Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 6
Mansão Stark


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sentiram minha falta?

Bom... espero que gostem do capítulo

Boa leitura! ^^



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Depois de quase não ter dormido direito por causa dos pesadelos com meu pai, eu me levantei cedo, tomei um banho gelado para espantar o sono e fui tomar café. Quando já estava saindo lembrei do Stark e do que ele é capaz de fazer.

– Ele vai armar um escândalo se não me encontrar aqui - falei comigo mesma

Voltei pro quarto e escrevi um bilhete dizendo que fui ao restaurante do hotel e sai. Pedi meu café da manhã e comi no balcão do restaurante mesmo, depois de alguns minutos vi meu pai entrando no recinto, mas fingi que não vi, paguei a conta e comecei a sair de lá. Mas parei quando senti alguém segurar o meu braço, me virei e vi meu pai.

– Não basta ver que estou aqui, precisa se certificar de que não sou uma alucinação, não é? - perguntei com sarcasmo

– Só quero saber porque já está saindo? - ele perguntou me olhando

– Já fiz o que vim fazer aqui, então vou voltar pro quarto e tentar descansar um pouco - falei e ele me soltou

– Não descansou o suficiente noite passada? - ele perguntou

– Não foi uma das melhores noites de sono da minha vida - falei normalmente

– É por isso que já está saindo? - ele perguntou me olhando nos olhos

– E por que mais seria? - rebati

– Talvez o fato de eu ter chego - ele falou

– Uma dica. Pare de se achar o centro do universo, nem tudo que eu ou qualquer outra pessoa faça, é por sua causa - falei e ele continuou me olhando sério, enquanto simplesmente me virava e saia de lá

Caminhei em direção ao elevador e fui para o andar do meu quarto, quando entrei me joguei na cama e logo comecei a dormir.

POV Stark

Eu já não sei o que fazer. Parece que tudo que eu faço para tentar me aproximar dela apenas me afasta, como se fossemos dois imãs positivos. Tomei café da manhã com o Happy, mas meus pensamentos continuavam na minha filha.

– Tony. Ei, Tony. Eu tô falando com você - Happy falou chamando minha atenção

– Desculpe, eu me distrai - falei e tomei um gole de café - O que você tava dizendo?

– Podemos seguir viagem quando quiser - ele falou e eu lembrei da Susan

– Não irei mais de carro - falei sem olhá-lo

– Acho que não entendi - ele falou baixo, mas o suficiente pra ouvir

– Vou mandar que deixem meu avião pronto, daqui iremos pro aeroporto mais próximo para seguir viagem - falei normalmente

– Mas Tony, sempre fomos de NY a Malibu de carro - ele comentou

– Eu sei, mas ela não vai ter condições de seguir viagem de carro - falei olhando-o

– Tudo por causa da garota? - Happy perguntou

– Essa garota é a minha filha - rebati o comentário

– Que até pouco tempo você não sabia que existia - Happy rebateu

– Happy, não espero que entenda, mas eu devo isso a Bianca - falei sem olhá-lo - A Bianca foi a única mulher que eu amei além da Pepper, a Susan é fruto desse amor.

– Você gostava mesmo dessa Bianca - ele falou me olhando

– Eu queria me casar com ela, construir uma família, mas as coisas não saíram como eu queria - resumi a história

– Eu não sabia que você já tinha se apaixonado assim - Happy falou

– Eu não sei como, mas preciso cuidar dela. É uma dívida que tenho com a Bianca - falei e ele assentiu

– Entendi. Vou tentar te ajudar nessa - Happy falou e eu sorri ironicamente

– E como pretende fazer isso? - perguntei olhando-o

– Pra começar, tentar não cair nas provocações dela - ele responde e eu ri, logo em seguida sendo acompanhado por ele

– Já é um bom começo - comentei olhando-o - Obrigado, Happy

– Sabe que pode contar comigo - Happy falou e eu assenti

Terminamos a refeição e eu liguei pra Pepper, contei as coisas que estavam acontecendo e ela disse pra que eu tenha paciência, que é apenas questão de tempo até eu conquista a confiança dela. Mas como? Por mais que eu tente me aproximar ela dá um jeito de me afastar. As vezes penso que realmente seria melhor deixa-la onde estava, mas não posso fazer isso. Pela Bianca eu preciso insistir. Volto pro meu quarto, me deito na cama e sinto o quanto estou cansado. Dias sem dormir direito por causa de malditos pesadelos, nada do que eu faço faz eles irem embora, estou começando a achar que a solução vai ser eu não dormir mais.

Fico encarando o teto e deixo minha mente trabalhar nas novas atualizações que posso fazer nas minhas novas armaduras. Fico tão distraído, quem vejo o tempo passar, só me dei conta que o tempo havia passado quando o Happy bateu na porta avisando que estava na hora de irmos pro aeroporto. Abri a porta e sai em direção ao quarto da Susan.

Bati na porta, mas não obtive resposta. Girei a maçaneta e vi que estava destrancada, e quando entrei me deparei com a Susan dormindo abraçada ao travesseiro. Sua expressão suavizada, respiração regular, cabelo solto. Ela era a cópia exata da Bianca, me aproximei da cama para acorda-la, sentei do lado dela.

– Ei pirralha, acorda - ela resmungou, mas não se mexeu

– Pirralha, não vou falar outra vez. - falei e puxei o travesseiro dela - Levanta logo.

– Argh! Me erra, Stark - ela falou e virou as costas pra mim, me levantei segurando o travesseiro e depois joguei nela - Levanta.

– Ai! - gritou e sentou me olhando - Qual é o seu problema?

– Uma garota mimada que acha que pode fazer o que quer e quando quer - respondo olhando-a - Se arruma e esteja no carro em dez minutos

Falei e sai do quarto antes que o travesseiro dela me acertasse. Fui pro meu quarto, tomei um banho e me vesti. Olhei pro relógio e vi que tinham se passado 30min desse que sai do quarto da Susan. E fui até onde o carro estava estacionado, cheguei lá e só vi o Happy.

– Onde essa garota se meteu dessa vez? - pergunto pra mim mesmo

– Ela está vindo ali - ele falou, olhei pra trás e vi ela andando despreocupadamente em nossa direção

Usando uma calça jeans preta, uma blusa cinza, jaqueta jeans azul escura, all star, cabelo solto e óculos escuros. Parecia não ter a menor pressa de ir embora.

– Eu não havia dito 10 mim? - perguntei olhando-a

– Primeiro, você também só chegou agora. - ela abriu o porta malas do carro, guardou a mala, fechando o porta malas em seguida e andou até segunda a porta traseira, abrindo assim que se aproximou. - E segundo, seguir ordens não faz meu estilo.

Ela falou entrando e fechando a porta em seguida, ouvi Happy abafar a risada e o olhei

– Qual é a graça? - perguntei olhando-o

– Ela realmente é sua filha. Até o jeito dela é parecido com o seu - ele falou, foi pro banco do motorista e entrou

– É isso que me preocupa - murmurei e entrei no carro e seguimos pro aeroporto.

POV Susan

Entrei no carro, coloquei os meus fones, fechei os olhos e foquei na música. Depois de alguns segundos senti o carro se movimentar, mas não abri os olhos. Não se passaram sequer 25 minutos desde que saímos do hotel e o carro parou e antes que eu abrisse os olhos o meu pai puxou um dos fones.

– Chegamos, desce - ele falou e desceu

Olhei pela janela e vi que estávamos no aeroporto. Abri a porta e sai, peguei minha mochila que estava na mala e o Happy se encarregou do resto.

– Pensei que iríamos de carro até a Califórnia - comentei seguindo o meu pai

– Mudança de planos - ele falou e seguimos rapidamente o caminho até onde o avião do Stark nos esperava

Entrei no avião, larguei minha mochila em uma poltrona qualquer e fui em direção a cozinha do jato, revirei os armários e a geladeira. Encontrei um pacote de biscoito e suco, me servi e voltei pro meu lugar. Sentei, prendi o cinto e esperei a decolagem, fiquei olhando pela janela e percebi que de vez em quando o Stark ficava me olhando parecendo estar perdido em pensamentos pretendia ignorá-lo, mas minha curiosidade foi maior.

– Porque volta e meia você fica me encarando? - perguntei olhando-o pela primeira vez desde que entrei no jato

– Nada, só... Estava pensando - ele respondeu - Ainda estou surpreso com a sua semelhança com a Bianca

– Pare de ficar me encarando, pare de tentar imaginar como estariam as coisas se tivesse agido diferente - falei olhando pra ele

– Tão parecida e ao mesmo tempo tão diferente - ele fala com ironia

– Não espere que eu aja como ela. Eu não sou a minha mãe - falei séria

– Isso eu percebi. Sua mãe tinha o dom de acalmar e alegrar as pessoas apenas com as palavras - ele falou e percebi pelo seu tom de voz ressentimento - Coisa que você não é capaz de fazer. Você nunca será como a Bianca.

Ouvi aquilo me feriu, a vontade de chorar surgiu, mas não posso abaixar a cabeça, preciso me manter firme. Ignorei meus sentimentos e falei com indiferença

– Fico feliz que tenhamos nos entendido em algo - comi o último biscoito e tomei o resto do suco

Abri o cinto e me levantei indo em direção a cozinha, lavei o copo, guardando em seguida. Joguei a embalagem do biscoito no lixo, sequei a pia e fui ao banheiro. No momento que fechei a porta, não consegui controlar as lágrimas. Elas simplesmente rolaram, as palavras ditas pelo meu pai me feriram. Mas eu também sei que ele está magoado comigo. Sei que a dor que estou causando agora é mínima comparada a dor de perder alguém, prefiro que ele sinta ódio de mim, do que sofrer pela minha morte. Sequei meu rosto, antes que meu olhos ficassem vermelhos e encarei meu reflexo no espelho.

– Você precisa se manter firme. Você não está fazendo isso por você, mas por ele - falei pra mim mesma e sai recomposta e voltei pra poltrona onde estava

Durante todo o resto da viagem não trocamos sequer uma palavra. O avião começou a pousar e saímos. Funcionários do meu pai se encarregaram das malas, eu apenas peguei a mochila que estava comigo no avião. Andamos um pouco e vi a Pepper nos esperando com um sorriso sincero no rosto.

– Oi amor! - meu pai falou, deu um selinho na Pepper e ficou ao lado dela

– Oi, Susan - Pepper falou sorrindo

– Oi srta Potts - cumprimentei sorrindo

– Por favor, me chame de Pepper - ela falou e eu assenti - Como foi a viagem?

– Cansativa, mas ao mesmo tempo suportável - falei olhando-a

– Imagino, conheceu a Torre Stark? - Pepper perguntou me olhando

– Não completamente, visitei apenas um andar de pesquisa - falei normalmente

– Que pena que conheceu tão pouco - ela falou

– Apesar de ter ido a apenas um andar, valeu a pena por poder rever um amigo - falei e ela me olhou curiosa

– Você tem um amigo na Torre? - perguntou a Pepper

– Sim, ela tem uma amizade com o Bruce e aparentemente com todos os outros Vingadores - meu pai falou e a Pepper ficou surpresa

– Nem todos. Não cheguei a conhecer o Thor - falei dando de ombros

– Nossa! - Pepper falou sorrindo surpresa - Bom... acho melhor irmos, você precisa descansar da viagem.

Ela falou e nos guiou até um carro das Industrias Stark, entramos e em minutos estávamos na mansão Stark. Olhei na direção da sala de estar que havia sido completamente destruída no aniversário dele, mas agora já está totalmente restaurada e redecorada, nem parece que houve uma brigada aqui.

– Pelo jeito gostou da Su nova casa - foi a primeira vez desde a discussão que meu pai falou diretamente comigo

– Acho exagerada na verdade, pra que uma casa tão grande pra poucas pessoas? - falei ajustando a mochila em minhas costas

– Agora tem uma pessoas a mais aqui - meu pai falou dando de ombros

– Não por muito tempo - falei baixo, mas ele ouviu

– Como é? - ele perguntou me olhando

– Nada - falei dando um passo a frente e ele segurou meu braço fazendo olhá-lo

– Até você atingir a maior idade, eu sou responsável por você - ele falou sério - E você vai ficar aqui

– Acontece, senhor Stark, que isso que é algo que você possa controlar - falei me referindo a minha própria morte e puxei meu braço

– O que você quer dizer? - ele perguntou curioso e eu simplesmente me virei e segui na mesma direção que a Pepper - Susan?

Ignorei e apressei ainda mais meus passos e consegui acompanhar a Pepper que já estava entrando na sala

– Bem vinda, senhorita Stark! - a voz da IA da casa me cumprimentou

– Esse é o Jarvis, ele controla toda a casa - Pepper me explicou

– Do que ele me chamou? - perguntei olhando-a

– Senhorita Stark - meu pai respondeu entrando na sala

– É Jarvis, certo? - perguntei olhando a casa

– Sim, senhorita Stark - Jarvis me respondeu

– Me chame de Susan ou senhorita Agostini, por favor! - pedi e logo recebi uma resposta nada satisfatória

– Sinto muito, senhorita Stark, mas esse pedido vai contra os meus protocolos - Jarvis respondeu e automaticamente olhei pro meu pai, que estava se servindo de uma dose de whisky

– Tudo bem! - falei após um suspiro pesado e murmurei em seguida - Darei um jeito nisso depois.

– Bem, aqui é a sala, ali a cozinha, ali a varanda, aquela porta leva até a garagem, e os quartos ficam no andar superior - ela falou e eu percebi uma escada que levava para baixo

– E onde aquela escada vai dar? - perguntei olhando a escada

– Na oficina e garagem particular do seu pai - ela respondeu - Mas a entrada é restrita, precisa de um código exclusivo seu pra entrar. Vem, vou te mostrar o seu quarto.

Ela falou e eu a acompanhei, subimos a escada e ela me guiou pelo grande corredor, meu quarto era a penúltima porta a esquerda.

– Se precisar de alguma coisa, meu quarto e a penúltima porta a direita e o do seu pai a última porta a direita - ela falou sorrindo

– Tenho a impressão que se eu quiser te encontrar vou ter que procurar no último quarto a direita - falei, ela corou e eu ri

– Bem... pode ficar a vontade. Qualquer coisa pede ajuda ao Jarvis ou pede pra ele chamar um de nós - ela falou, eu assenti e ela se virou pra sair

– Pepper espera - falei e ela parou - Posso fazer uma pergunta?

– Claro - ela ficou me olhando esperando a pergunta

– Durante toda a viagem, o Stark estava me vigiando, então o que eu quero saber é... - ela me interrompeu

– Não. Nem seu quarto ou qualquer outro cômodo da casa tem câmeras de vigilância, apenas a área externa da mansão - ela falou e eu fiquei aliviada - Temos apenas sensores de movimento e detector de som. Com isso o Jarvis sabe identificar quem entra e quem sai da mansão.

– Obrigada Pepper - falei e ela assentiu

– Tenta descansar um pouco Susan. Quando o almoço estiver pronto peço pro Jarvis te chamar - ela falou sorrindo

– Obrigada! E pode me chamar de Su - falei olhando-a com um pequeno sorriso

– Está bem, Su! Nos vemos no almoço - ela falou e se virou e eu entrei no meu quarto

Minhas malas estavam próximas da cama. Parei e observei bem o quarto. Uma cama king-size, a porta a esquerda era o closet, a porta a direita era o banheiro, havia uma penteadeira, uma escrivaninha, uma cômoda, um criado mudo em cada lado da cabeceira da cama. As paredes todas brancas, os móveis na cor preta com detalhes dourados.

– Só faltou a parede atrás da cama ser azul cobalto para ser o perfeito quarto da Maldição do Tigre - falei pensando alto

– Posso providenciar para que a parede seja da cor de seu agrado - Jarvis falou e eu a olhei

– Não precisa se incomodar, além do mais o quarto ficaria dias com o cheiro de tinta - falei jogando a mochila na cama

– Não necessariamente, senhorita Stark - Jarvis falou

– Então como faria isso, Jarvis? - perguntei olhando em volta

– Assim, senhorita Stark - olhei para parede e vi que ela começou a mudar de cor gradativamente de branco para azul cobalto.

Logo o presente de Hefesto se manifestou em mim. E entendi como aconteceu

– As paredes são revestidas por uma película sintética de alta tecnologia, que é controlada pelo sistema operacional do Stark. O que permite que seja alterada a qualquer momento - falei pra mim mesma

– Exatamente, senhorita Stark! - ao ouvi-lo me chamar de senhorita Stark, percebi que isso não me incomodava, na verdade eu gostei, mas não posso deixar o meu pai saber disso

– Obrigada por ter mudado a cor da parede Jarvis - agradeci abrindo minha mochila e tirando o notebook de lá

Rapidamente comecei a rackear o sistema do Jarvis de forma tão sorrateira que ele não percebeu, consegui alterar os protocolos fazendo-o me chamar de senhorita Agostini, mas pra ser sincera quero que ele continue me chamando de senhorita Stark. Então criei um novo protocolo, ele só poderá me chamar de senhorita Stark quando meu pai não estiver no mesmo cômodo que eu. Fechei o notebook e o coloquei no o criado mudo.

– Senhorita Stark - Jarvis me chamou

– Sim, Jarvis - respondi na hora

– A senhorita Potts pediu para avisar que o almoço será servido em alguns minutos.

– Está bem, obrigada Jarvis - falei me levantando e no corredor me preparei psicologicamente pra esse almoço


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Notas finais do capítulo

NOVIDADES:

GALERA, se a página da fic no Facebook, chegar a 70 curtidas eu farei uma transmissão ao vivo, respondendo perguntas, curiosidades de vocês e quem sabe alguns spoilers sobre o futuro da fic, quem sabe falar de alguma os algumas temporadas depois dessa? Mas pra fazer vou que vocês estejam curtam a página e esteja on-line quando eu fizer a transmissão, pelo Facebook falaremos melhor sobre isso, ok?

E aí? Gostaram do capítulo?
Curiosos pro que vai acontecer no próximo? Quero comentários.

Nos vemos nos reviews! ^^