Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 28
Natal em Vermont


Notas iniciais do capítulo

Voltei, como vocês estão? Pois é... capítulo novo pra vocês.

Espero que gostem.

Boa leitura.



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Dias se passaram desde que chegamos a Vermont, assim que voltei a cidade liguei pro grupo de dança que a Leticia fazia parte e pedi a ajuda delas para preparar uma excelente coreografia pra Natasha, como o Buffet era responsável por esse evento incluir a Natasha nas apresentações foi moleza. Faltava apenas 3 dias pra véspera de Natal, Natasha e Steve estavam hospedados na minha casa, quando a Natasha estava ensaiando geralmente eu ficava conversando ou treinando com o Steve, as vezes eu tinha que ir ao Buffet resolver algo, algumas vezes ouvi ligações do Steve pro meu pai falando que eu estava bem e que ele não precisava se preocupar.

Os dias se aproximavam e a minha ansiedade também, mas não era isso que me impedia de dormir a noite, era a sensação constante de que algo estava acontecendo com meu pai, quando eu finalmente dormia podia senti a inquietação dele, ver as imagens que cercava seus sonhos, sentia o medo que dominava seus nervos. Ele estava sofrendo de stress pós traumático. Então eu procurava me ocupar, treinava mais que o necessário com o Steve, trazia trabalho pra casa e ficava até tarde e só dormia quando meu corpo chegava ao limite da exaustão. Hoje, já é dia 23 de dezembro, estava lendo noticias na Internet e vi que ocorreu uma explosão e muitos ficaram feridos, outros morreram na hora, procurei a lista de feridos e entre eles estava o Happy.

— Di immortales, meu pai deve estar péssimo com isso - murmurei olhando as imagens da explosão.

Fiquei a madrugada inteira mexendo no notebook, vi através da janela alguns raios de sol surgindo no horizonte e depois de um tempo sequer percebi quando dormir. Comecei a ficar agitada, cenas das lutas mais perigosas do meu pai voltaram com força total em um pesadelo, na manhã seguinte, dia 24 de dezembro, estávamos na cozinha, estava preparando o nosso café da manhã quando ouvi uma repórter falando o nome do meu pai. Na hora olhei na direção da TV.

" - Aguardamos a chegada de Tony Stark, queremos que ele nos dê a sua impressão sobre esse...

Meu pai saiu do hospital e todas as atenções voltaram pra ele. Todos os repórteres cercaram-no e começaram a falar ao mesmo tempo e meu pai os ignorou.

— Senhor Stark, quando alguém vai matar esse cara? - meu pai parou e se virou pro homem - Responde pra gente.

— É o que você quer? - meu pai perguntou retoricamente - Esta é uma pequena saudação de fim de ano para o Mandarim, só não sabia o momento certo até agora. Meu nome é Tony Stark e eu não tenho medo de você. Sei que você é um covarde, então eu decidi, você está morto, meu chapa. Só vou recolher o corpo, aqui não tem política envolvida só a boa e velha vingança. Não tem pentágono, somos só você e eu. Se por acaso você for homem, esse é meu endereço 1088, Malibu Point, 90265. A porta vai tá aberta."

Desliguei a TV, apoiei as mãos no balcão da cozinha e abaixei a cabeça.

— O Tony perdeu o juízo de vez. - Steve falou - Porque ele fez a estupidez de dar o endereço em rede internacional? Isso é suicídio.

— Porque ele tá desesperado. O melhor amigo, que é o mais próximo que ele teve de família por anos está no hospital entre a vida e a morte por causa de um terrorista, o que esperava que ele fizesse? - falei e o olhei - Você mesmo embarcou em uma missão suicida pra salvar seu melhor amigo e você nem tinha certeza se ele estava vivo.

Nesse momento o Steve ficou em silêncio. Terminei de preparar o café, mas eu só tomei um suco, tomei banho troquei de roupa e fui para o Buffet, precisava me certificar que nada desse errado na festa de Natal da cidade. Quase no fim da tarde, cheguei em casa morrendo de dor de cabeça, deitei na cama e logo acabei dormindo, em seguida imagens do meu pai na oficina analisando as imagens holográficas do local da explosão que deixou o Happy a beira da morte surgiram. Depois uma mulher bateu a porta da mansão, ela entrou e logo eles começaram a conversar, a Pepper apareceu na sala, meu pai e a Pepper começaram a discutir feio. Senti todo o estresse e medo do meu pai, até que a mulher interrompeu a conversa, eles olharam na direção da janela e um míssil atingiu a mansão.

Meu pai fez a Mark 42 para que a Pepper fosse protegida, depois a Pepper usando a armadura protegeu meu pai dos escombros. Meu pai mandou a Pepper tirar a mulher de lá e ela o fez. Quando a Pepper saiu da mansão, meu pai chamou a armadura de volta. Os helicópteros começaram a atirar contra o meu pai, o protótipo da armadura sem poder de vôo e ela não estava preparada pra combate. Ele improvisou da melhor forma que pôde, mas não foi o suficiente. Toda a estrutura da mansão cedeu e começou a dispencar no mar, os carros, as armaduras, tudo foi destruído. Quando a mansão cedeu de vez, meu pai foi junto e acabou sendo subterrado pelos destroços no mar. Vi a armadura começar a encher de água e apresentar algumas falhas antes de um grande pedaço da estrutura cair sobre meu pai

— NÃO - acordei gritando com um sobre salto, nesse momento a Natasha e o Steve invadiram meu quarto.

Ela com a arma em mãos e o Steve com o escudo. Eu estava sentada na cama com o coração acelerado, o ar parecia ter abandonado meu corpo, eu estava praticamente sufocando em meio às lágrimas de desespero. Não conseguia pensar direito.

— Susan, o que aconteceu? - Steve perguntou se sentando ao meu lado enquanto a Natasha olhava pela janela procurando algo suspeito - Susan, alguém entrou aqui?

Neguei com a cabeça tentando controlar a minha respiração. Ele me abraçou para que eu me acalmasse, consegui controlar minha respiração, mas não os soluços.

— Su, o que aconteceu? - Natasha perguntou

— A mansão... foi bombardeada - falei entre os soluços - A... estrutura cedeu... meu pai... está preso nos escombros... que estão no mar

— Susan, foi apenas um pesadelo - Steve falou e eu neguei com a cabeça

— Foi real - falei me soltando dele, peguei o controle da TV do quarto e liguei, mostrava o replay das imagens do bombardeio

Eu me encolhi na cama abraçando as minhas pernas e assistir aquelas imagens de novo e de novo, abracei as pernas com mais força, Natasha desligou a TV. Steve parecia não saber o que fazer... eu só chorava.

— Su, tenta dormir um pouco - Steve falou depois do que pareceram horas - Vou trazer algo pra você se acalmar.

Eles saíram e eu fiquei deitada, fechei meus olhos, mas não na intenção de dormir. Eu me concentrei totalmente no meu pai, logo minha mente foi levada até os destroços da mansão que estavam no mar, vi a parte da mão da armadura se soltar segurar a mão do meu pai e puxá-lo dos destroços, vi que o poder de vôo do traje foi restaurado e ele saiu voando rapidamente de lá. Abri meus olhos, me sentindo completamente aliviada, ele está vivo. Consegui parar de chorar, tomei um banho quente, me vesti e sai do quarto indo em direção a cozinha. A Natasha estava ao telefone falando com alguém da SHIELD, Steve estava fazendo um chá, fui até a geladeira e peguei uma garrafa com água. Quando me virei eles estavam me olhando

— O quê? - falei pegando um copo e o enchendo com água.

— Você tá bem? - Steve perguntou incerto.

— Ótima - falei e bebi a água - Como quem tava falando, Nat?

— SHIELD, estava procurando informações sobre o Tony - ela falou me olhando

— E? - falei colocando o copo na pia

— Nada - ela respondeu

— Hmm... - murmurei e a olhei - Se eu fosse você não perderia seu tempo, vai se arrumar e se concentrar na missão

— Como é? - ela falou surpresa com a minha reação.

— Caso tenha esquecido, você tem uma apresentação hoje, o sucesso da sua missão vai depender dessa apresentação - falei dando de ombros - Fizemos um acordo, eu faço você entrar e você mata o Lancaster.

— Susan, se não tiverem sinal do Tony em 20 minutos ele será declarado morto - Natasha falou me olhando

— Não se preocupe, ele está bem. Se concentrar na missão. Isso é pra mim? - olhei pro Steve enquanto apontava a xícara de chá, ele assentiu e eu peguei a xícara - Obrigada.

Fui pro meu quarto tomando o chá, deixando-os para trás, com a confusão estampada nas faces deles, entrei no meu quarto, abri meu closet e comecei a procura um vestido pro evento dessa noite. Minutos depois ouvi batidas na porta do quarto.

— Entre - falei e tomei um gole de chá

— Su, como não tiveram sinal de vida do seu pai, ele foi declarado morto - Steve falou com calma assim que se aproximou - Eu sinto muito.

— Eu não - falei normalmente olhando alguns vestidos

— Como é? - Steve perguntou me olhando

— Meu pai sobreviveu a uma explosão de uma bomba projetada por ele, sobreviveu a 3 meses de tortura no Afeganistão, sobreviveu a uma intoxicação de paladium a nível sanguíneo, ele atravessou um portal pro outro lado do universo com um míssil nas costas e sobreviveu - inumerei e comecei a olhá-lo - Será necessário mais que um ataque a mansão para matar o meu pai.

— Su, eu não... - ele tentou falar, mas interrompi

— Porque ele foi declarado morto? - perguntei depois de colocar o vestido sobre a cama

— Por que não tiveram noticias dele - Steve respondeu

— Encontraram o corpo? - perguntei mesmo sabendo a resposta

— Não - ele respondeu me olhando

— Sem corpo, sem morte - falei normalmente - Não se preocupe, Steve. Meu pai está vivo.

— Momento raro - Steve falou cruzando os braços

— Que momento? - perguntei sentando na cama pra terminar de tomar o chá

— Você chamando o Tony de pai - ele respondeu me olhando - Da pra ver que você gosta dele. Porque o mantém afastado?

— Porque... é complicado - respondi colocando a xícara vazia sobre o criado mudo

— É realmente complicado, ou é você que está complicando as coisas? - ele perguntou, pegou a xícara e se afastou - Vou me arrumar pro evento.

Após falar isso ele saiu do meu quarto.

— Eu acho que um pouco dos dois - murmurei depois que a porta foi fechada, me levantei e fui vestir o vestido vermelho de saia evase, na altura dos joelhos, coloquei meu salto preto, fiz um penteado e uma maquiagem leve.

Quase uma hora depois que o Steve saiu do meu quarto eu desci, ele estava elegante no terno de linho preto, sapatos perfeitamente engraxados

— Nada mal, Rogers - falei pegando minha bolsa

— Posso dizer o mesmo - fiz uma reverência exagerada e ele riu - E a Natasha?

— Um carro da SHIELD veio buscá-la para levá-la ao local do evento - Steve falou me olhando e eu assenti - Vamos?

— Sim. - um funcionário do Buffet estava nos esperando na porta de casa, ele geralmente vinha buscar a tia Sam para os eventos da cidade.

Steve abriu a porta pra mim, entrei sendo acompanhada por ele. Chegamos ao local do evento e a Julia, a mãe da Letícia estava na recepção.

— Foi ela que perdeu a filha - comentei baixo apenas pra Steve escutar e ele ficou tenso, como se estivesse controlando-se para não colocar nada a perder, nos aproximamos dela - Boa noite, D. Julia. Feliz Natal.

— Feliz Natal, Su - ela respondeu sorrindo - Não esperava vê-la aqui.

— Não podia faltar ao principal evento da minha cidade - falei sorrindo, apresentei o Steve a Julia, a conversa fluía facilmente, os convidados começaram a chegar.

Depois de algum tempo vi um carro preto estacionar na porta, do veículo saíram dois homens e um deles era o Robert Lancaster.

— Steve, tira a Julia daqui - falei baixo, ele me olhou de relance e seguiu meu olhar até o Lancaster

— Por favor, a senhora poderia me mostrar as dependências do salão? - Steve falou como se nada tivesse acontecido.

— Não posso sair da... - ela tentou se justificar

— Tudo bem, D. Júlia, eu fico na recepção, ela assentiu

— Por aqui - ela indicou o caminho, mas quando se virava ela viu o Lancaster.

Automaticamente ela ficou pálida encarando o causador da maior dor da vida dela, vi lágrimas se formarem, um brilho de ódio chegar aos olhos dela, ela deu um passo em direção ao Robert.

— Assassino - ela murmurou fechando a mão em punhos

— Steve, tira ela daqui agora - falei como se fosse uma ordem e ele obedeceu

Manipulei a névoa pra que ninguém visse a D. Júlia tentando se soltar do Steve, nem ouvisse as verdades que gritava pro Lancaster. Fingindo que nada havia acontecido sorri para eles. Os recepcionei, acompanhei até a mesa reservada para eles, em frente ao palco.

— O lugar tem uma excelente vista do palco - ele comentou olhando na direção da mesma

— O lugar mais cobiçado do salão - comentei como se não fosse nada e ele sorriu

— Vermont tem as melhores apresentações de natal - ele comentou se sentando

— Devo concordar - falei casualmente - Pelos ensaios que vi eles se superaram este ano, o solo de balé está sem dúvida sensacional

— Estou ansioso - Lancaster falou - Sempre que venho me surpreendo com o nível das apresentações

— Ficando cada vez melhor - falei a frase no duplo sentido, tanto pelas apresentações, quanto pelo interesse dele nelas - Com licença, irei voltar a recepção, mas qualquer coisa, não hesite em me chamar.

Ele assentiu e voltei para recepção, Steve estava lá me esperando.

— Onde está a D. Júlia? - perguntei olhando-o

— Ela acabou desmaiando e pedi para que levassem ao hospital - ele respondeu calmo

— Ótimo, nada pode dar errado hoje - comentei e acabamos olhando na direção do Lancaster, que parecia ansioso para o início das apresentações.


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Notas finais do capítulo

E AÍ GALERA! Estou aqui pra desejar um Feliz natal (super atrasado) e um próspero ano novo.
Que Deus abençoe cada um de vocês grandiosamente, que em 2017 tenha fartura de coisas boas e escassez de coisas ruins.

Mas e aí? O que acharam do capítulo?

Acompanhem, favoritem, recomendem e principalmente comentem.

Não irei garantir mais capítulos essa semana, mas farei o possível para postar, ok?

Nós vemos no Facebook, no WhatsApp, no Wattpad, nos reviews e agora no Social Spirit também.



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