Teen Wolf Season 2- Waterproof escrita por Apenas Lorena


Capítulo 6
Reptilia


Notas iniciais do capítulo

Ninguém me ama
Ninguém me quer
MAS EU QUERO COMENTÁRIOS ♥
Se vocês quiserem que essa fic continue viva, vocês tem que colaborar, né no?
vamo lá gente ♥
Comenta qualquer coisa. Aceito desde textão à coraçãozinho ♥
Beijos
ENJOY a leitura ♥



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Cheguei em casa tarde. Scott e Stiles me ajudaram à subir para o meu quarto, já que o efeito do veneno do Kanima ainda surtia parcialmente efeito, ou seja, minhas pernas ainda não estavam muito boas. Stiles relutou em me deixar sozinha lá, mas ao que percebemos, não há sinal de Kinney.

Me acomodei na cama e deixei meus pensamentos vagarem. Refleti em tranquilidade, até que Peter apareceu. Ao meu lado. Na minha cama.

—Achei que o inferno tivesse grades. O que faz aqui?- Perguntei.

—Estou entediado, então, vim assistir o melhor reallity show da terra.- Falou e revirei os olhos, bufando. -Quem me dera eu estivesse no inferno.- Falou.-Aposto que lá estaria bem mais divertido que aqui.-

—Aposto que lá tem um monte de gente esperando por você- Sorri descarada. -Agora, por quê não dá o fora da minha cama e da minha vida?- Sugeri.

—Porque você tem um grande papel na minha vida-

Esquisito!

—E eu vou fingir que entendi isso.- Falei. -Você deve ser só um tumor cerebral.- Bufei. Derek e Stiles devem estar certos. Isso deve ser QUALQUER coisa, menos o fantasma de um alfa morto com bom gosto para vestidos.

—Pode negar o quanto quiser, Loren. Mas, você quer uma dica? Vede sua porta e suas janelas do quarto com pó de tramazeira.-

—Pó de tramazeira?- Perguntei e Peter riu comendo uma espécie de fruta que surgiu do nada. Era do tamanho de uma uva, mas era vermelha e tinha um aroma ácido.

—Não diga que eu não avisei.- Falou indicando a janela com a cabeça e sorrindo para algum ponto atrás de mim. Depois ele desapareceu instantaneamente. Me virei e vi Derek.

—Ahh, não!- Bufei. -Qual é, agora?- Bufei me jogando na cama.

—Eu vim saber se você está bem.- Falou.

—Eu estou inteira. Aparentemente eu estou bem.- Falei.

—Loren...-

—O que você veio fazer? De verdade.-

—Eu não me referi ao ataque do Kanima.-

—E?- Soltei entediada.

—Peter.-

—Ahhh! Agora eu entendi.- Soltei uma risada que não agradou muito a Derek. -Veio saber se eu ainda estou vendo o seu tio psicopata que você matou. Hum... Não. Acho que ele foi assistir "O guarda-costas" em algum cinema do além.-

—Então você ainda o vê?- Perguntou se aproximando. Me levantei da cama e andei até o outro lado do quarto, mantendo distância.

—Oh, não. Imagina. Achou que uma pancada de Kanima ia curar a minha cabecinha prejudicada?- Falei, batendo o indicador contra a testa. -Eu ainda o vejo, escuto e sinto. Então, eu não sei você, Derek, mas eu não vou arriscar. Assim que amanhecer, eu vou invadir a sua propriedade e cavar cada metro de terra fofa e bem fertilizada que eu vir pela frente. Eu só vou acreditar que está tudo bem quando eu exumar o maldito corpo em decomposição do seu tio.- Falei.  

 -Loren, não precisa...-

—Claro que precisa! Porque você, Stiles e sei lá quem estão achando que eu estou ficando louca. Mas eu não estou! E eu vou provar.-

—Loren...-

—Ok, eu não sei como eu vou provar, nem pra quê eu vou exumar o corpo, até por quê, ele é um fantasma, né? Não um zumbi.-

—Loren, eu...-

—Ou talvez ele seja um....-

—Loren! Dá pra me deixar falar?- Chamou-me a atenção.

—Sim, mas baixe o tom pra falar comigo.- O adverti e ele bufou soltando um baixo riso. -Você nunca ri.- Falei observando como o mínimo traço de um sorriso em Derek já o mudava completamente. Ele tinha um sorriso iluminador, capaz de fazer qualquer coração de pedra quebrar. 

—Bem, eu não tenho tido muitos motivos para sorrir ultimamente.- Falou, se aproximando. 

—Ai, meu Deus! Eu já entendi completamente.- Falei.

—Sério?-

—Claro! É tão óbvio. Você assistiu Moulin Rouge!- Falei e Derek bufou.

—Não, Loren.-

—Eu sei, eu só tava tirando uma com a sua ca...- Fui interrompida pelos lábios de Derek pressionados repentinamente contra os meus. O empurrei, interrompendo nosso beijo. -Cara, qual o seu problema? Tem demência, é?- Perguntei. A face interrogativa de Derek permaneceu calada, ofegante a minha frente. -Não foi retórica, não, filho. Responde.-

—Não, Loren.- Riu.

—Por que me beijou? Sou eu, Loren Koreshkov! Acorda. Não tem nada demais em mim. Eu sou chata, paranoica, estou tendo visões loucas com o seu tio morto Já é a segunda vez que isso acontece e eu não vejo motivo.- Falei indo até o closet e pegando um pijama. Quando me virei para voltar para o quarto, Derek já estava na minha frente. Que bixa rápida.

—Não vai ser a ultima vez, eu deixei bem claro.- Falou bem próximo. -Eu te beijei porque eu quis. Você é Loren Koreshkov, chata, paranoica e está tendo visões loucas com o meu tio morto. É forte, compreensiva e atraente. Eu estou completamente apaixonado por você, então eu acho que tenho todos os motivos pra te beijar.-

—Oh.- Derek segurou meu pulso e eu acabei soltando o pijama no chão.

—Eu sei que está apaixonada por mim, também.- Desci meus olhos até minha mão. Ele estava sentindo meu pulso, que neste momento deve está loucão.

Minha respiração estava começando a acelerar e Derek estava se aproximando novamente.

—É...não vai rolar.- Falei desviando dele, pegando o pijama e indo para o quarto. 

—Você é difícil.- Falou.

—Eu sou impossível.- Corrigi. 

—Eu não errei. Dá pra ouvir seu coração daqui.-

—E daí?- Dei de ombros.

—Está apaixonada por mim.-

—E daí?- 

—E daí que está apaixonada por mim. Como faz isso?- Perguntou cansado das minhas recusas.

—É o meu talento natural.-

—Afastar as pessoas?- Falou, acho que pra tentar tocar meu coração ou me fazer me sentir solitária.

—É, exatamente! Nossa, Derek, eu nunca tinha percebido como você é inteligente!- Dei um sorriso cínico e ele se aproximou.

—Não vai me afastar.-

—Não, é? Vamos brincar de "Quem se ferra primeiro"?- O desafiei.

—Está corada.- Acariciou minhas bochechas.

—Ah, não! Caí fora. Se eu tô corada, deve ser febre. Não vem, não.- Desviei. Derek deu um jeito rápido e me virou de frente para o espelho do quarto. MINHA CARA TÁ UM PIMENTÃO. 

—Isso não é febre.-

—Tanto faz. Caí fora que eu quero dormir.- Falei.

—Esse é um dos motivos de eu estar apaixonado por você.- 

—Nossa, então cê tem a mesma doença que o seu tio. Olha, querido, isso aqui não é 50 tons de cinza, não. Se quiser sofrer, vai sofrer sozinho. E vê se deixa a ex-epiléptica bem longe de mim, ela tá esquisita.-

—Erica?- Perguntou.

—Não, a minha avó. Claro que é a Erica! Ela tá toda louca, com uma cara de quem vai me matar.-

—Ela só está com ciúmes.-

—Ciúmes de quem, seu louco? Ela deveria saber que não há motivo algum no universo para ter ciúmes de você. Agora sai do meu quarto que eu quero dormir.- Falei. Peter apareceu ao lado de Derek. -Aproveita e leva esse despacho do teu tio.- Falei.

—Ele apareceu de novo?- Perguntou incrédulo.

—Bem ao seu lado. Não que você possa enxergar ele. Agora, sério, sai do meu quarto, ou eu vou empurrar você pela janela.-

Depois de Derek ir embora e eu passar a noite em claro ouvindo Peter cantar os maiores sucessos da Tina Turner. Quando Peter finalmente desapareceu dizendo que tinha "algo importante a tratar", cochilei por uns 35 minutos. Ou pelo menos essa era a intenção. Perdi a hora da escola e dormi por três horas. Levantei sonolenta e procurei uma roupa qualquer para desenterrar Peter. Durante a noite choveu um pouco, então a terra deve estar molhada, pesada, dificultando o meu trabalho. Calcei as galochas hunter e fui até o porão procurar uma pá.

Girei a maçaneta e não consegui mais do que isso, pois o porão está trancado. 

—Kinney...- Bufei e sussurrei o nome do responsável. 

Saí da casa e encontrei todos os itens de jardinagem no quintal. 

Peguei a pá, pus meus fones de ouvido e segui meu caminho pela rua. Depois de um tempo caminhando no asfalto adentrei a floresta. O clima estava ameno e uma leve brisa soprava em meu rosto. 

Logo a minha frente vi o toco de árvore que havia estado dois meses atrás. Lembro-me de como a experiência fora estranha e de como fiquei assustada. A face preocupada de Stiles e a proteção de seu abraço. Eu me afastei dele como se precisasse daquilo pra viver. Era tão reconfortante e ao mesmo tempo extremamente estranho. Passei direto pela árvore não querendo mais me aproximar dela. Cheguei em frente a propriedade Hale e vi um canteiro de flores que ali não existia antes. Observei como casa imponente estava exatamente igual a da ultima vez que eu havia estado ali. Meu estômago embrulhou lembrando da morte de Peter e eu comecei a cavar o canteiro. 

A terra estava pesada e nada encontrei.

Tentei então abaixo de uma árvore que ficava ao lado da casa e nada.

Cavei pelo menos uns 8 buracos em frente a casa de Derek. O tempo passou e o dia também. No meu décimo segundo tive a brilhante ideia de tentar cavar exatamente onde Peter tinha morrido. Latitude e longitude. Novamente não encontrei porcaria nenhuma. 

Bufei e comecei a cavar mais perto da floresta. Ele pode ter jogado o Peter em qualquer vala rasa no meio do mato, e se foi isso, eu estou ferrada. 

Meus braços já estavam protestando de tanto que eu havia cavado. Haviam covas suficientes pra enterrar o time de Lacrosse.

Meu celular parou de tocar "Time in a Botle" e o som estridente de uma chamada me acordou da minha décima quinta cova. Atendi com o fone bluetooth e continuei cavando.

—Modelo de vida disfuncional Loren Koreshkov falando, em que posso não lhe ser útil?- Falei tirando algumas flores do caminho.

—Loren, é o Stiles.- Ouvi do outro lado da linha.

—Deixe sua mensagem após o sinal.- 

—Loren, é urgente!- Stiles parecia nervoso.

—Então deixe urgentemente.- 

—É sério! Derek Hale quer matar a Lydia.- Informou.

—Bem, não vai ser uma grande perda, vai?-

—Loren!-

—Tá, tá bom. Coitadinha dela. O que quer que eu faça? Vá aí dar uma pazada nele?-

—De alguma maneira ele sempre acaba te escutando.-

—Dane-se, eu tô indo aí.- 

Cheguei e o céu já estava escuro. Eu só havia corrido uns 3km com uma pá na mão em dez minutos, ok, mas não achei que fosse demorar tanto.

Já estava acontecendo alguma coisa dentro da casa de Stiles, mas Derek ainda tava na moita junto com Boyd. 

—Poxa, Derek. Nunca pensei que você fosse do tipo que fica na moita, mas olha só! Você e Boyd aqui fora, só observando a desgraça alheia, agora, dá pra parar com essa palhaçada?- Perguntei e Boyd se virou pra mim.

—Falou a garota que tava assistindo a briga de dois lobisomens enquanto comia pipoca na arquibancada.- Soltou.

—Até tu, Brutus? Ou devo dizer, Boyd? Sinceramente, aquele foi um momento de fraqueza.- Bufei. -Está ficando igual a ele!- Apontei pra Derek. -Nem sabe se a ruiva é o tal Kanima! Ok, ela é uma cobra, mas olha, eu conheço aqueles olhos, e não é a Lydia. Agora parem com isso antes que eu vire essa pá na sua cara.- 

—Eu ouvi a ligação, Loren.- Derek falou. -Não importa o quão apaixonado eu esteja por você, eu não vou deixar que interfira nisso. Você nem deveria estar aqui! Deveria...-

—Deveria o quê? Estar no mato cavando cada centímetro do seu quintal por que não quer me contar onde está o que sobrou do seu tio louco? Ahhh, é! Eu passei a tarde fazendo isso, e advinha só! Você tem talento pra se livrar de corpos. Mas, ok! Olha só, algo que você não percebeu é que o Kanima tá ali dentro, e...olha! Não é a Lydia. Esse não é o grito dela? Me deseje sorte.- Me virei e caminhei em direção a casa pisando forte no asfalto quando Derek puxou meu braço e não foi nada delicado. -Me solta!- 

—Entrar lá é suicídio.-

—Tocar em mim agora é suicídio.- Sibilei tentando me soltar. O sangue subiu a minha cabeça. 

—Loren, você não vai entrar na casa.- Falou. A voz fria e o olhar autoritário foi algo que não me agradou muito.

—Derek, você não manda em mim.- 

—Não, não mando, porque ninguém manda em Loren Koreshkov.- Riu. -Você só faz o quê você quer! Nem sempre suas escolhas são as melhores e você vai acabar se machucando de verdade algum dia! Boyd...- 

Boyd? 

Boyd me tirou do chão em um piscar de olhos, e no outro segundo eu já estava me debatendo numa ridícula tentativa de me soltar. Se pelo menos eu estivesse com a minha linda e maravilhosa pá...Pena que ela caiu no chão.

—Boyd! Achei que fôssemos amigos!- Falei, batendo em suas costas. -Me solta!- Gritei, esperneando.

—Foi mal, Loren. Ordens são ordens.-

—Quer saber o que você é, Derek? Você é uma imitação ridícula e mal feita do Poderoso Chefão! Eu te odeio!-

—Não vai me odiar tanto depois.- Comentou. 

Dois corpos foram jogados pra fora da casa. Isaac e Erica, que estão vivos. Droga. Scott, Stiles e Allison apareceram como se fossem as três espiãs demais numa pose e ouvi Derek falar.

—Agora eu entendo porquê me recusa tanto, Scott. Você não é um ômega, é um alfa. Tem seu próprio bando, mas não pode ganhar de mim.-

—Não preciso...só tenho que esperar a polícia chegar.- Falou e finalmente percebi a frequência das viaturas se aproximando. 

—Ha, se ferrou!- Debochei ainda de cabeça pra baixo no ombro de Boyd. Ouvimos um barulho estridente. Era o bicho fugindo.

—Foi o Jackson.- Scott informou.

—Eu disse que não era a Lydia. Dá pra me colocar no chão agora, Boyd?- Derek mexeu a cabeça negativamente e a resposta de Boyd veio.

—Não.-

—Mas que...- 

—Boyd, põe ela no meu carro e deixa ela em casa. Leva os dois também. Eu resolvo o Jackson.

—Vai, Loren. Entra no carro, por favor.- Boyd pediu. Eu estava dificultando as coisas pra ele.

—Não.-

—Loren, eu só vou te deixar em casa.-

Sabe que agora eu tive uma ótima ideia?

—Tá bom.- Falei, entrando no carro. Só que eu tranquei a porta, deixando Boyd, Erica e Isaac na rua. Com a minha pá no porta malas eu liguei o carro de Derek e acelerei decidida a encontrá-lo. Segui o carro de Stiles dirigindo loucamente com a minha graduação de Need for speed Underground 2 e quase sofri alguns acidentes. 

Stiles parou em um local escuro e esquisito, e eu não faço ideia de onde estamos, mas aparentemente o Jeep não passa.  

Dei ré e fiz o contorno chegando bem a tempo de encontrar o Papai Argent mandando chumbo no Jackson. 

Peguei a minha pá e me aproximei em silêncio. As balas do Chris Argent acabaram, então ele tá meio ferradinho, e ele estaria morto, se eu não tivesse chegado e dado uma pazada bem na cara do Kanima, que se confundiu por um tempo e veio pra cima de mim. O réptil me passou uma rasteira e rapidamente me levantei batendo com a pá nele novamente. Scott brotou de algum lugar e o distraiu tempo suficiente para que eu, com a minha pá, decepássemos parte da calda de Jackson, que saiu correndo assustado e foi seguido por Scott. 

—Ora, ora, ora, o que temos aqui! Loren Koreshkov!- Ouvi a voz atrás de mim. Eu estava em uma bela de uma encrenca. Chris Argent observou quando abri (ou tentei) o meu melhor sorriso para o homem que me encarava de maneira estranha.

—Boa noite, senhor diretor.- 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo