MOONLIGHT - Teen Wolf escrita por Miss Stark


Capítulo 14
Guardião


Notas iniciais do capítulo

Oi, Amores!!

Primeira desculpa pela demorada capítulo, tive uma crise alérgica e acabei ficando de cama. Não sei se o capítulo ficou um dos melhores, mas esta ai. Fiquei meio abalada com a notícia que a season 6 vai será última de teen wolf e vocês como estão lidando com isso?



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April dirigia sem pressa pelas ruas de Beacon Hills, tentando aproveitar cada segundo do único momento de paz que tivera durante todo o dia. Naquela noite, dormir estava fora de cogitação. Passara a maior parte do seu dia com os nervos à flor da pele. Sabia que tinha feito algo de muito ruim, sentia isso dentro de si.

 

Além disso, April ainda podia sentir aquele angustia e tinha medo que se voltasse para a cama, começaria a chorar outra vez. Sabia que teria que falar com Lydia sobre aquilo, mas não se sentia pronta.

 

Não demorou muito para as áreas residênciais ficarem para trás. E April acelerou mais o carro e resolveu seguir para o único lugar que realmente podia acalmar todo o seu corpo. Poucos minutos depois já estava andando em passos largos pela floresta escura, usando o seu celular como lanterna.

 

Caminhou até a árvore que estranhamente perturbava seus sonhos, mas que também trazia uma paz inexplicável. Andou mais alguns passos até escutar o som de galhos se quebrando. Sabia que não fora ela quem fez aquele barulho pois estava andando a muito tempo e não tinha pisado em nenhum galho se quer.

 

April virou-se a tempo de ver a garota se transformar. A menina não era um pouco mais baixa do que si e seus cabelos eram tão preto com a noite, seus olhos se tingiram de um azul forte e de sua garganta saiu um rosnado ameaçador, que fez todo o corpo de April entrar em alerta. A loba de cabelos pretos deu um passo em sua direção, April sentiu seu coração bater com força e tinha certeza que o órgão sairia correndo pela sua garganta.

 

A garota sorria enquanto andava em passos lentos, parecia se divertir com o pânico dela. April recuou, até que seu pé se enroscou em uma raiz solta de uma árvore. Sentiu o medo lhe consumir, mas não tinha mais como fugir. Morreria e só encontrariam seu corpo estraçalhado. A loba aproximou-se perto o suficiente. April prendeu a respiração, fechou os olhos quando a loba se lançou para cima dela e esperou sentir a dor das garras afiadas da loba em seu pescoço. No entanto, apenas sentiu a brisa fria da noite em seu rosto e o barulho de corpos se chocando contra o chão.

 

Abriu os olhos a tempo de ver a loba ser atingida mais uma vez. O seu salvador rosnou uma vez antes de avançar sobre a garota. Foi aí que as coisas pioraram, a loba conseguiu cravar suas garras no abdômen do garoto, que soltou um uivo de dor. A loba lançou um sorriso vitorioso e correu para a mata escura.

 

April ainda estava em choque, mas resolveu afastar todo o medo que corria por seu corpo e se lançou até o corpo do seu salvador, que estava caído no chão de terra gemendo de dor. Ela quase chorou mais quando olho no rosto do lobo que à salvara.

 

— Meu Deus! David? — choramingou, entrando de vez em desespero. — Que diabos! Não tem um ser humano nessa droga de cidade?!

 

— April… você está bem? — disse ele, ignorando a dor que queimava no seu abdômen. — Não entre em pânico agora!

 

— Você está ferido e não quer que eu entre em pânico? — perguntou, olhando o sangue que manchava toda a blusa que David vestia.

 

— Você também é dramática — David riu, melancolicamente. — Eu vou me curar, não precisa entrar em pânico. De verdade. Só me ajude a sentar.

 

April ainda estava trêmula, mas conseguiu apoiar o rapaz na árvore que minutos antes poderia ter protagonizado a sua morte. April não sabia dizer se David estava realmente bem ou apenas fingira que não sentia dor e também não sabia como colocaria um homem daquele tamanho dentro do seu carro e o levaria para o hospital, nem saberia o que dizer se perguntassem como o garoto havia se ferido.

“Sabe, tem uma loba muito louca lá fora que tentou me matar e meu amigo aqui virou meio que um lobo e a colocou para correr.” pareceria uma maluca e talvez ela meio que fosse.

***

 

David estava grato pelo silêncio de April enquanto eles iam de carro até a clínica veterinária de Beacon Hills. Uma parte dele estava aliviada por April não levar a diante a ideia de levá-lo a um hospital, não deveria nem estar ali com ela e ficou até assustado com a facilidade que a garota teve para convencê-lo de ir até a tal clínica. Sabia que não demoraria muito para se curar, mas nunca se feriu tão grave desse jeito. Aquilo não deveria ter acontecido. April não deveria andar aquela hora pela reserva e ainda por cima sozinha. Protegera aquela garota por semanas, ela sempre foi tão cautelosa e agora resolveu sair andando por matas e em garupas de motos alheias. Sabia que aquela parte da história deveria esquecer, nem se quer conseguiu contar a Vincent sobre o fato de sua neta andar tarde da noite na garupa da moto de Scott Mccall. Não sabia por que, mas, depois daquela noite proteger April se transformou em um vício que fazia ele cruzar uma linha que prometera a Vincent que não iria cruzar.

 

— Não acho que um veterinário possa fazer muito por mim — ele diz, quase em um sussurro

 

— Vamos lá, se ele pode cuidar de alguns pit bulls, com certeza ele pode lidar com lobo, ou seja lá o que todos você são — April diz, com um sorriso no canto dos lábios. — Também acho que Scott pode ajudar, isso, é claro, se ele estiver aí dentro.

 

— Scott Mccall? — os olhos de David vagaram pela frente da clínica, não poderia acreditar que April o levara para aquele lugar. Ele tentou se desvencilhar do braço de April, que agora estava em sua cintura. Pressionou uma das mãos sobre a sua camiseta, onde o ferimento manchava com o líquido espeço e escuro do seu sangue. April agora o olhava atônita, mas sorriu quando viu que David conseguira ficar em pé sozinho. — Não preciso que me ajude April. Não preciso que Scott Mccall me ajude.

***

 

April queria ter chutado as costelas de David, mas não o fez, primeiro que ele era grande de mais para ela e segundo que não poderia machucá-lo ainda mais. O garoto foi um grande idiota, gostaria de saber usar só um pouquinho dos seus poderes e só assim teria feito ele entrar naquela clínica de alguma forma ter o compensado por salvar a sua vida. Ele nem se quer a deixou levá-lo até em casa, somente saiu andando, machucado e sangrando. Ela até tentou entrar no carro e seguí-lo, mas quando ele a olhou com seus olhos amarelos, ela entendeu que era pra ficar quieta e deixá-lo.

 

Dormira apenas duas horas aquela noite e por volta das sete e meia da manhã quando desceu as escadas com a mochila nas costas, sua mãe a deteve antes mesmo dela pisar no último degrau da escada.

 

— Você está bem querida?

“Como eu poderia estar?”

 

— Estou atrasada — foi a única resposta que April conseguiu dar, notando em seguida o batom vermelho sangue que sua mãe usava — Para onde está indo?

 

— Tenho uma reunião importante hoje. Não sei se volto para o jantar.

 

— Uma reunião? — April questionou, desconfiada. — Você odeia maquiagem, mãe.

 

Lucy resolveu ignorar a pergunta da filha, mas ela odiava mesmo maquiagem.

 

— April pode não parecer mas, eu ainda sou a mãe por aqui — disse sorrindo. — Não chegue tarde esta noite mocinha, estou de olho em você.

 

— Você está namorando? — April perguntou, arqueando as sobrancelhas.

 

— Se vamos falar sobre namorados, que tal falarmos sobre o bonitinho filho da enfermeira Melissa, que você estava, ontem?

 

April sentiu seu corpo se agitar por dentro, mas não deixaria transparecer.

 

— Você é uma intrometida e eu estou atrasada, senhora Brooke.

 

— Ah, então tudo bem você se intrometer na minha vida e eu não posso me entrometer na sua? — disse Lucy assim que alcançou a porta da frente. — April Brooke, volte aqui! Scott é realmente uma graça.

April revirou os olhos e seguiu rindo para seu carro, adorava o fato de sua mãe ter uma mente tão aberta. As duas pareciam ser irmãs muitas vezes, mas Lucy estava realmente certa: Scott era uma graça que queria ajudá-la e agora, tudo o que ela mais precisa é de ajuda.

 


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