Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 4
Indo Para NY


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Antes de me matarem permita-me explicar o que aconteceu. Fiquei sem net e sem tempo de escrever, e como só tive tempo de finalizar o capítulo agora resolvi posta-lo imediatamente.

Bom... espero que gostem

Boa leitura! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694865/chapter/4

Após trancar a porta peguei minhas duas malas e coloquei no meu Audi, vi que as coisas do Jhon também estavam lá. Como meu Audi só suporta duas pessoas eu iria no meu mais novo brinquedo que estava na garagem.

– Nico - ele me olhou e eu joguei as chaves - Leve as coisas pro aeroporto. Encontro vocês lá.

– Onde você pensa que vai? - Stark perguntou me olhando

– Preciso ir à um lugar - falei e abri a garagem mostrando um carro coberto por uma capa

– Quando foi que isso apareceu aí? - Jhon perguntou surpreso

– Lembra quando fui pegar o Audi? - ele assentiu - Comprei esse daqui. Ele chegou dois dias depois de irmos a Nova York. Pedi a um funcionário do Buffet pra trazer pra casa

Falei e entrei na garagem, tirei a capa do carro revelando o Acura RDX cinza escuro. Peguei as chaves e entrei no carro ligando-o em seguida.

– Seu gosto pra carros é muito parecido com o do Stark - Natasha falou olhando o carro - Não é à toa que sejam parentes

– Onde você vai? - Stark perguntou novamente

– Preciso ir à um lugar - respondi simplesmente enquanto colocava o cinto

– Se você pensa que vai conseguir fugir, você... - eu o interrompi

– Vocês estão com minhas coisas, meus documentos, mesmo que eu quisesse não conseguiria fugir - falei olhando-o - Eu vou ir para o aeroporto em 20 minutos

– Vinte minutos - ele concordou e deu um passo para trás

Acelerei o a carro e fui em direção ao cemitério da cidade que era caminho do aeroporto. Fui acima do limite de velocidade permitido, mas dane-se, eu precisava ir lá. Estacionei o carro, desci e caminhei alguns minutos até o túmulo da minha mãe. Tinha uma foto dela, na lápide havia escrito. Bianca Agostini, exemplo de filha, amiga, mulher e mãe. Meus olhos lacrimejaram ao ler as palavras na lápide que há muitos anos eu não visitava

– Oi mãe! - falei me sentando em frente à lápide - Desculpe ter sumido por tanto tempo, mas eu não tinha força e nem coragem pra vir aqui.

Falei e comecei a tirar algumas folhas secas que estavam na base da lápide.

– Eu me sentia mal em vir aqui, eu me sentia culpada pela sua morte. Diversas vezes pensei que teria sido melhor você ter se escolhido, que eu deveria ter morrido no seu lugar. Mas você escolheu a mim, então... obrigada. Se estou aqui hoje é porque você me amou de tal maneira que se sacrificou por mim e eu só tenho a agradecer. Obrigada por ter me deixado aos cuidados da tia Sam, obrigada por me mostrar o quanto você me amou antes mesmo de me conhecer, mas porque pediu pra que ele cuidasse de mim? Porque não deixou as coisas como estavam? Porque... - não consegui controlar o soluço em meio ao choro - Eu estou com medo, mãe. Sei as coisas pelas quais ele já passou, sei a dor de perder as pessoas que se ama. Não quero ser mais um nome na lista de sofrimentos dele.

Fiquei sentada em silêncio controlando o choro por alguns minutos perdida em pensamentos, olhei para as palavras escritas na lápide e sem que eu pudesse controlar uma frase saiu.

– Queria ter conhecido você - falei olhando a foto dela

– Não seria a mesma coisa, mas posso falar dela pra você - logo em seguida vi um vaso com lírios brancos ser colocado a minha frente, olhei para o lado pra saber quem era a pessoa e vi o meu pai, agora ele usava óculos escuros

– O que faz aqui? - perguntei com frieza enquanto secava o rosto

– Flor de lírio - ele ignorou minha pergunta - Esse é o significado do seu nome, a Bianca amava lírios, principalmente os brancos.

Ele se abaixou ao meu lado e olhou a foto da minha mãe na lápide.

– Não me lembro dessa foto - ele comentou

– Essa foi tirada com seis meses de gestação - a resposta saiu antes que eu me desse conta

– Como ela morreu? - ele perguntou sem desviar o olhar da foto

– Ela morreu ao me escolher - falei olhando pro chão e senti que ele me olhou - A gravidez era de risco, no dia do parto os médicos disseram que ela teria que escolher ela ou eu.

– Ela sempre foi assim - ele falou e sorriu levemente - Sempre ajudando os outros. Conhecidos, desconhecidos. Não me surpreende ela ter escolhido você

– E será que valeu a pena? - murmurei a pergunta pra mim, mas ele ouviu

– A Bianca só fazia algo que ela sabia que não iria se arrepender - ele falou e eu o olhei - Então pra ela, valeu a pena

Olhei a foto dela mais uma vez e me levantei

– Adeus mãe - falei e me afastei da lápide

O meu pai ainda ficou lá e eu sai do cemitério, vi que um dos carros que estavam na porta da minha casa estava estacionado ao lado do meu. Entrei no carro, liguei e sai correndo pelas ruas que eu sabia que estariam desertas. Fiquei correndo por quase quarenta minutos, eu precisava por os pensamentos em ordem, precisava extravasar o que estava sentindo e quando comecei a me sentir mais relaxada fui em direção ao aeroporto. Vi o Jhon e o Nico apoiados no Audi, a Natasha com cara de tédio, o Clint observava a situação quieto, Steve parecia tentar acalmar o Stark. Estacionei e os olhares se voltaram para mim.

– Onde você esteve? - Stark perguntou irritado

– Por aí - foi tudo que respondi e o Jhon se aproximou do Acura e se abaixou próximo aos pneus

– Onde você estava? - Stark perguntou novamente

– Ela estava correndo - Jhon respondeu pois sabia que eu não contaria

– Como você sabe? - Steve perguntou curioso

– Primeiro, sou o melhor amigo dela e segundo os pneus estão quentes e parcialmente carecas - ele falou ficando de pé - Como geralmente fica após uma corrida

– Poderia ter avisado - Stark falou controlando a irritação

– Precisava por os pensamentos em ordem - falei calma

– Tudo bem, vamos andando - Natasha falou chamando nossa atenção

– Nico, leva os meus carros pra Nova York? - perguntei olhando-o

– Se não percebeu sou apenas um - ele falou como ironia

– Chama seu motorista pra levar um deles - falei normalmente e ele assentiu - Obrigada!

Fomos para o avião do Stark. O Vingadores se sentaram nas primeiras poltronas, eu e o Jhon fomos pro fundo. Sentamos, Jhon pegou seu caderno de desenho e começou a desenhar, eu coloquei os meus fones e fechei os olhos. Fiquei com a sensação de estar sendo observada, olhei na direção do Jhon, mas ele desenhava distraidamente, olhei em volta e vi que o meu pai estava sentado em uma poltrona que dava pra ver a minha e peguei ele me observando, quando percebeu que eu o olhei desviou tentando disfarçar

– Jhon - chamei e ele me olhou - Troca de lugar comigo?

– Porque? - perguntou sem entender

– Estão me vigiando - falei e ele entendeu a quem me referia

– Tudo bem - trocamos de lugar e ele voltou a desenhar, mas a sensação de estar sendo observada não passou

Olhei discretamente em volta e vi uma câmera de segurança no avião, ela estava exatamente na minha direção. Peguei um espelho pequeno que tinha minha bolsa e fingi arrumar o cabelo. Na verdade queria usar o espelho pra ver se o Stark mexia em algum aparelho e vi que ele mexia no celular. Guardei o espelho e peguei meu notebook, comecei a mexer e consegui rackear o sistema de câmeras do avião. Abri na tela do meu notebook uma câmera que dava as imagens de onde o Vingadores estavam. Burlei alguns códigos de segurança do sistema do Stark sem ser detectada e consegui o número do celular dele. Peguei o meu celular e mandei a seguinte mensagem.

"Como gosta de ser os centro das atenções, separamos câmeras exclusivas para o senhor."

Vi pelo monitor do meu notebook, ele olhar em direção às câmeras e uma a uma foram virando na direção dele exceto a que me filmava. Vi que ele estava surpreso, a boca um pouco aberta. Vi a Natasha com uma bolinha de papel, olhando na direção dele, se ele continuasse assim ela acertaria a bolinha na boca dele. Mandei a segunda mensagem.

"Feche a boca, senhor Stark. Ou a Natasha irá acertar a bolinha na boca do senhor."

Vi que ele fechou a boca e olhou na direção da Natasha que rapidamente desviou o olhar pra disfarçar o que ia fazer. Vi que ele digitou no celular e uma mensagem chegou no meu

"Quem é você?"

Simplesmente respondi

"Eu!? Sou uma pessoa que não gosta de ser vigiada"

Enviei a mensagem e fiz com que as imagens da câmera que me filmava aparecesse na tela do celular dele. Olhei para câmera e desativei cada uma delas. Fechei o notebooke coloquei meus fones novamente pra tentar relaxar durante o vôo.

POV Stark

Sistema de câmeras inoperante

Era a mensagem que estava na tela do meu celular quando tentava acessar as câmeras do avião. Olhei na direção que a Susan estava sentada e involuntariamente dei um breve sorriso. Realmente, ela tem sangue Stark, até um cego veria isso.

Quando chegamos ao aeroporto de Nova York, desembarcamos e os outros se despediram da Susan e retornaram aos seus respectivos veículos, enquanto eu, a Susan e o amigo dela fomos para o carro que nos esperava. Happy quando a viu ficou encarando-a como se esperasse um ataque dela, mas tudo que a Susan fez foi ignorá-lo e entrar no carro com o amigo. Happy pegou as bagagens e colocou no porta malas e eu entrei no carro, esperei alguns segundos e o Happy entrou

– Pra onde chefe? - Happy falou me olhando pelo retrovisor

– Preciso passar na Torre Stark, então... - a Susan me interrompeu

– Vamos passar primeiro no Brooklyn pra deixar o Jhon na nova casa, Happy - ela falou normalmente mexendo no celular

– Como é? - perguntei olhando-a

– Ou você passa no Brooklyn pra deixar o Jhon ou vai ter que leva-lo pra onde você for. A decisão é sua - ela fala sem me encarar e eu bufei. Eu pensei que seria mais fácil - Acho que já escolheu. Vamos pro Brooklyn, Happy.

– Você esqueceu garotinha que não é você que decide as coi... - interrompi antes que eles começassem a brigar

– Happy faz o que ela falou. Vamos pro Brooklyn - falei e ele me olhou incrédulo, por eu ter dado razão a ela

A Susan parou de mexer no celular e olhou pro retrovisor, quando Happy desviou o olhar de mim pra ela, vi o exato momento que ela sorriu torto apenas para provocá-lo e com certeza ela conseguiu porque ele ficou sério e acelerou o carro, mas ela não se importou com o solavanco que o carro deu, parecia até acostumada com um veículo em alta velocidade. Em poucos minutos estávamos chegando ao Brooklyn, Happy estacionou em frente ao prédio que o garoto indicou. Quando o Happy desceu pra pegar as malas o garoto o acompanhou, a Susan se afastou de mim e se aproximou da porta. Depois que o garoto pegou todas as malas vi a Susan abrir a porta do carro e sair.

POV Susan

Desci do carro e fui na direção do Jhon pra ajuda-lo a levar as malas pro apartamento e me certificar que não há monstros por perto. Quando peguei a mala ouvi a voz do meu pai

– Onde você vai? - ele perguntou e eu ignorei seguindo caminho pra portaria - Susan? Susan?

– Aproveita a oportunidade e deixa ela aqui, senhor - ouvi Happy dizer e entrou no carro logo em seguida

– Seria um grande favor que me fariam - falei baixo e entrei no prédio

– Você não deveria tratar o seu pai assim - Jhon falou depois que as portas do elevador se fecharam

– Jhon me deixa em paz - falei um pouco irritada, mas logo consegui me acalmar - Eu sei o que eu tô fazendo

– Toma cuidado pra não fazer algo e se arrepender depois - Jhon me alertou

– Só irei irrita-lo pra que ele me expulse e eu possa morar em Vermont novamente - falei tranquila

– Pra quê ir morar lá? - Jhon perguntou me olhando - Você ficará sozinha se fizer

– Eu sei. E é justamente por isso que eu quero - falei olhando pra frente

– Mas pra quê? Porque quer se afastar da gente? - Jhon perguntou sem entender

– Pra que não me vejam morrer - disse e logo em seguida as portas se abriram

Eu sai do elevador antes que ele dissesse algo. Não senti o cheiro de magia, no corredor era possível ouvir as vozes de adultos e crianças que moravam no mesmo andar. Jhon que me acompanhava abriu a porta do apartamento e entrou. O andar já estava com toda a mobília montada, pois pelo que eu havia entendido a casa deles em Vermont seria alugada para ajuda-los com as despesas em Nova York. A tia Marta, só viria de carro pra trazer a Ferrari do Jhon e acompanhar o caminho que traria os itens deles.

– Você vai ficar seguro aqui - falei colocando a mala na sala - Se você perceber qualquer coisa estranha, me liga, manda uma mensagem de íris, sinal de fumaça ou qualquer outra coisa, mas me chama. Ok?

– Eu vou ficar bem - ele falou e me abraçou - Por favor, se cuida.

– Pode deixar - falei e senti ele usando os poderes dele em mim

– Não posso impedir a evolução da doença, mas posso retardar os sintomas como fiz com a Sam - ele falou quando desfizemos o abraço

– Obrigada, Jhon. - agradeci e me afastei um pouco - Agora preciso ir

– É, seu pai não parece o tipo de pessoa que gosta de esperar - ele comenta me acompanhando até a porta

– Pois é. Sabe, não sei porque, mas me deu uma vontade de descer pela escada - falei olhando em direção a escada

– Su, são cinco andares - ele comenta olhando na mesma direção

– Fazer exercício faz bem à saúde - falei normalmente

– Você não tem jeito mesmo - ele comentou e eu ri

– Venho visitar vocês assim que puder - falei e ele assentiu - Tchau

– Até mais - ele falou eu entrou no apartamento e eu desci pela escada os cinco andares devagar

Ao chegar ao térreo vi o Stark impaciente olhando em direção a portaria do prédio. Ignorei ele é entrei no carro e fomos em direção à Torre Stark.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Amaram? Comentem alguma coisa em nome de Aslam.

Acompanhem, favoritem (se gostam da fic), recomendem (se acham que a fic merece) e principalmente comentem, isso me incentiva muito.

Obrigada pelo carinho de todos.

Nos vemos nos reviews! ^^