Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 46
Só Agora


Notas iniciais do capítulo

Voltei... sentiram saudades?
Pois é, estou super empolgada com esses capítulos e espero que estejam gostando.

Esse capítulo de hoje é dedicado a minha querida Tsuki, que está fazendo aniversário hoje. Parabéns, meu anjo.

Sugestão: preparem a música Só Agora - Pitty para ouvirem quando a Susan estiver com o Stark, ok?

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694865/chapter/46

POV Stark

Alguns minutos se passaram desde que contei ao Steve o que estava acontecendo com a Susan, a doutora Schuster voltou a recepção e rapidamente me levantei e o Steve me acompanhou.

— Como ela tá? - perguntei sem fazer rodeios

— Ainda não pudemos aplicar nenhum medicamento - a médica respondeu - Ela alegou tomar um remédio pra dor, mas não se lembra qual o horário.

— Ele disse o que fez antes ou depois de tomar o remédio? - Steve perguntou

— Ela disse que chamou o senhor Stark depois de tomar o remédio - a doutora olhou pra mim - Sabe quanto tempo faz isso?

— Pouco mais de 40 minutos - respondi e a médica suspirou

— Faremos alguns exames, mas não podemos medicar nada agora, temos que esperar pelo menos 6 horas antes de aplicar qualquer medicamento - ela falou

— Iremos encaminhá-la para o quarto até podermos fazer algo - a doutora falou e eu assenti - Quer acompanhá-la?

— Quero - falei e olhei pro Steve

— Eu vou avisar aos outros, qualquer novidade me avise - Steve falou e eu assenti

A doutora falou o quarto e eu fui, quando entrei o quarto estava vazio, não demorou muito e a Susan foi trazida na maca por dois enfermeiros, em seguida a doutora entra.

— Logo iremos teremos o resultado dos exames e saberemos o que tá acontecendo com você - a doutora falou olhando para Susan

— Qual foi exame que fizeram? - perguntei me aproximando da maçã

— Uma tomografia - a doutora respondeu simplesmente - Até que foi rápido. Ela ficou quieta na hora do exame.

— Não sou tão agoniada quanto a tia Sam era - Susan murmurou e a médica deu ar de riso

— Por quê foi necessário a tomografia? - perguntei preocupado

— Por causa do histórico familiar a tia Marta não pode descartar a possibilidade de um tumor no cérebro - Susan murmurou fechando os olhos e eu olhei a médica

— Ela falou da pressão na cabeça, infelizmente isso não pode ser descartado - ela falou tristemente, mas logo assumiu uma postura profissional - Você precisa descansar, evite qualquer esforço e tente dormir. Entendeu?

— Sim, senhora - Susan murmurou e o celular da doutora vibrou

— Preciso ver outro paciente, logo estarei de volta, com licença - ela falou se virando pra sair e eu a acompanhei

— Espere um minuto - pedi do lado de fora do quarto e ela parou me olhando - Acredita que pode ser um tumor?

— Não, mas nada pode ser descartado - ela respondeu e suspirou - Vou te pedir uma coisa, não como médica, mas como amiga da família da Su. Não deixa ela sozinha, até descobrirmos o que ela tem, precisamos ficar de olho em qualquer alteração no estado dela.

— Não vou deixar ela sozinha - falei e ela assentiu se retirando

Voltei pro quarto da Susan, me sentei na poltrona ao lado da cama e fiquei ali. Notei que a princípio ela apenas fingia dormir, mas estava sempre se movendo, mesmo que de maneira sutil para evitar as dores. Depois de quase uma hora, ela não se mexeu, a respiração dela se tornou regular, sua expressão serena, finalmente ela havia conseguido dormir. Fiquei observando-a por um tempo até que eu mesmo adormeci na poltrona. Estava no meio da madrugada quando escutei um grito ser abafado, um pouco atordoado abri os olhos, vi a Susan com o maxilar travado, o rosto molhado por lágrimas, se esforçando pra sentar na maca.

Me levantei rapidamente e ajudei ela a se sentar, tomando cuidado para não piorar a situação.

— Ei, olha pra mim - pedi, ela fez um grande esforço e me olhou - O que você está sentindo?

Ela tentou formular alguma coisa, mas apenas gemidos e gritos que ela conseguia abafar saiam. Com a mão trêmula ela indicou a cabeça, de repente, ela fechou os olhos com força colocou a mão na cabeça e um grito de dor escapou. O pior que ela deu desde que isso começou e infelizmente não parou por ali. Apertei o botão chamando a Marta, sentei ao lado dela abraçando-a, sem saber o que fazer. A Marta entrou acompanhada de dois enfermeiros.

— Com licença, senhor Stark - a Marta pediu e eu dei espaço para ela examinar a Susan, ela pegou o estetoscópio - Sei que tá doendo, mas você precisa ser forte agora. Tente não gemer ou gritar apenas respire fundo.

Segurei a mão da Susan, que segurou firme como se fosse tirar forças dali, ela reprimiu os soluços, gemidos e gritos por alguns segundos, mas as lágrimas e a expressão de dor não abandoram seu rosto. Quando ela não aguentou mais soltou um grito, a Marta tirou o estetoscópio, olhou o relógio no pulso e suspirou pesadamente.

— Senhor Stark, preciso que se retire por uns instantes - Marta falou firme

— Não vou sair do lado dela - falei olhando-a

— Senhor Stark, o senhor não pode ficar aqui por enquanto - ela falou e olhando-me - Farei um exame rápido, logo chamarei o senhor novamente.

Apertei a não da Susan levemente e murmurei

— Volto assim que der - falei e ela apertou minha mão em resposta

Relutante me afastei e sai do quarto, fiquei esperando no corredor nervoso a cada gemido ou grito da minha filha. Já estava andando de um lado pro outro até que o Steve apareceu preocupado

— O que tá acontecendo, Tony? - ele perguntou olhando na direção do quarto dela

— Eu não sei, mas as dores pioraram - essa era única informação que eu tinha.

Um enfermeiro saiu e passou direto por nós. Nos aproximamos da porta e vimos a Marta ligando a Susan a um equipamento para auxiliar na respiração, a Susan estava praticamente incubada naquele quarto. Alguns minutos se passaram até que finalmente os gritos cessaram e a médica saiu do quarto.

— O que tá acontecendo com ela? - perguntei olhando-a

— A saúde dela está em um estado delicado - a Marta respondeu vagamente, mas eu não tenho tempo pra isso

— Qual o estágio da leucemia? - perguntei e ela me olhou surpresa - Eu sei que ela está doente, preciso saber o quanto.

— A doença está em um estágio muito avançado - a doutora respondeu com tristeza

— Mas como explica essa dores? - Steve perguntou

— Isso é um infecção no pulmão, essa infecção não está permitindo enviar oxigênio suficiente pro cérebro, por isso as dores de cabeça - ela falou nos olhando - Era necessário uma medicação que só podíamos aplicar seis horas depois que ela havia tomado o remédio.

—Você disse que a doença está em estágio avançado, mas quanto? - perguntei e ela suspirou

— Receio que ela não tenha muito tempo, senhor Stark - ela murmurou

— Quanto tempo? - perguntei sentindo um nó na garganta

— Estima-se três meses, quatro no máximo - ela respondeu e me senti sem chão

— Como isso é possível? Ela não parece tão doente - Steve falou porque eu não conseguia formular nenhuma frase

— Meu filho tem envolvimento nisso. Os poderes dele retardam os sintomas, mas não o avanço da doença - ela respondeu olhando-nos

— Iniciem o tratamento imediatamente - foi a única coisa que consegui falar

— Infelizmente não podemos - ela falou e eu fiquei sem saber como reagir - Ela precisa entrar com o pedido para iniciar o tratamento.

— Eu sou o pai dela, eu entro com o pedido - falei quase deixando o desespero me dominar

— Eu sei o que senhor é dela, senhor Stark. Mas a Susan é emancipada - a doutora esclareceu - E mesmo que não fosse, ela se recusa a fazer o tratamento. Não podemos obrigá-la. Sinto muito.

A doutora se retirou, eu e o Rogers entramos no quarto da Susan sem fazer barulho. Ela parecia ter sido sedada, parei as lado da maca, tirei os fios de cabelo que estavam grudados no rosto, peguei um lenço e limpei o trilho das lágrimas.

— Não entendo - Steve falou olhando para Susan - Porque ela não quer fazer o tratamento?

— Também não entendo - falei olhando-a - Mas não quero pensar nisso agora.

Steve se sentou no sofá do outro lado do quarto e eu permaneci na poltrona. Não dormi o resto da noite velando o sono da Su, que dormiu tranquilamente o resto da madrugada, por volta das 9h da manhã ela começa a se mexer, Steve se aproximou, ela abriu os olhos e piscou algumas vezes se acostumando com a claridade, ela tocou a máscara que a ajudava a respirar e fez menção de retirar, mas segurei a mão dela.

— Não tire agora, não sabemos o que pode acontecer - falei, ela me olhou e com a mão livre tocou a minha dando a entender que ela estava bem, então soltei a mão dela

Ela tirou a máscara, respirou fundo e começou a se sentar.

— Por quanto tempo eu apaguei? - ela perguntou soltando o prendedor da máscara

— Desde às 4h - falei olhando-a - Como está se sentindo?

— Eu tô bem - ela falou colocando a máscara na cama - Obrigada por me ajudar.

— Não precisa agradecer - falei sinceramente

— Você deu um grande susto na gente - Steve falou

— Desculpe - ela falou meio sem jeito

— Você está bem agora. É o que importa - falei e ela deu um sorriso falso

— Posso estar sem dores, mas você sabe que não estou bem - ela falou, mas antes que eu pudesse falar algo a doutora chegou

— Vejo que já acordou. Como se sente? - Marta perguntou se aproximando

— Ótima, pronta para outra e louca pra sair daqui - Susan responde rapidamente

— Vamos com calma, mocinha. Vamos fazer um último exame e depois te libero - Marta falou e a Susan assentiu - Vou pedir para que tragam algo pra você comer.

— Aqui ainda servem aquela água barrenta sem sal que vocês chamam de sopa e aquela mistura de farinha e água que chamam de biscoito? - Susan perguntou e não evitei sorrir, depois de ontem até mesmo essas provocações são bem vindas.

— Vejo que já está melhorando - a Marta fala sorrindo e começa a se retirar

— Alguém pode ligar a TV? - Susan perguntou e o Steve ligou em uma chamada do noticiário

"No meio da noite, Tony Stark e o Capitão América (Steve Rogers), foram ao hospital da cidade, acompanhando uma pessoa que sentia forte dores de acordo com o relato de testemunhas, a paciente ainda não foi identificada, agora imagens ao vivo diretamente da entrada do hospital."

A imagem mudou e logo a imagem da entrada do hospital foi mostrada e vi que estava cheia de repórteres.

"- Estamos agora em frente ao hospital onde Tony Stark, o homem de ferro e Steve Rogers, o Capitão América, estão desde a noite passada acompanhando uma desconhecida. Não temos autorização para entrar no hospital, mas aguardaremos mais informações ou o pronunciamento dos próprios Vingadores..."

— Eu não mereço esse tipo de coisa - Susan falou desligando a TV e a Marta voltou

— Vi a notícia agora - Marta falou se aproximando

— Meus arquivos? - Susan perguntou séria

— Sua papelada já está nos meus arquivos, e sua ficha virtual está bloqueada como sempre - a Marta falou simplesmente

— Agora tenho que dar um jeito de sair daqui sem ser vista - Susan murmurou

— Ohne den Einsatz von Magie. Sie sind immer noch schwach (Sem uso de magia. Você ainda está fraca) - Marta parecia alertar algo

— Keine Sorge, ich denke, die Rückseite verlassen (Não se preocupe, estou pensando em sair pelos fundos) - Susan falou e ela assentiu - A imprensa não vai sair até o Stark ou o Steve falarem com eles sobre o que aconteceu.

— E sei que você não quer ser exposta - Steve completou - Alguma idéia?

— Sim, digam que uma acionista das Indústrias Stark está doente e por ser uma pessoa próxima a vocês, vieram fazer companhia - Susan falou - Eu vou sair pelos fundos e pegar um táxi até a Torre.

— Você vai voltar comigo - falei firme e a Su revirou os olhos

— Eu sair com você, significa meu rosto estampado na primeira página - Susan rebateu - Já está sendo suficiente a imprensa na entrada do hospital.

— E se você passar mal novamente, como vai fazer? - perguntei

— Não se preocupe, quanto a isso - Marta falou - Ela está bem, mas será necessário ela dormir com um respirador pra evitar que isso aconteça novamente. Irei mandar hoje mesmo o cilindro de oxigênio pra torre.

— Obrigado! - falei, Marta saiu e minutos depois voltou com a autorização para que a Susan voltasse pra casa.

Depois de tudo resolvido, eu e o Steve saímos do hospital e fomos cercados pela imprensa, uma pergunta sobre a outra, mas respondi como a Susan pediu, admito que foi melhor assim, seria doloroso demais falar em rede nacional que a minha filha está com problemas na saúde. Entramos no carro e voltamos para Torre o mais rápido possível, como a Susan saiu minutos antes ela chegou primeiro a torre.

Quando estacionei ela já estava chamando o elevador, em silêncio entramos e seguimos até o andar dos Vingadores. Quando as portas do elevador se abriram o Jarvis nos recepcionou.

— Bem-vindos - olhei e vi que o pessoal estava com a mesma roupa da noite passada, acredito que eles sequer dormiram

Pepper foi em direção a Susan abraçando-a com carinho sussurrando algo pra ela, Susan sussurrou algo de volta, os demais vieram cumprimentar a Susan e saber como ela tava. Minutos depois as portas do elevador se abriram novamente e o Jhon e o Nico entraram.

— Bem-vindos Sr Di Ângelo e sr Schuster - Jarvis falou, Jhon colocou o cilindro de oxigênio no canto e se aproximou da Susan abraçando-a em seguida o Nico se aproximou e deu um selinho nela e eu rolei os olhos pela demonstração de afeto desnecessária.

— O que aconteceu? - Nico perguntou e a Susan respirou pesadamente

— Hipóxia - ela respondeu se sentando no sofá

— E o que isso seria? - Clint perguntou

— Insuficiência de oxigênio no cérebro - Banner respondeu pensativo - Mas por quê?

— A leucemia está afetando os pulmões dela - Jhon esclareceu - Eles não estão mais conseguindo enviar oxigênio suficiente pro cérebro.

— Eu sinto muito - Nico falou olhando-a com um sincero pesar

— Não sinta, daqui a três meses não precisarei mais deles - ela falou com descaso

— Para de falar isso - falei sério e todos me olharam - Nós vamos dar um jeito, você...

— Jeito? Encare os fatos, Stark - ela falou se levantando e vindo na minha direção - Eu estou morrendo.

— Eu não vou permitir que isso aconteça - falei e ela riu - Eu vou...

— Vai o quê? - ela perguntou me olhando - Stark, eu não sou uma das suas armaduras que precisam de reparos. Eu não preciso que você me conserte, o que está acontecendo comigo não tem mais volta. A minha morte é inevitável, conforme-se... Eu vou pro meu quarto, quero ficar sozinha.

Ela falou e começou a subir a escada, eu fui pro balcão de bebidas e comecei a me servir 

— Então vai ser assim? - Jhon perguntou chamando a minha atenção - A Susan precisando de você e você vai beber?

— Você mesmo ouviu, eu não posso fazer nada - falei tomando o whisky em apenas um gole

— Desde quando, Tony Stark faz o que dizem que ele pode ou não fazer? - Jhon me perguntou e eu bati o copo no balcão de bebidas

— O que você quer que eu faça? - praticamente gritei

— Sei que está sofrendo, mas lembre-se que a Susan também está - Jhon falou calmo - Nos últimos meses ela fez tudo o que pode pra evitar que soubesse da doença, porque apesar do jeito dela, ela se preocupa com você. Ela queria te ver desse jeito.

— Eu não sei o que fazer - falei sinceramente

— Acho que ficar ao lado dela é a melhor opção - Jhon falou normalmente

— Ela disse que quer ficar sozinha - lembrei do que ela falou

— Ela querer isso, não significa que ela precise - Jhon falou e eu assenti

Eu não vou abrir mão da minha filha. Caminhei até os cilindros de oxigênio, peguei e comecei a subir a escada. Caminhei até a porta do quarto da Susan e abri sem bater, ela estava arrumando os travesseiros e as almofadas na cama.

— Quando você vai aprender a bater antes de entrar? - ela perguntou quando me viu

— Vim trazer isso - não vou mais cair na provocação dela - Onde coloco?

— Deixa ali - ela indicou a lateral direita da cama e eu coloquei lá

Caminhei até a porta, mas ao invés de sair, eu fiz encosta-lá novamente e me virei na direção dela.

— Posso ficar? - perguntei e ela suspirou pesadamente

— Olha, eu preciso descansar. Não quero conversar, muito menos brigar agora - ela falou terminando de esticar o lençol da cama

— Eu não quero brigar, só tô pedindo pra ficar aqui - falei e ela me olhou - Me deixa ficar. Só agora.

— Tudo bem - ela murmurou e se sentou no lado esquerdo do cama, tirou a sapatilha e começou a desfazer a trança

Me sentei no lado direito, esticando as pernas e me encostando na cabeceira da cama, peguei uma almofada coloquei sobre meu colo, quando ela foi deitar eu a detive, ela me olhou sem entender.

— O que está fazendo? - ela perguntou

— Ajudando você a descansar - falei e a puxei delicadamente até ela deitar com a cabeça na almofada em meu colo.

Notei que ela estava tensa, comecei a mexer no cabelo dela e ela mal se mexia, uma música veio a minha mente e comecei a cantar baixo.

"Tanto a aprender.
Meu colo alimenta a você e a mim.
Deixa eu mimar você.
Adora você.
Agora, só agora.
Porque um dia eu sei...
Vou ter que deixá-la ir."

Notei que ela fechou os olhos e respirou fundo

"Sabe...
Serei seu lar, se quiser.
Sem pressa...
Do jeito que tem que ser.
Que mais posso fazer?
Só te olhar dormir.
Agora, só agora.
Correndo pelo campo.
Antes de deixá-la ir."

Senti quando algumas lágrimas dela começavam a pingar na minha calça, mas ela não se mexia.

"Muda a estação.
Necessários são.
Você aflorecer.
Calmamente...
Lindamente...
Mesmo quando eu não mais estiver."

Eu não impedi mais que minhas lágrimas rolassem.

"Lembre que me ouviu dizer.
O quanto me importei e o que eu senti.
Agora, só agora.
Talvez você perceba.
Que eu nunca vou deixá-la ir...
Que eu nunca vou deixá-la ir...
Eu não vou deixá-la ir."

Notei que tanto ela quanto eu estávamos com rosto banhado de lágrimas, me abaixei e beijei a cabeça dela

— Eu te amo - sussurreilela não conteve o solução, começou a se levantar e me abraçou.

— Me perdoe, pai - ela falou chorando - Por favor, me perdoe. Eu não fiz nada querendo te machucar, eu só queria te poupar de passar por isso. Você já perdeu tanto. Seus pais, a minha mãe e agora serei a próxima.

— Su, olha pra mim - desfizemos o abraço e ela me olhou ainda chorando - Esquece isso tudo, tá bem? Não se preocupa. Vamos fazer diferente agora. Com meus pais eu não podia fazer nada pra ajudá-los, com sua mãe eu deixei o medo da rejeição me dominar e não fui atrás dela. Não vou cometer o mesmo erro agora. Vou dar um jeito de te ajudar.

— Não. Se você não conseguir vai se sentir culpado depois, por favor, não faça isso - ela pediu me olhando

— Pior vou ficar se eu não fizer nada. Não vou desistir de você - falei, ela assentiu chorando e eu a abracei

— Eu te amo, pai - ela falou e eu comecei a chorar novamente, mas dessa vez chorando de alegria e alívio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Odiaram?
Deixe seus comentários. Quero saber o que acharam.

Nos vemos nos reviews!