These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 2
A trip to Hawaii


Notas iniciais do capítulo

Helloo loves! Espero que curtam esse capítulo!
Eu quero explorar nos próximos a relação entre o Bucky e a Nat pra pirar o Steve, também pq eles tem muita história ne... O que vocês acham? kkkk.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694955/chapter/2

Aguardo Natasha por exatamente 3 horas, como combinado. Bucky se demonstra apreensivo ao meu lado, como toda vez que menciono o nome de Natasha. Talvez ele se lembrasse das atrocidades que cometeu com a mesma, a bala na barriga, e as incontáveis tentativas de homicídio em batalhas.

  Quando ela finalmente aparece, reparo que não está sozinha, mas sim acompanhada de duas figuras: Sam e Wanda. Sua expressão mal humorada logo me diz que não foi escolha da mesma convidá-los.

  — Esses dois não conseguiram manter o nariz fora da vida alheia. — ela revira os olhos, em seguida cumprimentando Bucky com um aceno de cabeça.

  Sam olha com desdém para o Soldado, e enfim me dá um abraço.

  — É bom vê-lo, Cap.

  — É bom vê-lo também, Sam. — de soslaio, vejo Wanda manusear as próprias mãos, um ato de nervosismo. — Maximoff, eu não esperava encontra-la aqui.

  — Desde o começo estou com você, Capitão, até o fim.

  Natasha era a única ali que apoiou o outro time durante a guerra. Posso reparar sua hesitação no olhar perdido. Me aproximo e coloco um braço em volta de seus ombros, sussurrando:

  — Obrigado por vir.

  Ela assente com um sorriso torto.

  — Estão todos prontos? — pergunto.

  — Desde que nosso veículo não seja aquele fusca azul, tudo bem. — Sam satiriza.

  — Não será. — eu digo, tirando do bolso a chave de um conversível preto lustroso que nos aguardava na rua.

  — Fury não vai ficar satisfeito quando souber que você transformou uma missão solo em um grupo de 5 integrantes. — Natasha afirma, sentando-se no banco do motorista e arrancando as chaves das minhas mãos.

  — Tudo bem então. — eu cochicho para mim mesmo enquanto dou a volta no carro e me acomodo no banco do passageiro.

  Sam, Bucky e Wanda se espremem no banco de trás, com a garota no meio.

  — Quantas horas de viagem mesmo?  — Sam questiona, incomodado.

  — 16. — Natasha responde.

  — O quê?! — os três passageiros do banco de trás exclamam em uníssono.

  — Relaxem, estamos a caminho do aeroporto! — eles suspiram em alívio quando eu pronuncio as palavras.

  — Capitão, pela primeira vez fico feliz por você ter quebrado minhas ordens. — a voz de Fury ecoa pelo rádio moderno do carro. Natasha sorri pelo canto da boca, sem tirar os olhos da estrada.

  — O que quer dizer, senhor?

  — A missão em que estou lhe enviando, pelo visto é um pouco mais complicada do que parecia. Ajuda será bem-vinda.

  — Como poderemos ajudar?

  — Que bom que perguntou, agente Romanoff. Pelo que parece, um grupo de jovens surfistas estão participando de experimentos científicos para alterarem e amplificar suas capacidades físicas.

  — A história que se repete sempre... — Natasha murmura mais para si mesma. — Qual é o protocolo?

  — Infiltração. Preciso que vocês interpretem papeis naquele cidade para coletarem informações e então destruir o alvo e impedir que alcance seu objetivo.

  — Desculpe, senhor, mas nem todos nós temos experiências com espionagem. — Wanda pondera, referindo-se a nós dois e Sam.

   — Tenho certeza que Romanoff e Barnes estarão contentes em compartilhar um pouco de sua sabedoria. — antes que possamos responder, ele desliga.

  — Fury não liga que o Soldado Invernal esteja fazendo os serviços da SHIELD? — Sam indaga.

  — Acho que todos aprendemos que não podemos tentar impor nada sobre o Capitão. — Nat retorque, com um toque leve de rancor em sua voz.

  Dirijo meu olhar a ela, que desvia o olhar da estrada por apenas um instante para me fitar de volta.

  Quando chegamos ao aeroporto, encontramos Maria Hill nos esperando com uma pilha de arquivos em seus braços, os quais ela entrega para cada um uma pasta com uma identidade e dados falsos.

  A minha diz: Chris Hudson, com mais algumas informações que me dou o trabalho de ler durante o voo.

  Observo com humor Sam e Bucky discutirem por quem tem o nome falso mais legal, enquanto Natasha e Wanda compram um café. As cadeiras do aeroporto são desconfortáveis, penso comigo mesmo enquanto espero a chamada para embarque.

  Noto Natasha dando um sermão em Wanda por comprar um ursinho de pelúcia muito caro por estar encantada demais com tantos produtos. Dou uma risadinha quando a ruiva atira-se bufando na cadeira ao meu lado.

  — Sei que meu papel diz que sou a irmã mais velha, mas sério, não sou obrigada a ensinar uma criança a resistir às tentações do mundo capitalista.

  — Seja paciente com ela, Tasha.

  Ela me lança um olhar interessante, que não consigo decifrar. Quando está prestes a me dizer algo, a voz nos autofalantes indica que nosso avião está pronto para o embarque.

  Eu e Natasha devemos interpretar um casal de surfistas do Hawaii loucamente apaixonado que resolveu explorar as praias mais belas do mundo. Wanda supostamente era a irmã mais nova de Natasha, que namorava com Sam, e Bucky era meu irmão mais velho.

  É claro que os detalhes estavam explícitos nas páginas seguintes dos formulários, mas esse era o básico. Eu sou péssimo em mentiras, e Natasha bem sabia disso, por isso ela mesma teve a iniciativa de cruzar nossos braços e descansar a cabeça no meu ombro enquanto estávamos na fila de embarque.

  As pessoas ao redor nos observavam descaradamente, algumas com desdém e inveja, outras com um olhar melancólico e apaixonado.

  — Vocês formam um casal lindo. — uma mulher com mechas rosas no cabelo exclamou.

  — Obrigada! Acabamos de nos noivar! — Natasha respondeu com a mesma emotividade, acariciando meu rosto com afetividade. Tentei evitar me contorcer pelo acanhamento, mas não consegui impedir que minhas bochechas enrubescessem.

  — Como consegue ser tão fingida? — Wanda indaga sem maldade nas palavras, mas atrai um olhar de censura da ruiva.

  — Você se acostuma com o tempo. — ela deu de ombros.

  Como esperado, Natasha e eu dividimos um assento na classe econômica com Bucky, ela no meio e eu na janela. Observo a paisagem pela janela aberta, os carros se tornando cada vez menores, até que sejam invisíveis. O corpo de Nat está tenso ao meu lado. Os ombros rijos de Bucky demonstram o mesmo.

  Natasha já havia me contado sobre como ele havia baleado seu companheiro de missão através da própria, deixando uma cicatriz. Depois, os dois voltaram a travar combate em Washington e logo em seguida Nova York outra vez. Ainda assim, o desconforto de ambos quando juntos era quase inexplicável.

  — Algum de vocês sabe surfar? — Wanda pergunta pela greta do banco de trás.

  — Na verdade não. — eu retruco. — Como procedemos, Tasha? — imagino que ela já se encontrou em posições parecidas. Dos relatórios de missões que eu havia visto sobre ela, havia tantas personagens inventadas, tantas profissões diferentes, era impossível ela realmente saber fazer tudo aquilo.

  — Em casos como esse, nós recebemos um treinamento intensivo antes de iniciar a missão. Não duvido que alguém estará nos esperando lá. — ela responde.

  Como esperado, havia um agente nos esperando com um técnico surfista. Natasha dispensou as aulas, e não pude deixar de me perguntar onde ela teria aprendido a surfar.

  A primeira aula foi curta e simples. Para um humano modificado como eu e Bucky, era fácil, no entanto, Sam e Wanda pareciam estar tendo dificuldades.

  Quando chegamos na casa que deveríamos habitar por esse período, notamos que era uma casa de madeira de dois andares, com vista para o mar nos fundos, o que a tornava ainda mais maravilhosa. Quando criança, eu nunca tive a oportunidade de realmente conhecer o mar, a praia... Era maravilhoso. Uma verdadeira obra divina.

  — Estão com fome? — a voz suave de Natasha invade meus ouvidos logo que coloco os pés na casa.

  Ela usa um avental curto e expõe um sorriso dardejante.

  — Não sabia que você cozinhava. — digo enquanto puxo uma cadeira.

  — Não cozinho. — ela senta-se ao meu lado enquanto os outros também se acomodam. — Quer dizer, eu tentei, mas acabei acionando o alarme de incêndio e queimando tudo, então fui ao restaurante mais próximo e trouxe toda a comida.

  — Bem, parece delicioso. — Sam serve-se à vontade, ganhando um olhar reprovador da Feiticeira.

  E realmente estava. Me ofereço para lavar a louça ao final da refeição. Cada um se ajeita em seus aposentos, e enfim descubro que devo me acomodar com Natasha no quarto de casal, o que me deixa constrangido. Com o rosto corado, abro a porta devagar, imaginando que ela já estaria dormindo.

  Entretanto, ela não se encontra na cama, mas sim do lado de fora do quarto, sentada na areia da praia em frente à porta de vidro. O vento que vergasta seus cabelos me informa que o tempo lá fora está frio, então pego um manto de lã e coloco-o em seus ombros, sobressaltando-a.

  — Desculpe, só imaginei que estivesse com frio.

  — Obrigada, Steve... Ou devo dizer, Chris. — ela apertou o cobertor ao redor do corpo.

  — Não há de quê, Lexie. — ficamos em silêncio por um momento, apenas o som das ondas se quebrando entre nós. — Onde foi que aprendeu a surfar?

  — Férias no Caribe. Depois de uma missão péssima Fury resolveu me recompensar.

  — Deve ter sido magnífico.

  — É a primeira vez que você visita uma cidade do litoral assim?

  — Está tão na cara?

  — Conheço você. Parece hipnotizado por essas ondas.

  Eu sorrio.

  — Quer entrar? Foi um longo dia, eu adoraria um descanso.

  — Claro.

  Começo a arrumar uma cama improvisada no chão, e é quando Natasha começa a rir.

  — Qual é, Steve, não vai te matar dividir a cama comigo, não é? — eu enrubesço mais uma vez. — Eu não mordo.

  Ela tira o short que estava usando, ficando apenas com a camisa longa e a roupa íntima, me fazendo transpirar de vergonha. Ela continua com o sorriso torto estampado quando se deita embaixo dos cobertores e espalma o outro lado da cama sinalizando que eu devia me deitar. Eu tento esconder meu embaraço e me alojo ao seu lado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam! Beijinhos e obrigada por ler