Admirador secreto? escrita por Isa


Capítulo 3
O convite.


Notas iniciais do capítulo

Olá serumaninhos ;3
Antes de tudo, gostaria de me desculpar pela demora para atualizar, meu plano era terminar esse capítulo antes e postá-lo o mais rápido possível, mas existe uma coisa muito complicada na vida chamada "provas" e bem, ainda tenho mais um monte, só fico de férias dia 15 (sim, metade do mês, olhem o absurdo!). Maaaaas, nas férias prometo me dedicar mais aos meus projetos aqui no Nyah, incluindo essa fanfic. :D



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Não passava das 6h30 quando chegaram ao colégio, adiantadas como sempre. Mais uma vez, Lydia a arrastara de casa mais cedo, apenas por que queria passar um tempo a mais com o namorado. O que ela tinha a ver com isso? Sério, não fazia a menor ideia. Para Allison, às vezes era meio impossível saber o que se passava na cabeça na cabeça de sua melhor amiga, mesmo a conhecendo tão bem.

Levou pouquíssimo tempo para que o encontrassem e logo Lydia estava correndo na direção dele com um enorme sorriso nos lábios. Chegando até ele, ela praticamente se jogou em cima dela, enchendo-o de beijos.

“Desnecessário.” Pensou a mais alta.

— Ei, Lyds... – cumprimentou Tyler, entre risos. – Oi, Alli.

— Oi, Ty. – Allison respondeu, simpática. Embora não apoiasse o relacionamento – por razões mais pessoais do que admitia – gostava de Tyler. Era um cara legal e um grande amigo. Entendia o porquê “sua” Lydia o amava tanto, por mais que doesse vê-la ali, com outro alguém. – ‘Tá fazendo o quê?

— E-Eu? – o garoto gaguejou, enquanto enfiava os papéis que anteriormente se encontravam em cima da mesa na mochila. – Nada! Apenas escrevendo.

— Sério? – Lydia olhou-o, curiosa. – Posso ler?

— Não! – ele exclamou, recebendo em “resposta” expressões confusas e surpresas. – Quero dizer, eu ainda não terminei, então...

— E desde quando você termina antes de nos mostrar? – questionou Allison, rindo. – Relaxa, Ty. Você sabe que nós não iremos te zoar.

— Óbvio que não. – a menor concordou. – Nem faria muito sentido, já que você escreve super bem.

— Ah, mas é bem ridículo, só escrevi para pôr ‘pra fora os meus sentimentos. Fico até com vergonha de vocês lerem. – ele falou meias verdades, sem saber mais como convencê-las a deixarem ‘pra lá. Deus! Se uma das duas descobrisse, estaria ferrado.

— Eu acho isso fofo. – insistiu Allison.

— Você é fofa, Alli. – piscou e ambos riram. Lydia ergueu as sobrancelhas, desconfiada – sem motivo aparente, senão sua paranoia – mas nenhum dos dois notou, pois continuavam distraídos, brincando entre si. – Oh, vejam o horário. Tenho treino de basquete agora. Vejo vocês na hora do almoço.

E saiu, mas não sem antes beijar a bochecha de Allison e dar um selinho em Lydia.

“Foi por pouco.” Disse para si mesmo enquanto rumava em direção ao ginásio. Fez também uma nota mental: começaria a escrever para Dyl em casa a partir daquele dia.

***

Quatro dias, três cartas, uma caixa de bombons, um poema e nenhuma pista, por mínima que fosse. Desse jeito, ficava difícil para Dylan descobrir a identidade de seu admirador secreto, mesmo sendo um bom “detetive”.  Esse garoto era esperto, e ele gostava disso. Aguçava ainda mais sua curiosidade e o mantinha interessado.

Isso sem dizer que “A.S.” sabia ser fofo, sem soar idiota. Começava a se questionar se arriscaria algo com o suposto desconhecido, caso – ou melhor, quando – descobrisse sua identidade. Provavelmente sim, o que tinha a perder, afinal? Não ficava com ninguém há séculos, namorar então, nem se fala...

— Ei, Churchill! – chamou Nate, acertando-o com a bola de basquete para garantir que teria sua atenção. – Foco no treino, cara.

— Foi mal. – desculpou-se.

— ‘Tá pensando em quê, Dyl? Você é geralmente tão focado... – Elliot estranhou.

— Nada não. – mentiu.

— Certeza? – o asiático quis confirmar.

Dylan murmurou um “uhum”, enquanto quicava a bola no chão e dava um passo para a direita. Avaliou rapidamente a posição dos colegas de time e passou para Tyler Raymond, que entregou a jogada para Nate, que fez uma cesta.

O treino seguiu por mais vinte minutos exaustivos. Assim que o senhor Miller os “liberou”, Dyl seguiu para o vestiário, como todo o resto do time. E, senhor, como foi ótimo tomar aquele banho. Amava jogar basquete, mas para ele não tinha nada mais nojento que ficar encharcado de suor após uma longa sessão de exercícios físicos.

Saindo do box, avistou Tyler sem camisa, aparentemente procurando algo. Como o bom samaritano – lê-se alguém que queria observar mais de perto o corpo incrível do colega de time – que era, se aproximou para ajudar.

Hey. – se fez notar. – ‘Tá procurando o quê?

— D-Dylan! O-Oi! – as bochechas pálidas adquiriram um tom avermelhado, mas felizmente – ou não – o outro não percebeu, pois sua atenção estava toda e completamente voltada ao abdômen definido, mesmo que de maneira discreta. – Eu... Minha camisa.

— Bom, se for uma do AC/DC, eu vi o Nate escondendo antes de ir para o chuveiro. – achou justo informar. – Está em cima do armário do treinador.

— É essa sim. – Tyler sorriu, de orelha a orelha. – Obrigado, Dyl!

“Dyl?”

— Não foi nada. – sorriu de volta, ainda meio surpreso pelo uso do apelido porém não incomodado. Aliás, era meio difícil se incomodar com algo, vendo um sorriso tão bonito quando o daquele garoto bem à sua frente. Admitia, nunca tinha pensado nele dessa forma antes, – talvez por nunca terem conversado –, naquele momento Tyler lhe pareceu extremamente atraente. E antes que pudesse pensar no quão sem noção soaria, já havia proposto: – ... Vou sair com o Elliot e a Mari esse final de semana, quer vir?

Ty esboçou surpresa, mas respondeu prontamente:

— Claro. Por que não?

— Legal. – Dylan declarou, contente.

— Legal. – Tyler assentiu, dando mais um sorriso, antes de sair em busca de sua camisa.

***

Encostado em seu armário, Ty refletia sobre o que havia acabado de acontecer. Tinha uma expressão de “bobo-alegre” que podia ser facilmente notada, mas ao mesmo tempo, estava confuso. Fora sua primeira interação com Dyl que conseguira ir além do “oi” ou do “bom dia” e isso era ótimo, mas... Por que ele o chamaria para sair? Certo que os amigos deles estariam presentes, contudo, continuava soando um tanto quanto com segundas intenções. E, sinceramente, não sabia se deveria enxergar aquilo como algo bom ou ruim.

Quer dizer, se estivesse certo, seria uma oportunidade indisperdiçável, mas droga, não queria trair Lydia. A ruiva era a namorada perfeita e o amava. E, se ele sentia-se da mesma forma, por que as coisas não podiam ser mais simples?

— O que foi, Ty? – só então notou que Allison havia se aproximado. – Parece preocupado.

— Não é nada, Alli. – sorriu para ela. Lydia tinha muita sorte em tê-la como melhor amiga. – Só pensando em algumas coisas.

— Espero que não seja em nenhuma vadiazinha por aí, hein? – brincou a garota loira, divertida.

“Travou” por um instante, mas riu. No fundo, sabia que era igualmente culpado. Ser um garoto não mudava o fato de sua mente e coração não estarem 100% focados na namorada.

— Mas é sério. Seja o que for, se precisar falar com alguém, pode contar comigo, está bem? – disse ela, sincera, pondo a mão no ombro dele.

Eram amigos, estando ele com a pessoa que ela – secretamente – gostava ou não. E Allison já havia passado dessa “fase” de revolta com o relacionamento dos dois.

— Interrompo algo? – questionou Lydia, surgindo do nada com uma expressão nada feliz, que somente a outra garota pareceu perceber.

— Óbvio que não. – Alli respondeu, não compreendendo o pequeno surto de ciúmes da “bff”.

Depois disso, Tyler não acompanhou mais o diálogo das duas, pois surgiu em seu campo de visão a causa de toda a sua confusão. Sentiu Lydia abraçá-lo e retribuiu o gesto, mas não tirou os olhos de Dylan em momento algum. Observou-o abrir o armário e retirar o novo envelope de papel e olhar ao redor, para se certificar de que não havia ninguém por perto. Enquanto lia, Dyl mantinha um sorrisinho discreto e isso fez com que tomasse uma decisão: sairia com o colega de time no sábado. Precisava se aproximar mais dele, mesmo que fosse para ter uma simples amizade.


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