— Irina- Minha mãe falou- Ela deve ter nos denunciado aos Volturi. 
— Pode ter pensado que é uma imortal. Mas não entendo, Renesmee tem aparência de jovem. Por que ela nos denunciaria? 
— Irina deve ter pensado que ela cresceu conosco. Pode ter visto sua semelhança com Bella- Meu avô explicou- O pior crime cometido por um vampiro é criar uma criança, pois elas não podem ser controladas e colocam nossa espécie em perigo. Certamente, para ela seria uma grande forma de vingar a morte de Laurent.. Mesmo estando maior, nós cometemos um crime para eles. Tem motivos para nos matar. 
— Renesmee não é como tais crianças- A voz de minha mãe saiu rude- Não há ameaça! Ela nasceu, cresceu e aprendeu. 
— Tente explicar isso a eles- Jacob apareceu novamente, deixando minha tia Rose irritada- Ou lute. 
— Fedorento— Tia Rose bufou e recebeu um olhar apreensivo de meus pais. 
— Não podemos lutar! As armas dos Volturi são invensíveis e além disso eles estão em um número bem maior. E é bom não ir contra. Sasha, mãe das irmãs Denali, morreu quando transformou uma criança em vampira. Os Volturi mataram-la, Sasha e a criança imortal. 
— O que vamos fazer? - Perguntei. 
A ideia, a pequena luz de uma ideia sobre perder minha família me coloca a beira de um abismo assustador. Eu os amo, e não posso perde-los. Passei a beliscar minha perna enquanto um silêncio devastador se formava. Todos estavam pensando em o que fazer e eu só pude esperar por uma solução, até que meu pai, que antes estava sentado no pequeno e comprido banco de madeira italiana onde tocávamos piano, e agora estava perto das estantes repletas de livros, falou;
— Carlisle, você conhece muitos vampiros- Ele afirmou chamando minha atenção assim como de todos os outros- Precisamos deles. Podemos reunir testemunhas para provar que Renesmee não é uma criança imortal! 
Um silêncio devastador se formou na sala de estar enquanto todos pareciam pensar na sugestão, ou melhor, pedido de meu pai. Histórias e histórias já contadas para mim comprovavam a afirmação de meu pai. Meu avô Carlisle conhece muitos vampiros. Talvez a ideia de meu pai funcione. A vida de todos nós depende desta.
— Arrumem suas malas- Vô Carlisle se levantou- Vamos viajar por duas semanas. Temos amigos para visitar! Saímos no início da noite. 
Todos subiram para seus quartos e meus pais saíram, pois suas roupas estavam em nossa casa, dada de presente a minha mãe. Suspirei enquanto caminhava até a mesa onde costumava aprender idiomas com meu pai. Peguei a primeira e única caneta no pote e comecei a escrever algo insignificante, até que todo sentimento de medo que se acumulava em meu interior passasse para um simples papel amarelado. Amassei o papel e joguei-o no cesto de metal. 
— Não vou deixar que nada aconteça a você- Jacob falou decidido. O encarei por um instante e não pude evitar de desviar o olhar. A quanto tempo ele estava ali? 
— Ninguém vai- Respondi baixo demais, quase sem a certeza de que ele mesmo ouvira- É por isso que estamos à beira da morte. A família protege qualquer membro seu. 
Jacob acenou positivamente para mim e deu meia volta. Subi a escada da casa de meus avós. Enquanto caminhava pelo corredor, me deparei com a porta do quarto de tia Alice e tio Jasper aberta. Eles estavam de mãos dadas, olhando um para o outro. Inconscientemente, parei na porta de seu quarto e encarei-os até que notassem minha presença. Tia Alice sorriu de uma maneira feliz e segura. Retribui o sorriso e segui para o final do corredor, onde se encontrava meu quarto. 
Separei algumas roupas e as pus em uma mochila. Já não estava tão frio, pois o medo e toda a agitação pareceu fazer com que eu esquecesse do clima. Ao terminar de arrumar, alguém entrou no quarto. Meus país. 
— Esse joelho está feio- meu pai falou- Devia levar um kit de primeiros socorros. 
— Renesmee- Antes que eu pudesse ir até o banheiro atrás da pequena caixa branca minha mãe puxou meu braço, forçando-me a olha-la- Nós te amamos. 
— Eu também te amo, mamãe. - Falei convicta. 
— Separei cobertores e mantas. O inverno ainda vai demorar um bom trmpo para passar. Separou Bikinis? - Ela Perguntou. Meu pai já havia saído atrás de meu avô.
— Para que? 
— Vamos ao Brasil! Ninguém vai ao Brasil e volta pálido do mesmo jeito- ela sorriu- Não você. 
Gargalhei e fui em busca de um bikini no armário. Recebi ajuda para terminar de arrumar a mochila e me juntei a meu pai e meu avô no escritório. 
— Podemos nos dividir! Bella, Renesmee, você e Jacob podem ir até o Alaska, até o clã Denali. Enquanto Eu e Esme vamos até o Egito, até o Clã egípcio. Emmett e Rosalie podem ir atrás de Garret, um americano aventureiro, amigo meu... E podem encontrar outros e convence-los também. Já Alice e Jasper...
No mesmo instante em que Vô Carlisle iria listar o que tia Alice e tio Jasper fariam, ou para qual lugar iriam, três batidas na porta ecoaram. Ele parou de falar quando a porta grande e branca se abriu revelando a imagem de minha avó. Ela caminhou com uma expressão surpresa, mas que estava encoberta pela expressão seria. Nas mãos, trazia uma folha branca. Ela estendeu as mãos para meu avô que pegou o papel e rapidamente começou a lê-lo, em sua mente. Meu pai já sabia. Eu sou a única que ainda não entendeu. 
— O que aconteceu? - Perguntei baixo para meu pai. 
— Renesmee por que não vai até bella e...
— Eu já estou aqui- minha mãe falou, adentrando no escritório- O que aconteceu? - Neste momento, tia Rose e tio Emmett também já estavam no cômodo. 
— Alice e Jasper foram embora- Ele falou. Estava levemente surpreso. 
— Como assim? - Perguntei. 
Minha mãe estendeu as mãos e o bilhete passara para suas mãos. Antes de lê-lo em Voz alta, ela verificou a carta. 
— "ARRUMEM QUANTAS TESTEMUNHAS CONSEGUIREM ATÉ QUE A NEVE SE PRENDA AO CHÃO, É QUANDO ELES CHEGARÃO" 
— O que vamos fazer? - Tia Rose Perguntou. 
— Ela deixou o bilhete para... - Vô Carlisle Perguntou, mas fora cortado. 
— San. Ele veio nos trazer agora a pouco. 
— Alice e Jasper sabem o que fazem. Vamos continuar- meu avô falou- Está quase na hora de sairmos. 
[...]
A noite caiu junto a uma intensa tempestade de neve. As malas já se encontravam na garagem e eu só estava terminando de trancar a casa. Assim que terminei, segui atrás de Jake para a garagem. Os diversos carros, elegantes, já estavam ligados, esperando apenas para sair do galpão como pássaros velozes aprisionados. 
Eu despejei as duas mochilas em um Volvo C30, o carro prateado de meu pai. Já tio Emmett seguiu no Jeep Wrangler 4x4, e tia rose na BMW M3. Meus avós seguiram em uma Mercedes S55AMG. 
— Vamos para onde? - Perguntei.
— Alaska- Meu pai respondeu.
— Devemos chegar lá pela tarde! – A voz de minha mãe ecoou antes que meus pensamentos pudessem  me levar para outro lugar

http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_124/set?id=200429901 Look Renesmee