Dois Solteirões e Uma Pequena Dama escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 10
Capítulo 10 – Tempo de Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora.
Desejo a todos uma ótima leitura :)



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Emmett andava de um lado a outro da sala de estar, no apartamento compartilhado com o irmão, ora passando a mão na cabeça, ora desejando chutar o que estivesse a sua frente.

Edward se encontrava sentado num dos sofás, batendo a mão o tempo inteiro na perna, impaciente com tudo o que estava acontecendo.

As garotas estavam lá. Após serem avidas do ocorrido envolvendo a filha de Emmett, Isabella e Rosalie deram um jeito de ir vê-los. Tentariam apoiá-los de alguma maneira já que não podiam fazer muita coisa nesse momento.

— É isso, então? – Emmett disparou, irritado. De repente, parando de se movimentar. – Eu não posso pegar minha filha de volta? Esta é a casa dela. É aqui que ela tem estar. Pétala é minha filha, e eu a quero de volta ainda hoje.

— Isso não será possível – o advogado, Nolan Quinn, um homem alto, de cabelos lisos e escuros, foi quem falou. Ele usava um terno de corte fino, na cor grafite, e sua postura era impecável. – Estamos no meio de uma situação delicada.

Dominado pela raiva, Emmett bateu com os punhos no encosto do sofá onde Edward estava sentado.

— Pétala não levou sua ovelhinha. Sem Coraçãozinho, ela não vai consegui dormir. E não vai ter ninguém para cantar pra ela, também. Minha filha está assustada. Ela só tem quatro anos e está sozinha, cercada de pessoas estranhas. Perdeu a mãe, a quem ela amava tanto, recentemente. E agora está sendo afastada da única família que lhe resta. E do seu bichinho de pelúcia favorito. – Ele moveu a mão na direção de onde Rosalie estava sentada. – Aquele bichinho de pelúcia que você está vendo na mão de Rose, é objeto de transição de minha filha. Sabe o que isso significa? A importância dessa pelúcia?

— Emmett, você precisa ficar calmo – o advogado pediu. – Seu nervosismo foi o que complicou as coisas antes. O que eles fizeram aqui foi tentar proteger Pétala.

— Proteger Pétala? – Emmett repetiu, visivelmente irritado.

Edward entrou então entrou na conversa. – Como isso é proteger? Eles a levaram contra a vontade. Causaram medo e angustia a uma criança de quatro anos que perdeu a mãe há tão pouco tempo.

— Entendo que para vocês pode ser difícil aceitar o que aconteceu aqui hoje. Admito que eles possam ter se precipitado no modo como levaram a criança daqui. Mas, pelo que me disseram, vocês também perderam o controle. Não acharam as provas que eles pediam, a criança se assustou e acabou chorando. Ela é sua filha, tinha de estar aqui, claro. Mas vocês já pararam pra pensar que se essa criança estivesse realmente vivendo em situação de risco, em um lugar que não fosse aqui? Iriam querer que eles a resgatassem, não iriam? Iam querer essa criança em segurança.

Edward abaixou a cabeça, derrotado. Emmett, no entanto, socou o encosto do sofá com força exagerada.

Percebendo o quanto ele estava arrasado, Rosalie se levantou, desfazendo o espaço que os separavam. Segurou nos pulsos dele com gentileza sugerindo que não voltasse a fazer aquilo. Quando ele olhou pra ela, Rose percebeu tanta angustia e impotência nos olhos dele que não pensou em outra coisa a não ser abraçá-lo. E ele curvou o corpo grande se deixando caber no abraço.

— Isso tudo é uma injustiça – o irmão se queixou.

Isabella se levantou de seu lugar para ir sentar-se ao lado dele.

— Vai dar tudo certo – ela lhe disse, ao apertar sua mão. – Ela vai voltar pra vocês.

Emmett lamentou nos braços de Rosalie. – Eu a quero de volta. Não sei mais como viver a vida sem ela.

Rosalie não reconhecia mais nele o homem solteiro que só pensava em se divertir. Ela via nele um homem maduro lutando contra o medo de perder a pessoa a quem ele mais amava. Uma garotinha de quatro anos de idade que chegou para transformar a vida de todos. Estava claro que lutaria por ela até que não lhe restassem mais forças.

— Nós vamos trazê-la de volta – Rose o encorajou. – Porque esse é o lar dela. É aqui que Pétala pertence. – Ela olhou em volta percebendo todas as coisinhas de Pétala espalhadas, exatamente como ela havia deixado. Tudo isso só veio a confirmar suas palavras. Aquele apartamento, ao lado daqueles dois irmãos, era o único lar daquela criança.

Isabella também tentava motivar Edward. – Somos a família dela. Juntos, nós iremos conseguir.

Edward lhe deu um beijo no rosto, agradecido pelo que disse.

O abraço entre Rosalie e Emmett foi desfeito. Mas permaneceram um ao lado do outro, de mãos dadas.

— Se não fizerem nenhuma besteira, vocês terão a criança de volta. Como Pétala não sofreu nenhum tipo de abuso durante o tempo que conviveu com vocês, vai ser bem mais fácil conseguir sua guarda de volta. Não há acusações. Emmett só precisa comprovar a paternidade. Como vocês disseram não ter encontrado a carta e os documentos enviados pela mãe junto com a criança, a única saída é o exame de DNA.

— Acha que eles aceitariam? – Edward foi quem perguntou.

— Não vejo motivo pra não aceitar. É do interesse de todos que a situação da criança seja resolvida o quanto antes. O Estado não tem interesse em prejudicar a criança. Apenas em protegê-la.

— Quanto tempo isso levaria?

— Bom, entrarei com o pedido ainda hoje. Depois da coleta, o resultado pode levar até três semanas para ficar pronto.

— Todo isso? – Emmett não quis acreditar. – Eu vou ter de ficar sem ver minha filha por três semanas? É isso mesmo que ouvi?

— Não dá pra ser mais rápido? – Rosalie pediu, preocupada que tivessem de ficar por todo esse tempo separados da criança.

— É tempo demais – Edward se queixou. – Isso não vai dar certo.

— Tentarei um prazo menor quando entrar com o pedido.

— Como vai ser isso?

— O juiz vai emitir a ordem para que seja feita a coleta do DNA na criança. Isso deve acontecer lá mesmo onde ela está sob custódia. E você, Emmett, poderá ir até o laboratório para que seja recolhida sua amostra de DNA.

— Não vai lhe causar dor? Não gostaria ter de submetê-la a esse tipo de coisa.

— Hoje em dia existem outros meio para a análise do DNA. Não precisa necessariamente ser com uma amostra de sangue. Pode ser com a saliva. Por bulbo capilar, mas esse é geralmente utilizado em casos criminais. No caso da amostra de sangue, eles espetariam apenas uma pontinha do dedo dela. É tudo muito rápido.

Emmett anuiu. Com a mão livre, Rosalie afagou na mão dele enlaçada a sua.

— Bom – disse o advogado, pondo-se de pé. – Eu preciso ir agora. Quanto mais rápido dermos início, mais rápido terão a criança de volta.

Bastou ele mencionar que estava de saída para que Emmett se precipitasse, indo até o outro lado da sala buscar a ovelhinha de pelúcia da filha.

— Leve Coraçãozinho pra ela no abrigo – pediu. Ele estava com a pelúcia na mão, e levou até Nolan.

Nolan recebeu a pelúcia dizendo. – Amanhã mesmo entregarei a ela.

— Amanhã? Minha filha precisa da Coraçãozinho ainda hoje.

— Eu lamento Emmett. Não se preocupe, amanhã farei com que a ovelhinha chegue até ela. – E então ele seguiu em direção à porta. – Você sabe que isso seria bem mais rápido se encontrasse aqueles documentos com a carta da mãe. Nos pouparia muito tempo.

— Sim, eu sei – resmungou. A raiva voltando a crescer dentro dele. Pensando no que realmente gostaria de ter dito: “Se estivesse com a carta e os documentos, não teria precisado dos seus serviços. E então você não estaria aqui”.

— Continue procurando. Ajude-me a trazer sua filha de volta.

Assim que Nolan saiu, Emmett se jogou no sofá, derrotado. Procurar, onde? Não havia mais lugar no apartamento que não tivesse revirado do avesso. Nem mesmo a mochila e a bolsinha dela tinham ficado de fora.

Rosalie sentou ao lado dele no sofá. – Alguém mais esteve aqui depois que Pétala chegou para ficar com vocês? – perguntou.

— Ninguém. Nem mesmo a faxineira. Ela ficou doente e a agência não mandou uma substituta. A gente foi se virando como pôde. Dividimos as tarefas. Fomos levando como dava.

— Então esses documentos estão aqui, em algum lugar. Não podem simplesmente ter evaporado.

— Não existe mais lugar onde procurar – Edward foi quem falou. E ele parecia esgotado.

Um gruindo raivoso saiu da garganta de Emmett. Ele estava definitivamente furioso, se culpando por terem levado sua filhinha embora. O que era uma grande injustiça.

[...]

A noite tinha chegado depressa. Pétala tinha sido deixada no dormitório do abrigo com outras dez meninas com idades que iam de dois aos onze anos.

Numa cama de estrutura de ferro, sobre um colchão de molas desgastado encoberto por lençóis brancos, Pétala chorava baixinho, encolhida embaixo da coberta marrom de inverno. Sentia falta de sua mamãe. Do papai, e também do titio. E das duas tias que cuidaram dela com tanto carinho quando esteve dodói. Sentia falta de Coraçãozinho, sua melhor amiga no mundo todo, por isso não conseguia dormir.

Desde que chegou ao abrigo pela manhã, Pétala não disse uma única palavra. Estava sempre chorando pelos cantos, sozinha. Assustada. Não entendia porque aquelas pessoas a haviam separado do papai e do titio. Eles eram bons e a amavam muito.

O quarto grande estava parcialmente escuro. O aquecedor fazia um barulho estranho que ela não gostava. Encolheu-se mais ainda, e pôs o polegar na boca, sem parar de soluçar.

— Mamãe. Mamãezinha... – soluçou, chamando por Callie. – Vem me buscar. Me leva pro céu junto com você.

Fechou os olhinhos, bem apertados. E, então, uma voz carinhosa chamou seu nome.

— Pétala? Não tenha medo, querida.

A menina abriu os olhos e ali, bem ao lado de seu travesseiro, havia uma coisa pequenina. E ela se parecia muito uma fadinha, com cabelos ruivos e narizinho arrebitado.

— Você é uma fada? – perguntou chorosa. Seus olhinhos, num instante, ficando atentos.

— Sim. Eu sou uma fada e estou aqui para cuidar de você, até que seu papai venha te buscar.

— Ele não veio – ela falou. A voz dando sinais de que iria voltar a chorar.

— Ele virá, Pétala. Acredite. Seu papai te ama muito. E está sofrendo por você está aqui. E o seu titio também.

— Você é uma fadinha de verdade?

— Você só tem de acreditar.

— Eu credito fadinha. Eu acredito.

A pequena fada, de vestido lilás e asinhas que pareciam quase transparente, se movimentou em cima do colchão e com sua mão pequenina acariciou os cabelos escuros de Pétala.

— Estou com medo, fadinha. A mamãe foi morar no céu. Ela me disse que eu ficaria com o meu papai, mas aquelas pessoas não querem me deixar ficar com ele. Por que fazem isso, se a mamãezinha disse que eu podia? Porque o meu papai me amava e que seria muito bom pra mim.

— Vai dar tudo certo, pequena. Seu papai e seu titio virão te buscar. Eles te amam muito, sim. Sua mamãe tinha razão.

— Qual o seu nome fadinha?

— Meu nome é Felicity.

— Você conhecesse a Tinker Bell?

— Sim. Agora feche esses olhinhos e tente dormir.

— Não consigo... Estou com medo. Não tenho mais a mamãe, nem o papai, nem Coraçãozinho e nem o titio. As titias também sumiram.

— Eu ficarei aqui com você essa noite. Não precisa ter medo.

— Fadinha, você sabe você cantar?

— Sim, eu sei. Feche os olhinhos, Pétala. Ouça essa canção.

E fadinha cantarolou numa voz bela e suave uma linda canção que falava de coragem e sobre como conquistar seus sonhos. Acreditar que eles eram possíveis.

Pétala suspirou, deixando que a canção levasse seus medos embora. A voz da fadinha era doce e tinha o poder de acalmar. A pequena pegou no sono em pouco tempo.

[...]

Fazia algum que Emmett estava de pé, na suíte, ao lado da janela de vidro. Vestia apenas uma calça de moletom, olhando a noite pela janela, imaginando como estaria Pétala, sozinha, sem sua canção antes de dormir. Sem a Coraçãozinho para abraçar.

Rosalie despertou sentindo sua falta na cama. Tinha ficado pra dormir com ele aquela noite. Sentia que precisava de sua presença. Ele andava cabisbaixo e irritadiço. Ao vê-lo de pé ao lado da janela, não hesitou em ir até lá.

Ela o abraçou por trás, deixando que suas mãos repousassem no peito nu dele.

— Vem deitar – convidou. – Pétala precisa que esteja bem-disposto para lutar por ela. Você não pode ficar assim. Não pode se entregar.

— Não consigo dormir sabendo que minha filhinha está no abrigo, sozinha. Em um lugar onde crianças conhecessem desde cedo o significado de solidão e abandono. É tudo culpa minha, por não saber onde guardei os documentos junto à carta de Callie. Traí a confiança da mãe dela. Callie me mandou Pétala para que isso não acontecesse. Ela precisava ter certeza de que nossa filha ficaria bem. Não a culpo por ter escondido de mim a existência de Pétala, porque, afinal, ela me entregou a coisa mais valiosa que tenho hoje. E me fez conhecer o amor incondicional. E eu falhei. Falhei com as duas. E isso não merece perdão.

Rosalie permanecia abraçada a ele por trás, acariciando o peito largo com as mãos.

— Você não falhou. É um bom pai pra Pétala. Ela te ama muito. E ama também a seu irmão. Nós vamos trazê-la de volta, acredite.

— Pode ser que leve três semanas. Vai depender do que o juiz determinar. – Ele se virou de frente pra Rose. A expressão em seu rosto era desoladora.

— Te apoiarei em tudo. Não está sozinho.

Na cozinha, Edward tomava uma xícara de café, sentado na banqueta de frente ao balcão de mármore preto. Tão cabisbaixo quanto o próprio irmão estava.

— Vai pra cama, Edward – Bella o aconselhou, de pé ao lado dele. – Já é muito tarde.

— Minha sobrinha está sozinha naquele lugar, cercada por estranhos. Meu irmão está arrasado e eu não posso fazer nada.

— Você já está fazendo. Os ama e os apoia.

— Não é o suficiente. Sinto que eu tinha de fazer mais.

— Vem, vamos deitar... – Ela ofereceu a mão a ele. Edward aceitou, e se levantou da banqueta deixando a xicara de café inacabada ali mesmo no balcão. Se deixando ser guiado ao próprio quarto por Bella.

No andar de cima, Emmett fazia o mesmo, se deixando levar pela mão por Rosalie até a cama. Deitando-se juntos, no silêncio motivado pela tristeza.

Um homem tão grande, mas que sem a filha pequena parecia perder as forças, a energia vital que o mantinha ativo e sorridente.

[...]

Os últimos dias passaram feito um borrão para os irmãos McCarty. Pétala permanecia no abrigo sob custódia do Estado aguardando o resultado da análise de DNA.

Nenhum deles pôde vê-la durante esse período. O que só tornou as coisas ainda mais difíceis para todos. Rosalie e Isabella estavam sempre voltando ao apartamento, apoiando aos dois como podiam.

Um dia antes da data marcada para a entrega do resultado, o advogado apareceu na porta com o envelope do laboratório na mão. Emmett finalmente podia provar a todos sua paternidade. E não havendo nenhum crime cometido por ele ou o irmão, finalmente poderia ter a filha de volta.

Depois de comemorarem junto ao advogado, cada um telefonou pra sua garota contando a novidade. Marcando de se encontrarem em frente ao abrigo em quarenta minutos.

Rosalie e Isabella chegaram um pouco antes, e ficaram aguardando por eles dentro do carro em frente ao abrigo.

O advogado tinha saído do apartamento mais cedo, por isso já se encontrava no abrigo resolvendo as últimas questões legais.

Assim que avistou Emmett sair do carro, Rosalie correu para abraçá-lo. Estava tão frio e cinzento lá fora, mas para os irmãos McCarty parecia um dia perfeito. Assim como um dia de primavera, era tempo de recomeçar.

Tudo o que o impedia de chagar perto da filha agora eram apenas um portão de ferro e algumas paredes de concreto. Não havia nenhum humano com poder para impedi-lo. Ele tinha conseguido. Levaria Pétala de volta pra casa. A única Pétala que cuidaria para sempre sem medir esforços. Sem deixar que as mudanças de estações a afetassem. A criança que carregava seu sangue, seu sobrenome e também seu coração.

— Nem acredito que em alguns minutos terei minha filhinha nos braços outra vez – Emmett falou pra ela.

Estava muito ansioso. Se pudesse entrava aquele prédio correndo e tomaria sua filhinha nos braços. Esfregaria na cara da mulher que a arrancou de dentro de casa, os papéis que comprovavam sua paternidade. Mas tinha de fazer as coisas com calma e do jeito certo.

Rosalie afagou o peito dele com a mão, sobre o agasalho. – Ela é sua, amor. Ninguém nunca mais vai poder tirá-la de você. Vamos entrar lá e levá-la de volta pra casa.

Ele se curvou para beijar nos lábios dela. Agradecido por tudo que vinha fazendo desde que se conheceram. Deram-se as mãos e se encaminharam a porta de entrada do prédio.

O irmão ainda estava dentro do carro dele. Isabella tinha parado ao lado da porta aguardando que descesse.

Edward tinha aberto o porta-luvas para guardar alguns papéis, e ao fazer isso, despencou um monte de coisas lá de dentro. Enquanto recolhia tudo encontrou, embaixo do banco, um envelope pardo. Pegou já imaginando o que poderia ser. Abriu com cuidado, e lá dentro estavam os documentos e a carta assinada pela mãe de Pétala antes de morrer.

— Não posso acreditar – suspirou.

Ao ouviu dizer isso, Bella se curvou olhando dentro do carro pela janela aberta.

— Não acredita no quê? – pediu.

— Todos os documentos. Certidão de nascimento, carteira de vacinação, papéis da maternidade onde Pétala nasceu. Histórico médico, a carta e o próprio atestado de óbito de Callie, que a amiga deve ter colocado no envelope quando trouxe Pétala, depois da morte da mãe dela.

— O quê? Mas como isso e possível? Estávamos surtando antes por causa desses documentos.

— Meu irmão deve ter esquecido aqui no dia que levou ela a consulta com o pediatra, não sei.

Edward terminou de guardar os papéis e saiu do carro, levando apenas o envelope de papel pardo. O único que realmente importava.

— Emmett – ele chamou.

E o irmão parou, segurando na mão de Rosalie, com um pé já dentro do prédio onde a filha aguardava por ele. E, então, olhou para trás.

Edward se apressou, com Isabella ao lado, em ir até lá.

Ergueu o envelope pardo na mão. – Os documentos e a carta escrita por Callie, estavam o tempo inteiro dentro de seu carro. Encontrei o envelope debaixo do banco quando tentava recolher uns papéis que deixei cair do porta-luvas.

— Como é que é? – o espanto ficou estampado no rosto de Emmett. Ele deu alguns passos na direção do irmão, pegando o envelope, pensando quanto tudo aquilo era inacreditável. Tanto problema por não saber onde estavam os documentos, quando, na verdade, estavam sempre por perto.

Rosalie se aproximou para conferir a verdade daquilo tudo.

— Desde que encontrei essas coisas na mochila de Pétala, tenho mantido tudo junto. Devo ter deixado lá no dia em que a levei ao pediatra. Isso alguns dias atrás. Mas que parece há uma vida. Eu poderia ter tirado minha filha desse lugar no mesmo dia se tivesse me preocupado em revirar o carro do avesso como fiz com o apartamento.

Rosalie pôs a mão no ombro dele ao falar. – Não adianta se martirizar com isso agora. Com o que poderia ter sido. O importante é que podemos levá-la de volta pra casa. Você conseguiu provar pra todos eles que Pétala é sua filha. E sendo um bom pai, não a nada que possa levá-los a mantê-la longe de você.

Ele encostou uma das mãos na mão dela que tocava seu ombro. – Você tem razão. Vamos buscá-la, isso já durou tempo demais.

Os quatro entraram no prédio. Rosalie e Emmett sempre na frente, de mãos dadas. Permanecendo na sala de espera enquanto aguardavam que trouxessem a criança.

[...]

Pétala se encontrava na sala de recreação, sozinha num canto. Numa cadeirinha de plástico amarela enquanto as outras crianças brincavam e desenhavam com giz de cera, no meio de uma conversa sussurrada, de frente a estante de livros. De vez em quando uma criança olhava pra ela com olhar desconfiado.

— A senhorita Turner está vindo de buscar – a fadinha explicou a Pétala. – Você já não precisa mais de mim, Pétala-linda. Estou indo embora.

Os olhos escuros da menininha se arregalaram. A ideia de ser deixada sozinha outra vez, amedrontando-a feito um monstro embaixo da cama.

— Preciso, sim – ela disse, rápido demais. – Não vá embora, fadinha. Eu tenho medo de ficar aqui.

— Não tenha medo. Seu papai e seu titio vieram te buscar. Eles estão te esperando.

A porta da sala de recreação foi aberta e a senhorita Turner apareceu, olhando em volta a procura de Pétala. A moça com um avental branco mostrou com a mão Pétala no canto, sozinha.

Eva atravessou a sala para falar com ela. Quando parou ao lado da cadeirinha, Pétala olhou pra cima, apertando à ovelhinha no braço.

Eva segurava uma sacola com as poucas coisas de Pétala que o advogado de Emmett tinha levado durante os dias de sua permanência no abrigo.

— Venha comigo, querida. Eles estão te aguardando na sala de espera.

Pétala segurou na mão de Eva ainda enquanto ficava de pé. Na outra mãozinha, levava Coraçãozinho junto ao corpo.

— Fadinha... – sussurrou. – Eu preciso de você.

— Você não precisa mais, Pétala-linda. Sua família está aqui para te levar de volta pra casa. Vá viver com eles uma vida cheia de amor lá fora. Seu papai está morrendo de vontade de te abraçar. Ele está cheio de saudades suas.

A fadinha estava desaparecendo, sua imagem se dissipando como pequenos flocos de luzes no ar.

— Adeus fadinha – Pétala sussurrou, movendo a mão que segurava Coraçãozinho.

— Faça amigos de verdade. Seja feliz Pétala-linda. E esse é também um pedido de sua mamãe.

Pétala suspirou. Olhando então a mulher que segurava sua mão. A mesma que a tirou de casa a força era agora quem a devolvia aos braços do pai e do tio.

[...]

Estavam todos de pé na sala de esperava. Até mesmo o advogado, Nolan.

Emmett achava que estavam demorando demais para trazê-la. A cada batida do relógio ele ia até a porta onde podia ver o corredor interno do abrigo. Na última vez em que fez isso, avistou a senhorita Turner virar no corredor ao lado, trazendo Pétala pela mão.

— Elas estão vindo! – gritou. E não esperou que se aproximassem. Imediatamente se apressou pelo corredor largo ao encontro da filha.

— Senhor, você deve...

Ele não deu a mínima para quem quer que tenha feito o alerta. Já tinha esperado tempo demais.

Edward, Isabella e Rosalie se apressaram ao corredor onde permaneceram parados ao lado da porta vendo Emmett se reencontrar com a filha.

— Pétala! – ele chamou por ela em voz alta.

A menininha estava de cabeça baixa, até o momento que ouviu sua voz.

— Papai! – Os olhinhos tristes voltando a serem felizes outra vez. E ela sorriu pra ele, soltando da mão de Eva. – Papai! Papai! – ela dizia, correndo trôpega para os braços de Emmett.

— Filhinha.

— Papai.

— Pétala – Emmett repetiu quando a pegou nos braços, beijando e cheirando toda ela. Feliz em sentir seu cheirinho que recendia a xampu infantil e giz de cera. – Minha Pétala cheirosa. Filhinha linda. – E ele então deu um beijo estalado no rostinho sorridente da menina. – O papai te ama tanto, princesa.

— Eu amo você, papai. De montão.

Ele a apertou num abraço de urso, com amor inquestionável. Incomensurável. Como nunca antes havia abraçado alguém na vida. Na forma de amor mais pura que conhecia.

Edward se aproximou dos dois, pegando Pétala dos braços.

— Titio! – Pétala passou os bracinhos em volta do pescoço dele enquanto ele a pegava.

— Princesinha – o tio falou. – Como é bom tê-la de volta. Eles te trataram bem aqui?

Pétala nem conseguiu responder. As garotas também se aproximaram e começaram abraçá-la e enchê-la de beijos e carinhos.

— O senhor conseguiu – Eva Turner disse pra Emmett. – Tem sua filha de volta.

— Consegui. E não foi graças a você, não é mesmo? – dizendo isso, ele estendeu a mão que segurava o envelope com os documentos. – Olhe o que tem aí dentro – pediu. – Sei que já viu o resultado da análise de DNA, mas quero que veja isso também. Afinal, foi por isso que tirou minha filha de mim.

Eva Turner segurou o envelope na mão. Embora já desconfiasse do que se trava, resolveu abrir.

Sua expressão não foi muito diferente da que teve ao ver o resultado do exame de DNA.

— Eu estive dizendo a verdade o tempo todo – Emmett reforçou.

— Eu sinto muito, de verdade – Eva conseguiu dizer. – E isso – ela se referia aos documentos no envelope – não era necessário. O resultado do laboratório já lhe dava o direito levá-la de volta pra casa.

Emmett recolheu o envelope de volta.

— Eu sei disso. Acontecesse que queria ver sua cara quando os olhasse. E posso dizer que foi exatamente como pensei que seria.

Ele deu as costas pra Eva Turner, e pegou a criança dos braços de Rosalie.

— Nunca mais irá tirá-la de mim – esclareceu a Eva. – Porque não terá motivos.

Pétala se agarrou a ele com a ovelhinha de pelúcia ficando entre os dois.

O tio foi pegar com Eva a sacola com as coisinhas dela.

— Essa foi a última vez que você a viu – avisou. – No jardim que essa Pétala for cultivada você não voltará a pôr os pés.

— Estou feliz por isso, acredite – Eva disse pra ele, e havia sinceridade em sua voz. E consciência de que aquela criança seria feliz e bem-cuidada. Tirá-la deles foi um erro.

Edward se juntou aos outros. E todos eles juntos deixaram o abrigo pra trás.

[...]

Finalmente Pétala estava de volta, alegrando e modificando a vida daqueles dois irmãos.

As garotas almoçaram com eles no apartamento e logo depois voltaram ao trabalho.

Emmett e Edward não foram trabalhar pelo resto do dia. Passaram a tarde inteira brincando com Pétala e mimando-a o quanto puderam.

Depois e cobrir a cabeça deles com presilhas tic-tac coloridas, Pétala os convidou a tomar chá imaginário com suas bonecas, em xícaras lilás, do joguinho de chá de plástico. Os dois sentaram-se no chão ao redor da mesinha cor-de-rosa onde tudo tinha sido organizado por ela.

Assim como eles, Pétala também tinha os cabelos enfeitados por várias presilhas tic-tac coloridas. Os olhinhos brilhantes revelando o quanto estava feliz por estar em casa. Estava sempre olhando os dois, com sua xicarazinha de chá imaginário na mão, rindo com as mesmas covinhas do pai estampadas no rosto.

— Tá gostoso? – ela perguntou enquanto eles fingiam tomar do chá.

— Uma delícia – Emmett comentou, entrando na brincadeira.

— O melhor chá que já tomei – essa foi a resposta que o tio deu a ela. Ele ainda lambeu os lábios reforçando o que dizia.

E quando ela olhou as bonecas, Edward cochichou ao irmão.

— A verdade é que nunca tomei chá na vida, muito menos imaginário.

— O que você disse titio?

O irmão ficou olhando pra ele, esperando sua resposta, com medo que dissesse o que realmente estava pensando e magoasse sua filhinha.

Edward olhou dele para a garotinha.

— Eu disse que nunca experimentei chá tão bom assim antes. Tão imaginariamente saboroso. Imaginariamente único.

Pétala mostrou um sorriso de orelha a orelha. E logo depois o abraçou, subindo nas pernas dele com os sapatinhos dourados.

Mais ou menos por volta das sete da noite, Emmett mandou ela pro banho. Vestiu nela seu pijaminha favorito, o cor-de-rosa de pezinhos.

Os três jantaram juntos na mesa da sala de jantar. Pétala, na nova cadeirinha que a deixava no nível exato da mesa. Depois do jantar ela pediu para assistir desenho animado e nenhum dos dois foi capaz de recusar.

Ela ficou deitada no sofá, a cabeça no colo do pai. Os pezinhos sempre inquietos, encobertos pelo algodão do pijaminha. O polegar na boca e o olhar atento a grande tela de tevê enquanto era exibido mais um episódio de Charlie e Lola. Mais tarde foi a vez do Agente Especial Urso estrar na telona. Sua missão especial do dia era ajudar uma garotinha perdida encontrar sua mamãe na pracinha.

Quando Emmett menos esperava, Pétala saiu com uma pergunta.

— Papai?

— Sim, princesa?

— O Agente Especial Urso pode trazer a mamãe de volta pra mim?

Por um instante, Emmett pareceu pensar no que dizia, sem saber como lhe responder.

Eles ouviram a voz de Edward. Ele estava na sala de jantar falando ao telefone.

— Essa é uma missão muito difícil até mesmo para o Agente Especial Urso. Ninguém pode trazer a mamãe de volta, Pétala. Eu sinto muito.

A menininha abaixou o olhar, decepcionada.

— Sua mamãe estará sempre cuidando de você, mesmo lá de cima.

— Mas eu não consigo ver ela – lamentou entristecida.

— É que agora ela é seu anjo da guarda.

— Mas eu não consigo ver – insistiu.

Sua insistência serviu para acender uma luz na escuridão que tinha sido a memória de Emmett no que diz respeito à forma como conheceu Callie.

— Quer saber como conheci sua mamãe?

Pétala se sentou no sofá, olhando pra ele em expectativa. Os olhinhos mal piscavam de tanta ansiedade.

— Ok – ele começou. – Aquela era uma noite quente de verão, eu tinha saído pra correr pelo bairro. Quando já estava bem longe de casa, avistei duas garotas fazendo caminhada. Uma delas usava uma calça de ginástica amarela e tênis pretos. Além de sua calça chamar muito atenção pela cor, reparei que era uma moça muito bonita também.

— Era a mamãe? – Pétala interrompeu ansiosa.

Emmett fez sinal com a mão para que esperasse.

— Ela estava fazendo caminhada na companhia de uma amiga.

— E a mamãe tinha uma calça amarela? – Pétala interrompeu outra vez.

Emmett deu risada e continuou.

— A amiga torceu o pé, então me ofereci para ajudá-las. Depois de deixá-las na casa da garota que tinha torcido o tornozelo, eu fiquei um bom tempo conversando com a de calça amarela.

— Que era a mamãe? – outra vez ele foi interrompido.

Com um sorriso no rosto, deu continuidade.

— Sim, a de calça amarela era sua mamãe. – Ele fez cocegas em Pétala ao revelar o que ela tanto insistia em saber. Após um instante parou com as cocegas e a menininha parou de rir. – Callie tinha os seus olhos. Escuros e belos. Nós saímos juntos algumas vezes para caminhar, e depois para dançar. Ela era alegre e divertida. Mas, um dia ela simplesmente me disse que precisava ir embora.

— E eu tava aonde?

— Quando Callie foi embora?

— É. Onde que eu tava?

— Bem, eu não sabia, mas, você estava na barriga dela.

— E como que eu fui parar lá?

— Foi por meio de uma sementinha.

— Que sementinha?

— Que dei a ela.

— E ela comeu?

Outra vez ele deu risada. – Que tal se agora a gente falasse de outra coisa?

— E quem tirou eu da barriga da mamãe?

— Provavelmente foi um médico. Eu não estava lá quando isso aconteceu, por isso não poderia lhe dizer exatamente como foi.

Pétala ficou quietinha um instante e, então, voltou a falar.

— A mamãe me amava.

Emmett a pegou no colo. – Sim, sua mamãe te amava. Te amava muito, assim como eu também a amo.

Pétala apertou os bracinhos em torno do pescoço dele.

— Eu também te amo, papai. Até a lua, ida e volta.

Minutos mais tarde, ela dormia no colo dele. Emmett desligou a tevê e a levou pra cama.

[...]

Os dias correram e, então, o dia de Ação de Graças chegou. Os irmãos viajaram até a Carolina do Sul para apresentar Pétala à família. Passado o susto inicial, todos a acolheram com amor. Com a chegada de dezembro, chegou também o natal. E com ele o rigoroso inverno.

Pela primeira vez os irmãos decoraram todo o apartamento para o natal. Isabella e Rosalie deixaram suas famílias na metade da noite para estar com eles.

Pétala estava sempre feliz. Cercada de muito amor e carinho.

Na lareira, na sala de jantar, duas meias em tamanho adulto e uma pequenina se encontravam penduradas. Era impossível olhá-las ali e não pensar no quanto eram sortudos por terem um ao outro. E no quanto eram felizes juntos.

Depois da ceia, antes de se deitar, Pétala pediu para deixar um copo de leite com biscoitos para o Papai Noel e cenouras para as renas, no balcão da cozinha.

Na manhã de natal, ela foi a primeira a acordar. Deslizou pros pés da cama do pai por debaixo das cobertas e saiu do quarto correndo. Gritando ao chegar à sala e encontrar todos os presentes deixados embaixo da grande árvore de natal que todos eles montaram juntos.

Então se lembrou do lanchinho deixado no balcão da cozinha e correu até lá pra conferir. A bandeja estava vazia, o lanche tinha desaparecido, só restavam migalhas no lugar.

Edward e Isabella foram os primeiro a chegarem à sala. Depois, Emmett e Rose desciam as escadas. Todos de pijama ainda. Mas, felizes por Pétala.

O tio sussurrou aos demais. – Eu dei um jeito de sumir com o lanche e fazer parecer que tinha sido comido pelo Papai Noel e as renas. Também deixei os presentes embaixo da árvore como combinamos.

[...]

O recesso escolar de inverno tinha chegado ao fim, Pétala finalmente iria voltar a frequentar a pré-escola.

Os irmãos tinham acordado cedo para aprontá-la para o grande dia. Afinal, era seu primeiro dia na escola nova. Emmett vestiu nela uma legging rosa clarinho, uma saia que parecia um tutu, num tom de rosa mais escuro. Seus sapatinhos também eram cor-de-rosa. A blusinha de mangas compridas preta possuía uma renda branca que caía sobre os ombros, com um lacinho preto na parte da frente da gola. Um arquinho com uma flor branca na lateral enfeitava seus cabelos escuros.

A mochila de rodinhas e lancheira eram cor-de-rosa com o tema a Doutora Brinquedos.

Após um café da manhã reforçado, os dois foram juntos deixá-la na escolinha. Houve muitos beijos e abraços na despedida. E então, finalmente, Pétala virou as costas pra eles e entrou na sala de aula arrastando a mochila numa mão, levando a lancheira na outra.

Emmett imaginou que fosse levar um tempo para ela fazer amizades. Mas não foi bem isso que aconteceu. Uma menininha negra, de cabelos volumosos com uma flor laranja na lateral da cabeça, chamou Pétala para sentar ao lado dela na mesinha colorida. As duas se puseram a conversar imediatamente como que se conhecesse a vida inteira.

Pétala mostrou pra ela sua mochila nova da Doutora Brinquedos. E a outra menininha mostrou também a sua, com o tema a mesma personagem infantil.

Pétala acenou para o pai e o tio, ambos na porta da sala de aula. Os dois acenaram de volta pra ela.

— Eu não fazia ideia de que fosse assim... – declarou Edward.

— Assim como? – o irmão pediu.

— Ter uma garotinha. Uma garotinha que a gente ama.

Em seguida partiram, deixando Pétala na Escola Ursinho Feliz.

A chegada de Pétala em suas vidas foi como uma benção. Era uma lembrança da inocência. E descobriram que algo mudava quando se recebia o amor incondicional de uma criança. Você quer muito ser merecedor disso.

[...]

Na primavera, eles se mudaram para uma casa de quatro quartos. Um deles foi decorado especialmente para Pétala tendo como tema a Cinderela. Em cores rosa e branco, com uma cama de dossel cujas laterais lembravam uma carruagem.

A casa era rodeada por jardins floridos e grama verde. A sombra de um carvalho, no jardim dos fundos, um balanço fora colocado pra Pétala. Todas as tardes, depois da escola, ela se balançava nele.

A cada dia da semana, um dos irmãos deixava o trabalho a tempo de pegá-la na escolinha e ficava pelo resto da tarde cuidando dela.

Ainda saiam com as garotas. E a ideia de casamento começava ser cada vez mais presente. Isabella e Rosalie sempre estavam voltando a casa deles, algumas noites até ficavam para dormir como acontecia antes no apartamento. E continuavam ajudando com Pétala sempre que preciso.

Oficialmente, ainda eram dois solteirões e uma pequena dama.

Fim

 


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, é isso. A história acaba aqui. Quero muito agradecer a paciência de quem leu, especialmente aqueles que me motivaram deixando seu comentário ou sua recomendação. Obrigada pelo apoio, mesmo.

Aproveitei o encerramento dessa pra já postar uma outra short-fic que tinha guardada. Então, se alguém tiver interesse em conhecer... adoraria recebê-los por lá também.
Segue o link: https://fanfiction.com.br/historia/718737/Coracao_de_Soldado/

Não se esqueça de deixar um comentário. Uma recomendação seria superdemais!

Beijo, beijo
Sill