Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo
Notas iniciais do capítulo
Oieeee! Capítulo novinho.
Espero que gostem!
Boa leitura
Algumas horas depois
Acordei sentindo minha cabeça latejar um pouco, meu estômago estava doente de fome, me sentei na cama e vi as minhas roupas lavadas e secas na poltrona. Fui ao banheiro fiz minha higiene e sai, só então eu percebi em cima da penteadeira duas caixas e algumas bolsas de lojas famosas de Londres. Me aproximei e vi uma camisa grossa de gola alta branca, um sobretudo preto, uma leggin azul marinho, uma boina cinza escuro e na caixa botas de montaria de cano longo pretas. Em outra bolsa, tinha uma calça grossa preta, uma blusa coral de manga e cola balsa, e na outra caixa botas de solto 7cm de cor cinza e um cachecol claro.
Vesti a calça grossa, a blusa coral, a bota de salto e coloquei o cachecol, peguei o celular coloquei no bolso e sai do quarto, fui em direção ao elevador, apertei o botão e em pouco tempo ele chegou, as portas se abriram e eu entrei. Quando as portas estavam se fechando ouvi o Nico gritar.
– Segura o elevador - segurei as portas e ele entrou - Obrigado.
– De nada - falei me encostando na parede do elevador.
Ele vestia uma calça jeans grossa, uma camisa de manga, um casaco grosso e tênis.
– Vai sair? - ele perguntou me olhando de cima a baixo
– Não, porque? - perguntei olhando-o
– Está arrumada - ele falou me olhando - Pensei que fosse sair
– Vou no restaurante do hotel, não comi nada - falei e ele assentiu
– Acordei com fome também - ele falou e as portas do elevador se abriram no andar do restaurante e saímos
Sentamos em uma das mesas e pedi um suco e um sanduíche natural. Nico pediu bolo de morango e um copo de suco. Olhei pela janela e observei a destruição das ruas lá fora, senti a névoa mudar. Olhei pro Nico e ele parecia ter sentido isso também.
– O que foi isso? - perguntei curiosa
– Hermes, entregando encomenda do Olimpo para os humanos - ele falou olhando pra janela - Ele mudou a nevoa pra que ninguém nos visse nas imagens
Suspirei aliviada, o nosso pedido chegou e começamos a comer, antes de chegar a metade do meu sanduíche me senti satisfeita, então apenas tomei o suco todo. Senti meu celular vibrar e o peguei no bolso e li a mensagem
– O que foi? - Nico perguntou enquanto terminava de comer
– Vão vim buscar a gente em 20 minutos - falei guardando o celular
– Vamos, pegar nossas coisas então - ele falou e limpou a boca em seguida
Nos levantamos e fomos em direção ao elevador, voltamos para o nosso andar e fomos para os nossos respectivos quartos. Tomei um banho rápido e bem quente, vesti a camisa grossa de gola alta branca, a leggin azul marinho, calcei as botas de montaria de cano, coloquei o sobretudo, soltei meu cabelo e coloquei a boina. Estava terminando de dobrar as peças quando ouço batidas na porta. Uma funcionária do hotel veio me entregar uma mala pra por as roupas.
– Obrigada Pepper - falei colocando a mala na cama
Meu pai não pensaria em tantos detalhes em tão pouco tempo, sei que tem dedo da Pepper nisso. Arrumei a mala e ouvi batidas um pouco mais fortes na porta.
– Pode entrar - falei fechando a mala.
– Já está pronta? - Nico perguntou entrando no quarto
– Já - falei tirando a mala da cama
Ele estava usando calça jeans preta, botas, camisa de lã cinza escuro, casaco grosso e touca. E uma mochila de viagem.
– Bem que poderiam ter me dado uma mochila - falei olhando-o
– Uma mochila não combinaria com seu visual - ele falou dando de ombros o meu celular tocou indicando uma nova mensagem
– Já estão esperando a gente - falei e ele assentiu
Pegamos nossas coisas e saímos. Passamos na recepção apenas para deixar as chaves, fomos para a porta do hotel e o Happy nos esperava próximo ao carro.
– O Stark sempre usa você ou apenas nos finais de semana? - perguntei olhando-o
– Sou segurança da Pepper normalmente, mas sou o motorista em ocasiões especiais - Happy respondeu abrindo a porta do carro e entramos
Happy perguntou nossas bagagens e colocou na mala em seguida entrou no carro.
– Como você veio parar aqui? - ele perguntou me olhando pelo retrovisor
– Não sei. Estávamos nos estacionamento do hospital e no segundo seguinte estávamos aqui - falei fingindo não saber
Ele assentiu e continuou o percurso até o aeroporto, chegando lá, Happy disse que cuidaria do despache das bagagens e que deveríamos seguir pra o portão de embarque, quando chegamos os seguranças pediram nossos documentos, mas antes que eu falasse alguma coisa, ouvi a voz do meu pai.
– Tudo bem, estava justamente esperando por eles - ele falou e o segurança assentiu permitindo a nossa passagem
– Foi fácil - Nico comentou
– Os benefícios de ter o sobrenome Stark - meu pai falou - Como foi o passeio?
– Cansativo - resumi em uma palavra
– Você veio pra Inglaterra por um portal. A viagem durou alguns segundos - meu pai falou - Como pode estar cansada?
– Você deve ter visto o caos que ficou a cidade, tinha muitas pessoas expostas ali - falei já entrando no avião - Todas correndo a procura de abrigo
– Você ficou o tempo todo na rua? - ele falou assustado
– Onde queria que eu estivesse? Portais pra todos os lados, nenhum lugar era seguro por muito tempo - falei me sentando
– Você é louca? Poderia ter se machucado - ele falou praticamente gritando - Você poderia ter morrido.
– Primeiro: para de gritar porque não sou surda. Segundo: você falar isso agora não vai adiantar nada, a guerra já acabou, estamos seguros - falei normalmente
– Você não mede a consequência das coisas que faz? - ele perguntou me olhando e eu ri em ironia
– Você mede? - rebati a pergunta
Ele se afasta e vai sentar no assento mais distante de mim. O Happy chegou e viu o clima que estava o avião, mas não comentou nada. Assim que ele sentou o avião levantou vôo e começamos a voltar pra Malibu. Depois de alguns minutos de vôo comecei a me sentir cansada, as roupas estavam me deixando sufocada. Não posso ter uma crise agora e comecei a tirar o sobretudo.
– Happy - falei olhando na direção dele - Onde você colocou a minha mala? Tô precisando dela agora.
– Vou pegar. - ele se levantou e logo voltou com a minha mala
Abri e tirei a roupa que eu usava quando fui ao médico. Uma calça jeans azul clara, uma blusa branca e sapatilhas. Fui ao banheiro e troquei de roupa rapidamente, voltei para a minha poltrona e me sentei olhando a janela, não sei quanto tempo se passou até que eu adormeci novamente.
Horas Depois
Senti alguém me cutucar e eu abri os olhos lentamente e vi o Nico.
– Chegamos - ele falou e eu assenti sentindo meu pescoço doer em seguida
– Obrigada! - falei me sentando corretamente, me levantei e meu celular tocou e olhei o visor que indicava uma nova mensagem da Tia Marta e abri
" Consegui adiantar o processo de análise e já tenho os resultados dos seus exames, quando puder venha pegar."
Li e olhei em volta, só estávamos eu e o Nico.
– Onde estão os outros? - perguntei olhando-o
– Happy foi buscar o carro e seu pai saiu em seguida - ele respondeu e eu assenti - Vou precisar ir ajudar o meu pai.
– Tudo bem. Obrigada por ter passado os últimos dias aqui - falei pra tranquiliza-lo
– Vou voltar assim que der - ele falou me olhando
– Tá! Agora vamos, porque tenho que passar em um lugar - falei e saímos do avião
– Onde? - ele perguntou me acompanhando
– No hospital - falei simplesmente
– Vai buscar o carro - ele deduziu e isso não era totalmente mentira. É apenas uma das coisas que vou fazer
– É - ele me acompanhou até o carro. Happy pegou a mala e guardou eu entrei e me sentei no banco traseiro
Ficamos em silêncio por alguns minutos desde que saímos do aeroporto.
– Happy, para no hospital antes de ir pra mansão - pedi olhando-o
– Você tá sentindo alguma coisa? - era a primeira vez que ele falava comigo desde a troca de farpas no avião
– Não - respondi mexendo no celular
– Então o que vai fazer lá? - ele perguntou curioso
– Ver a Doutora Schuster - respondi e mandei uma mensagem para Talita avisando que amanhã iria trabalhar com eles.
– Sua médica? - ele está realmente curioso
– Também. Mas ela é a mãe do Jhon. - respondi tranquila, não estou com cabeça pra brigas - Ela é praticamente uma tia. Quero visitá-la enquanto ainda está na cidade.
– Entendi - ele ficou em silêncio
Happy seguiu o caminho até hospital e parou na entrada.
– Não demora, a Pepper tá esperando a gente pra jantar - ele falou e eu assenti, abri a porta e sai. Dei alguns passos até que ouvi - Susan?
Me virei pra olhá-lo
– Tenta não parar em outro continente dessa vez - ele falou e não consegui evitar uma breve risada. Ele sorriu e foram embora.
Entrei no hospital e falei com a recepcionista que me mandou diretamente para o consultório da tia Marta. Quando entrei vi ela em pé olhando pela janela e observei Jhon lendo alguns papeis que deduzir serem meus exames.
– Pelo visto as notícias não são das melhores - falei e eles desviaram a atenção do que faziam e olharam pra mim - O que descobriram?
– Sente-se - ela falou e sentou na cadeira atrás da mesa e sentei na cadeira ao lado do Jhon
Jhon entregou os exames para a mãe e ela suspirou pesadamente
– Su, quando você veio e falou da sudorese noturna, eu estranhei e... - ela começou a se explicar, mas interrompi
– Tia Marta, sem rodeios - falei e ela me olhou - Me diz logo o resultado
– Está bem. Você não tem mais Leucemia Promielocítica Aguda - ela falou e eu fiquei confusa - Seu estado clínico se agravou pra Leucemia Linfócita Aguda. Su, eu sugiro que inicie o tratamento imediatamente.
– Qual a diferença entre elas? - perguntei assimilando o que ela havia dito.
– A LLA é pior. Mais efeitos colaterais - ela falou - A medida que ela avança mais fortes os sintomas.
– Su... - Jhon tentou falar comigo, mas estava focada em outra coisa.
– Quanto tempo eu tenho? - perguntei olhando-a
– Sem o tratamento adequado 14 meses - ela responde e sinto pesar em sua voz - Com tratamento um ano e meio, talvez até dois.
– Então não tem cura - falei olhando-a
– Tem chances de cura, mas são muito baixas - ela abaixou o olhar
– Mãe, quando ela começará o tratamento? - Jhon perguntou
– Não vou fazer tratamento nenhum - falei sem olhá-los
– Como é? - Jhon perguntou revoltado
– Se eu não fizer o tratamento morrerei antes dos 18 - falei e ele se levantou passando as mãos pelo cabelo de forma nervosa
– Eu não tô acreditando no que eu tô ouvindo - Jhon falou com ironia - Me diz porque você quer morrer?
– Pra quê adiar o inevitável? - rebati e ele explodiu
– PORQUE ADIANTAR O NOSSO SOFRIMENTO? - ele gritou e vi que ele começou a chorar
– Jhon... eu tentei falar, mas comecei a chorar também
– Não faz isso, Su. Pensa no Nico, pensa no seu pai, pensa em mim - ele tava praticamente suplicando
– Isso não tem só a ver com a gente, Jhon - falei e senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto - Há coisas maiores envolvidas.
– O que quer dizer? - ele perguntou intrigado
– A profecia. Se eu morrer antes dos 18 anos a profecia não se cumprirá - falei olhando-o - Eu não quero ficar com o peso de tomar uma decisão tão importante Jhon.
– Mas e quanto a gente? - ele perguntou chorando, me levantei e o abracei. Ele me abraçou de volta e chorou com mais força a ponto de soluçar
– Vai ficar tudo bem, Jhon - falei tentando acalmá-lo
– Eu não quero te perder - ele falou em meio ao choro
– Fica calmo - pedi e ouvi o barulho da porta se fechando - Vamos aproveitar ao máximo esses meses que ainda temos. Ok?
Ele não falou, apenas assentiu. Ficamos abraçados até ele se acalmar um pouco e parar de chorar.
– Eu preciso ir, estão me esperando pra jantar - falei quando desfizemos o abraço - Vou manter contato.
– Tá - ele falou secando o rosto - Vou tentar te ver com mais frequência.
– Vai ser mais fácil, afinal estarei praticamente todos os dias em Nova York - falei e ele assentiu - Se cuida.
– Isso era o que você deveria fazer - ele diz e eu dei um pequeno sorriso
– Eu sei. - dei um beijo na bochecha dele e outro abraço - Te amo.
– Eu também te amo - ele falou, desfizemos o abraço e fui embora.
Peguei meu carro e dirigi um pouco, parei no meio fio e chorei, deixei toda a tristeza, todo remorso, tudo se transformarem em lágrimas. Depois que eu me senti mais leve, voltei a dirigir pra mansão. Chegando lá, estacionei, sai do carro e entrei em casa.
Dei alguns passos e antes que eu pudesse falar alguma coisa, senti uma pessoa me abraçando. Quando olhei vi os cabelos claros da Pepper.
Você está bem, querida? Seu pai me falou o que aconteceu. - ela falou rápido assim que desfizemos o abraço - Se machucou? Tá sentindo alguma coisa?
– Pepper, se acalme. Eu estou bem, só cansada da viagem - faleinormalmente - Não se preocupe, ok?
– Está bem. - ela falou sorrindo - Vai descansar. Te chamo quando o jantar for servido.
– Estou sem apetite - falei olhando-a - Quero dormir, amanhã vou levantar cedo.
– Está bem. - ela falou e eu fui em direção à escada.
Subi, cheguei no topo e segui meu caminho pelo corredor. Estava tão distraída em meus pensamentos, que nem prestei atenção e acabei me batendo com meu pai.
– Desculpe - falei e vi a expressão confusa do meu pai
– Você está bem? - ele perguntou confuso
– Estou, é só... Dor de cabeça - falei me aproximando da porta do meu quarto
– Já tomou alguma coisa? - ele perguntou me olhando e eu assenti
– Se precisar de alguma coisa, peça pro Jarvis me chamar. - ele falou e eu assenti
– Está bem - entrei no quarto, tranquei a porta e fui pra cama.
Abracei meu travesseiro e comecei a pensar nas coisas que fiz e que quero fazer no pouco tempo que me resta. Antes que eu desse conta eu já havia dormido.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? Gostaram?
Acompanhem, favoritem, recomendem e principalmente comentem.
Nos vemos nos reviews! ^^