MOONLIGHT - Teen Wolf escrita por Miss Stark


Capítulo 13
Despertar


Notas iniciais do capítulo

Amores, desculpa o atraso do capítulo eu deveria ter postado esse na semana passada, mais advinha que começou a ver um seriezinha nova e esqueceu que o mundo existia? Isso mesmo todos nos
Agora vamos para o capítulo? Já sabem né? Até lá em baixo.



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Naquela noite, April também sonhou com os gritos de Lydia. A garota estava esgotada e não conseguira levar sua mente para longe dos gritos da ruiva, até mesmo a voz de seu pai resolvera rondar seus pensamentos aquela noite, deixando sua mente ainda mais inquieta. Mais aquela noite não fora os gritos ou seu pai que fez a garota despertar com seus olhos desfocados e vidrados olhando para um ponto específico em seu quarto.

 

A mulher próxima a janela se assemelhava a uma versão mais velha e madura da mãe de April. Seus olhos eram da cor de orquídeas estavam observando April de uma forma neutra, quase amistosa. April não parecia estar em sua própria mente agora; era quase como se estivesse de volta aquele píer onde fora atacada. Seus olhos também assumiram aquele tom de lilás, que agora, pareciam mais vivos.

 

A mulher tinha um vestígio de sorriso em seus lábios, era quase assustador. Enquanto aproximava-se da garota, seus saltos caramelo produziram um som oco contra o assoalho e com seus lábios próximos aos ouvidos da garota, a mulher murmurou:

 

— Faça o que tem que ser feito, minha doce e poderosa April.

 

Era quase sete da manhã quando April acordou no sofá da sala. A sensação forte e nauseante de que alguma coisa horrível tinha acontecido a atingiu como um raio. Antes que pudesse colocar seus pensamentos no lugar, a porta da frente de sua casa se abriu com um baque. Era sua mãe, com os braços cheio de sacolas de papelão. Ela depositou as sacolas no chão, próximo a porta, murmurando alguma coisa que April não entendeu. Quando Lucy percebeu sua filha a observando, endireitou a coluna e a lançou um sorriso doce.

 

— Filha, não acha que esta meio atrasada para escola? — disse ela. April havia esquecido que era segunda e que teria um teste de química dali a uma hora.

 

— Não estou atrasada — April disse imediatamente. Lucy sorriu — Só um pouco. Por quê estava resmungando como uma velha? - ela perguntou.

 

O sorriso dela desapareceu e seu semblante adquiriu um ar triste.

 

— Acabaram de encontrar um corpo próximo ao posto de gasolina. Um rapaz da sua escola — disse Lucy, desviando os olhos dos de April.

 

— Que rapaz?! Qual era seu nome mamãe? — disse April, de forma nervosa.

 

— O nome dele era Zach — ela disse, de forma comovida. — Seu pai trabalha no mesmo escritório que eu.

 

— Zach Singer?! — perguntou April, sentindo outra vez aquela súbita vontade de vomitar subir a garganta. Enxugou rapidamente os olhos, que haviam se enchido de lágrimas de repente. Zach Singer fora o garoto que a atacara na casa de lago de Lydia, o garoto que ela quase matou e que agora estava morto.

 

— Sim, querida — disse Lucy. — Não fique emocionada assim, filha. Você o conhecia?

 

— Sim! — April respondeu rapidamente. — Quero dizer… Não! Não o conheço! Não fiquei emocionada… agora não acha que devíamos guardar essas compras?

 

— Certo — Lucy fez uma careta. — Não mais vamos falar sobre isso. Agora, levante esse seu traseiro dai e vá se arrumar

 

***

 

April achou que fosse vomitar no corredor da escola. A sensação ruim era a pior parte; sua mãos estavam gélidas e seu corpo todo vibrava. Ela tateou seu armário, tentando encontrar qualquer coisa que a distraísse. Não estava conseguindo ficar calma. Frustrada, a garota fechou seu armário e encostou sua testa no metal frio, esperando que o mesmo acalmasse um pouco sua cabeça e respirando fundo devolveu o ar aos seus pulmões. Seu estômago, entretanto, continuava querendo mandar todo o seu café da manhã para fora.

 

Algo cutucou-a em seu braço direito, obrigando-a a se virar e lá estava Scott com as duas mãos na cintura. Ele estava afobado e sua respiração entregava que ele acabara de correr por todo aquele corredor.

 

— Você está meio verde — disse ele. April apenas o fitou esperando que ele continuasse. — Podemos conversar?

 

— Não quero falar sobre aquilo, Scott — disse ela, olhando para seus pés. — Eu não quero saber de nada. Eu estou enlouquecendo, Scott. Tudo dentro de mim está um caos.

 

— Você não está enlouquecendo — disse Scott, apoiando o braço direito em um dos armários. — Todos nos só queremos ajudá-la.

 

— Tem algo ruim dentro de mim Scott, não acho que você possa me ajudar. É assustador — ela começou a dizer.

 

Precisava falar com alguém sobre tudo aquilo, mas não sabia se ainda poderia confiar naquelas pessoas. O corredor estava cheio de adolescentes, andando de um lado para o outro e nenhum deles prestou muita atenção em April ou Scott. A única pessoa próxima a eles era uma menina de cabelos pretos com uma camiseta que dizia “foda-se todos os idiotas” e estava absorvida de mais no seu próprio celular para ouvir os murmúrios dela. Ótimo, pensou April, não quero mais estranhos achando que sou uma maluca de pedra.

 

— Todo mundo tem algo ruim dentro de si, April — disse Scott. — O que realmente é “normal”. Escute, eu mesmo já fui transformado em um guerreiro nórdico e foi assustador — completou com um sorriso infantil

 

— Guerreiro nórdico?! — April sacudiu a cabeça, incrédula. — Não, espere. Suponho que também existem vampiros, zombies e duendes?

 

— Fala sério! — gritou Scott, atraindo alguns olhares curiosos. — Não seja ridícula. Ninguém acredita em duendes.

 

— Talvez eu acredite pois sou uma maluca de primeira, Scott — ela sorri suavemente pra ele. — Eu sinto muito por Lydia. Eu não sabia como ajudá-la. Eu estava… ainda estou, muito perdida.

 

— Não se preocupe com Lydia, ela sempre fica bem — diz ele. — Talvez ela possa te ajudar — sugeriu Scott. April balançou a cabeça e encolheu os ombros.

 

— Não quero que se preocupe comigo e não preciso que Lydia me ajude — April desviou do olhar confuso de Scott e se abaixou para pegar sua mochila que ainda estava no chão. — Você não pode salvar todo mundo, Superman.

 

***

 

Pouco depois das dez horas da noite, David estacionou seu carro prata e entrou no depósito. O lugar era iluminado pela pouca luz que entrava pelas grades de ferro sujo. Pilhas de caixa de papelão estavam espalhadas por todo o local, juntamente com galoes de água vazia.

 

— Qual o nome da garota? — o garoto sorriu assim que ouviu a voz grave do senhor a sua frente.

 

— April.

 

— É um nome diferente — disse o homem e David não pode deixar de concordar. O garoto caminhou até um balcão de fero e se sentou. Sob a fraca luz do lugar o homem a sua frente parecia ainda mais sério.

 

— Ela é diferente — disse David, com um sorriso.

 

— David, não misture as coisas — disse o mais velho em tom de aviso. — Você está lá para protegê-la. Não comece a fantasiar uma coisa que no fim não pode acontecer.

 

— Eu não sei do que está falando — murmurou ele, saindo do seu assento improvisado. — De qualquer forma, eu meio que sou o tio dela.

 

— Eu sinto muito, David — suspirou o mais velho. — Talvez eu esteja agindo como um velho muito chato agora, mas até tudo isso acabar, minha neta tem que ficar a salvo.

***

 

— Ele é um miserável — disse Lucy pela quinta vez, enquanto April comia peixe com batata frita. Ela sabia que uma hora ou outra Lucy descobriria sobre a ligação do seu pai, quando chegou em casa viu a mãe gritando ao telefone quão cretino Charles era. — Da próxima vez que você não me contar sobre esses telefonemas clandestinos dele April, você vai ficar de castigo até ter trinta e quatro anos.

 

— Mãe, não foram as ligações, foi só uma — disse April, assim que terminou de mastigar uma batata. — Você vai perder todos os cabelos se continuar assim — ela sorriu, enquanto colocava mais uma batata na boca.

 

— Isso, continua achando engraçado a fato do miserável do seu pai passar por cima das minhas ordens. Não é você que tem que lidar com ele depois. Eu tenho que te proteger e…

 

Mãe — April interrompeu o discurso. — Não preciso que me proteja. Além disso, ele ainda é meu pai e não vai ligar novamente.

 

— Como você pode ter certeza disso, April?

 

— Bem, por que eu conheço o Charles — disse April, após engolir um pedaço de peixe. — Quero dizer, ele é meu pai, eu sei que ele fica assim por um tempo. E no máximo vai passar mais três meses outra vez para se dar conta que tem uma filha.

 

Lucy assentiu. April podia imaginar o pai com uma garrafa de vodka parada na mão depois da ligação. Um sentimento de culpa se espalhou em seu peito. Sabia que o pai não prestava, mas, mesmo assim, o amava. Ela olhou para a sua mãe, que a observava com uma expressão de preocupação. Pensou nas coisas que estava guardando para si, não podia contar a mãe que, em algum ataque de sonambulismo sobrenatural, matou Zach Singer. Não poderia decepcionar tanto a única pessoa que a amava.

— Eu te amo, mãe — disse ela, segurando a mão fria de sua mãe que descansava sobre a mesa. — Nós vamos ficar bem


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Notas finais do capítulo

Gente os avós da April, Scpril ( SIM!! APRIL E SCOTT), David e muitas farofas nesse capítulo. O que acharam??
*capítulo já betado*

APRIL DEIXA O SCOTT SER O SUPERMAN