O conto esquecido. escrita por Triz Quintal Dos Anjos


Capítulo 8
Parte dois – Aventuras e desventuras.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como passaram a quinzena? Trago uma boa notícia! Estou conseguindo me organizar melhor agora e, se eu não me enrolar de novo, a partir da próxima postagem(daqui a quinze dias) eu volto a postar semanalmente!
Bom, espero que gostem desse cap, apesar de ele ser bem curtinho e ser uma espécie de "segundo prólogo". Queria avisar que sempre que começar uma nova parte da história o cap vai ser assim, eles meio que introduzem umas coisinhas que estão por vir. Provavelmente vão deixar vocês com mais dúvidas, mas juro que xplicarei tudo ao longo da história!
Bom, aproveitem!
P.s: Música burning gold da christina perri ;)



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“[...]

Estou ateando fogo na vida que eu conheço

Começamos um incêndio aonde vamos

[...]

Até que nossas vidas estejam em chamas de ouro.” —Burning gold, Christina Perri

                                                             ❀✿❀

  A menina dançava juntamente á vários desconhecidos enquanto cruzava a festa da colheita.

  O evento acontecia toda vez que algum dono de terra fazia uma boa colheita. Por isso tinha esse nome.

  A menina tinha ido buscar algumas flores para sua mãe, como costumava fazer todo início de semana, e agora voltava para sua casa. Ela adorava festas e não perderia a oportunidade de dançar um pouco enquanto atravessava aquela.

  O cabelo escuro estava preso em duas tranças e, enquanto dançava, ela girava a saia de seu vestido branco e balançava a cesta com as flores. Carregava nas mãos o capuz vermelho que havia sido feito pela avó há  alguns anos atrás.

  Demorou algum tempo, mas a menina saiu do meio da multidão e continuou seu caminho.

—Olá querida! –A mãe cumprimentou-a quando entrou em casa. Ela pôde ver o pai sentado na mesa da cozinha almoçando.

  Sua casa era feita de madeira, fora construída pelo pai e pelo avô muitos anos antes. Tinha sua própria beleza, se você soubesse bem para onde olhar.

—Olá mamãe! Veja só que flores lindas eu trouxe para a senhora hoje!

  A mãe se aproximou e retirou a cestinha e o capuz vermelho das mãos da menina. Ela estava séria, parecia um pouco triste.

—Minha filha, quero que leve alguns doces para sua avó. –Ela disse colocando o capuz vermelho na menina. –Ela está doente.

—Tudo bem, eu levo. Onde está a cesta?

—Aqui. –A mais velha devolveu-lhe a cesta, agora com doces ao invés de flores, e a criança seguiu para a casa da avó, que não ficava nada longe.

  Antes que pudesse bater na porta seu tio, um rude lenhador, apareceu. A menina tinha medo dele, que era sempre tão irritantemente egoísta e violento.

   Estava louca para voltar para casa e tratou de entregar-lhe os doces rapidamente, pedindo que contasse para sua avó que lhe desejava melhoras.

  Quando deu meia volta levou um susto: chamas traiçoeiras destruíam sua casa.

  Ela correu até o lugar empurrando a multidão que havia se formado ali de repente, enquanto gritava:

—Meus pais estão lá dentro! Por favor, alguém ajude! Por favor! Meus pais!

  Mas tudo o que as pessoas faziam era olhar para ela com pena. A moreninha então percebeu que uma pessoa saía pela porta dos fundos, primeiro pensou que fosse a mãe ou o pai, todavia constatou que não podia ser nenhum dos dois, pois a pessoa usava um longo manto de pele de lobo. A menina não conseguiu ver se era uma mulher ou um homem, mas teve certeza de que aquele era o responsável pelo que estava acontecendo.

  Ao perceber que nenhum daqueles covardes tomaria uma atitude a criança correu em direção ao incêndio.

    Assim que adentrou no lugar viu o pai morto no chão, completamente sujo com seu próprio sangue e, ao seu lado, sua amada mãe, que ainda segurava as flores que a menina havia colhido mais cedo.

—Mamãe! –Ela gritou desesperada e, milagrosamente, a mulher mexeu sua cabeça para fitar a filha.

  A pobre criança correu até a mulher tossindo por causa da enorme nuvem de fumaça que sua casa havia se tornado.

—Saia daqui. Você tem que sair daqui meu amor. –A mulher disse em um sussurro quase inaudível.

—Não vou sair sem você. – A mais nova rebateu entre lágrimas e soluços.

—Você tem que sair. Se não ela vai conseguir o que quer.

—Ela?

—Foi ela quem fez isso. Agora saia daqui, por favor, saia daqui.

—Antes me diga quem ela é!

—Me escute querida. Eu e seu pai sempre vamos estar com você, sempre, sempre e sempre. Esqueça essa mulher. Agora saia daqui, fuja para bem longe.

—Mas mamãe...

—Fuja Helena! Agora! – A mulher gritou com toda a força que ainda lhe restava assustando a filha que se virou e fugiu.

  Helena correu para a floresta, sem se importar com as lágrimas que lhe embaçavam a vista. Ela só tinha uma certeza: descobriria quem era aquela mulher que vestia o manto de pele de lobo e a faria se arrepender do que tinha feito.

                          ✽Continua...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Ansiosos pro próximo? Curiosos? Me digam aqui nos comentários seus sumidos u.u Um beijão para todos vcs!