente. Aqui é a Janis. Eu entrei num clube muito importante pra mim e que tem as reuniões sexta a noite, e por esse motivo, eu e a Carol decidimos que seria melhor trocar o dia de postagem para sabado. Ela ia ficar de postar hoje, mas continua com problemas de acessar o Nyah! (por isso ela não está respondendo aos comentários de vocês) e eu fui pro meu emprego, acabei de chegar e tomar banho. É por isso que estamos postando meio tarde. Esperamos que vocês gostem, boa leitura!



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A primeira coisa que tentei fazer ao acordar foi gritar, mas o máximo que consegui foi soltar alguns grunhidos desesperados, já que uma mão insistia em abafar a minha voz.

— Shh! Fica quieta!

Ah não.

— Agholo!

— Quê?!

Mordi a palma da mão dele, deixando uma baba lá no processo, o que fez Apolo soltar um "ai" indignado enquanto tirava a mão da minha boca e a limpava em sua calça.

— Nunca mais me assuste desse jeito! O que você tem no cérebro? Titica de galinha? – sussurrei, com medo de que os outros nos ouvissem e voltassem. Franzi o cenho. – Afinal, o que você está fazendo aqui?

Ele estufou o peito, abrindo um sorriso '32 dentes'.

— Eu vim te salvar.

— É... o quê?

Fiquei completamente confusa - e sem fala. Não esperava uma resposta tão direta e simples. Pensei que ele fosse inventar uma desculpa, afinal, é de Apolo que estamos falando, ou melhor, o Sr. Complicação.

Então, como se só agora ele tivesse percebido o quanto estranha ficou sua fala, tratou logo de explica-la.

— Sua mãe... Afrodite. Ela está preocupada com você.

E você me buscar porque ela está preocupada? Mas tudo que saiu foi um:

— Ah...

Ele esboçou um sorrisinho sacana, prestes a voltar a ser o irritante de sempre, quando seu olhar caiu em minha perna.

— O que aconteceu? – perguntou preocupado, franzindo o cenho. – Quem fez isso com você?

Desviei o olhar de Apolo, fitando o chão, envergonhada. Eu iria parecer muito estúpida se confessasse que eu mesma fiz aquilo comigo, sentando acidentalmente na faca que roubei. Abri a boca, pronta para inventar uma desculpa qualquer, quando Apolo deu um suspiro impaciente, passando um de seus braços por debaixo de minhas pernas e o outro por minhas costas, me levantando estilo noiva.

— Mas... o que é que você pensa que tá fazendo? Eu sei andar sozinha, me põe no chão! - e ele realmente me obedeceu.

Arfei, quando minha perna entrou em contado com o piso, tendo que me segurar na mesa para não cair no chão, tamanha a dor que estava sentindo. Mesmo não querendo, meus olhos se encheram de lágrimas, e eu tive que morder o lábio, para que eu não soltasse um gemido de dor entre eles.

— Filho da mãe. – murmurei.

Ele revirou os olhos, me sentando em cima do balcão.

— O que você pensa que vai fazer? – perguntei, contendo as lágrimas que queriam sair.

— Eu vou cuidar de você.

— Não preciso que cuide de mim!

Ele suspirou, impaciente.

— Precisa sim, então cale a boca antes que eu me arrependa de ter vindo até aqui. – ele deu um tapa na minha mão, que tentava inutilmente não deixa-lo encostar em meu ferimento, e começou a levantas os vários tecidos do forro que compunham o vestido, até bufar segundos depois. – Estes panos não acabam mais não?

Novamente, ergui minha mão, e mesmo que eu estivesse com uma vontade louca de esgana-lo, apenas levantei o vestido até a altura da minha coxa, possibilitando ele de ver o corte. Apolo me lançou um olhar penetrante, meio safado, meio "fica firme" e desamarrou o pedaço de pano que eu tinha rasgado do vestido para estancar o sangue. Assim que viu o real tamanho do corte, fez uma careta, e murmurou um "credo!", me fazendo revirar os olhos. Outra vez olhou para mim, só que dessa vez preocupado. Vi o que ele ia fazer segundos antes de realmente acontecer, me fazendo dar uma careta de pavor, erguendo minhas mãos para impedi-lo, porém, ele foi mais rápido. Na mesma hora que sua mão tocou minha coxa machucada um alívio percorreu todo o meu corpo e eu suspirei, sentindo aquela dor ir embora.

— Melhorou?

Assenti com a cabeça, agradecida. A expressão de Apolo, antes séria e preocupada, deu lugar aquela típica expressão presunçosa.

— Qual é a palavrinha mágica?

— Espero que você morra eletrocutado por enguias.

Ele deu de ombros.

— Nunca pensei que você fosse me agradecer mesmo. – ele sorriu zombeteiro. – Acho melhor começarmos com palavras mais fáceis. O que você acha de "por favor"?

Apertei os olhos, lhe lançando meu olhar mais fulminante, o fazendo sorrir ainda mais. Foi então que reparei o quanto estávamos próximos, e como os lábios dele pareciam ser convidativos. Piquei e rapidamente me recompus, abrindo um sorriso cínico.

— O que você acha de ir a merda? – perguntei, pulando da mesa.

Merda. Gemi, sentindo uma pontada na perna. Apolo nada disse, segurando minha cintura, enquanto me censurava com o olhar.

— Eu fechei o corte e impedi que uma cicatriz se formasse, mais ainda vai doer um pouco quando você for andar. Talvez por sorte, você não precise usar muletas.

— Como assim talvez? E pra onde eu vou afinal?

Ele ignorou minha primeira pergunta.

— Nós vamos pra um lugar seguro e esperar que tudo isso acabe, para que possamos sair.

Lugar seguro. Suspirei. Parecia tentador. Olhei para a porta da cozinha, me perguntando se eles ainda estavam por perto. Deduzi que não, já que tudo estava silencioso, silencioso até demais. Mas, eu não poderia correr o risco de ficar aqui, esposta.

Acenei com a cabeça.

— Tudo bem.

Ele me lançou um olhar confuso e desconfiado, como se não estivesse acreditando que eu estava concordando com ele ao invés de dar um chilique. Balançou a cabeça, como se estivesse debatendo consigo mesmo, e me deu as costas, começando a andar. Obviamente, tentei segui-lo, mas a minha perna ainda doía, me fazendo mancar, ficando sempre uns quatro passos atrás dele, o que o irritou bastante.

— Cara, você é muito lerda!

Ele deu meia volta, caminhando até mim, irritado, e, de novo, me pegou no colo, voltando outra vez a andar na direção onde estávamos indo. E, enquanto ele me carregava, fiquei me perguntando o porquê de ele estar tão atencioso comigo. Então, comecei a me sentir muito desconfortável com aquela proximidade toda, e, por isso, fechei os olhos, fingindo que estava dormindo. Era melhor do que ficar olhando para a cara do Apolo, afinal.

Não demorou muito, até eu ouvir uma porta pesada e abrindo. Estávamos prestes a entrar – imagino eu – quando ouvimos uma voz gritando "esperem", o que fez Apolo se virar, e, consecutivamente, eu me virar também. Quase me rendi a minha curiosidade, abrindo os olhos. Quase.

— Esperem. – repetiu a voz feminina. – Eu quero ir com vocês!

— Lanny? – Apolo pronunciou. – Você viu algum deles? Sabe quem está fazendo isso?

— Não, eu estava escondida, mas nenhum lugar parece seguro.

Ele pareceu pensar por alguns instantes.

— Vem com a gente.

E eu sabia que o desgraçado estava sorrindo, se ao menos precisar abrir os olhos para confirmar isso. Entrou pela porta comigo junto e logo a Lanny veio logo atrás. Sério, quem se chama Lanny? Nome de puta...

A primeira coisa que eu percebi ao entrar foi que o "cômodo" era escuro. Parecemos caminhar por vários corredores em silêncio, até que chegamos em uma sala e Apolo pronunciou um "Aqui já tá bom".

Senti seu olhar no meu rosto e então, cuidadosamente – o que me surpreendeu, confesso -, sentou-se no chão, me acomodando melhor nos seu braços, fazendo minha cabeça escorar em seus ombros, como se eu fosse uma verdadeira criança.

Mesmo sem saber o porquê, me senti bem ao saber que ele estava me tratando com um certo cuidado.

— Essa é uma das Selecionadas né? – Putanny perguntou. – Camilla, certo?

— Camille. – Apolo a corrigiu.

Já estava pronta para soltar um "Vai mais, otária!", quando Apolo tirou uma mecha de cabelo que estava no meu rosto e a colocou atrás de minha orelha, me deixando estática. Meu primeiro instinto foi meter minha mão na sua cara, mas me controlei, me lembrando que, tecnicamente, eu estava dormindo.

— Ela é famosa. – continuou. Revirei os olhos mentalmente, aonde ela tinha descobrindo isso? No Google, por acaso? Me poupe. – E você parece gostar dela.

— O que?

Senti que ele parou de me fitar, então, me permitir relaxar no corpo... Um pouco! Isso! Um pouco.

— É. Tipo... As pessoas falam. Os empregados fofocam...

Apolo suspirou, fazendo seu hálito de cheddar picante bater em meu rosto, me causando um arrepio. Imediatamente me lembrei que quando éramos menores, eu e Emy adorávamos fugir para a cozinha do acampamento no meio da noite para prepararmos nachos com molho de cheddar picante. Tive que prender a respiração, contado de 1 a 10, para não fazer nenhuma merda.

— E o que você acha? – Apolo me tirou de meu torpor.

— Acho que eles estão certos. Ela te provoca e você gosta. Acho até que ela é a sua Selecionada favorita.

Não conseguindo mais resistir, abri um pouco o olho esquerdo, encontrando um Apolo com face raivosa. Ele inspirou ruidosamente, para logo depois começar a falar:

— Ouça bem o que eu vou dizer e, se quiser, conte para todos os empregados de Zeus: Camille não significa nada para mim. Só mantenho ela aqui como punição por sua arrogância, e só. Entendeu?

Senti os olhos de Apolo esquadrinhando meu rosto, agora irritado.

— Tá. – Putanny cantarolou, em uma voz extremamente sonsa. – Então isso significa que você pode ficar com outras garotas?

Ele bufou.

— Claro que posso!

Senti meu peito afundar, enquanto uma raiva começava a assolar meu peito. Sempre soube que ele continuava com as suas vagabundas, mas mesmo assim fiquei decepcionada. E Emily? E todas aquelas garotas que passavam horas no Salão das Deusas, quase se matando, apenas para ficarem bonitas para ele, enquanto Apolo continuava ficando as empregadas de seu pai?

— Prova.

Ouvi a vagabunda ficar de pé, já que seus saltos começaram a fazer barulho ao se impactarem com o chão para logo depois ela se sentar na frente de Apolo. Ah não... Eles não fariam aquilo. Não comigo no meio!

Porém, antes que eu fizesse qualquer coisa, um alarme soou por todo o Olimpo, fazendo a vagaba se levantar apressada.

— Tenho que voltar as minhas tarefas. – falou com voz de tédio, para logo depois voltar a sua voz débil de sempre. – Não pense que nossa conversa acabou, Sr. Gostosão!

E saiu correndo, apressada. Apolo suspirou, voltando a me fitar novamente. Abri os olhos, sem ligar para a minha "interpretação".

— Cammy! – Disse Apolo, completamente assustado. – Eu... Eu te salvei.

Revirei os olhos, me levantando de cima dele, tentando concertar o meu vestido.

— Você parece... irritada. – comentou mais cauteloso.

— E você por acaso se importa? – ergui uma sobrancelha.

Ele se levantou, franzindo o cenho.

— Cammy, o que...

— Eu não significo nada pra você, lembra? – alfinetei, soltando uma risada amarga.

Seus olhos se arregalaram.

— Cammy, eu posso expli...

— Fique sabendo que eu preferia mil vezes ser torturada por Deimos e Fobos a ter você como meu "salvador". – cuspi. – Passar mal Apolo.


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Notas finais do capítulo

Eita... Parece que descobrimos de quem eram as vozes que a Cammy ouviu. Alguém desconfiava?
Então, o que acharam do capítulo? Deixem suas opiniões nos comentários. Ah, e também gostaríamos de comunicar a vocês que postamos uma fanfic nova chamada Mafia Princess, e é da série de televisão The 100, com o casal Clarke e Bellamy. Então se você gosta de The 100, dê uma olhada! Se ainda não conhecem, recomendo verem a série, ela é simplesmente fo*ástica!
Gente, outra coisa que eu queria falar com vocês são sobre as mensagens que eu ando recebendo no privado. Muitas pessoas ficam me perguntando o que vai acontecer, quando postaremos, entre outras coisa por lá. Por isso, resolvi fazer um especial "Responde". Ele funcionará assim: vocês podem nos perguntar qualquer coisa relacionada a essa fanfic ou sobre nossas vidas nos comentários, e, quando acharmos que já temos perguntas suficientes, vamos postar um capítulo só respondendo-as (ou tentando responder). Se isso der certo, faremos mais brincadeirinhas como essa ok? Só lembrando: nem adianta perguntar coisas íntimas que NÃO vamos responder!
Beijocas e até o próximo sábado!
P.S.: Gente, sei que fiquei meio ausente nos comentários, mais de pouquinho em pouquinho vou os respondendo ok?