These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 1
So you're back...


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi meus amooores!
Espero que vocês não tenham desistido de mim porque eu fiquei sem postar bastante tempo, e espero também leitores novos.
Depois de Civil War eu PRECISEI escrever uma fanfic, porque aquele vício doentio voltou kkkk. Estava com saudade de escrever.
Esse capítulo é só uma introdução mesmo, pra dar meio que uma ideia... Espero que vocês gostem!
Comentem o que acharam!



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— Natasha. — a voz grave reverbera por meus ouvidos, causando calafrios subirem por minha espinha dorsal.

  Me viro num salto. Esse momento se repetiu na minha mente tantas vezes durante meus sonhos mais profundos, que não consigo acreditar que esteja real e finalmente acontecendo.

  — Steve. — o nome escapa dos meus lábios antes mesmo que eu olhasse para a fugura loira e alta a minha frente. — Você voltou.

  Mais uma vez não consigo pensar sobre meus atos, e num ímpeto, me jogo no corpo de Steve e entrelaço meus braços atrás de seu pescoço, meu rosto descansando na curva de seus ombros, o corpo trêmbulo pressionado contra o dele. Ele hesita antes de envolver seus braços em volta da minha cintura. Ouço um soluço escampar de sua garganta, o aperto tornando-se mais forte.

  — Sabe que não posso ficar. — ele sussurra contra minha orelha, me causando arrepios.

  — Shh. Não fale nada agora. — eu suplico, lutando contra as lágrimas. Eu bem sei que ele não pode ficar na Torre dos Vingadores, não depois do que houve. Não depois da Guerra.

  Quando em fim nos separamos, vejo que algumas lágrimas brotaram em seus olhos. Eu as enxugo com as pontas dos dedos, tentando lançá-lo um sorriso reconfortante, mas conseguindo apenas que os cantos dos meus lábios tremam.

  — Por que veio? — meneio as palavras com cautela.

  — De todos os Vingadores, Natasha, você é a que mais confio.

  — Escolha estranha de confiança a sua.

  Ele solta uma risada curta, abaixando a cabeça.

  — Deixei um recado...

  — Eu li. — interrompo-o.

  — Espero que tenha entendido o recado.

  — Ainda não respondeu minha pergunta. Por que veio até aqui?

  — Tive medo que você não fosse compreender a mensagem. — ele suspira quando arqueio minhas sobrancelhas. — Você é ótima em decodificar mensagens subliminares, mas... Eu queria que soubesse que estou sempre aqui, se precisar.

  — Deixou isso claro na mensagem. — retruco, cruzando os braços.

  A verdade é que me senti traída, isolada, deixada de lado. Eu me arrisquei, coloquei minha vida em jogo ao ajudar o Capitão e o Soldado fugirem. Porque eu tinha uma grande simpatia por Steve, ele era meu amigo de verdade, e eu tive que defendê-lo. Não seria capaz de colocá-lo em uma prisão. E o que recebi em troca? Uma carta generalizada, nenhum agradecimento, nem uma mensagem de texto unicamente para mim. Somente algo que ele deixou ali para todos.

  Ele avança um passo na minha direção, estendendo a mão para me tocar, mas desistindo no meio do ato e deixando suas mãos caírem flácidas ao lado de seu corpo.

  — Senti sua falta. — ele confessa.

  Eu ergo os olhos que antes fitavam fixamente meus próprios pés, para encontrar o par de lagos azuis cristalinos me encarando de volta com a mesma intensidade.

  — Podia ter me deixado um bilhete. — ele abre a boca para retorquir, mas eu continuo — Eu sei que escreveu a droga da carta! Eu a li. Repetidas vezes. Eu tentei encontrar... qualquer coisa por entre aquelas linhas, que me dissesse para onde você foi, ou... Ou um adeus, um obrigado, qualquer coisa... — eu respiro fundo, controlando o turbilhão de sentimentos que ameaça sair por meio de minhas palavras cheias de veneno.

  Vejo o queixo de Steve estremecer, e me sinto ligeiramente culpada por fazê-lo sentir-se mal, mas então me lembro de como ele me fez sentir durante esses torturantes dias.

  — Cada dia... Cada hora, cada minuto, que se passou durante esse tempo, eu pensei em você, em como você nos salvou... Se não fosse você, eu e Bucky teríamos sido presos junto com o resto dos Vingadores que apoiaram minha causa. Eu deixei aquela carta para todos vocês, e me arrependi profundamente de não ter me despedido de você, especificamente.

  Eu abro e fecho a boca algumas vezes procurando a resposta adequada, no entanto, não a encontro.

  — Para onde você vai agora? — indago, colocando uma mecha do cabelo ruivo atrás da orelha.

  — Fury me enviou uma missão. Hawaii.

  — Missão solo?

  — Bucky irá comigo.

  — Me esqueci que vocês funcionam como um só agora. — ironizo. Sendo honesta, eu sinto um pouco de ciúmes de Bucky, afinal, Steve faria qualquer coisa pelo amigo, e eles estavam sempre juntos.

  — Seria isso uma pitada de ciúmes, Romanoff? — ele caçoa.

  — Hum... Parece que você está aprendendo a provocar, não é mesmo? — eu atiro de volta, mas ele não recua.

  — Estaria eu atiçando a fera?

  — É claro que não estou com ciúmes, Rogers. — eu termino a brincadeira bruscamente. — Só acho que deve ter cuidado.

  — Ele não é mais da Hydra, você sabe, Nat.

  — Sei. Mas não quer dizer que não deva se cuidar.

  — Só porque você não confia em ninguém não quer dizer que eu também não deva confiar. — ele dá de ombros, as palavras duras sem maldade.

  — Eu confio em você, Capitão. — pauso para admirá-lo mais uma vez, como se fosse a última. — Boa sorte em sua missão.

  Ele parece frustrado, como se eu tivesse dito a coisa errada. Antes que eu possa processar a confusão, ele desembucha:

  — Venha comigo.

  — O quê? — pergunto, desnorteada. — Está me pedindo para deixar a Torre dos Vingadores e seguir você por caminhos sem fim? Quer dizer, esse é meu lar, Steve.

  — Eu sempre acreditei na hipótese de que o verdadeiro lar está nas pessoas que você ama, e não na casa literal. — suas palavras só me deixam mais intrigada.

  — Não posso deixar tudo... Stark precisa de mim.

  — Desde quando você gosta de Stark? — ele parece indignado.

  — Eu... Tony não está bem, Steve. Acabou de descobrir como seus pais morreram, e reviver aquela memória. Apesar de tudo, ele era seu amigo, Capitão.

  Mais uma vez vejo a culpa consumir os neurônios de Steve.

  — Eu sei. Esperava que aquela carta demonstrasse o quanto...

  — Se arrepende? — completo quando ele vacila.

  — Não posso me desculpar pelos atos que cometi para defender minha causa. Era o que eu achava certo.

  — E o que acha agora?

  — Acho que terei problemas se ficar aqui por mais tempo e Tony me encontrar. — ele desvia da pergunta.

  — O que você acha agora, Steve?

  — Não quero ter que receber limitações do governo, não depois do que tentaram fazer com meus amigos.

  — Se o governo decidir agir contra vocês, agirão contra mim também. Estou me escondendo na Torre há um bom tempo. Eu quebrei o Tratado de Sokovia quando atirei no Pantera Negra.

  — Então por que está se recusando a ir comigo? Prefere ficar presa aqui?

  Engulo em seco, pensando em uma boa justificativa, mas eu não tinha nenhuma, a não ser ajudar Stark, mas o mesmo se recusava a aceitar minha ajuda. Ele estava mal. Por causa da Pepper, por seus pais, por Steve... Cada noite era uma festa diferente, a Torre ficava lotada, e eu frequentemente me escondia em meus aposentos, a música alta ressoando e chacoalhando o chão. No dia seguinte, os empregados tinham um grande trabalho para organizar o prédio e limpar toda bagunça.

  — Me espere no Empire State Building, estarei lá em 3 horas.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Sugestões, elogios, críticas? COMENTEM! Beijinhoos