Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 38
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Olá! Voltei com mais um capítulo.

Demorei um pouco, mas estava na correria. Foi tanta coisa que não irei nem comentar.

Espero que gostem

Boa leitura



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POV Stark

Me afastei do Fury e logo consegui achar o Steve no corredor. Me aproximei e ele ao ver minha expressão soube que alguma coisa acontecendo.

— Tudo bem? - ele falou quando me aproximei

— Ainda não, mas preciso falar com você - falei, ele assentiu e discretamente as câmeras.

Começamos a andar até um dos depósitos da SHIELD, pedi pro Jarvis se certificar de que não havia câmeras ou escutas onde estávamos, quando ele me confirmou que era seguro eu falei.

— Já soube da acusação contra a Su? - perguntei enquanto ele encostava as costas na parede

— Soube - ele falou cruzando os braços - Eu tava tentando encontrar uma forma de ajudá-la, mas não sei como.

— Sabe quem é a agente 13? - perguntei olhando-o

— Conheço - ele respondeu intrigado - Porque?

— Ela está a frente da investigação - falei - Preciso saber que tipo de pessoa ela é.

— Ela é íntegra, não se preocupe - Steve me assegurou - Mas porque esse interesse

— Você precisa falar com ela, diga para procurar pegadas compatíveis com a sola do tênis da Su na cela, marcas de unhas no pescoço do Lancaster e procurar tecido de baixo das unhas dele e comparar com o banco de dados da SHIELD - falei enquanto ele me ouvia com atenção - Isso mostrará a inocência da Susan

— Só tem um problema - Steve falou passando a mão pela nuca

— Que problema? - perguntei olhando-o

— Quando estava separado da Natasha eu quase sai com a Sharon - ele falou e eu entendi

— Já saquei - falei normalmente - Você tá com medo da aranha-mór ter uma ataque de ciúme. Relaxa, eu digo que você tá falando com ela pra ajudar a Susan.

— Tudo bem - ele falou meio receoso - Só não me ferra com a Nat

— Pode deixar - falei e ele começou a sair - Rogers?

Ele parou e me olhou

— Acompanhe as investigações e garanta que não tentarão incriminar a Susan. - falei e ele assentiu

Saímos do depósito, Steve foi procurar a agente 13 e eu fui procurar a Natasha. Depois de alguns minutos caminhando pelos inúmeros corredores da SHIELD, encontrei a Natasha e falei o que estava acontecendo e mesmo entendendo que era para ajudar a Susan, ela não estava nem um pouco feliz em saber que o Steve e a agente 13 estavam próximos.

— Natasha espera - falei quando ela se afastava

— O que? - ela respondeu me olhando

— Você sabe quantas salas de interrogatório tem na SHIELD? -perguntei olhando-a

— Apenas uma - ela respondeu intrigada - Porque?

— Fury, tentou interrogar a Susan e ele mencionou algo sobre uma outra sala de interrogatório - falei e ela pareceu pensativa

— Vou averiguar isso é te aviso - ela assentiu se retirando

Fui para uma das salas de como sofás, que estava vazia e eu fiquei lá esperando o tempo passar. Olhei e vi que tinha câmeras de segurança, tirei o meu relógio de pulso, peguei meu celular e os coloquei sobre a mesinha de centro, fiquei a evitando mexer em qualquer tipo de equipamento. Se o Fury quer mesmo prejudicar a Susan, ele vai usar qualquer artimanha pra isso. Minutos se passaram como se fosse horas, as horas pareciam passar depois de uma eternidade.

Estava ficando agoniado. Queria ter informações sobre o caso, mas se eu invadir o sistema só vai atrasar tudo e a Susan vai ficar mais tempo presa aqui.

— Não mexe em nada. Não faz nada por impulso, pelo menos dessa vez - sussurrava pra mim mesmo - Fica quieto pelo bem da sua filha.

"Minha filha. Se alguém me dissesse que do nada surgiria na minha vida um filha, fruto de um amor que vivi há quase 18 anos, eu riria como se fosse a maior piada do mundo. E olha onde estou? Com uma filha de quase 17 anos, mas que não sei absolutamente nada sobre ela, mesmo ela morando comigo, não consigo conhecê-la. Por que ela quer tanto se manter afastada? Parece que sempre que encontro uma brecha, alguma coisa desmorona e impede minha passagem..."

Fui tirado dos meus pensamentos quando ouvi a porta da sala que eu estava, olhei na direção da porta e vi o Clint entrando.

— Alguma notícia? - perguntei olhando-o

— Ela é inocente - Clint afirmou o que eu já sabia - Mas isso está deixando todo o departamento de perícia maluco...

— Isso não me importa - interrompi pegando minhas coisas - Quando irão soltá-la

— Em alguns minutos - ele respondeu e nos retiramos da sala indo em direção a onde a Susan estava presa

Os agentes assim que nos viram abriram passagem, quando entramos vimos que a Natasha já estava lá nos aproximamos.

— Foi inocentada - falei me aproximando da cela

— A Nat acabou de me falar - ela comentou e pude notar alívio dela, antes que eu dissesse alguma coisa o Fury entrou e dispensou os agentes que faziam guarda na sala.

— Como você fez isso? - ele perguntou irritado olhando a Susan

— Fiz o quê? - ela perguntou de volta

— Tudo indicava sua culpa... - Fury começou e ela interrompeu

— Nada indicava isso, você tirou essa conclusão estapafúrdia sozinho - ela falou olhando-o

— E agora, todas as evidências indicam que uma outra pessoa matou o Lancaster - Fury falou olhando-a

— Eu falei desde o começo. Eu. Não. Matei. O. Lancaster - ela falou tranquilamente - Se eu não o fiz, outra pessoa deve ter feito.

— Então me explica, como as digitais, pegadas e tecidos podem ser compatíveis com uma pessoa que já está morta há praticamente um ano? - Fury perguntou e eu gelei

"A Susan acobertou o assassino. Isso eu já sei, mas... ela é protegida do senhor dos mortos, seria possível ela invocar almas? Ela teria feito isso? Ela conseguiria fazer isso?... chega. Isso é coisa demais para eu pensar agora, mas eu preciso saber a verdade e tudo que a minha filha é capaz de fazer."

— Se seus peritos criminais não descobriram, como eu poderia saber? - ela perguntou se fazendo de desentendida

— Não brinque comigo, garota - Fury falou em tom ameaçador

— Nick, já deu - falei interferindo - Ela é inocente, está provado isso. Agora abra a cela.

— Não posso, pelo menos não agora  - Fury falou tranquilamente

— Como é? - perguntei incrédulo

— Meu cartão de acesso está na minha sala - ele respondeu tentando esconder a satisfação

— E por coincidência você dispensou o outro único agente que tinha o cartão, não é? - a Susan perguntou cruzando os braços e apoiando a lateral do corpo no vidro - Mas isso não tem problema.

Vi ela andar um pouco pela cela e pegar algo em cima da cama e se aproximar da área que ficava o leitor de cartões. Ela me olhou e eu entendi o que ela pretendia. Me aproximei e vi o que ela segurava, era a mola que ela tirou do colchão e agora parecia um pedaço de arame, ela o escondeu entre as mãos e depois quando as abriu não tinha nada, ela olhou na direção do bolso interno do me blaser e toquei, sentindo algo lá dentro, quando tirei vi o arame. Desviei meu olhar para o leitor e comecei a abrir a caixa do leitor

— O que está fazendo? - Fury perguntou me olhando.

— O que você deveria ter feito - tirei a caixa com a ajuda do arame, deixando os fios visíveis. Puxei dois e encontrei as pontas, causando um curto no leitor, fazendo a cela abrir

Soltei os fios e a Susan saiu da cela, Fury parecia mais irritado do que antes, a Natasha e o Clint devem ter notado, pois ficaram mais atentos.

— Eu vou descobrir como você fez. E quando isso acontecer, eu...- Fury falava sem conter o ódio

— Quero falar com você - interrompi e ele me olhou - Agora.

Ele olhou a Susan, novamente e saiu da sala. Vi a Natasha e o Clint relaxarem um pouco.

— O que você descobriu sobre a 2° sala de interrogatório? - perguntei pra Natasha assim que Fury saiu

— Nada importante - ela respondeu dando de ombros

— Eu quero saber. Se ele queria levar a Su pra lá, quero saber a razão - falei normalmente

— É uma sala com alguns equipamentos - ela falou vagamente

— O que está omitindo, Romanoff? - perguntei olhando-a

— Ele vai descobrir mais cedo ou mais tarde, acho melhor contar de uma vez - a Susan falou e a Natasha suspirou

— Ok! É uma sala de torturas leves, a maioria são choques - Natasha falou normalmente - Nada letal, mas forte suficiente para incomodar.

— Fique com a Natasha, preciso ter uma conversa com o Fury - falei para a Susan, tentando controlar minha raiva e ela segurou meu braço

— Não procura confusão. Já resolvemos as coisas, só quero sair daqui - a Susan falou e eu me acalmei um pouco

— Só irei conversar com ele - afirmei e ela me soltou

Me afastei e fui em direção a sala do Fury, quando cheguei simplesmente empurrei a porta e entrei. Vi ele em pé, em frente a mesa lendo uns papéis.

— O que deu em você? - perguntei irritado e parando poucos passos a frente dele

— O quê? - ele se fez de desentendido e colocou os papéis na mesa

— Você ia torturar a minha filha - falei e ele sustentou o olhar - Ela só tem 16 anos, não vejo necessidade de fazer algo assim.

— Eu precisava de respostas e para mim, essa era a única alternativa - Fury falou naturalmente e perdi o controle

Me aproximei rapidamente e o segurei pela gola do sobretudo e falei.

— Nunca mais encoste um dedo seu na minha filha - falei entre dentes - Por que se eu sequer imaginar que você se aproximou dela novamente, eu mesmo acabo com você.

— Acha que tenho medo de você, só porque é o Homem de Ferro? - ele falou quando o soltei - Eu te conheço, Stark, você não teria coragem de fazer algo assim

— Se você chegar perto da Susan novamente, vai descobrir que mexeu com o pai errado - reforcei e sai de lá.

Eu preciso de um pouco de ar fresco, ou sou capaz de fazer alguma besteira.

POV Susan

Depois que meu pai saiu, Clint disse que ia saber melhor sobre os resultados da perícia e que nos encontraria nos refeitório. Natasha e eu começamos a andar pelos corredores da SHIELD a procura do Steve e o encontramos no corredor conversando com uma loira de olhos, ele estava de costas pra gente e não nos viu ao contrário da loira, que ao olhar a Natasha sorriu e começou a se insinuar mais descaradamente pro Steve que ficava sem jeito e parecia tentar sair dali, mas a loira não dava brecha

— Eu vou acabar com a raça da Vacarter - Nat falou e eu a segurei pelo braço

— Espera - falei abri a porta atrás de mim e a puxei comigo

Quando me virei um cachorro raivoso latiu na minha direção e recueie, só não me atacou por estar trancado em uma gaiola, olhei em volta e vi outros cães, alguns muito agitados outros encolhidos.

— Que lugar é esse? - perguntei sobre o som do latido

— Canil - ela respondeu e gritou em seguida - QUIETOS.

Alguns cães que latiam se calar os mais raivosos continuaram a rosnar pra mim.

— Quem é aquela loira aguada? - perguntei olhando-a

— Aquela é a agente 13, Sharon Carter - ela respondeu - Quando eu e o Steve,  estamos separados ela tentou sair com ele, ele tentou dar uma chance, mas reatamos antes disso. Desde então, essa Vacarter fica se jogando pra cima dele.

— Entendi - falei e olhei para os cães inquietos em suas jaulas e que rosnavam constantemente - Qual o problema deles?

— São cães de segurança, mas depois de tantas situações alguns ficaram extremamente agressivos, outros tem surtos de agressividade - ela deu de ombros

— O Fury consegue enlouquecer até os cachorros - falei e ela riu, parei de frente a uma jaula e o cachorro se jogou contra as grades para tentar me atacar - O que vai acontecer com eles?

— Serão sacrificados. Estão perigosos demais - ela respondeu simplesmente, toquei na parede e me concentrei na tecnologia procurando alguma câmera ou escuta. A sala estava segura.

— Acha que a SHIELD sentirá falta de dois cães? - perguntei olhando-a

— Acho que não - ela respondeu intrigada - O que está planejando?

— Vou fazer um teste - fechei, meus olhos e me concentrei no dom de Hades, quando os abri, podia sentir cada sombra daquela sala.

Deixei que das sombras surgissem uma névoa negra, que começou a se arrastar pelo chão como uma espécie de fumaça, com minha mente as direcionei para os dois cães mais agressivos, eles recuaram latindo, mas logo a fumaça negra começou a entrar pelo focinho e pela boca dos cães. Depois que toda a fumaça foi inalada pelos cães, eles caíram no chão e se desfizeram em sombras em seguida.

— O que você fez? - Natasha perguntou surpresa

— Eu fiz isso - em frente à cada jaula as sombras se moveram assumindo as forma dos cães, mas com algumas diferenças.

Eles pareciam mais fortes, os olhos tinha cor de lava, o pelo era totalmente negro e apesar da aparência ameaçadora eles pareciam calmos. Eles ficaram parados me olhando.

— Que lindos - murmurei e eles se aproximaram de mim, ouvi a Natasha sacar a arma e falei - Espere.

Os cães se aproximaram, comecei a fazer carinho deles, com certeza eles não pareciam os cães que a minutos atrás queriam me aniquilar. Olhei para a Natasha e os cães foram até ela, que rapidamente engatilhou a arma.

— Nat, tá tudo bem - falei e ela me olhou - Eles são inofensivos pelo menos até segunda ordem.

Natasha guardou a arma e os cães fizeram carinho na mão dela com o focinho.

— O que pretende fazer com eles? - Natasha perguntou tranquila

— Dar um susto, em uma certa loira oxigenada. - Falei e ela riu baixando


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O.que será que a nossa pequena Stark irá aprontar dessa vez?

Acompanhem, favoritem, recomendem e comentem

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