Teen Wolf Season 2- Waterproof escrita por Apenas Lorena
Notas iniciais do capítulo
Trailer atrasado da season 2 ->https://www.youtube.com/watch?v=x1esX_vC_4M
E aê pessoal! Demorei, peço desculpas e não tenho justificativa exata, já que várias razões me fizeram atrasar esse capítulo. Na verdade ele tá mais do que atrasado, ele tá sacaneado e saiu primeiro (dois dias atrás) no wattpad :'( sorry.
Mas, então, tá aí: Loren Koreshkov fazendo várias merdas como sempre, trazendo alegria para dezenas de brasileirinhas (os) e até mesmo para a galera de fora, já que no wattpad a fic também é lida em Portugal, USA, Canadá (e etc) por pessoas de todos os sexos e idades!
Tá chegando uma página no facebook também que eu estou preparando e uma Wikia. Como algumas pessoas já sabem, a fic tem INSTAGRAM, onde algumas imagens promocionais são postadas.
Leiam, comentem, opinem e ENJOY ♥
—Apenas £orena
"Ciúmes"
Capítulo 7
Eu estou completamente e indiscutivelmente ferrada.
O sorriso nada convincente na cara do Gerard Argent era assustador. Eu nunca gostei dele, não que ele tenha feito nada extremamente ruim pra mim até hoje, mas segundo Red, ele e o meu pai não se davam muito bem.
Eles me levaram para a casa dos Argent, bem, não é exatamente a casa dos Argent, é o porão deles.
Estou sentada em uma cadeira desconfortável. Não estou presa, mas estou sendo observada por Chris e Gerard, que discutem/cochicham algo.
Os observo atentamente enquanto também me observam.
—Vocês vão passar a noite toda olhando pra minha cara?- Perguntei.
Eles não deram um pio depois que saímos do meio do nada. Só me "acompanharam" até o carro e me trouxeram até aqui.
—Loren, está ciente do que está acontecendo?- Chris me perguntou.
—Uhum.- Resmunguei
—Você sabe o que viu?-
—Um Kanima.-
—Como sabe disso?-
—Professor Google. Vocês vão me matar?-
—Não-
—Ahh, então vocês só matam adolescentes com licantropia.- Gargalhei.
—Então sabe o que nós somos?-
—Vão me bater? Manter em cárcere numa ilha da qual eu não consiga escapar? Lavagem cerebral? Chantagem? Nadinha?-
—Não-
—Ótimo!- Sorri e me levantei da cadeira. -Boa noite.- Disse me dirigindo à escada.
—Chris não responde por mim.- O velho falou.
—E eu não ligo.- Sorri. -Não sei o que quer, mas com certeza a minha resposta é "não".-
Uma tempestade estava prestes a chegar à cidade. Os pássaros migravam e Loren não via mais borboletas em seu jardim.
—Loren, querida. Saia da janela.- O pai falou carinhosamente indo até onde a garotinha estava e a afastando da beirada. -Pode ser perigoso. Dizem que raios são atraídos por meninas fofinhas.- Brincou e a criança gargalhou. O homem fechou a janela, mas Loren ainda pode ver um homem passar acenando do outro lado do jardim. O homem tinha o rosto negro e carbonizado e sorriu. Um sorriso conhecido e repudiado por Loren.
Então Peter Hale começou a se aproximar da casa.
Acordei sobressaltada e a gargalhada de Peter soou pelo quarto.
—Que inferno!-
—Raios são atraídos por meninas fofinhas. Tenho que admitir, Loren, você era uma gracinha...E bem menos violenta.-
—Some daqui, são três da madrugada.-
—E não dizem que é essa a hora do sobrenatural?-
—Aparentemente é a hora dos babacas também.- Resmunguei puxando o edredom. Peter estava sentado ao lado da cama na minha poltrona.
—A razão de interromper seus belos sonhos com o papai, Loren, é trazer boas notícias.-
—Boas notícias? Vindas de você?-
—Sim. Eu vou sumir por um tempo.-
—GLÓRIA DEUS!- Me levantei e comecei a pular em cima da cama. -Me diz que não é mentira!-
—Não é mentira, e se eu fosse você, parava de pular em cima da cama, vai acordar aquele tutor canalha que gosta de te bater.-
—Ah, é.- Falei, sentando na cara. -Deixa só eu vencer o processo. Eu vou chutar a cara dele.-
—Agora que o recado está dado, eu vou indo.-
—Fica à vontade, aproveita e nem volta.-
—Ahhh, mas qual seria a graça? Eu vou justamente para voltar. Nos vemos em breve, Koreshkov.- Disse e se dissipou no ar.
O despertador tocou e o sol quente já estava em meu rosto.
—Super pronta para um dia sem Peter.- Sorri e me dirigi ao closet. Sorridente, passeei pelas fileiras e prateleiras com a intenção de não ir como uma mendiga para a escola. Acabei não escolhendo uma grande roupa, mas escolhi algo com um caimento legal.
Desci com a mochila nas costas e vi alguns cacos de vidro no chão...com sangue.
Fiquei de cócoras e examinei um pedaço de vidro. Estreitei meus olhos e olhei ao redor, várias coisas haviam sido quebradas.
—Não é muito cedo, Loren?- A voz soou.
—Pra destruir a casa? Por que você não me responde essa?- Respondi ainda sem saber de onde Kinney falava.
—Você- Ele fez uma pausa.-Chegou bem tarde ontem. Aliás, hoje. Esta casa não deve ficar aberta à altas horas.-
—É a minha casa.-
—Não, Loren. É a minha casa, e na minha casa têm regras.-
—Sim, vai sonhando...Agora, sonha alto.-
—Não tão alto.- Ele apareceu na minha frente e se ajoelhou. O rosto perto de mim era assustador e maldoso. -Dez horas. Nenhum minuto à mais. Troquei as fechaduras.-
—Você acha que vai conseguir algo com isso?- Perguntei.
—Muito mais do que você possa imaginar, meu amor.- Disse segurando meu queixo com uma força que não parecia dele.
—Eu vou acabar com você. Sabe que isso nunca vai dar certo.- Sussurrei.
—É o que veremos.-
—Loren?- Stiles perguntou enquanto andávamos para a aula.
—Hum?-
—Você tá meio desatenta. Aconteceu alguma coisa?-
—Nada.- Balancei a cabeça.
—Eu disse que estamos com o Jackson preso em uma van.-
—Sim.-
—Loren, o que diabos está acontecendo?- Segurou meus pulsos, parando meus passos largos.
—Até agora nada, mas se continuar me perguntando, eu garanto que alguma coisa vai acontecer.-
—Foi o Kinney?-
—Não.- Desviei o olhar.
—Foi sim.- Afirmou.
—Tá, e daí?- Me desvencilhei e entrei na sala para a aula de álgebra.
Durante toda a aula pensei na versão pro de Kinney. Se ele já era chato, agora com esse ar de quem fugiu de doido tá pior.
—Koreshkov?- O professor chamou minha atenção.
—Senhor?-
—Por favor, resolva a equação no quadro.-
—Eu posso tentar, não garanto resultado.- Falei, me levantando.
—Muito engraçadinha. Pode começar.- Disse. Coloquei os óculos de grau baixo, pois estava meio desorientada. Não que eu seja cega, mas pra mim é quase impossível fazer uma conta sem óculos. Com óculos já é ruim, sem ele... Meus dedos haviam acabado de tocar o giz, quando algo refletiu em minha lente. Virei minha cabeça instintivamente para onde vinha a luz, ou seja, a janela.
—Senhorita Koreshkov...- Começou a reclamar quando eu estreitei os olhos tentando enxergar o rifle de longo alcance que estava apontado em direção à sala de aula.
Rifle de longo alcance.
Levei alguns segundos para processar enquanto o professor gritava comigo e só deu tempo de eu me mover um centímetro quando senti a bala passar de raspão no meu tórax, uns centímetros abaixo do seio esquerdo, bem perto do coração, acima da cintura.
Eu tenho a leve impressão de que alguém tentou me matar.
A chuva de cacos de vidro causada pela bala fez com que alguns alunos baixassem a cabeça com o susto.
Os alunos, assim como o professor não tiveram reação, à não ser Stiles.
O giz caiu da minha mão e caminhei pra fora da sala.
O corredor vazio logo foi lotador por alunos e professores. Continuei andando, ignorando alguns chamados, para fora da escola.
Fui para a parte externa, mais próxima da floresta, onde eu havia visto o homem com o rifle.
Procurei-o e só achei a cápsula.
—Loren?- Stiles chamou.
—Droga! O que é, agora?- Gritei.
—Tá sangrando.- Apontou pra mim.
—Ah, tá.- Suspirei. -Relaxa, isso não foi nada.- Disse me baixando para pegar a capsula. Stiles estava com o celular à mão.
—Nem pense nisso.- Avisei, passando por ele e indo em direção ao estacionamento.
—Em quê?-
—Não sei pra quem quer ligar, mas de qualquer jeito, não liga.-
—É uma pena, era um lindo vestido.- Ouvi a voz familiar atrás de mim.
—Eu sei, foi um presente seu, Red.-
POV. Stiles.
Estávamos num local afastado do centro da cidade.
—Como está tão calmo? Achei que se importasse.- Falei.
—Claro que eu me importo.- Falou com o sotaque habitual. -Stiles, você tem que entender que a Loren não funciona como as outras. Ela não liga se está sangrando ou morrendo. Ela tá mais preocupada com uma peça de roupa da Calvin Klein do que com a própria pele. Não vai conseguir nem um band aid dela com desespero. Ela é importante pra mim.- Disse enquanto observávamos Loren de longe sendo suturada por Dembe.- Se ela é importante para você, tente se adaptar.- Observei como o rosto dela era calmo e descontraído. Ela não parecia ligar para o que havia acabado de acontecer.
Ouvi um barulho e vi Derek indo em direção à Loren.
—Não tão rápido.- Red barrou Derek, que o olhou com ódio.
—Preciso falar com ela.-
—Não, rapaz. Você precisa é de um abraço.- O sorriso irônico de Red aborreceu Derek. -Sei que precisa saber se ela está bem, então eu lhe garanto: Loren está bem, viva e suturada. Como você pode, obviamente, observar daqui.-
—Por quê você não me ligou?- Me perguntou.
—Ela não quis.- Dei de ombros tentando disfarçar um sorriso que brotava no canto da minha boca.
—Ela levou um tiro. Quando a Loren leva um tiro, alguém me chama! Não importa o que ela diga.-
—Ah, claro! Até porquê, você é formado em medicina, né?- Falei e ele me deu um empurrão.
—Você brinca com a vida dela?- Me acusou. -Foi egoísta e ciumento. Se eles ainda estivessem na cola da Loren, hum? O que iria fazer? Ricochetear a bala com o seu sarcasmo?-
—Opa, opa, opa!- Ouvi Loren. -Gente, que gritaria toda é essa? Oh, palhaçada. Derek, se controla, querido.- Riu.
Derek esqueceu de mim na hora, como se eu nem existisse e passou como uma flecha em direção à Loren a abraçando.
E eu quis matá-lo naquele momento.
Derek me abraçou como se não me visse há anos, consequentemente me machucando. Vi Stiles ao lado de Red. Ele tinha uma face distorcida e aparentemente irritada, enquanto me observava com Derek. Se ele não fosse tão alienado pela Lydia, diria que isso é ciúme.
—Hum...- Resmunguei.- Hale, isso dói.- Falei e ele se afastou um pouco.
—Eu sei.- Falou segurando minhas duas mãos. Nesse momento, por mais macumba que pareça, a dor começou a passar. Ok, que foi um tiro de raspão, mas era um rifle, e tirou um belo pedaço de mim. Olhei para as nossas mãos dadas e vi uma porcaria de um não sei o que passando de mim pra ele. Era como se algo saísse de mim pra ele.
—Mas o que...- Sussurrei sem completar o que ia dizer, porque Derek fez de novo. Durante o beijo tive o mesmo sentimento que o das nossas mãos dadas. Algo passava de mim pra ele. Foi tão repentino quanto das outras vezes, mas não durou tanto.
Red pigarreou. -Meu rapaz, você está brincando com a vida. Afaste-se agora dela.- Instruiu educado e Derek obedeceu. Assim que se afastou, sem dar outra palavra, se virou e foi embora à passos largos.
—Mas que diabos ele fez...- Stiles reclamou. A cara fechada não era normal.
—Ele...A dor...sumiu.- Sussurrei ainda boquiaberta.
—Ele é um idiota.-
—Ele é um idiota. E de alguma maneira levou minha dor embora. Eu não tô sentindo nada. Isso é ridículo.- Falei encostando a minha cabeça na cabeceira do Jeep.
—Ridículo mesmo. Quem ele pensa que é? Te beijar daquele jeito....Te beijar!-
—Pois é. Eu já tinha dito pra ele não fazer isso...-
—Opa, opa! Quer dizer que ele já tinha beijado você antes?-
—Duas vezes.-
—Loren, não pode ter um relacionamento com ele.-
—E o que você tem a ver com isso?- Perguntei e Stiles abriu a boca para falar, fechando-a em seguida. -Não deveria estar preocupado com a roupa que a Lydia vai usar amanhã?- A voz amarga saiu da minha boca que estava seca. Stiles permaneceu calado e eu saí do Jeep. A van onde Jackson estava se encontrava bem à frente. Stiles saiu do Jeep e se pôs a minha frente, me impedindo de andar.
—Você não deveria.- Os olhos castanhos dele não eram sugestivos, eram autoritários. Quando ele disse "Você não deveria", eu escutei "Você não vai".
—Não estou com ele.- Desviei o olhar. -Não pretendo estar.- Minha voz saiu um pouco alterada, temperada de ódio. -Mas se eu estivesse...- Meus olhos voltaram novamente para Stiles. -Você não faria nada.- Concluí e sai de sua proximidade, abrindo a porta da van.
—Bom dia.- Cumprimentei Jackson. -Eu vim prestar a você a minha agradável companhia.- Sorri, sentando-me à frente dele.
—Não deveria se machucar tanto por ele.-
—Hum, O quê? Como disse?-
—Eu ouvi a conversa.-
—Ahh, espero que tenha curtido a novela mexicana, infelizmente não tinha pipoca.- Bufei.
—Quando vão me tirar daqui?-
—Queridinho, acha que fui eu quem arquitetou esse plano genial de te manter aqui? Sequestrado?- Ri.
—Então você não participou disso?-
—Claro que não. Eu sou uma genia do crime, se eu tivesse sequestrado você, estaria num porão em Chicago, agora.- Jackson soltou uma gargalhada. -Sinceramente, não sei o que eles pretendem fazer.- Neguei com a cabeça.
—Então chama o babaca do Stilinski.- Fechou a cara.
—Tudo bem.- Dei um sorriso confortante.
—Ei, Loren?-
—Hum?-
—Sinto muito por aquele dia, por ter empurrado você. Eu não estou muito...-
—Eu sei, tudo bem. É só esquecer e relaxar.- Respondi saindo da van.
—Ele quer falar com você.- Falei, passando direto de Stiles.
Eu estava sentada numa no meio do mato, quando ouvi um barulho.
—Oi?- Chamei o nada. -Tem alguém aí?- "Que merda é essa, eu tô doida é? Claro que tem alguém aí? O que é que tá esperando, Koreshkov? O maníaco do mato aparecer e te oferecer biscoitos?" Pensei.
Os galhos estralaram novamente e comecei a seguir o barulho, ignorando, é claro, o fato de que pode ser a pessoa que tentou me matar hoje.
Cada vez mais sem rumo, fui me perdendo no meio da floresta, até que ironicamente me encontrei novamente na clareira do toco. E tinha um coelho branco em cima.
—Tô me sentindo a Alice.- Sussurrei para mim mesma. Comecei à andar em direção ao coelho, que nem se movia muito no espaço. Parecia estar me esperando. -Olha, se você correr quando eu chegar aí perto, eu vou ficar irada.- Falei para o peludo.
—Com quem está falando?- Ouvi uma voz atrás de mim. Era Scott.
—Com o coelho.- Disse.
—Que coelho?- Fez uma cara confusa.
—Aquele co...- Eu me virei para apontar para a coisa branca, fofa que estava no toco, mas o coelho desapareceu. -Ué, cadê o coelho?-
—Que coelho, Loren?-
—O coelho branco! Você não viu? Tava aqui agorinha.- Disse em desespero.
—Não, aí só tinha o toco.-
—Não, Scott! É sério. Tinha um fucker coelho branco aqui, tipo aquele de Alice no país das Maravilhas, só que sem a roupa e o relógio.-
—Não, não tinha. Mas ok.- Ele tava me achando louca.
—Scott, não ouse olhar pra mim como se eu fosse uma desequilibrada.-
—Tá no meio do mato às sete da noite falando sobre um coelho branco, não tem como te olhar de outra maneira.
—Espera, sete da noite?-
—Sete e treze, agora.- Verificou o relógio. Olhei pro céu e vi estrelas. -Acho que perdi a noção do tempo enquanto procurava o coelho.-
—Novamente, só gostaria de deixar claro que não tem coelho nenhum. E mesmo que tivesse...Conversando com animais? É a branca de neve, agora?-
—Ah, Scott, eu sempre converso com animais. Você, por exemplo. Eu sempre tiro um tempo da minha vida para me comunicar com você. Agora, me diz aí, o que aconteceu que tu veio me procurar?-
—Jackson sumiu.-
—Ahhhh, e a genia demorou uns vinte minutos pra me contar isso!- Falei apressando o passo para a clareira da van-
—Ah, deixa eu entender. Então Jackson fugiu enquanto vocês estavam transando no carro?- Allison fez um olhar envergonhado e Scott pareceu meio irritado com o que falei. -Se eu fosse o Jackson e tivesse super audição eu também fugiria.-
—E o que vamos fazer agora?- Perguntou.
—O óbvio.- Dei de ombros. -Vamos pedir à papai do céu para Jackson não nos processar, o pai dele é promotor.-
Cheguei em casa antes das dez. Kinney não deu o ar da graça e a primeira coisa que eu fiz foi subir para o quarto. Em cima da minha cama, de alguma maneira havia uma caixa de chocolates Fauchon. Um bilhete e uma carinha feliz do Red.
"Com saudades" -Red e Dembe.
Sorri abrindo a caixa e provando um chocolate.
Me joguei na cama apreciando o sabor quando percebi que havia um papel meio amassado no meu travesseiro. Era outro bilhete, mas não era de Red.
"Não vá se esquecer de mim" -P
—Peter...-Sussurrei.
Ele havia sumido e garantido que voltaria.
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