MOONLIGHT - Teen Wolf escrita por Miss Stark


Capítulo 6
Devaneios Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaa meus amores, espero que gostem xoxo



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Chovia forte lá fora e estava escuro. Scott estava pronto para ir para sua casa quando ouviu seu nome sendo sussurrado. Não havia ninguém na clínica a horas. O garoto ficou em estado de atenção. Dados os acontecimentos dos últimos meses, ele estava hipervigilante para qualquer tipo de ameaça. Resolveu verificar se estava tudo bem lá fora.

Quando avistou a garota de joelhos e tremendo de frio, não pensou duas vezes: saiu pela porta e enfrentou toda aquela chuva. April Brooke, a garota que tinha desmaiado em seus braços, estava gelada e quase inconsciente. Ele agora estava considerando o que Stiles, seu amigo, achava sobre a garota. O garoto dissera que ela era meio maluca e de certa forma ela meio que era. Que tipo de pessoa em sã consciência sai a essa hora e no meio de um temporal daqueles? A garota parecia estar em estado de choque ou algo do tipo. Scott se perguntou o porquê da encrenca sempre o perseguir. Qual é, com tantos garotos nessa cidade porque as coisas malucas e estranhas sempre escolhiam ele? Para o atazanar?

O garoto já estava todo encharcado, mas não se importava com isso. Os lábios da garota tremiam e seus olhos estavam desfocados e quase sem vida. Não achou outra solução se não colocar a garota como um bebê em seus braços e levá-la para dentro da clínica veterinária. A garota estava congelando. Scott sentou-a em uma maca de metal, não sabia o que fazer, então tirou alguns fios molhados do rosto da garota e tentou pela primeira vez falar com ela.

— Você poderia pegar uma pneumonia se ficasse mais tempo na chuva. O que está fazendo a essa hora na rua April? Lá fora é perigoso.

A garota por sua vez pareceu despertar ao ouvir a voz do garoto, não sabia se aquilo era mais um de seus pesadelos ou se realmente estava ali.

— E-eu não sei o que está acontecendo… — a garota estava desesperada, assutada; seus olhos marejados. Scott sentiu que a garota estava confusa de mais para saber como veio parar ali no meio de um temporal. Era estranho, mas o que não era estranho em Beacon Hills?

— Você está ferida. Se lembra de alguma coisa? — perguntou, colocando o polegar ao lado da sobrancelha da menina. April sentiu todo seu corpo tremer com o toque do garoto.

— E-eu não lembro — falou com dificuldade. – Acho que sou meio sonâmbula ou maluca.

— Ou os dois — Scott sorriu. — Precisamos limpar esse corte, fazer um curativo talvez.

— Eu… eu estou ótima — respondeu.

— Não é o que parece — o garoto respondeu, apontado para a têmpora da garota. — Acho melhor levar você para o hospital.

— Eu estou ótima. Sinto muito por te incomodar eu só… estou realmente confusa, mas vai passar. Acho que não precisa ir ao pronto-socorro, foi só um arranhão.

— Mas de toda forma eu quero limpar, acho que temos algo aqui que pode ajudar. Você pode esperar aí enquanto eu pego, tudo bem?

A garota não queria discutir com Scott. Se ele queria limpar aquele arranhão, ela deixaria. Ainda estava confusa e realmente não sabia se aquilo era algum devaneio de sua cabeça. April ficou observando o lugar em que se encontrava, era organizado e parecia estar limpo. Ouviu Scott voltar, o garoto trazia uma caixa branca pequena e um cobertor cinza. April estava mesmo com frio e agradeceu mentalmente o garoto por estar cuidado dela, mesmo não conhecendo-a. O garoto colocou a caixa de curativos ao lado da maca onde a garota estava sentada, abriu o cobertor e envolveu a garota gentilmente, depois abriu a tampa da caixa e tirou de lá: gaze e água oxigenada e passou no corte da garota. April tentou se focar no ardor que a água oxigenada estava causando em sua pele. Scott estava tão próximo a ela que a garota podia ver claramente a íris de cor chocolate que tanto perturbou seu sono nos últimos tempos.

— Por que alguém fica trabalhando até esta hora em uma clínica veterinária? — o garoto fitou os olhos cor de mel da menina por um instante.

— Talvez eu goste de trabalhar — Scott falou seriamente. Jogou a gaze em um potinho, destacou um band-aid e colocou com cuidado sobre o corte da garota. — E o que você estava fazendo no meio de um temporal desses?

— Talvez eu goste de chuva — a menina responde, olhando-o fixamente e depois abriu um leve sorriso.

— Você quer que eu te leve pra casa? — Scott sorriu. — Não acho que uma sonâmbula ou meio maluca devesse andar por aí sozinha a essa hora.

April abriu a boca para falar algo, mas nada saiu. Ele realmente acha que ela era maluca?

— Desculpe-me, April, só estou tentando ser gentil. Talvez você queira ligar para sua mãe ou seu namorado, talvez?

— Eu não tenho um namorado — murmurou — e eu não acho que vamos conseguir algum sinal nessa tempestade — Scott assentiu. E ela tinha razão. Seria impossível um sinal de telefone naquele lugar.

— Podemos esperar a chuva passar aqui, se não se importa.

— Na verdade, não me importo.

— Não tenho muito oque fazer em casa — Scott respondeu.

O silêncio reinou por alguns segundos, ninguém parecia mais saber o que falar. April ainda estava atormentada com os fatos do dia e Scott estava no mínimo intrigado com aquela garota. A chuva lá fora estava diminuindo e a garota não aguentava mais ficar naquele silêncio.

                                                                                         ***

Scott estava sentando contra a parede fria, fitando a garota a sua frente. April tinha os olhos perdidos, mordendo o cantinho da bochecha assim como fizera no dia que conversou com ele debaixo das arquibancadas da escola.Scott não se permitira observar uma garota a algum tempo. E aquela até agora era uma incógnita pra ele. Ela não desviou sua atenção da parede esverdeada nem por um minuto. Para Scott era uma coisa agoniante. Ele também observou as feições delicadas do rosto dela, o formato pequeno dos lábios rosados, o corpo pequeno da garota e sua pele branca como a neve. Ela era bonita.

— Hey — o garoto a chamou fazendo-a desviar seus olhos da parede e encará-lo —, acho que a chuva diminuiu um pouco, devo levá-la até em casa? Está muito tarde.

— É, acho melhor ir antes que minha mãe coloque toda a polícia dessa cidade atrás de mim

— April falou, suspirou forte e pulou da mesa metálica onde estava sentada. Suas roupas estavam nojentas e úmidas.

April ajudou Scott a trancar a clínica e rumou até uma motocicleta verde e branca. O mais velho colocou seu capacete e deu a mão para que a garota pudesse se apoiar e subir. April estava apavorada e quase saiu correndo dali. Subir naquela coisa implicava com um monte de coisas para ela. Fazer aquilo implicava em abraçá-lo ao redor da cintura e ela definitivamente não estava pronta pra isso. Assim que subiu, April disse a si mesma para não apertá-lo mesmo que estivesse prestes a cair daquela coisa e morrer. A chuva agora era fina e Scott não teria trabalho para pilotar ou ver.

— Você está bem? — perguntou Scott, virando o pescoço.

— Estou. Scott por favor olhe pra frente, não quero bater — April sentiu seu estômago dar cambalhotas dentro de si, apertou os quadris de Scott e tentou respirar o ar frio da noite.

— Não vou bater, apenas quero mantê-la segura, então mantenha suas mão firmes.

April ficou calada até a motocicleta passar da placa da reserva de Beacon Hills. Não queria lembrar de nada que aconteceu a algumas horas, então deixou o vento gélido chicotear seus cabelos os deixando ainda mais revoltos. Em uma das curvas ela se agarrou mais ao garoto e pode sentir pela primeira vez o aroma que o garoto exalava: era aquele cheiro amadeirado e ela já estava começando a aceitar que aquele poderia vir a ser o seu cheiro preferido de todo o mundo. Não que ela estivesse obcecada por ele ou tendo alguma espécie de ''crush'' naquele garoto, era ridículo, ela mal trocou duas palavras com ele. E, mesmo assim, ela não podia negar que de certa forma está ligada a ele. Afinal, ela estava sonhado com ele desde que chegou a Beacon Hills e isso foi a meses. Assim que a moto parou em frente a casa de April, a garota sentiu algo pular dentro de si.

— Entregue e segura — Scott sorriu brincalhão assim que April pulou de sua moto.

— E-eu realmente não sei como agradecer, devo ter estrago sua noite.

— Na verdade, foi muito bom ser útil. Te vejo amanhã na escola?

April estava quase vomitando e estava se preparando para ouvir muitas coisas de sua mãe. Então Scott beijou sua bochecha e uma leve sensação de choque percorreu todo o corpo da garota, começando do seu estômago e irradiando por todo resto. Quando o garoto deu partida na moto e seguiu seu caminho, April fixou os olhos no nada e respirou fundo, tentando absorver tudo aquilo que passou nas últimas horas. Ela se lembrava de colocar seu moletom, deitar em sua cama, se lembra também de estar naquela floresta outra vez, mas nada daquilo fazia sentido para ela, nada daquilo estava na sua mente agora, apenas os bonitos olhos chocolate e o cheiro bom que sua jaqueta tinha.

Deus! A quem ela queria enganar?

ELA ESTAVA PERDIDA, LOUCA E OBSESSIVAMENTE TENDO UM CRUSH EM SCOTT MCCALL.


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