DRABBLE 1

Vi Clarke se aproximando do poste em que eu estava preso. Não, Clarke! Quis gritar. Ela se aproximou de Lexa, a comandante que mandou me torturar. Não que ela tivesse errada, afinal, eu havia tirado 18 vidas. Crianças, idosos, esposas, maridos. Avós, tios, primos, irmãos. Mas, a cima de tudo, seres humanos. Tudo por ela. Agora eu seria torturado e morto por ela. Não podia deixar ela morrer, ou seria por nada.
Clarke veio até mim, lágrimas corriam por seu rosto. Aquele rosto que eu aprendi a amar. Aquele rosto que havia me salvado tantas vezes. Aquele rosto que eu queria ver depois que ela sumiu. De longe, vi Raven. Mas ela não importava. Não tanto quanto Clarke.
A loira me beijou. Um beijo cheio de amor e remorso. Cheio de lágrimas e sangue.
Ela me abraçou. Senti algo perfurando minha barriga, uma dor e um líquido acompanhavam. E Clarke, tudo que importava no momento.
–Eu também te amo, Finn.- ela disse. Pousei minha cabeça em seu pescoço. Fechei os olhos. Seus braços me envolvendo, carinhosamente. O que era contraditório, já que ela havia acabado de me matar.
Eu te amo. Pensei antes de perder a consciência.

DRABBLE 2
Eu amava Clarke Giffin. Aquela certeza me veio quando a vi, de relance, conversando com Finn. Tão íntimos. Eu a queria só para mim. Eu precisava dela só para mim. Precisava vê-la chegando em casa, no fim do dia. Sorrir e beijá-la. Perguntar-lhe como tinha sido seu dia, e contar-lhe o meu. Então, ver crianças correndo pela sala, abraçando-a, mamãe, mamãe, diriam. Então iriam dormir. Eu a conduziria até a cozinha, lhe serviria comida. Conversaríamos, riríamos. Eu lhe diria Te amo, Clarke, e ela responderia Também te amo, Bellamy. Então nos beijaríamos, e seríamos interrompidos pelas crianças, eca! diriam elas. Clarke riria, aquele riso, colocaria nossos filhos em seu colo e diria Vou contar para vocês uma história. E então contaria tudo o que estávamos vivendo naquele momento. Os 100, A Arca, os grounders, os montanheses
–BEL!- gritou-me alguém. Octavia.
–OC! -gritei-lhe de volta. E vi a batalha se aproximando Sou um guerreiro pensei Pela Clarke!

DRABBLE 3

Quando eu a vi se aproximando, sabia que algo não estava certo. Clarke não viria falar comigo se não houvessem problemas, ela ainda não confiava totalmente na gente.
Ela estava linda. Seus cabelos loiros presos parcialmente, aquela jaqueta velha que a deixava super sexy. Quis beijá-la. Não, Lexa! Esta não é sua batalha. Não se apaixone por ninguém, não se novo. Me repreendi, mas a verdade é que eu estava doidinha por ela. Claro, ela tinha muitas fraquezas, mas eu também tinha. Uma delas foi me apaixonar por Clarke Griffin.
E eu acertei. Tínhamos um problema: um míssil seria disparado em Tondc. Todos seriam mortos. Mas eu não me importava. Tudo o que eu me importava era mantê-la a salvo.
Clarke sugeriu uma evacuação geral. Claro disse meu cérebro. Você não poderá salvá-la disse meu coração.
Ouça seu cérebro, Lexa, não deixe a emoção dominar.
–Vamos fugir.- propus, antes que pudesse me segurar. Expliquei meu plano. Clarke concordou. Isso quer dizer alguma coisa? Não sabia, e não gostava dessa sensação.
Só o tempo vai dizer.

DRABBLE 4

Um raio de sol atravessou a janela, iluminando o rosto um enrugado de Octavia. Seus cabelos brancos contrastavam o vestido preto que usava. A senhora olhou para fora. O dia estava lindo. O que a fez ficar mais triste. Ela encostou no parapeito e suspirou.
Lincoln a abraçou por trás. Na mão marcada pela a idade, com as veias salientes, destacava-se um fetiche dourado, que refletia o sol. Uma aliança. Ouro amarelo, que se vista de relance não aparentaria os mais de 60 anos que tinha. Agora, se vista de perto, seria possível perceber o desgaste do anel. Alguns pontos menos brilhantes. Um pouco irregular nas laterais. Mas o que realmente importava para Lincoln era o escrito Octavia que roçava contra seu anular.
A mulher apoiou a cabeça em seu peito. Enlaçou sua mão na dele. A aliança exatamente igual, exceto pelo nome no interior. Deixou lágrimas escorrerem pelo irmão que perdera naquela semana. Do outro lado da rua, sentada na cadeira de balanço estava Clarke. Os olhos inchados, um vestido preto rendado. Seu olhar encontrou o da cunhada e ambas sorriram, um sorriso triste, de compaixão. As duas haviam perdido alguém que realmente amavam.