Like I'm gonna lose you escrita por bells


Capítulo 11
CAPÍTulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou de volta. Espero que gostem do capítulo.



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—Então é isso que você quer? Uma noite de sexo comigo? – Merda agora estava me sentindo uma pessoa terrível. Como as pessoas fazem isso? Mia falou que era fácil. Tudo bem que ela não me disse pra fazer isso com o irmão dela...

— Desculpa eu... não sei. Eu não sei o que queiro. Mais cedo que achei que soubesse, mas não sei mais. Estou mais perdida do que estava antes e agora eu te ofendi. Eu sinto muito. 

—Hey, calma. Não queria te deixar nervosa. Apenas queria que você tivesse certeza do que quer. Porque eu tenho certeza do que quero. – O que ele estava querendo dizer? _ Eu quero você Anastácia, e não apenas por uma noite.

[No dia seguinte...]

Minha cabeça estava me matando, tinha esquecido como odiava ressacas, mas a pior ressaca no momento era a moral... Eu queria poder dizer que esqueci o que aconteceu na noite anterior, que o álcool apagou as memorias, mas isso não era verdade, eu lembrava de cada detalhe. Tudo estava um pouco confuso e embaçado, mas estava lá. Cada palavra minha e dele.

Depois do momento mais vergonhoso da minha vida, Christian decidiu me deixar em casa, mas antes de me deixar sair disse que teríamos uma conversa. Uma conversa com zero influência de álcool.

Passei a manhã pensando em formas de sumir do país, talvez eu pudesse chegar ao Canadá de carro.

Mia me ligou cedo, para perguntar como eu estava e a única coisa que conseguia pensar era: Como ela conseguia? Ela bebeu a mesma quantidade, ou mais do que eu, e estava como nova, cheia de energia. Eu contei tudo que tinha acontecido, ignorando completamente a parte onde me ofereci sexualmente ao irmão dela. Ela fez uma piadinha sobre como eu perdi minha oportunidade, mas eu ignorei, não queria pensar nisso. Hoje tinha o dia livre, livre de Mia. Ela estava ocupada resolvendo algumas coisas não relacionadas com o casamento, então não precisaria me arrastar para lugar nenhum. Então decidi me desligar do mundo, literalmente. Desliguei meu celular na esperança de adiar a terrível conversa. Talvez ele esqueça...

—O que você acha de a gente passar o dia todo deitados no sofá, Gus? – O pequeno gato andou até mim e se esfregou na minha perna. _Acho que isso é um sim.

Gus e eu passamos o dia assistindo filmes. Estava tão distraída que não percebi as horas passando, quando olhei para o relógio já eram três horas da tarde e eu não tinha comido nada desde o café da manhã.

—Acho que vamos pedir uma pizza, Gus.

Ligue para a pizzaria perto de casa, eles já sabiam o que eu queria. Acho que preciso parar de comer tanta pizza e começar a correr de novo... A pizza demoraria 20 minutos, tempo bastante para vestir algo descente. Corri ao meu quarto e coloquei a primeira coisa que achei, um moletom velho e uma legging. Quando terminei de me trocar a campainha tocou. “Nossa, isso foi rápido.” Pensei.

—Que bom que foi rápido, estou morrendo de fome. – Disse enquanto abria a porta. Estava realmente morrendo de fome.

—Sinto te decepcionar, mas não trousse comida. – Merda! O que ele estava fazendo aqui?

—O que você está fazendo aqui?

—Eu vim ver se você estava viva, já que seu celular parece não estar. – Disse descontraído.

—Ah... ele está desligado. – Respondi sem saber mais o que falar.

—Posso entrar?

—Claro, desculpa. – Disse abrindo espaço para que ele pudesse entrar.

A presença de Christian era algo intimadora. Meu pequeno apartamento parecia ainda menor com ele de pé no meio da sala.

—Fica à vontade. – Disse sem graça e sem necessidade, já que ele parecia muito confortável.

—O seu celular estragou? – Perguntou.

—Ah? Não, eu apenas queria me desligar um pouco hoje.

—Por um segundo eu achei que você estivesse tentando me evitar. – Droga, eu não o estava enganando nem um pouco.

—Por que eu estaria te evitando? – Eu iria usar a táctica da perda de memória. Era minha única saída.

Christian se aproximou de mim, ficando perto demais.

—Você não lembra de nenhum motivo para fugir de mim?

—Eu não lembro de muita coisa, apenas que eu passei mal e você me trousse para casa. – Menti descaradamente.

—Por que eu acho que você está mentindo? Você não parecia tão bêbada ontem.

—Estou falando a verdade! Por que eu mentiria? – Tentei manter a calma e sustentar minha mentira.

—Eu posso começar te contanto o que aconteceu ontem, já que você, aparentemente, perdeu a memória. – Merda! Eu não achei que ele tivesse coragem de contar o que aconteceu. Onde foi parar o cavalheirismo? _Primeiro você bebeu muito, mesmo tendo falado que não iria beber, quando eu estava trazendo você para casa você....

—Chega! – O impedi de continuar falando. Eu não precisava ouvir isso dele.

—Então estava certo quando falei que você estava mentindo. – Disse sorrindo.

—Eu acabei de lembrar... – Não queria admitir minha mentira, mas acredito que estava marcada na minha cara que não era verdade, podia sentir minhas bochechar ardendo.  

—Que conveniente. Mas já que sua memória voltou, podemos conversar.

—Não precisamos conversar, eu retiro tudo que falei ontem. Estava bêbada e não fazia a menor ideia do que estava falando.

Antes que Christian pudesse responder, a campainha tocou de novo. Devia ser minha pizza. Corri rapidamente até a porta evitando o olhar de Christian.

—Oi Ana, aqui está sua pizza! – Disse Josh, o entregador da portaria, ele me trousse tantas pizzas nos últimos anos que eu o poderia considerar um amigo.

—Obrigada Josh, deixa eu pegar o dinheiro. – Respondi sorrindo.

—Pode deixar que eu pago. – Disse Christian atrás de mim, segurando uma nota de 50. _Pode ficar com o troco. – Josh pegou o dinheiro sem graça, se despediu de mim e saiu.

Eu fechei a porta e me virei na direção de Christian, ele tinha um sorriso vitorioso no rosto.

—Não tinha necessidade disso.

—Eu sei, mas eu queria. – Respondeu ainda sorrindo. _Além disso, eu também estou com fome. – Disse abrindo a caixa de pizza.

—Eu não te convidei para comer.

—Mas eu paguei pela pizza.

—Porque você quis! – Ele estava começando a me irritar, mas ele não parecia minimamente interessado nas minhas reclamações.
            _Anastasia, eu sei que você é uma pessoa teimosa, percebi isso no primeiro dia. Mas eu sou muito mais teimoso, não teria chegado onde estou se não fosse. Então eu recomendo que você sente aqui, pegue um pedaço de pizza e fale comigo, porque não pretendo ir a lugar nenhum. – Disse sentando no meu sofá com um pedaço de pizza na mão. Eu não tinha escapatória, teria que falar com ele de uma forma ou outra.

—Ok. – Falei sentando no sofá e pegando um pedaço de pizza. _O que exatamente você quer discutir? – Mordi um pedaço da minha pizza para tentar me acalmar.

—Eu gosto de você. – Disse sem prévio aviso, me fazendo engasgar com a pizza. _Você está bem?

—Sim... eu... – Não conseguia formular uma frase.

—Eu não gosto de dar voltas ao assunto. Se eu quero algo vou atrás. A única coisa que estava me detendo era o fato de você ser amiga da Mia e de não saber se você sente o mesmo. Mas considerando o que aconteceu ontem, acredito que tenho uma chance.

Merda! Ele estava falando sério. Christian Grey estava sentado na minha sala, no meu sofá, falando que gostava de mim. Não era isso que eu queria. Eu queria uma noite de diversão, começar a voltar ao normal aos poucos, nada sério. Eu não imaginei que fosse terminar assim, não achei que ele fosse o tipo de cara que estivesse atrás de um relacionamento. O QUE EU FAÇO AGORA!? Ele é o irmão de uma das minhas melhores amigas e, provavelmente, o homem mais gostoso que já conheci..., mas isso não muda nada. Muda?

—Ana você está sentada olhando para o nada há alguns minutos. Estou começando a ficar preocupado.

—Eu não sei o que falar...- Respondi sinceramente.

—Talvez eu devesse te dar um pouco de tequila, isso fez com que você falasse muito ontem. – Brincou.

—Você é o irmão da Mia.

— Sou consciente disso. Mas você não pareceu se importar com isso ontem. – Disse dando mais uma mordida no seu pedaço de pizza.

—Era diferente!

—Diferente porque ontem você só queria sexo?

—NÃO! – Gritei. Ele me olhou com uma sobrancelha levantada. _OK, sim era o que eu queria, mas estava bêbada. Você não pode acreditar no que um bêbado fala. -Tentei me defender. Christian me deu um sorriso vitorioso.

—Então não é mais isso que você quer? – Perguntou.

—Eu não sei mais o que quero. – Essa foi a primeira coisa sincera que falei desde que Christian chegou.

—Você não precisa saber agora. – Disse calmo colocando o resto de sua pizza dentro da caixa. _Eu sou teimoso, mas também sou uma pessoa muito paciente. Posso esperar.

—Esperar? – O que exatamente?

—Sim, esperar que você descida o que quer.

—E até então...

—Até então vamos ser amigos. – Disse ficando confortável no sofá.

—Amigos?

—Sim, amigos. Você entende o conceito de amigos, não? – Disse sorrindo.

—Eu tenho amigos.

—Mia e Kate não contam, elas fazem todo o trabalho de manter a amizade. – Jogou na minha cara. Mas ele estava certo. Se não fosse pela insistência de Mia e Kate eu, provavelmente, estaria sozinha no meu apartamento por tempo indeterminado.

Respirei fundo se sentei do lado dele no sofá, me sentindo mais relaxada. Na verdade, era a primeira vez que me sentia relaxada perto dele.

—Amigos então. – Disse pegando uma fatia de pizza.

Christian decidiu se juntar à nossa maratona de filmes, mesmo eu tendo insistido que ele vá embora. Ele rebateu falando que precisávamos fortalecer nossa amizade. Ele e Gus se deram muito bem. Mesmo meu pequeno gato não gostando de estranhos, se deitou ao lado dele no sofá e Christian não pareceu se incomodar com isso.

 Assistimos mais dois filmes, terminamos de comer a pizza toda e conversamos bastante. Christian era a primeira pessoa, depois de Mia e Kate, que eu permiti se aproximar tanto de mim. Eu podia não saber o que queria, mas estava certa de que Christian Grey não era apenas meu amigo.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou menor, mas acho que assim é melhor. Se preferirem capítulos maiores me avisem.



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