ITACHI

Itachi estava furioso.
Aquela festa tinha sido um inferno!
Justo quando ele já sentia o gosto da vitória que tinha sabor “Sakura”, tudo desandou de uma forma que ele poderia bater em um hoje.
Ele sabia que não conhecia aqueles caras, não que todos ali fossem convidados por ele, alguns simplesmente apareciam, mas esses nunca tinham dado as caras em suas festas ou conheciam alguém que os tenham informado dessa festa. Mas, até então tudo bem, o problema é que os desgraçados destruíram muita coisa e ainda fizeram a pachorra de invadir o quarto dos seus pais e quebrar o abajur que sua mãe comprou em uma viajem a América do Sul.
Itachi passou a manhã toda levando uma enorme bronca de sua mãe e tendo como castigo ficar sem o carro por tempo indeterminado.
Inferno!
A sorte que o pessoal do time e algumas garotas ficaram para ajudar na limpeza da madrugada. Mas nem o edredom manchado de vinho e nem o maldito abajur não tinham como limpar ou esconder. E ele pagou por isso.
Mas, o pior ainda era, o sumiço de Sakura.
Durante a festa quando ele pediu para que ela o esperasse em seu quarto enquanto ele expulsava os desgraçados do quarto dos pais, ela simplesmente desapareceu.
Itachi voltou e encontrou o quarto trancado, o que já era estranho. E quando colocou o ouvido na porta, percebeu que que ele estava "em uso". E não era por ele!!
Itachi socou a porta gritando até que abrissem e de lá saiu uma Ino furiosa e descabelada, mas que murchou quando o viu com cara de poucos amigos.
Ela só pediu desculpas saindo de cabeça abaixada e um cara pálido atrás dela.
— Qual seu problema, cara?
O anêmico que ele não conhecia ainda teve a audácia de perguntar enquanto vestia a camisa saindo do quarto.
Itachi só o empurrou e trancou o quarto novamente.
Apesar do champanhe já estar aberto, as flores esmagadas e nenhum clima de prazer existir mais no “quarto dos prazeres”, Sakura ainda esperava por ele e as coisas ainda não estavam perdidas.
Ou pelo menos ele achava.
Sakura havia desaparecido.
Procurou ela em todos os quartos, na sala, piscina. No banheiro ela não estava, Sasori garantiu.
E ele foi para a frente da casa, na garagem e jardins. Até no improvável quarto de Sasuke ele a procurou.
Mas, ela tinha desaparecido. Tampouco respondia às mensagens dele. Já bem mais tarde, seu celular apitou no bolso com uma mensagem que ela enviou:
"Estou bem, não se preocupe. Desculpe sumir, depois te explico. Bjs"
E o resto da madrugada, Itachi já puto com a noite perdida, desligou o som para aquelas pessoas irem embora e passou seu tempo frustrado com Sakura e tentando colar o abajur sem sucesso enquanto os outros limpavam o chão com copos e salgadinhos espalhados.
Dormiu cerca de 2 horas no que sobrou daquela noite, quando seus pais chegaram e sua mãe quase derrubou a porta enfurecida com ele segurando pedaços de abajur o convocando para uma conversa bem desagradável na sala.
Ele só queria ir pro quarto e dormir, já que o final de semana também ele ficaria de castigo sem poder sair de casa. Só teria permissão pra sair uma vez, com sua mãe que o obrigaria ir com ela ao comércio comprar um abajur novo que ela escolhesse com o dinheiro da mesada dele mais tarde.
Passou no banheiro para lavar o rosto daquela merda de dia que mal tinha começado, esvaziar a bexiga e parar de ouvir a mãe reclamando em alto e bom tom do andar debaixo sobre como Itachi não tinha limites.
Até então tudo normal, exceto quando olhou para o lado e viu o boçal do seu irmão deitado dentro da banheira vazia com roupa e tudo. Itachi olhou a cena tentando entender o que se passava na mente desinteressante e sem nexo do irmão de olhos fechados e as mãos sobre a barriga.
— Você ficou louco de vez? - perguntou a Sasuke que suspirou antes de abrir os olhos.
— Talvez, caro irmão. – disse em uma voz calma.
Itachi olhou desconfiado daquela atitude e do sorrisinho que não saía daquela cara de traça.
— O que você está fazendo aí? – perguntou com certa curiosidade.
— Nada. É só que – sentou com um sorriso - descobri o meu lugar favorito nessa casa.
Sasuke se levantou ainda sorrindo e passou pelo irmão.
— Ótima festa, Itachi. - e saiu.
Por alguma razão Itachi sentiu a raiva subir. Será que ele estava tirando sarro por Itachi ter se dado mal? Desde quando Sasuke agia com ar de deboche para ele? Ou dizia que gostava de alguma de suas festas? Geralmente era só reclamação de barulho e não conseguir estudar, ou invadirem o quarto dele e quebrar suas coisas. A não ser que...
Itachi olhou alguns instantes analisando a banheira e se ajoelhou para uma busca minuciosa na superfície branca.

E ali no canto ele encontrou: um fio de cabelo rosa.

Pegou o pequeno fio entre os dedos observando-o, e como um item mágico clareou sua mente. Seu olhar ia e voltava do fio para a direção de Sasuke que já não estava mais ali. Mas, Itachi não era burro, e podia presumir coisas.

Sasuke esteve com Sakura ontem à noite no banheiro.

FILHO DA...

Apertou a borda da banheira até os nós dos dedos ficarem brancos. A vontade que ele tinha era de afundar o nariz do irmão no rosto, mas a guerra não estava perdida.

Tentou acalmar as ideias o máximo possível.

Ele poderia ter encontrado Sakura. Mas, do jeito que seu irmão era devagar, provavelmente nem havia acontecido nada. Ou ele queria acreditar nisso.

Respirou fundo e foi até o quarto de Sasuke.

— Ei. – chamou.

Sasuke estava deitado na cama ainda com a cara de imbecil olhando para o teto como se nem estivesse ali.

— EI! – Itachi chamou de novo já com menos paciência.

Sasuke apenas se apoiou sobre os cotovelos e olhou para ele em um incentivo para que continuasse. Itachi tentou usar todo a sua falsa calma para parecer despreocupado.

— Então, eu tentei ligar para a Sakura agora, por que ela esqueceu um livro comigo, mas não consegui falar com ela. Você sabe de alguma coisa? Fiquei preocupado, por que ela sempre me responde.

Sasuke mudou a expressão e franziu de leve as sobrancelhas. Otário.

— Ela viajou. Precisou encontrar o pai na capital.

— E volta quando?

— Não sei – deu de ombro - Já que ela sempre te responde pergunta pra ela – deitou e pegou uma revista em quadrinhos – fecha a porta quando sair.

Respira, Itachi. Respira. Respira. 1 Mississsipi, 2 Mississipi, ... Michael Jordan, Magic Jhonson, Christian Laettner , Karl Malone...

E só quando ele terminou de recitar mentalmente a escalação do Dream Team de basquete da seleção americana de 1992, foi que Itachi se acalmou para não soltar a maçaneta e ir quebrar a cara daquele moleque cheio de audácia.

Fechou a porta e voltou ao seu quarto.

— Foi uma batalha, irmãozinho tolo. Mas, a guerra não está perdida.

Itachi passou a tarde com sua mãe que não conseguia se decidir entre um abajur moderno de fibra de vidro e LED ou um artesanal feito de sisal e cascas exóticas, enquanto ele decidia se queria morrer com aquela conversa chata ou pelo preço daquilo . Por isso, quando podia se dedicava a pensar no que deveria fazer.
Seu telefone também havia sido confiscado no fim de semana. Ele não queria falar com muita gente mesmo, mas estava preocupado caso Sakura entrasse em contato. Mas, uma rápida olhada sobre o ombro de Sasuke, quando chegaram em casa, ele viu o contato de Sakura só com um emoji piscando e a palavra “Ontem” acinzentada no canto.
Ao que parecia, ela também não estava mantendo contato com ele desde a festa.
E assim, o final de semana passou.
O longo, lento, maçante, caro e chato final de semana passou. Aproveitou até para estudar Geografia. Longe da vista da mãe, claro.
Não ia dar o braço a torcer que sem sair de casa ele realmente estudaria mais.
Mas, finalmente era segunda. E além de estudar, Itachi teve tempo para pensar bastante em seus próximos passos em relação a Sakura.
Quando passou na frente do banheiro de casa, viu Sasuke fazendo poses e ajeitando o cabelo. Parecia... ansioso.
Era irônico que no fundo, ele sempre quis ver o irmão assim, mais confiante. Mas odiava saber qual era o motivo. E era uma pena que seria ele a quebrar isso.
Para isso, precisou pegar carona com Gaara já que estava sem carro, para chegar mais cedo.
Precisava agilizar as coisas. Tudo precisava funcionar perfeitamente bem.
Sakura era muito esperta, precisava ser algo bem convincente.
Quando adentrou o corredor em direção à biblioteca, Ino já o esperava na porta segurando o celular, e começou a falar sem parar.
— Olha Itachi, me desculpa por aquele dia na festa. Eu estava enfurecida por ter sido largada por aquela ruiva e aí apareceu aquele cara, o Sai, e bem, ele foi dizendo que eu era linda e que não merecia ser largada por ninguém, e ele era gato, aí eu acabei...
— Ino! - Itachi chamou a atenção da loira aflita – Me poupe. Eu perdoo você se estiver disposta a me ajudar.
— Claro! Claro. - ela se ajeitou - Eu fiquei confusa com a mensagem que você mandou.
— Você disse que ainda está interessada, não é?
— Sim. – ela assentiu abaixando a cabeça um pouco envergonhada.
— Você quer o meu irmão?
— Eu... – Itachi podia ver o desconforto estampado nela – eu sei que não devia, que eu não... não o mereço... Mas, sim. Eu quero o Sasuke de volta. – admitiu.
Itachi sorriu.
— Eu sabia! Eu percebi, mesmo que você tenha corrido atrás de mim por todos esses anos, de repente você não pára de olhar para o meu irmão. Me diga, Ino. O que mudou?
— Eu... é só que... - ela estava desconfortável - ele era um cara bacana. Mas, acabei deslumbrada com você.
— E agora que você viu que ele não é tão feio assim e ainda é “bacana” pelo seus conceitos, ele se tornou interessante e você quer ele de volta, é isso?
— Bem, sim. E não. - ela mudou o peso do corpo - é só que o tempo passou e eu posso ver que errei.
— Ino, Ino... Você continua a mesma superficial de sempre e só conseguiu enxergar meu irmão de verdade depois que ele mudou – colocou um pouco do cabelo dela entre os dedos - mas, a sua sorte é que eu preciso de você.
Ela colocou as mãos na cintura como se estivesse ofendida.
— Pois eu só ajudarei você se me ajudar também.
— Não se preocupe, minha querida, o Sasuke vai cair no seu colo. Só tenta não arrasar com a vida dele de novo.
— Ora, ora, ora, quem vê você falando assim até parece que se importa com os sentimentos do seu irmão. – ela cruzou os braços em tom de ironia.
Itachi bufou rindo.
— Eu só prefiro manter ele ocupado, quando eu estiver com a minha capitã. – piscou para ela.
O sinal da primeira aula bateu e mensagens começaram a ser trocadas.
A primeira parte do plano era evitar que Sakura encontrasse o Traça.
Itachi sugeriu a Gai que marcasse um almoço com todos do time, para que houvesse um momento de aproximação e união entre eles.
Obviamente que o passional Gai com olhos marejados adorou a ideia. E Itachi também, já que isso fez com que Sasuke fosse obrigado a almoçar com o time na sala de jogos, e Sakura almoçou apenas com Hinata, segundo TenTen.
Eles tinham Biologia juntos naquele dia. Mas, Neji irritou o professor Kakashi com sugestões de que a matéria estava muito fácil, e todos ganharam para fazer um resumo supressa sobre as fases da mitose desenhadas corretamente de forma individual e sem conversa.
Neji xingou muito Itachi no telefone por este auto sacrifício. Mas, a promessa de conseguir bebidas grátis o deixou mais tranquilo.
E então o treino do time de vôlei foi remanejado e começaria em 5 minutos do fim da aula de Biologia, já que Itachi pediu minutos a mais para o time de basquete durante o almoço e aproximação do time, por que alguns estavam se sentindo inseguros com alguns passes, fato confirmado por Sasori e Deidara, que por algum motivo estavam estranhos hoje e quase esqueceram o que tinham que fazer. Mas, foda-se, eles conseguiram.
Isso na véspera do jogo, deixou Gai maluco. E reforçar o treino virou prioridade.
Pelo que constava, seu irmão e Sakura não trocaram mais que alguns olhares e breves acenos naquele dia.
Bom.
O treino do time de vôlei feminino havia terminado. E então Itachi deu o sinal.
Neji esticou uma faixa de “INTERDITADO” na porta do vestiário feminino e colou um papel informando que um dos boxes estava entupido e o banheiro alagado e por isso deveria ser usado outro nas dependências da escola.
Quando as garotas saíram em busca dos banheiros do outro prédio, Neji se certificou de que todas tinham saído e arrancou o recado de lá.
Sakura não estava entre elas.
Como o treino do time de basquete começaria em breve, cabia ao capitão de cada time zelar pelo bem uso da quadra, e por isso, Sakura ficou para desamarrar as redes e guardar os materiais, além de Itachi jogar seu charme para uma das garotas do primeiro ano e pedir para que ela além de assistir o treino, fosse perguntar a Sakura sobre como poderia fazer pra entrar no time no próximo ano.
O engraçado é que havia mesmo bem mais pessoas assistindo o treino de vôlei naquele dia, e algumas garotas foram mesmo falar com Sakura.
Se ele soubesse, não teria dado o telefone dele para aquela garota sem sal ir ganhar tempo pra ele.
Itachi viu quando Sasuke chegou.
Viu ele sorrindo encantado olhando para uma Sakura super empolgada rodeada de garotas contando e gesticulando sobre o jogo que elas venceram, e viu ele continuar o caminho sem ir falar com ela, para não atrapalhar o momento de glória e tietagem da capitã.
Itachi tinha que admitir. O Traça era muito altruísta.
Certamente estaria tão ou mais feliz por Sakura rodeada de pessoas admirando o jogo que ela e o time ganharam por seu próprio esforço.
E ele de certa forma sentia isso também. Por Sakura, claro.
Era um sentimento até... interessante.
Seus pensamentos foram cortados quando Sasuke passou por ele já se encaminhando para o vestiário.
Itachi continuava fingindo que não prestava atenção em nada ali, como se estivesse realmente conversando com um Deidara taciturno, que toda hora levava o celular no ouvido para ouvir qualquer merda. Não que ele se importasse, mas para quem não calava a boca, hoje estava quieto demais.
Sacou o celular do bolso e enviou uma mensagem para Ino, enquanto Neji corria a fita de INTERDITADO na porta do banheiro feminino novamente, e um outro papel colado na porta escrito “Favor usar o vestiário masculino”, assim que Sasuke passou por ele rumo ao vestiário masculino.
SHOW TIME!
.
Itachi não poderia sair dali, para não levantar suspeitas. Mas, Sasori ficou escondido no banheiro o tempo todo para garantir que Ino iria até o fim.
Ele disse que o chuveiro estava ligado quando Sasuke entrou, mas que ele não deu atenção e tirou a roupa ficando só de cueca.
Fez algum comentário imbecil sobre Sasuke ter uma bunda redonda maior que a de TenTen. E então Itachi o xingou e mandou ele focar nos fatos e se possível mandar áudios do que estava acontecendo.
Sasori relatou que Ino abriu a porta do chuveiro e perguntou quem estava ali.
Vários emojis de risadas, por que segundo Sasori, Sasuke parecia ter visto um fantasma e deu vários passos para trás tropeçando no banco e caindo de bunda no chão.
Típico.
Itachi estava muito curioso, e enviou mensagem para que Sasori gravasse áudios.
O primeiro deles chegou.
“- Sasuke! Não vai. - a qualidade do som era ruim, mas conseguiu ouvir ao fundo a voz de Ino.
— E-e-e-e-eu acho melhor não ficar aqui. – Sasuke respondeu em pânico.
— Eu só vim, por que o banheiro feminino está quebrado.
— Tu-tu-tudo que como bem. - Sasuke raspou a garganta – Está tudo bem. Eu espero lá fora.
— Sasuke! - Ino chamou de novo - é que a água está fria, e eu não estou conseguindo acertar esse chuveiro.
— Eu... eu vou chamar alguém.
— Por favor, Sasuke. - Itachi pôde ouvir a voz melosa de Ino, a mesma que ela usava no passado pra conseguir coisas dele. Por um instante Itachi se sentiu enjoado.
O áudio acabou.
Sasori disse que viu Sasuke pensar muito e até achou que ia sair, mas Ino disse que estava atrasada para voltar pra aula de Matemática, e como as notas estavam ruins se chegasse atrasada ela ia se dar muito mal.
É claro, que o bom samaritano acreditou.
Sasuke se enrolou na toalha e foi até o box tentar colocar o chuveiro em temperatura agradável para Ino.
Ele só não sabia que Sasori já tinha cortado os fios daquele chuveiro.
Estava na hora.
Itachi mandou Neji ir até Gai e chamá-lo para o treino. A aparição do explosivo treinador na quadra, reorganizando com Neji tudo para um treino de basquete, fez Sakura e as garotas dispersarem.
Elas se despediram e Sakura saiu sorridente rumo ao vestiário.
Itachi pôde ver ela parar em frente, ao banheiro feminino e ler o aviso de interdição.
Sakura olhou de um lado para o outro, consultou o relógio, pensou mais um pouco. Provavelmente não se sentia à vontade de entrar no vestiário masculino, mas a hora da próxima aula já estava batendo e ela não teria muito tempo para ir a outro banheiro.
“Ela chegou”.
Itachi enviou para Sasori, que daria o sinal para Ino.
Sasori disse que Ino jogou a toalha para fora, fechou a porta e ligou o chuveiro em cima de Sasuke que estava de costas concentrado no chuveiro e pulou de susto.
Mas, antes que ele gritasse, ela “lascou um beijão nele”, palavras de Sasori.
Era mesmo possível ver, já que no banheiro masculino, as portas eram pequenas deixando quase todo o tronco de quem usasse de fora.
“Sakura entrou”, foi a mensagem de Sasori.
Uma espécie de ansiedade e aperto estranho no estômago, invadiu Itachi. Sentiu até um gosto amargo na boca.
Mas, agora não tinha mais volta.
Outra mensagem.
“Caralho, coitadinha! A Sakura paralisou na porta.
E o Sasuke nem viu.
A Ino tá desentupindo a boca dele, e quando ele tenta empurrar ela segura e põe a mão dele nos peitos dela.”
Uma foto de Ino agarrando Sasuke no box do banheiro e uma Sakura em pé paralisada chegou para ele.
Enquanto Sasori gravava um áudio, Sakura passou pela porta segurando a bolsa com força e os cabelos na frente do rosto.
Itachi deu Play no áudio.
— Ino, o que você está fazendo? - Sasuke falou alto.
— Eu amo você, Sasuke! Me perdoa por tudo, eu só queria tentar mais uma vez.
— Ino, por favor, pára. Você já me machucou demais! Você não me amava antes, e não deve me amar agora.
— Eu amo sim, Sasuke! Eu juro. - disse ela chorosa.
— Não ama, não. Eu também achava que que amava você naquela época, mas você era só uma garota bonita, doce e divertida e eu estava encantado. Mas hoje eu sei a diferença de uma paixão platônica para o que é amor de verdade. Eu sinto.
— Sasuke...
— Eu não te odeio, Ino. Eu realmente quero que seja feliz - a voz dele era sincera – Eu só não sou o cara certo pra você
O áudio acabou. O que Itachi ouvia enquanto seguia Sakura com os olhos atravessando a escola até o estacionamento.
Estava feito.
A vitória era dele.
Por que então não se sentia muito festivo...