A Seleção de Apolo escrita por CarolFonseca


Capítulo 10
Eu!


Notas iniciais do capítulo

Oiii pra você, serhumaninho que está lendo isso aqui! O shipper que ganhou foi Apomille, então obrigada a todos que votaram! Também queremos agradecer a todo o apoio que vocês nos dão. Por isso, obrigada:
queijo e uvas passas (Nyah!)
Rainha da Lua (Nyah!)
Letícia Santana (Nyah!)
Biatrix (Nyah!)
~Cuupycaake (Spirit)
~mahju_Jackson
~honeysun-chan
~UnniRamyon
~BeatrizMoraes3
~larissa1000
~Darkmalfoy
~lulis123000
~Sophie_sakamaki
~KhayMartins
~WilleNico
~MikaelySouza
~Ray_Graham
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696701/chapter/10

13:53 PM – Salão das Deusas, Monte Olimpo.

Respirei fundo, furioso. Quem essa garota pensa que é? Eu sou o grande Apolo! Matei Píton! Semeei a discórdia nos corações de Noel Gallagher e Liam Gallagher, destruindo a banda Oasis! Castiguei com uma praga os gregos que sitiaram Tróia e acabei com a Taylor Swift no MTV Video Music Awards de 2009! Quem ela pensa que é para se dirigir a mim daquele jeito?

Hum-hum. — Peggy pigarreou. – Onde estávamos mesmo?
Ela tinha um sorriso doce nos lábios. Eu me forcei a relaxar e retribuir seu sorriso com outro.

— Ah sim. Eu estava pensando se você gostaria de sair comigo hoje.
Peggy deu um gritinho entusiasmado e pulou no meu pescoço, dando-me vários beijinhos nas bochechas, um em especial pegou no canto de minha boca, a fazendo se envergonhar, porém ela não corou. Peggy parecia, na verdade, Afrodite, quando ganhava uma joia nova de Hefesto. Corri meus olhos rapidamente pelo Salão, ficando com dó das outras selecionadas e de suas caras devastadas.

— Calma, meninas. – tentei sorrir, uma tarefa meio difícil já que Peggy praticamente me enforcava deixando marcas de batom vermelho em toda a minha face. – Tem Apolo para todas vocês. – dei uma piscadela.

Elas até tentaram dar tentaram dar um sorriso encorajador, mas... coitadas. Deve ser mesmo horrível não ser convidada para sair comigo. Ah... Por que eu tenho que ser tão incrível?

***

O vestido vermelho de Peggy tinha um decote enorme, e apesar de eu estar gostando, achei meio exagerado o modo como ela se agarrava em mim, roçando seus seios discretamente em meus braços.

— Onde você vai me levar?

— Num lugar muito... especial.

Este era outro problema. Eu não fazia a mínima ideia de onde a levaria. Em meus encontros, eu geralmente levo a garota a um motel cinco estrelas, mas duvido que eu saia de lá vivo se Zeus descobrir. Poderia leva-la a um show, mas não sabia qual o estilo e música que Peggy curtia. Tudo o que eu sei, é que ela estava tentando me provocar, com sucesso é claro, mas não posso leva-la para um hotel. Não agora, pelo menos.

— É uma surpresa?

Aham...

Ela sorriu animada, e eu olhei ao redor depressa. Não estava muito a fim de sair do Olimpo (até porque não sabia se Zeus já havia me “liberado”).

— Já sei! – exclamei, fazendo Peggy franzir a testa. – É... quer dizer, eu já sabia. O que eu quis dizer é que estamos quase chegando. Avante, minha querida! – lhe mandei meu sorriso “32 dentes”.

E estávamos mesmo. Caminhamos por algumas ruas, tanto largas como estreitas, e chegamos ao anfiteatro que fora projetado por Atena (um dos únicos, diga-se de passagem). O balé em cartaz mostrava um garoto esbelto e bem bonito, em uma pose digna de Oscar, com o título na altura de seus pés: Apollon Musagète. E o melhor, o balé não retratava nada mais nada menos que eu. O foco era eu, e exclusivamente eu era visitado pelas musas Terpsícore, Polímnia e Calíope, e como eu sou um cara muito legal, ensino as três várias artes, e depois, ainda deixo-as cada uma em sua casa!

A música é executada simplesmente por uma orquestra de cordas de 34 instrumentos, e a obra ainda tem uma feição intencionalmente classicista. Eu particularmente adorei tudo, mas Peggy parecia meio monótona. Na verdade, ela parecia estar com sono.

— Acabou?

— Não. – respondo. – É só o intervalo para a segunda parte.

Ela abriu um sorriso amarelo.

— Ah, que bom! Eu estou amando!

Mas não acreditei muito nela. Quando o balé acabou (uma pena, devo acrescentar) levantamos para aplaudir aquele brilhante espetáculo, quando um dos músicos se dirigiu ao microfone.

— Temos uma ilustre presença aqui na plateia!

Todos olharam confusos uns para os outros, até que finalmente pareceram me notar. Depois de meia hora, muitos aplausos e muitas homenagens, finalmente conseguimos sair. Não que eu quisesse. Na verdade, eu estava adorando ser paparicado. E enquanto saímos do anfiteatro, ainda éramos aplaudidos.  Eu e Peggy acenávamos e sorriamos. Ela parecia estar gostando verdadeiramente daquilo, e tinha voltado a roçar seus seios em meus braços.

Voltando ao templo de Zeus, vi, enquanto passeávamos pelo jardim, a luz acesa de um quarto que logo deduzi ser de Camille, ao ver a mesma sentada na sacada. Não dei muita bola, já que Peggy me puxou para mais perto dela e começou a tagarelar sobre não-sei-quê. Depois de mais algum tempo, a levei até a porta do quarto. Ela estava tão ansiosa!

— Eu amei o encontro. – ronronou. – Você também gostou? – perguntou com um biquinho.

Era isso que eu gostava em Peggy. Ela sempre perguntava se eu estava gostando, seu eu estava aprovando. Bem diferente daquela víbora filha de Afrodite, que só pensa em si mesma.

— Gostei. - Sorri para Peggy. – Acho que a minha parte favorita foram os aplausos.

Ela riu, como se eu tivesse acabado de contar uma piada. Eu não contei. Na verdade, eu estava falando sério.

— Bem, minha parte favorita é essa daqui.

Ela é tão fofa! Entendendo perfeitamente o recado, me aproximei selando nossos lábios. As mãos de Peggy se enroscaram no meu pescoço, traçando um caminho até os meus cabelos. De repente, ela estava encostada na porta do quarto, com nossos corpos colados. Ela mesma teve a iniciativa de enfiar sua língua entre meus lábios e o morde-lo, ao final do beijo. Eu adorei aquilo. Me afastei com um sorriso, a observando dar uma pequena reverência.

— Boa noite!

Já que ela estava fazendo aquilo de propósito só para me dar uma boa visão de seu decote, aproveitei e olhei o mesmo, descaradamente.

— Boa noite, Peggy.

Esperei ela entrar no quarto, virando e dando uma piscadinha antes de fechar a porta, e voltei para o jardim. A luz de seu quarto ainda estava acesa, porém ela não se encontrava mais na sacada. Eu podia ver sua silhueta sentada em sua confortável cama, de pernas cruzadas. Flutuei até estar na altura da sacada e a pulei, entrando silenciosamente em seu quarto e parando atrás dela. Observei-a fazer um monte de rabiscos estranho em um papel, bem parecidos com os da minha maninha Atena, até que resolvi me pronunciar.

— O que é isso?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Seleção de Apolo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.