Corações Quebrados escrita por Clara Eduarda


Capítulo 5
Rotina atípica


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma semana e alguns dias sem atualizar a história cá estou eu.

Como tinha dito anteriormente estava desanimada a prosseguir, visto que o público-alvo (vocês, afinal são vocês que consomem o conteúdo postado) não estavam interagindo comigo. Pessoal todo o autor que posta histórias nesse ou em outros sites de fanfics é porque quer expôr suas ideias e em troca disto deseja obter um feedback acerca de sua criatividade, caso contrário, deixariam elas guardadas no caderninho, word ou seja lá qual for o editor de texto que utilizem.

E comigo não é diferente!

Poxa toda vez que insiro um novo capítulo fico na expectativa para saber a opinião de vocês, saber o que acharam, o que pode ser melhorado… enfim, é frustrante ter no contador zilhões de leitores seguindo e consumindo a história sendo que só meia dúzia, as vezes nem isso, interagem. E sou muito grata ao pessoal que sempre comentam por mais que seja um “gostei” afinal de uma maneira ou de outra está se expressando de alguma forma.

Sabe por que eu cobro, acho que essa nem é a palavra certa, mas enfim… sabe porque desse discurso? Pois eu me esforço! Tento sempre trazer um capítulo grandinho, me dedico a deixar a escrita com o português mais legível possível (sempre erro aqui ou ali, mas se vejo ou se vocês citam eu sempre estarei disposta a corrigir) e tento trazer emoção a tudo que escrevo. Essa é minha “obrigação” como autora, se bem que nem obrigação é, seria se, por um acaso, eu recebesse por postar a história aqui e este não é o caso. Eu posto porque gosto muito. Não curto fazer comparações, mas não entendo o porque outras histórias há leitores que participam mais e em outras menos (eu sei que isso depende de muitos outros fatores e cada qual com seu cada qual), mas vejo que há autoras que não tem o mesmo cuidado, que há histórias que a autora nem se quer responde os comentários e que não possui o mesmo carinho que eu tenho, entendem? Então as vezes fico com a impressão que é algo pessoal comigo ou com Corações Quebrado.

Gente, como dizem meus alunos, sou um amor de pessoa, falem com eu, não mordo não :)

Acho que não cheguei a me apresentar devidamente, lá vou eu. Prazer Clara Eduarda, 25 anos, pedagoga hospitalar, trabalho… cursando atualmente espanhol 2 vezes por semana, casada, já me sentindo mamãe de uma garotinha de 7 anos; estamos em um processo de adoção da Alana e se Deus quiser logo ela estará aqui em casa comigo e meu esposo em definitivo alegrando mais nossas vidas. Amo ler, escrever, brincar com meus pequenos, cantar, rir, falar, séries de TV, crepúsculo ♥. Sou eclética e escuto de tudo, exceto funk pesado, sou light tudo que tiver uma boa letra e um bom ritmo já curto… sou apaixonada por gatos e cachorros. Atualmente relendo a saga Harry Potter... sou péssima pra falar de mim, mas em resumo é isso.

Enfim, desculpe o desabafo eu só queria me expressar.

Agradeço imensamente por quem comentou no capítulo anterior principalmente os comentários da Vivi Sena, Aline Coelho, Princess of Forks, Jimmy, Littlebitchiee, Alexia e das lindas Jeicy e Niki45 bem como a BrendaCullen pela primeira recomendação da história.

Gente, vou parar por aqui antes de que essa nota fique maior que o capítulo.

Boa leitura!



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POV Bella

— Essa é a verdade, não tem outra.

 A este ponto não havia mais circulação de sangue para meus dedos. Minhas mãos apertavam com todas as forças o estofado de couro. Os olhos de Edward estavam injetados de ódio e me fez crer que a qualquer momento ele poderia agarrar meu pescoço e me estrangular. Me sentia sufocada em minha própria casa, inibida pela presença do mesmíssimo Edward Cullen. Quando o vi em minha porta, senti que estava caindo em queda livre até o precipício.

 — Não acredito em você! — Afirma descrente.

 — O problema então não é meu!

 Não me preocupo em ser dura e insensível, é algo que aprendi com o tempo.

 Notei que Edward não parecia lidar bem com a raiva e aparentava que a qualquer momento explodiria.

 — Não acredito em você… — repete. — É possível que a Bella que tenho em minha frente seja uma pessoa impiedosa e asquerosa, mas não era com 13 anos, isso posso te garantir.

 — Edward eu ainda era uma criança e você não conhecia muio bem a Bella de antes.

 — Não me venha com idiotices!

 — Não venha você me dizer o que eu tenho de dizer em minha própria casa.

 A irritação me permitiu deixar de ficar tão nervosa. Sabia que se não me acalmasse provavelmente agarraria meus cabelos e começaria a atirar tudo que visse a minha frente. Edward estava mais próximo de fazer isto. A pouca distância entre nós fez com que ele se zangasse mais então ele acabou se distanciando, contudo seus olhos permaneceram fitando os meus. Noto que há algo em seus olhos agora sem cor, algo que mesmo que não saiba o que é exatamente, mas que me perturba demasiadamente.

 — Te procurei — confessou. — Mas para minha surpresa sua casa estava vazia, mas ainda com todas as provas de seu abandono eu te esperei... — seus olhos deixam de me intimidar. — E você não voltou. Nunca voltou!

 — Foi o melhor.

 — O melhor?

 De alguma maneira Edward e Renesmee me fitaram com o mesmo ódio.

 — Minha filha te procurou pela cidade para poder… entender um pouquinho suas razões e você diz que foi o melhor?

 Lágrimas pinicam meus olhos e ameaçam cair, no entanto, as detive bruscamente.

— Ela vai acabar superando!

 Edward ri amargamente.

 — Acreditei nisso durante anos. Pensei que por ter crescido sem sua presença, não precisaria de você. Que você não era essencial. Acreditei que minha mãe seria a figura materna em seu crescimento, mas me enganei. Sabe de uma coisa? Renesmee não merece conviver com tanto ódio em seu coração por sua culpa, Isabella.

 Virei meu rosto para outra direção convicta que se seguisse olhando para Edward não poderia me conter por muito mais tempo. Levantei do sofá, respirando profundamente e caminhei até o balcão que divide a sala da cozinha onde havia vestígios de sol para aplacar a frieza que encenava. 

 — E o que você quer que eu faça? — Perguntei não controlando a brutalidade que soou este questionamento.

 O silêncio perdurou por um tempo. Sentia que Edward exalava coragem e sabia que se não fosse por ela ele já teria ido a muito tempo.

 — Nada! — Disse ele esgotado. — Só te parabenizo por atormentar uma menina que não tem a culpa de nossos erros.

 Ele caminhou até a porta e a bateu com tanta força que o estrondo fez meu coração voltar a se encolher da mesma maneira que antes, da mesma maneira quando Renesmee saiu furiosa depois de nosso primeiro encontro.

 Eu não sou inocente e tão pouco a vítima. Sempre tive consciência do mal que causei aos Cullens e a mim mesma. No entanto, não sou a única vilã do filme como todos acreditam.

 (…)

 Cumprimento a recepcionista assim que subi até o 5ª andar. Deveria estar com a cara horrenda pela forma ao qual ela me cumprimenta de volta. Estava com roupas leves e um copo de café forte em uma das mãos. Assim que entrei no estúdio já ouvi Tyler e Eric rindo de algo que Paul disse. Arrumei meu cabelo e logo deixei minhas coisas sobre a mesa ignorando seus sussurros.

 Fazia um calor insuportável, não poderia imaginar como será o verão quando ele oficialmente chegar.

 — Alguém está de mal humor? — pergunta Tyler me passando o fone.

 Lhe dou um largo sorriso.

 — Algo assim… como estão meninos?

 — Bem, já sabe… — Aponta para trás. — Paul terminou arrastando Tanya até seu apartamento e disse que foi uma transa alucinante.

 — A roteirista?

 — Sim — Paul ri. — Loira baixinha, olhos de gata. Certeza que ainda deve estar dormindo.

 Sorri e olhei para o relógio.

 — Já vamos começar. Tem o roteiro do programa, Eric?

 — Sim, sim — informa me entregando a papelada. Logo ele vai até o outro lado de uma imensa janela, barreira esta que separa a mesa de som do estúdio.

 Acabei por decorar o script do programa em segundos, sentei-me na cômoda cadeira de couro. Tyler e os demais meninos começam a preparar-se, acenderam as luzes e estava quase pronta.

 — Começamos em 2 minutos. — avisam.

 Suspirei contra a folha branca maltratada pelos meus dedos rezando para que o rosto de Edward e Renesmee não surjam em minha mente agora. Havia sido uma semana cansativa e eu me propus a começar com o pé direito esta manhã.

 — 30 segundos...

 A luz vermelha do estúdio treme.

 Revisei uma última vez o roteiro do programa; tema de hoje: Famílias.

 Suspirei e logo Paul grita:

 — No ar!

 Trabalho como locutora de rádio há três anos. Conheci Eric na faculdade e foi ele quem me ajudou a conseguir este emprego. Estudei locução na Universidade de Kansas. Quando criança sonhava em estudar jornalismo, mas ao crescer mudei meus planos. Gostava de falar em público e esta área chamou minha atenção. Relembro de ter ensaiado ser uma locutora na frente de Francesca e ela sempre me aplaudia.

 Finjo que minha vida está na mais perfeita condição, deixando sempre meus problemas fora do estúdio fazendo o que faço de segunda a sexta.

 Assim que falei de meu sonho de estudar locução, meu pai foi firme em não aceitar minha escolha. Ele desejava que eu fosse médica ou advogada e quando anunciei o que faria exigiu que retrocedesse em minha escolha. Mas não muito tempo depois completei meus 18 anos e pouco me importou suas regras e acabei me inscrevendo sem seu consentimento. Minha mãe me deu apoio. Nany também me apoiou, embora ela também desejasse que eu fosse médica.

 Tanya entrou no estúdio alvoroçada quando as luzes se apagaram. Na maioria das vezes ela é maior que eu e é conhecida por todos como a garota dos saltos altos, mas, na verdade, ela não é tão alta, mas como não desce do salto…

 Ela trazia consigo uns papéis desordenados em suas mãos e as olheiras visíveis de baixo de seus olhos denunciavam uma noite mal dormida.

 — Bella — grita. — Que bom que te encontrei.

 Sua agitação e felicidade ao me ver foi tão grande que fiquei com a sensação que a qualquer momento ela me beijaria.

 Paul acendeu as luzes do estúdio iluminado-o por completo reprimindo um sorriso sacana ao vê-la. Ela ignorou esse seu ato ou não se deu conta.

 — Você não parece estar bem… quer que eu te traga um copo com água? — ofereci de bom grado.

 — Não, obrigada — agita a cabeça. — Preciso de sua ajuda com urgência. Você é minha única salvação!

 Acabou por me arrastar para fora do estúdio fazendo com que quase quebrasse os fones do estúdio ao retirá-los.

 Tanya é uma das muitas roteiristas da emissora. Apesar de ser locutora as vezes também sou requisitada a ajudar em outras áreas.

 — Tanya você deslocará meu pulso — adverti quando suas fortes mãos apertam fortemente um de meus pulsos.

 Ela acabou por soltar meu braço imediatamente.

 — Sinto muito — se desculpa passando a remexer em sua papelada. — Tenho uma reunião agora com o chefão e sei que o programa terminou e que você tem um tempinho livre, sim eu sei é seu horário de almoço. Bem… vou direto ao ponto. Esqueci de enviar esta papelada para o colégio de minha filha e se eu não levar hoje ela perderá a cota de setembro.

 — Você está me pedindo para…

 — Sim, faz esse favor e leva eles pra mim, por favor — seus olhos suplicam e brilham por um sim. — Por favor, por favor… se ela perder essa cota vai ter de mudar de instituição e para o juiz não é saudável uma menina ficar mudando de um colégio para o outro e meu ex marido teria mais uma razão, a favor dele, para querer a guarda dela e eu não posso perder ela… me ajuda, Bella!

 Suas mãos tremiam de nervoso. Pensei em sua situação e desespero e não tardei em lhe responder:

 — Está bem…

 Minha resposta a surpreendeu.

 — De verdade, verdadeira? Sério que fá isso por mim? Ah, Bella — avança sobre mim me dando um abraço claustrofóbico. — Não sabe o quanto te agradeço, já te repasso todos os dados que você precisará saber.

 Tanya passa então a anotar o endereço, o nome completo de sua filha e tudo o que preciso entregar. Suspiro ao receber outro abraço apertado.

 O sol estava forte e minha caminhonete estava um forno. Com toda certeza esse foi o meu melhor investimento. A comprei há 2 anos em minha antiga cidade. Não era nada semelhante ao que queria, mas assim que eu a vi me apaixonei sem contar que ela é grande e o motor da mesma é melhor que muitos carros do ano.

 Não sou fanática por carros ou motos e nem nada disso, mas essa caminhonete tem algo que… nem eu mesma sei explicar, mas desde que a vi sabia que ela era pra mim. Depois do divórcio a compra de minha caminhonete me distraiu bastante, como se fosse minha amante, algo triste de se dizer, mas vai ver foi essa a razão pelo meu apreço pela mesma.

 Foi um trajeto longo ainda mais por conta dos muitos semáforos. Assim que estacionei notei que quase bati o para-brisas em uma das câmeras de segurança do estacionamento. Minha caminhonete não é um veículo ao qual, a primeira vista, seja vista com bons olhos. Não me surpreenderia se os guardas me escoltassem e me revistassem com algum protetor de metal. Percebi que o local é de prestígio e sem sombra de dúvidas para filhos de pais ricos. Retirei do porta-luvas os papéis correspondentes não esquecendo de nenhum subindo rapidamente uma infinita escadaria. Cheguei sem fôlego a entrada principal da entrada do colégio.

 Apoiei meus braços na polida madeira de uma mesa avistando a recepcionista atender chamadas de três telefones diferentes.

 — Oi, espere só um segundo, por favor — pediu e eu concordei respirando profundamente para recuperar meu fôlego.

 O saguão de entrada é tão grande quanto meu apartamento. Não há um só espaço sequer nas paredes que não estivessem cobertos com quadros de ex diretores.

 Enquanto esperava acabei por sentar em uma cadeira rente a mesa da garota que parecia perdida em meio as suas tarefas. Dobrei a papelada ao meio e com os lábios a segurei enquanto prendia meu cabelo em um rabo de cavalo alto e assim que meu pescoço recebeu o frescor tratei de desdobrar os papéis para a marca desaparecer agradecida por não estar de batom.

 A recepcionista me chamou e pediu para que eu me dirigisse a direção. Havia um pátio abarrotado de alunos e a direção ficava do outro lado e eu não tinha ideia de como conseguiria passar por aqueles jovens sem ser pisoteada. Essa garotada de hoje em dia não tinha educação, essa foi a sensação que tive, visto que, pedia licença e era ignorada. Duas mulheres sendo que nenhuma delas era a Juliane me encontrou no meio do percurso se apresentando, deveriam ser expetoras, não deveria ser normal um adulto que não se tratasse de um colaborador do colégio caminhasse em meio pátio então logo uma delas tratou de me auxiliar a chegar a meu destino, mas a agitação e barulho a minha volta fez com que me esquecesse seu nome por completo logo em seguida poderia ser Kate, Kale ou Kristen… Não recordo, mas estava segura que começava com K.

 Ambas começam a tagarelar e trocam gargalhadas… e me ignoraram como se eu tivesse todo o tempo do mudo para esperar por elas.

 — O que você faz aqui?

 Sua voz me paralisou. Não precisei olhar para trás para saber de quem se tratava.

 É Renesmee.

 A primeira coisa que reparo ao virar-me é sua roupa. Um saia quadriculada até os joelhos, uma camiseta branca com o símbolo do colégio. Seus cabelos soltos jogados só de um lado e seus olhos amarronzados brilhantes.

 Fiquei sem reação.

 — Oi — a cumprimentei indecisa. — O que você faz aqui? Quero dizer… é óbvio que estuda aqui, não? Claro que estuda ou não estaria com esse uniforme…

 — Eu perguntei primeiro — adverte ela. — Está me seguindo?

 A olhei confusa.

 — O quê? Não... claro que não! Eu só vim por que…

 Uma das tagarelas logo decide me dar atenção e nos interrompe retirando de minhas mãos a autorização para que Juliane Peeves possa me atender.

 Franzi o cenho enquanto visualiza o papel não fazendo ideia de onde ficava aquela sala.

 — Você tem de ir no 4ª andar, salão 3, porta 137. Bata antes de entrar, te desejo um bom dia. — Informa, mas não consigo escutá-la muito bem e volta entre a aglomeração de alunos.

 Prossegui perdida e desnorteada.

 A voz Renesmee capita minha atenção.

 — Eu sei a onde fica… — Alega e começa a andar e eu fiquei paralisada em meu lugar, mas logo ela se virou quando se deu conta que não estava seguindo-a. — Vai vir ou não?

 Não pensei duas vezes.

 Segui os passos de Renesmee. Tivemos de subir outra escadaria, nenhuma de nós esboçou mais nenhuma palavra. Conforme subíamos passamos pelos corredores das salas de aula e ela sinalizava com as mãos um oi para outras garotas que encontramos no percurso. Assim que chegamos ao 4ª andar me deparei com outro salão vazio onde havia uma placa descrita as salas e logo encontrei a que fui redirecionada.

 Olhei atentamente para o rosto de minha filha que cruzou seus braços enquanto me encarava de volta sem nenhuma emoção.

 — Obrigada! — Agradeci sabendo que nada que eu diga faria com que ganhasse sua simpatia. Não que eu merecesse, ao menos.

 Renesmee desviou se olhar e me deu as costas como que dizendo para eu seguir com o que tinha de fazer e assim o fiz. Bati duas vezes na porta antes de me deixarem entrar. Renesmee seguiu de costas para mim e com tristeza pensei que o mais provável é que ao sair, minha filha não mais esteja ali.

 (…)

 O calor estava demasiadamente intenso na cidade. Desci as escadas sentindo o suor escorrer pelo meu rosto. Não gostava do calor, nunca gostei, no entanto, tinha de acatar as decisões do clima. Ainda restavam algumas escadas para descer e minhas pernas já estavam cansadas, seja lá quem foi o arquiteto dessa instituição errou feio em construir escadas tão longas e, pelo que notei, não havia um elevador ou rampa para deficientes. Esse detalhe impensado por quem seja lá que ergueu a instituição deveria render uma multa.

 — Espera — pediu Renesmee ao me avistar  se distanciando de um grupo de amigas que estavam absortas em uma conversação, ao perceberem que ela se distanciou para vir a meu encontro as garotas olharam para nós confusas. — Me esperem lá em baixo!

 Uma por uma prossegue descendo nos deixando em um corredor de salas vazias.

 — Pensei que não te veria mais — confessei.

 — Bem, eu também não — Assegura ela nervosa. — Você vai vir sempre aqui? É que a ideia não me agrada nem um pouco e...

 Suas palavras me pegam de surpresa, não era o que esperava ouvir, mas sei que teria que engolir este tipo de situação pelo resto de meus dias. Por mais que me doa escutar, sempre seria assim, ela sempre me desprezaria, mas se significasse que poderia vê-la, apenas por uns segundos, eu poderia aguentar.

 Deixei de lado a dor em meu peito.

 — Não se preocupe com isso — a informei baixando meu olhar. — Só estou fazendo um favor para uma colega de trabalho.

 — Ah… — murmurou ela em tom de dúvidas. — Ela tem alguém que estuda aqui? — Confirmei com a cabeça. — Posso saber de quem se trata?

 Fiquei abobada por alguns segundos ao descobrir que minha filha tinha um piercing também em sua língua.

 — Sim, é a filha dela, Reese Denali, algo assim — informei e percebi que seu olhar estava perdido no nada novamente. Era minha deixa. — Bem, será melhor que eu vá. — Disse com tristeza. — Fique bem Renesmee.

 Prossegui descendo a escadaria, deixando Renesmee sozinha no corredor. Mas penso que teria sido melhor deixar ela descer primeiro, mas já é tarde para arrependimentos… como sempre.


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Notas finais do capítulo

Sem data ´para postar o próximo, então... Até breve!