Like I'm gonna lose you escrita por bells


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo! Agora vamos conhecer um pouco da historia do Christian, espero que vocês gostem! Por favor comentem para saber se estão gostando!



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CHRISTIAN GREY

 

 _Senhor Grey, sua mãe está no telefone. – Disse minha secretaria assim que atendi.

—Obrigado, Andreia. Pode passar a ligação.

—Christian, meu filho! – Disse parecendo chateada. _Só assim para poder falar com você, tenho que chantagear a sua secretaria. Era você quem deveria me ligar todos os dias! O que fiz para merecer filhos como você. – Ela sempre fazia isso, ligava e começava a reclamar de como eras folhos horríveis, mas logo em seguida, mudava de assunto. _Você e seu irmão estão sempre ocupados e Mia apenas me liga uma vez por semana.

—A diferença entres eles e eu é que eu estou ocupado com coisas importantes. Elliot se preocupa apenas com festas e mulheres, enquanto Mia está correndo atrás de seu sonho maluco de ser atriz.

—Não fale mal dos seus irmãos, apenas eu posso fazer isso. – Disse mamãe me fazendo rir.

—Como a senhora quiser, mãe. Mas a que devo a honra de sua ligação.

—Eu sou sua mãe e posso ligar quando eu quiser sem nenhum motivo, mas hoje queria saber se você vai jantar em casa. Já liguei pro seu irmão e ele confirmou. – Minha mãe insistia que jantamos em família pelo menos uma vez por semana, Mia era a única que não podia comparecer, por morar em outra cidade, restando apenas eu e Elliot para satisfazer as vontades da Dr. Grace Trevelyan.

Eu não era uma pessoa muito ligada à família, nunca fui. Mesmo tendo sido adotado desde pequeno, sempre mantive minha distância. Amava meus pais e meus irmão, mas acho que nunca serei do tipo que quer uma família sempre por perto, prefiro estar sozinho, ter minha privacidade, sem ter que dar explicações a ninguém. Mas não conseguia negar nada a minha mãe.

—Claro mãe, só vou chegar um pouco tarde, tenho que terminar de ler alguns contratos.

—Tudo bem, filho, estarei esperando.

—Até ais tarde, senhora Grace. – Disse desligando o telefone.

Estava terminando de guardar minhas coisas e me arrumando para sair do escritório quando meu telefone tocou, peguei ele de dentro do meu bolso e vi o nome que brilhada na tela: Leila. Rapidamente desliguei e guardei o celular de volta no bolso.

Leila tinha sido uma de minhas amantes, sim amante, por que eu não tinha namorada, apenas mulheres com as quais eu gostava de fuder, sem envolvimento emocional ou qualquer tipo de ligação, tudo era apenas uma transação. Todas elas tinham que assinar um contrato e aceitar todas as minhas demandas e quando eu cansava delas, apenas as mandava embora. Mas Leila não aceitou muito bem o termino do nosso “relacionamento”. No dia em que a mandei embora, ela declarou seu amor por mim, disse que não iria me deixar e inclusive inventou que estava gravida de mim, o que era uma mentira, porque eu tomava todos os cuidados possíveis para que isso não acontecesse.

Tinha se passado uma semana desde a última vez que ouvi falar dela, antes me ligava todos os dias, tentou entrar em meu apartamento algumas vezes, mas foi detida pelos seguranças e, até tentou entrar na minha empresa, obtendo o mesmo resultado. Comecei a achar que ela tivesse superado, mas vejo que me enganei.

Ignorando a ligação de Leila, peguei minhas coisas e sai da empresa, Taylor me esperava do lado de fora com a porta carro aberta. Entrei no carro e nos dirigimos para a casa de meus pais.

—Christian! – Disse me pai quando abriu a porta. _É bom te ver filho, vamos entrar, estamos esperando você para jantar. Os dois entramos e andamos até a sala, onde minha mãe e meu irmão estavam sentados.

—Finalmente! Podemos jantar! – Gritou meu irmão.

—Deixa de ser mal-educado, Elliot. – Minha mãe o reprendeu. _Que bom que você chegou, filho. Como foi o trabalho? – Perguntou.

—O de sempre, contratos, projetos e empresários idiotas que não sabem o que estão fazendo e tentam complicar minha vida. – Respondi com ironia. _Fora isso, foi ótimo!

—Adora sua visão positiva da vida, irmão. Me faz sentir afortunado por não ter que estar em seu lugar.

—Parem com isso, agora vamos jantar, fiz a sua comida favorita.

—Por que eu não ganho minha comida favorita? – Reclamou Elliot.

—Fiz a sua sobremesa favorita. – Respondeu minha mãe sorrindo. Elliot ficou quieto e sorriu de volta.

Começamos a jantar e a comida estava realmente maravilhosa, adora a comida da Gail, mas não se comparava com a comida da minha mãe.

—Mãe, você falou com a Mia hoje? – Perguntou Elliot.

—Sim, a pobre ainda está muito nervosa e tristinha, eu queria ir visita-la, mas ela disse que não seria necessário e que viria nos visitar em pouco tempo.

Há uns dois dias um jovem foi assassinado na universidade da Mia, ficamos desesperados imaginando que ela pudesse ter estado no local, mas felizmente aconteceu de noite e apenas uma pessoa morreu. Ficamos surpresos ao saber que o jovem que morreu era um amigo próximo de Mia, aparentemente era noivo de uma de suas melhores amigas, não sabia muito da vida pessoal de Mia, muito menos de suas amizades.

—E a amiga dela? – Pergunto meu pai.

—Mia falou que ela está destruída. – Respondeu minha mãe. _Pobre, uma menina tão talentosa e adorável. Lembro que ela me comprou uma lembrancinha quando eu fui visitar a Mia.

—Você conheceu o noivo dela? _ Perguntou Elliot.

—Apenas uma vez e foi muito rápido, mas era um rapaz bonito e, pelo que Mia contou, era muito talentoso também. É uma pena ver pessoas no começo da vida partindo dessa forma.

—O que aconteceu com o assassino? – Perguntei. Não costumava me colocar no lugar das pessoas e não era muito empático, por isso os sentimentos ou estado emocional das pessoas não era relevante para mim, mas achava que a pessoa que fez isso merecia pagar e não andar solta por ai, podendo machucar alguém.

—Ele foi preso e ai ser julgado. – Respondeu minha mãe.

—Ouvi dizer que os advogados vão alegar demência, no final das contas ele era um jovem um pouco perturbado. – Completou meu pai.

         _Assim o infeliz vai ficar internado em um sanatório e sair assim que os médicos acharem que ele está bem! – Cuspi cada uma das palavras.

         _Infelizmente as coisas são assim, filho, as vezes a “justiça” não é o que esperamos.

         _Eu espero que ele pague pelo que fez. – Conclui.

         _Bom, vamos mudar de assunto. Mia disse que vai vir nos visitar dentro de pouco e estava pensando em fazer um jantar especial, pensei em fazer uma festa, mas não acho que ela esteja com ânimo para isso. O que acham? – Perguntou.

         A conversa continuou normalmente, mas eu não conseguia tirar aquela história da minha cabeça, eu não conhecia a amiga de Mia e nem o noive dela, mas tudo isso e incomodava, acho que deve ser porque Mia está envolvida e poderia ter sido ela no lugar daquele cara, pelo que eu entendi o alvo era a menina e não o noivo, qualquer um que estivesse com ela naquela hora teria morrido.

         _Obrigada por vir, filhos. Espero que venham me visitar com mais frequência.

         _Farei o possível. – Respondi lhe dando um beijo.

         _E não se esqueçam do jantar semana que vem, a irmã de vocês precisa do apoio da família neste momento.

         _Estaremos aqui, sem falta. – Respondeu Elliot. Nos despedimos e fomos embora.

         Cheguei na minha cobertura e tudo estava como sempre, silencioso e meticulosamente arrumado. Andei até me quarto, tomei meu banho e deitei na minha cama. Todos meus dias eram da mesma forma, gostava de rotina, gostava de ter o controle e saber exatamente o que iria acontecer. Nada de surpresas, nada inesperado.

         [...]

         A semana se passou normalmente, no trabalho, o mesmo de sempre, contratos, reuniões e projetos. Minha mãe me ligando todos os dias para saber como estava e me contando notícias sobre Mia e os arranjos do jantar. Até que o final de semana chegou, junto com o tão esperado jantar. Estava em casa terminando de me arrumar para sair, quando meu celular tocou, quando olhei para a tela vi o nome de Leila nele, como sempre desliguei –“talvez devesse mudar meu número”- pensei. Peguei as minhas coisas e saí em direção a casa da minha mãe.

         [...]

         _Christian! – Gritou Mia enquanto me abraçava.

         _É bom te ver baixinha! – Brinquei com ela. _Como foi a sua viagem? – Perguntei.

         _Foi boa. Vem, quero te apresentar a alguém.- Disse me puxando para dentro da sala. Entramos na sala principal e vi uma loira sentada ao lado de minha mãe. _ Christina, está é minha amiga, Katherine Kavanagh, bailarina. Kate este é meu irmão mais velho, Christian. – Nos apresentou. A moça se levantou e veio andando na nossa direção. Devo admitir que era muito bonita, cabelos loiros e compridos e um corpo pequeno e delgado. –“Mas não é meu tipo”- pensei.

         _Prazer em conhece-la senhorita Kavanagh. – Disse estendendo minha mão.

—O prazer é meu. Mia sempre fala dos irmãos dela.

—Fala? – Perguntei sorrindo pra Mia.

—Sim, falo do quanto vocês são insuportavelmente chatos. – Respondeu me fazendo rir.

—Elliot ainda não chegou? – Perguntei percebendo sua ausência.

—Já ligou e disse que está saindo do trabalho. – Respondeu minha mãe.

Elliot e o resto dos convidados chegaram logo em seguida iniciando o jantar. Sentados na mesa pude perceber o interesse de Elliot pela amiga de Mia, estavam sentados um do lado do outro e eu estava na frente, podendo ver os olhares trocados e os sorrisos sem graça que os dois davam. No final do jantar fomos todas para a sala e ficamos conversando, depois de algum tempo os convidados começaram a sair, deixando apenas minha família e a amiga de Mia na sala.

—Vocês já tentaram falar com ela? – Perguntou minha mãe. Elas estavam falando sobre a amiga que perdeu o noivo. Aparentemente ela estava na cidade, morando com os pais.

—Já tentamos, mas ela não quer nem nos receber. – Respondeu Mia.

—A mãe dela disse para darmos um tempo a ela. – Disse Kate.

—Mas poxa! Somos as melhores amigas dela e ela simplesmente sumiu sem falar nada! Apenas mandou uma mensagem dizendo que estava em Seattle e que queria ficar sozinha! – Desabafou Mia. _Ai a gente vem pra cá e ela nem nos recebe!

—Filha, você tem que entender que ela passou por uma situação traumatizante. – Meu pai começou a falar. _Ela precisa de um tempo para sarar. Perder uma pessoa que a gente ama não é fácil, principalmente daquela forma.

—Eu sei, pai. Mas a gente queria ajudá-la a passar por esse processo. Ela sabe que pode contar com a gente.

—Não duvido, mas talvez ela precisa fazer isso sozinha. – Respondeu minha mãe.

—Talvez ela não queira que vocês passem por isso junto com ela. – Falei e todos olharam pra mim. _Ela deve estar se sentindo perdida e sofrendo muito, talvez ela não quer que vocês vejam ela assim, que tenham que passar pelo que ela está passando. Ela só está tentando proteger vocês. – Conclui. Tudo isso fazia sentido para mim, não querer que as pessoas que me amam me vejam dessa forma, mesmo não tendo empatia eu sei o que os outros a têm.

—Isso é ridículo! – Disse Mia. _Por que ela sofreria sozinha? Além do mais, a gente também perdeu o Nick, ele era nosso amigo. – Pude ver como uma lagrima escapou de seus olhos quando ela disse a última frase.

—Não estou diminuindo sua dor, Mia. Mas pense em como você se sentiria se perde-se a pessoa que você ama e que ainda fosse sua culpa. – Soltei sem pensar.

—Christian! – Gritou minha mãe.

—A culpa não foi dela! De que diabos você está falando? – Kate me surpreendeu quando se levantou e gritou na minha direção.

—Como pode dizer uma coisa dessas? – Pergunto Mia.

—Só falei o que todo mundo está pensando, inclusive ela mesma. Pensem comigo, o cara queria matar ela e acabou atirando no noivo. Vocês não se sentiriam culpadas? – Perguntei olhando para as três. 

—Ela está se sentindo culpada. – Afirmou Kate. _Mas não foi assim, a única pessoa culpada foi aquele infeliz.

—Se ela se sente culpada, por que não disse nada? – Pergunto Mia.

—Como você mesmas disse, vocês também perderam um amigo. Ela, não só se sente culpada pela morte do noivo, como também pela morte de um amigo, um filho... – Ao terminar todos ficaram me olhando, mas desta vez pareceram entender.

—Meu Deus! Pobre Ana. – Mia disse tampando a boca.

—É por isso que ela não quer ver ninguém que conheceu o Nick. – Disse Kate. As duas sentaram de volta no sofá.

—Deem à ela o tempo que precisa, quando ela estiver pronta vai procurar vocês. – Disse meu pai.

—Vocês tem razão, só queria poder ajudar. – Reclamou Mia. _Bom acho melhor a gente ir dormir. – Disse levantando junto com Kate. _Boa noite.

—Boa noite filha. – Disseram meus pais juntos.

—Boa noite baixinha. – Respondi.

—Boa noite. – Disse Kate sorrindo e faltou meu irmão se ajoelhar aos pés dela.

—Boa noite Kate, foi um imenso prazer te conhecer. – Disse ele beijando sua mão. “Ridículo” – Pensei. Kate apenas sorriu sem graça.

—Boa noite queria. – Disse meus pais e as duas subiram as escadas.

Eu me despedi de meus pais logo e depois e fui até meu apartamento. O resto da semana se passou sem problemas, Mia e sua amiga ficaram mais uns dias, mas tiveram que voltar por causa das aulas sem conseguir falar com a amiga delas. Minha semana foi a mesma de sempre, trabalhando. Sexta feira chegou e queria descansar um pouco, estava planejando sair da cidade no final de semana, era a única forma de poder me desligar da empresa.  

—Taylor, está tudo pronto? – Perguntei saindo da minha sala.

—Sim, senhor. O helicóptero já está esperando.

—Obrigado, só preciso passar em casa pegar algumas coisas e podemos ir.

Entramos no carro e fomos em direção à Escala, assim que chegamos desci do carro e fui em direção ao elevador privado, por algum motivo estava sentindo que tinha alguma coisa errada, mas ignorei. Cheguei até a cobertura e antes de entrar percebi que a porta estava aberta.

—Senhor, espere aqui. – Disse Taylor entrando na minha frente. Eu ignorei suas indicações e fui atrás dele. Andamos pelo apartamento inteiro e não encontramos ninguém. O último lugar foi meu quarto, era o único que mostrava sinais de que alguém esteve lá, algumas coisas estavam fora do lugar e meu armário tinha sido revirado. Finalmente revisamos o banheiro, onde nos deparamos com uma cena assustadores. Leila estava nua dentro de minha banheira banhada em sangue, sangue que vinha de seus próprios pulsos.

—Chama uma ambulância! – Gritei para Taylor enquanto entrava na banheira para tira-la de lá. Ela não podia morrer.


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Notas finais do capítulo

Até o proximo capítulo!