These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 16
Like Family


Notas iniciais do capítulo

Oiii meus amores!! Esse é enfim o capítulo final dessa fic! Eu espero de coração que todo mundo tenha gostado da leitura, qualquer sugestão ou crítica também é bem vinda...
Tentei fazer um capítulo bem leve, bem fofinho, pra fechar com chave de ouro. Procurei criar um laço bem família pra Nat, Steve e o Sam, afinal eles passaram dois anos juntos né, e são um trio maravilhoso! E aquela conexão em batalha tem tudo a ver com o amor que existe entre eles.
Como eu disse, logo vou começar uma nova, ainda no universo da Marvel e focada em Romanogers, espero que vocês apareçam por lá!
Bom capítulo final!



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Pov Natasha

Eu gostaria de morar em Wakanda para sempre. Era uma nação geológica e culturalmente tão peculiar, e tão diferente da nossa. E as pessoas eram gentis. Parecia que carregavam uma certa curiosidade a respeito de mim, e as crianças, ou as adolescentes, estavam sempre cercando-me. Talvez tivessem ouvido os boatos da Viúva Negra, ou talvez só me achassem interessante, mas era uma atenção adorável.

— Ei, loirinha. — Sam chamou enquanto algumas crianças trançavam meus cabelos. — Acho que vai gostar de ver isso.

Acompanhei Sam pela mata, até uma espécie de cachoeira. Lá, havia um grupo de pessoas reunidas, cantarolando, com tambores e chocalhos, e pintados no rosto e no corpo. Reconheci Shuri, com um sorriso aconchegante, e T’challa no centro da roda, com água até os tornozelos, duelando com um homem com quase o dobro de seu tamanho, mas sem metade de seu talento.

— Estão lutando? — indaguei.

— É um rito, não estão brigando de verdade. — Sam esclareceu.

— Legal. — suspirei.

— Viu Steve e Bucky? — Sam perguntou, enquanto nos misturávamos na multidão.

— Não. Com ciúmes? — eu ri, e ele deu de ombros, uma mescla de sorriso estampada no rosto. — Relaxa, Sam, ele ama vocês dois igualmente. Apesar de achar que ele e Bucky são um casal mais fofo...

— Ah cale a boca! Quem é que está com ciúmes agora? — ele riu.

— Ah... Como é? Você é um bobo!

— Gostei da roupa. Combina com você. — estava vestindo um traje emprestado de Okoye, típico de Wakanda.

— Ei, venham aqui! — Shuri chamou-nos.

Ela juntou um pouco de tinta na ponta dos dedos e passou pelas minhas bochechas. Depois, repetiu o mesmo com Sam. Então, nos misturamos, e participamos do ritual como se fizessemos parte daquele povo. Me senti acolhida ali. Não só por Sam, que se tornava um amigo cada vez mais essencial, mas por todos. Sentiria falta de T’challa, um homem de honra que merecia o mundo, e Shuri, com sua doçura e toda inteligência, sem nunca perder a humildade. Okoye e Nakia também eram pessoas agradáveis, apesar de sérias. Quem sabe, se eu ficasse ali por mais tempo, não pudessemos nos tornar grandes amigas...

— Sente falta da Torre? — Sam perguntou.

— É... Sinto. Sinto falta de todos.

— Acha que um dia ficaremos unidos de novo? Quer dizer... Tony e Steve não estão mais brigados, afinal.

— Acho que é complicado demais... Mas, espero que sim, de verdade.

...

— Estávamos procurando por você! — anunciei quando finalmente Steve resolveu dar as caras. As pessoas já se dispersavam, e o dia estava perto do fim.

— Eu estava... Resolvendo algumas coisas, já que temos que partir logo. — ele suspirou. — E... Estava procurando você também. Quero te mostrar uma coisa.

— Não está me levando para um lugar desértico para me matar, não é? — brinquei, enquanto Steve me conduzia por caminhos sem fim por entre as matas.

— Esse é o plano, sim. — ele caçoou. — Chegamos.

Steve afastou uma folha densa do rosto, que ricocheteou nos galhos. Quando consegui ver por cima de seu ombro, o fôlego ficou preso em meus pulmões. Estávamos de frente para uma cachoeira alta, a qual a queda se assemelhava a um véu, poderosa. O lago que se formava ao redor era arredondado, com águas verde-esmeraldas chamativas. As rochas ao redor eram achatadas e as árvores altas com folhagem peculiar. Era um cenário exuberante.

— Uau. — deixei escapar, encantada.

— Achei que fosse gostar. — ele sorriu. Aquele conjunto de dentes brancos, as maças do rosto definidas, os olhos azuis cristalinos... Parecia que o rosto de Steve se complementava com a paisagem e tornavam-se mutualmente mais estonteantes. — Encontrei esse lugar fazendo uma trilha pela manhã e só conseguia pensar... No quanto queria trazer você aqui.

Abri um sorriso emocionado, e entrelacei os dedos atrás de seu pescoço. Nossos lábios foram de encontro um ao outro, estalando em um beijo úmido. Ele deu uma pequena mordiscada no meu lábio inferior quando nos separamos para buscar ar.

— Veja isso. — ele sorriu e começou a remover suas peças de roupa, até ficar apenas na vestimenta íntima, e saltou de uma pedra de cabeça na água, respingando para todo lado. — Vem! Está ótima! — ele gritou quando emergiu.

Ponderei um pouco antes de me desnudar, deixando apenas a calcinha. Ao adentrar na água, senti o primeiro impacto da temperatura gélida, mas logo me acostumei, e nadei até colar o corpo no de Steve.

— Tem certeza que ninguém vem aqui? — perguntei quando seus dedos percorreram meus seios.

— Vamos torcer que não. — ele sussurrou perto do meu ouvido enquanto suas mãos desciam para meus quadris, e eu já podia sentir seu membro enrijecer entre minhas pernas.

Passamos o resto daquela tarde ali, nos divertindo um pouco mais que deveríamos. Talvez aquelas águas fossem afrodisíacas... Talvez fosse a saudade carnal que nossos corpos deviam estar sentindo, mas só paramos quando minhas pernas trêmulas me trairam e ameaçaram desabar.

— Vamos subir. Ver o pôr do sol lá de cima. — sugeri, apontando para o caminho íngrime de pedras pérfidas e cobertas de musgo escorregadio.

Juntamos nossas roupas e trilhamos o declive. Lá em cima, nos aconchegamos em cima de uma pedra maior e mais seca, e observamos lado a lado o sol esconder-se. Não havia montanhas, só um céu límpido que nos fazia parecer tão diminutos.

— É lindo, não é? — ele comentou, firmando o aperto em minha coxa.

— Eu poderia viver aqui. — suspirei.

— Aqui, em Wakanda?

— Aqui, nesse momento. Mas é, em Wakanda também. — ele riu.

— Eu também.

Naquele momento, um forte aperto encontrou abrigo em meu âmago. Quando voltássemos, esses momentos seriam mais raros. Ainda seríamos eu, Steve e Sam, mas de uma forma diferente. Afinal, éramos a Viúva Negra e o Capitão América, e tínhamos deveres muito maiores a cumprir. E eu certamente não era a típica mulher apaixonada, e dedicar meu tempo a cultivar um amor nunca fora minha prática.

Mas então, quando olhei de novo para aquelas adoráveis feições perfeitamente iluminadas pelo tom alaranjado do sol, tive a certeza de que tudo ficaria bem. Não seríamos o casal alegórico, que frequenta restaurantes caros e paga por jantares, que cronometra o tempo entre o trabalho e as crianças, que envia mensagens de texto carinhosas... Não, nunca encontraríamos lugar nesse tipo de relacionamento, nunca nos encaixaríamos naquele modelo. Mas criaríamos o nosso próprio, com nossas próprias regras. E assim como nasceu e floresceu uma bela amizade do que antes era uma relação puramente profissional, resplandeceria um laço amoroso único.

Deitei minha cabeça em seu ombro e apreciei aquele momento, como se precisasse saboreá-lo lentamente, disfrutando de cada minuto.

Pov Steve

5 meses depois...

Cada músculo do meu corpo doía. O banho quente servira para aliviar a tensão pós missão, mas ao olhar meu reflexo no espelho vaporizado a minha frente conclui que talvez precisasse de um descanso de três dias. As missões incessantes estavam certamente tirando meu vigor. Mas não era ruim. Na verdade, não sei o que faria sem isso. Mas talvez fosse hora de tirar alguns dias de tranquilidade, ou talvez só uma tarde para tomar sorvete com Sam e Tasha e ver alguns filmes velhos que eles gostavam.

Com a convivência, aprendi que Sam e Natasha tinham gosto peculiares e parecidos em relação ao universo cinematográfico. Os dois podiam passar a tarde assistindo suspenses e as noites assistindo comédias românticas. Inclusive, Sam sempre se emocionava com elas. E os dois não podiam discordar mais sobre músicas, Natasha preferindo ritmos dançantes. Também tomei conhecimento dos talentos de dança de Natasha, que possuía uma leveza incrível nos passos. E que Sam tinha dificuldades cognitivas para jogos de tabuleiro.

Tomei conhecimento também que Natasha fazia o melhor bife à parmigiana, adorava karaoke, e preferia cidades pequenas e calmarias às agitações das cidades grandes. Sam ria de suas próprias piadas e negava que sentia falta de Bucky, mas por dentro se derretia.

Com o tempo, íamos ficando tão íntimos e conectados que éramos como uma família. 

Deitei minha cabeça no travesseiro ao lado de Natasha, que resmungou no sono e aninhou a cabeça na curva do meu pescoço.

— Dia de folga amanhã? — Sam murmurou da cama de baixo.

— Dia de folga amanhã. — eu e Natasha retrucamos em uníssono.

 


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Notas finais do capítulo

Isso não é um adeus! Espero ver mais de vocês ainda! Comentem, recomendem, mandem o coleguinha dar uma olhadinha aqui kkkk. Milhões de beijinhos enormes pra vocês e até uma próxima! ♥ ♥ ♥