Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 29
Evento de Natal


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou! Exatamente, consegui escrever um capítulo novinho para vocês e espero que gostem.

Boa leitura!



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Todos os convidados chegaram, o prefeito fez o discurso de abertura, o jantar foi servido e logo começaram as apresentações. Primeiro as bandas tocavam melodias suaves em clima natalino, depois as danças, passava da meia noite quando a Natasha começou a se apresentar. Assisti a apresentação dela bem afastada dos demais e o Steve do meu lado que assistia a tudo com um sorriso bobo no rosto. Todos estavam hipnotizados pela Natasha, cada movimento feito com extrema delicadeza e precisão, ninguém conseguia parar de olhar.

— Toma cuidado pra não deixar cair baba no meu vestido - falei e ele me olhou

— Muito engraçado - ele falou e voltou a assistir o final da apresentação - Será que vai dar certo?

— Com certeza deu - respondi sorrindo depois que o Lancaster sussurrou algo no ouvido do acompanhante e que se levantou e foi em direção aos bastidores

— Vou ver com quem ele vai falar - Steve falou, eu assenti e ele se afastou

Me aproximei do balcão, o garçom passou oferecendo champanhe e peguei um taça. Me sentei em um dos bancos próximo ao bar e beberiquei a minha bebida, senti a presença de alguém a minha esquerda, olhei e vi o Lancaster se sentando ao meu lado, ele pediu ao barman um whisky

— Você estava certa - ele falou depois que pegou a bebida e o barman se afastou - O solo de balé, me deixou sem palavras.

— Realmente foi uma apresentação muito bonita - falei tomando um gole do champanhe e ele não desgrudou os olhos de mim

— Você tem algum talento, além de um olho magnífico para caçar talentos? - ele perguntou me olhando, meu celular vibrou e eu o peguei.

— Não tenho talento - falei abaixando o celular a minha direita onde ele não pudesse ver e li a mensagem do Steve

"Deu certo, a Natasha foi chamada e algumas pessoas do outro grupo também."

— Infelizmente sou desprovida de qualquer talento - falei e tomei um gole da minha taça

— Mas é dona de um carisma incomum - ele falou e tomou um gola da bebida dele - São raras as pessoas que possuem.

— Deve ser por isso que fico na recepção dos eventos - brinquei e bebi outro gole

— Não, você tem algo mais - ele falou me analisando e tive a sensação de que algo estava errado - Não duvido que você seria capaz de fazer qualquer um fazer qualquer coisa. E com sua beleza, não me surpreenderia se os homens se curvassem quando passasse.

— Obrigada, pelos elogios, mas não seria para tanto - tomei o último gole antes de abandonar a taça - Mas preciso ir, o trabalho me chama.

Assim que pisei no chão senti uma forte tontura, não como se eu fosse desmaiar, apenas uma fraqueza e por incrível que pareça o Lancaster já estava com o braço estendido para me segurar, como se tivesse previsto a minha queda. Olhei novamente na direção da minha taça e vi uma boa quantidade razoável de pó no fundo da taça. Esse cara havia me dopado, mas quando? Pensei um pouco e percebi que vacilei quando fui ler a mensagem do Steve.

— Você está bem? - o Lancaster perguntou fingindo preocupação

— Estou bem - falei tentando me afastar, mas minhas pernas não me obedeciam e falhavam sempre que eu tentava me afastar dele - Sempre fui fraca com bebidas

— Está óbvio que não está bem - ele falou e colocou o copo dele no balcão - Deixe-me levá-la pra tomar um pouco de ar puro, talvez ajude.

Estava tentando pensar em uma desculpa para me fazer ficar ali, mas não precisei, uma voz familiar fez toda minha preocupação se esvair.

— O que está acontecendo aqui? - o barman Gustavo falou parando ao nosso lado

— Ela está passando mal - ele falou normalmente - Vou levá-la pra tomar um ar

— Tudo bem, eu ajudo a senhorita Agostini - Gustavo falou tocando meu braço

— Não precisa se preocupar, eu... - o Lancaster ia insistir

— Tudo bem, senhor Lancaster, ele pode me ajudar a partir daqui - falei e só então ele me soltou e o Gustavo me apoiou pra ficar em pé - Aproveite o resto da festa

— Obrigado por ajudá-la - Gustavo falou, o Lancaster assentiu e logo começamos a nos afastar - Devo levá-la ao hospital?

— Não, me leve pro escritório vou pedir que me levem embora - falei e ele assentiu, minutos depois estava no escritório

Pedi que ele colocasse uma cadeira próximo a porta e ele o fez, Gustavo me ajudou a sentar e se retirou, tranquei a porta assim que ele saiu, mandei uma mensagem pro Steve e minutos depois ouvi batidas na porta e ele me chamando. Destranquei e quando fui abri, cai da cadeira e ele rapidamente me ajudou.

— O que aconteceu? - Steve perguntou me ajudando a levantar

— Acho que quando fui ler sua mensagem o Lancaster colocou alguma coisa na minha bebida - falei um pouco mais alto que um sussurro

— Eu não devia ter deixado você sozinha - Steve falou se sentindo culpado

— Eu que vacilei - falei quando ele me colocou de pé apoiada nele - Me leve pra casa, por favor! 

Saímos do escritório, Steve me dava apoio para caminhar, percebi que o Lancaster me observava enquanto saia, mas não falei nada. Seguimos nosso caminho até o estacionamento, Steve dispensou o funcionário que estava de motorista dizendo que ele mesmo iria dirigir.

Entramos no carro, Steve no banco do motorista e eu no banca de trás, logo estávamos seguindo o caminho para casa, vi que um carro estava nos seguindo e era muito semelhante ao carro do Lancaster.

— Steve - chamei, ele olhou pelo retrovisor e viu o carro que nos seguia.

Ele fez diversos desvios, mas o carro continuava a nos seguir. Vi a janela do carona abrir e o acompanhante do Lancaster apontar uma arma na nossa direção.

— Steve acelera - falei e ele viu a mesma coisa que eu e pisou no acelerou.

O homem disparou e atingiu os vidros do carro

— Susan, se abaixa - Steve falou autoritário

— Já dirigiu pelas ruas de Vermont antes? - perguntei abaixada

— Sempre tem uma primeira vez - ele falou virando uma esquina em alta velocidade

Me estiquei e mexi no GPS e logo ele mostrava as coordenadas

— Segue o GPS - falei séria lutando contra a fraqueza

— O que tem em mente? - ele perguntou sem desviar o olhar da estrada

— Vou tirar esse cara da nossa cola - falei olhando-o

Ele seguiu as coordenadas até a pista na qual o Jhon fez o racha com aquele mauricinho.

— Porque nos trouxe aqui? - Steve perguntou me olhando

— Porque vamos explodir esse carro - falei e ele me olhou

— Como é? - ele perguntou me olhando

— Não tenha medo de acelerar, quando eu mandar vire à direita sem tirar o pé do acelerador - falei e ele me olhava - Teremos 10 segundos para saltar do carro.

— Você tá falando sério? - ele perguntou me olhando pelo retrovisor

— Tá com medo, Capitão? - falei com uma pontada de sarcasmo

— Eu prometi que protegeria você - ele falou sério

— E o que vai acontecer se continuarmos nesse carro? - perguntei olhando-o

— Espero que saiba o que está fazendo - ele falou acelerando

— Confia em mim - pedi e ele assentiu

Ele fez o que eu pedi, acelerou o máximo que o carro pediu, logo estávamos próximo ao barranco.

— Quando você virar o carro, teremos que abri as portas e pular - falei e ele me olhou pelo retrovisor - Se prepara... agora

Steve virou o carro sem tirar o pé do acelerador, abrimos as portas do lado esquerdo do carro e quando o carro começou a ir na direção da direita pulamos. O carro saiu sem piloto em direção a um poste e nós rolamos morro abaixo. Em pouco tempo escutamos uma explosão, em determinado momento desaceleramos, me sentia dolorida e cansada de mais para levantar. Steve se aproximou de mim

— Su, você tá bem? - ele perguntou me olhando

— Estou bem, só tô cansada - falei baixo e ele me ajudou ficar de pé - Vamos sair daqui.

Ele me deu apoio para andar mais estava sem forças e muitas vezes meu corpo cedia.

— Para onde a gente vai? - ele perguntou

— Leste, se caminharmos por uns 4 quilômetros, chegaremos a pista, depois é só seguir 5 quarteirões a esquerda e chegaremos na minha casa - forcei a fala, mal estava conseguindo manter os olhos abertos

— Você não vai aguentar a caminhada - ele falou, me pegou no colo e seguiu o caminho

Não sei em que momento aconteceu, mas eu simplesmente apaguei e minha mente foi levada para longe, mas precisamente onde meu pai estava. Percebi que ele estava inconsciente, mas um sinal de alerta disparou e ele acordou. A baixa energia da armadura fez elege desestabilizar o vôo e cair na neve, a armaram abriu e ele saiu, logo ele começou a caminhar arrastando a armadura com ele. Quando encontrou o telefone ele ligou para a Pepper, continuou sua caminhada pela neve até que encontrou uma garagem e a usou como um abrigo para passar a noite e concertar a armadura. Depois de alguns minutos um garoto entrou apontando uma arma de batata para meu pai, que falou alguma coisa, o garoto atirou, eles conversaram algo que por mais que eu tentasse não consegui ouvir, meu pai mostrou a armadura e o garoto, para o desgosto do meu pai, começou a mexer na armadura e quebrou um pedaço. Senti minha mente vagar novamente, dessa vez voltando a minha realidade, senti um forte cheiro que me causou repulsa. E eu acordei aos poucos, quando abri os olhos vi o Steve segurando um frasco próximo ao meu rosto.

— Tira isso de perto de mim - falei afastando a mão dele e virando o rosto na direção oposta

— Desculpe, mas era a única coisa que eu podia fazer pra você acordar - ele falou fechando o frasco, olhei ao redor e vi que estava na minha sala

— A quanto tempo chegamos? - perguntei me sentando

— Uns cinco minutos - ele respondeu normalmente e me olhou - Como se sente?

— Com uma forte dor de cabeça - falei massageando as têmporas

— Alguma outra dor? - ele perguntou sentando ao meu lado e eu neguei com a cabeça - Vou precisar fazer um curativo no seu joelho

Quando ele falou eu olhei meus braços e pernas, alguns arranhões e um joelho praticamente esfolado.

— Já estive em situações piores - falei dando de ombros

— O Stark vai me matar quando souber que deixei a filha dele ser dopada e depois saltar de um carro a 250 Km/h - Steve falou relaxando um pouco no sofá

— Ele não precisa saber - falei dando de ombros - Qualquer coisa eu bebi demais e inventei de querer apostar corrida.

— Ele acreditaria nessa história? - ele perguntou com um leve sorriso

— Tenho um histórico com bebidas e corrida, ele vai engolir - falei sorrindo e me levantei - Onde está a Natasha?

— Ela saiu do salão e foi direto para o hotel, o pessoal do Lancaster irão buscá-la amanhã - Steve respondeu me olhando - E o que pretende fazer agora?

— Agora, tudo que eu preciso é de um banho - falei tirando folhas secas do cabelo - Amanhã pretendo voltar a Torre. Não há mais nada para fazer aqui.

— Tudo bem - Steve falou se levantando - Vou te ajudar a subir, quando terminar o banho, me avise para que eu faça o curativo

— Ok! - falei e ele me deu apoio para subir os degraus.

Fui para o meu quarto, tomei o remédio para dor, tomei um banho, limpei os ferimentos, prendi meu cabelo, me sequei com cuidado para não machucar ainda mais meu joelho, coloquei um vestido leve, peguei a maleta de primeiros socorros e desci a escada com cuidado. Steve estava na sala, usando uma calça moletem e uma camisa Polo.

— Pedi que me chamasse - ele falou me ajudando nos últimos degraus

— Não preciso de babá - rebati e ele me olhou como se dissesse "Sério? Depois dessa noite você me fala isso?" - Pelo menos não dentro da minha casa.

— Vou fingir que não ouvi isso - ele me ajudou a sentar e pegou a maleta das minhas mãos

Ele passou a água oxigenada para limpar o ferimento, depois colocou iodo e começou a fazer o curativo.

— Pronto - ele falou guardando as coisas assim que terminou o curativo

— Obrigada Steve - falei me levantando

— Você precisa dormir um pouco - ele falou também se levantando - Não sabemos ao certo o que aquele cara te deu

— Tudo bem, só vou passar na minha oficina - falei dando alguns passos passando por ele e ele segurou meu braço

— Nem pensar - ele falou e eu o olhei sem entender

— O que foi? - perguntei estranhando essa reação

— Você é filha do Stark, sei que se entrar na oficina não vai sair tão cedo, exatamente como seu pai faz - ele falou e eu ri

— Eu juro que não estou indo trabalhar, só vou pegar algumas coisas - falei normalmente e ele me soltou

— Então irei com você - ele falou e eu assenti

Quando chegamos a porta da oficina, eu a abri e vi a camada de poeira sobre o pano que cobria algumas das minhas ferramentas. Mas ignorei as minhas mesas e projetos inacabados e fui em direção à um caixa de tamanho médio e a abrir. Dentro havia alguns HDS externos, uma filmadora portátil.

— Achei - falei fechando a caixa novamente, mas antes que eu pegasse a caixa o Steve o fez

Logo estávamos saindo da oficina e resolvi provocar um pouco.

— Sabe... se você não fosse soldado, levaria jeito no ramo de babá - falei e ele me olhou

— Você é igual ao seu pai - Steve falou rindo e balançando a cabeça negativamente e subiu a escada levando a caixa pro meu quarto.

Eu o acompanhei, ele colocou a caixa no chão assim que entrou

— Tenha uma boa noite - ele falou me olhando

— Boa noite, Steve - falei e ele saiu do quarto

Peguei a caixa ele coloquei na cama, liguei o notebook e conectei um dos HDS externos, fiquei um bom tempo assistindo os vídeos caseiros da tia Sam, os meus primeiros passos, os meus aniversários, fiquei olhando fotos antigas, vendo esses arquivos tive uma idéia e decide que os levaria comigo para a Torre. Fui até o meu guarda roupa peguei uma caixa e tirei uma pasta com cartas e atividades que fiz na época de escola.

— Finalmente sei o que vou fazer com vocês. - falei colocando a pasta na caixa juntos com os HDS e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

Link do vídeo da apresentação da Natasha

https://youtu.be/vDCT0gxsWuw

Bom... e aí? O que acharam do capítulo? Gostaram?

Gente comentem, o número de comentários diminuiu muito tô pensando em deixar de postar no Nyah por causa disso, não tô querendo fazer chantagem, mas se não comentarem como vou saber se estão acompanhando? Se não disserem o que não estão gostando como poderei melhorar? Entendem. Meu ponto de vista?

Bom... obrigada pelo carinho que vocês têm tido comigo nesses dois anos que posto a história. Muito obrigada por tudo.

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