Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 15
Voltando Para Malibu


Notas iniciais do capítulo

Oieeee! Capítulo novinho.

Espero que gostem!

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694865/chapter/15

Algumas horas depois

Acordei sentindo minha cabeça latejar um pouco, meu estômago estava doente de fome, me sentei na cama e vi as minhas roupas lavadas e secas na poltrona. Fui ao banheiro fiz minha higiene e sai, só então eu percebi em cima da penteadeira duas caixas e algumas bolsas de lojas famosas de Londres. Me aproximei e vi uma camisa grossa de gola alta branca, um sobretudo preto, uma leggin azul marinho, uma boina cinza escuro e na caixa botas de montaria de cano longo pretas. Em outra bolsa, tinha uma calça grossa preta, uma blusa coral de manga e cola balsa, e na outra caixa botas de solto 7cm de cor cinza e um cachecol claro.

Vesti a calça grossa, a blusa coral, a bota de salto e coloquei o cachecol, peguei o celular coloquei no bolso e sai do quarto, fui em direção ao elevador, apertei o botão e em pouco tempo ele chegou, as portas se abriram e eu entrei. Quando as portas estavam se fechando ouvi o Nico gritar.

– Segura o elevador - segurei as portas e ele entrou - Obrigado.

– De nada - falei me encostando na parede do elevador.

Ele vestia uma calça jeans grossa, uma camisa de manga, um casaco grosso e tênis.

– Vai sair? - ele perguntou me olhando de cima a baixo

– Não, porque? - perguntei olhando-o

– Está arrumada - ele falou me olhando - Pensei que fosse sair

– Vou no restaurante do hotel, não comi nada - falei e ele assentiu

– Acordei com fome também - ele falou e as portas do elevador se abriram no andar do restaurante e saímos

Sentamos em uma das mesas e pedi um suco e um sanduíche natural. Nico pediu bolo de morango e um copo de suco. Olhei pela janela e observei a destruição das ruas lá fora, senti a névoa mudar. Olhei pro Nico e ele parecia ter sentido isso também.

– O que foi isso? - perguntei curiosa

– Hermes, entregando encomenda do Olimpo para os humanos - ele falou olhando pra janela - Ele mudou a nevoa pra que ninguém nos visse nas imagens

Suspirei aliviada, o nosso pedido chegou e começamos a comer, antes de chegar a metade do meu sanduíche me senti satisfeita, então apenas tomei o suco todo. Senti meu celular vibrar e o peguei no bolso e li a mensagem

– O que foi? - Nico perguntou enquanto terminava de comer

– Vão vim buscar a gente em 20 minutos - falei guardando o celular

– Vamos, pegar nossas coisas então - ele falou e limpou a boca em seguida

Nos levantamos e fomos em direção ao elevador, voltamos para o nosso andar e fomos para os nossos respectivos quartos. Tomei um banho rápido e bem quente, vesti a camisa grossa de gola alta branca, a leggin azul marinho, calcei as botas de montaria de cano, coloquei o sobretudo, soltei meu cabelo e coloquei a boina. Estava terminando de dobrar as peças quando ouço batidas na porta. Uma funcionária do hotel veio me entregar uma mala pra por as roupas.

– Obrigada Pepper - falei colocando a mala na cama

Meu pai não pensaria em tantos detalhes em tão pouco tempo, sei que tem dedo da Pepper nisso. Arrumei a mala e ouvi batidas um pouco mais fortes na porta.

– Pode entrar - falei fechando a mala.

– Já está pronta? - Nico perguntou entrando no quarto

– Já - falei tirando a mala da cama

Ele estava usando calça jeans preta, botas, camisa de lã cinza escuro, casaco grosso e touca. E uma mochila de viagem.

– Bem que poderiam ter me dado uma mochila - falei olhando-o

– Uma mochila não combinaria com seu visual - ele falou dando de ombros o meu celular tocou indicando uma nova mensagem

– Já estão esperando a gente - falei e ele assentiu

Pegamos nossas coisas e saímos. Passamos na recepção apenas para deixar as chaves, fomos para a porta do hotel e o Happy nos esperava próximo ao carro.

– O Stark sempre usa você ou apenas nos finais de semana? - perguntei olhando-o

– Sou segurança da Pepper normalmente, mas sou o motorista em ocasiões especiais - Happy respondeu abrindo a porta do carro e entramos

Happy perguntou nossas bagagens e colocou na mala em seguida entrou no carro.

– Como você veio parar aqui? - ele perguntou me olhando pelo retrovisor

– Não sei. Estávamos nos estacionamento do hospital e no segundo seguinte estávamos aqui - falei fingindo não saber

Ele assentiu e continuou o percurso até o aeroporto, chegando lá, Happy disse que cuidaria do despache das bagagens e que deveríamos seguir pra o portão de embarque, quando chegamos os seguranças pediram nossos documentos, mas antes que eu falasse alguma coisa, ouvi a voz do meu pai.

– Tudo bem, estava justamente esperando por eles - ele falou e o segurança assentiu permitindo a nossa passagem

– Foi fácil - Nico comentou

– Os benefícios de ter o sobrenome Stark - meu pai falou - Como foi o passeio?

– Cansativo - resumi em uma palavra

– Você veio pra Inglaterra por um portal. A viagem durou alguns segundos - meu pai falou - Como pode estar cansada?

– Você deve ter visto o caos que ficou a cidade, tinha muitas pessoas expostas ali - falei já entrando no avião - Todas correndo a procura de abrigo

– Você ficou o tempo todo na rua? - ele falou assustado

– Onde queria que eu estivesse? Portais pra todos os lados, nenhum lugar era seguro por muito tempo - falei me sentando

– Você é louca? Poderia ter se machucado - ele falou praticamente gritando - Você poderia ter morrido.

– Primeiro: para de gritar porque não sou surda. Segundo: você falar isso agora não vai adiantar nada, a guerra já acabou, estamos seguros - falei normalmente

– Você não mede a consequência das coisas que faz? - ele perguntou me olhando e eu ri em ironia

– Você mede? - rebati a pergunta

Ele se afasta e vai sentar no assento mais distante de mim. O Happy chegou e viu o clima que estava o avião, mas não comentou nada. Assim que ele sentou o avião levantou vôo e começamos a voltar pra Malibu. Depois de alguns minutos de vôo comecei a me sentir cansada, as roupas estavam me deixando sufocada. Não posso ter uma crise agora e comecei a tirar o sobretudo.

– Happy - falei olhando na direção dele - Onde você colocou a minha mala? Tô precisando dela agora.

– Vou pegar. - ele se levantou e logo voltou com a minha mala

Abri e tirei a roupa que eu usava quando fui ao médico. Uma calça jeans azul clara, uma blusa branca e sapatilhas. Fui ao banheiro e troquei de roupa rapidamente, voltei para a minha poltrona e me sentei olhando a janela, não sei quanto tempo se passou até que eu adormeci novamente.

Horas Depois

Senti alguém me cutucar e eu abri os olhos lentamente e vi o Nico.

– Chegamos - ele falou e eu assenti sentindo meu pescoço doer em seguida

– Obrigada! - falei me sentando corretamente, me levantei e meu celular tocou e olhei o visor que indicava uma nova mensagem da Tia Marta e abri

" Consegui adiantar o processo de análise e já tenho os resultados dos seus exames, quando puder venha pegar."

Li e olhei em volta, só estávamos eu e o Nico.

– Onde estão os outros? - perguntei olhando-o

– Happy foi buscar o carro e seu pai saiu em seguida - ele respondeu e eu assenti - Vou precisar ir ajudar o meu pai.

– Tudo bem. Obrigada por ter passado os últimos dias aqui - falei pra tranquiliza-lo

– Vou voltar assim que der - ele falou me olhando

– Tá! Agora vamos, porque tenho que passar em um lugar - falei e saímos do avião

– Onde? - ele perguntou me acompanhando

– No hospital - falei simplesmente

– Vai buscar o carro - ele deduziu e isso não era totalmente mentira. É apenas uma das coisas que vou fazer

– É - ele me acompanhou até o carro. Happy pegou a mala e guardou eu entrei e me sentei no banco traseiro

Ficamos em silêncio por alguns minutos desde que saímos do aeroporto.

– Happy, para no hospital antes de ir pra mansão - pedi olhando-o

– Você tá sentindo alguma coisa? - era a primeira vez que ele falava comigo desde a troca de farpas no avião

– Não - respondi mexendo no celular

– Então o que vai fazer lá? - ele perguntou curioso

– Ver a Doutora Schuster - respondi e mandei uma mensagem para Talita avisando que amanhã iria trabalhar com eles.

– Sua médica? - ele está realmente curioso

– Também. Mas ela é a mãe do Jhon. - respondi tranquila, não estou com cabeça pra brigas - Ela é praticamente uma tia. Quero visitá-la enquanto ainda está na cidade.

– Entendi - ele ficou em silêncio

Happy seguiu o caminho até hospital e parou na entrada.

– Não demora, a Pepper tá esperando a gente pra jantar - ele falou e eu assenti, abri a porta e sai. Dei alguns passos até que ouvi - Susan?

Me virei pra olhá-lo

– Tenta não parar em outro continente dessa vez - ele falou e não consegui evitar uma breve risada. Ele sorriu e foram embora.

Entrei no hospital e falei com a recepcionista que me mandou diretamente para o consultório da tia Marta. Quando entrei vi ela em pé olhando pela janela e observei Jhon lendo alguns papeis que deduzir serem meus exames.

– Pelo visto as notícias não são das melhores - falei e eles desviaram a atenção do que faziam e olharam pra mim - O que descobriram?

– Sente-se - ela falou e sentou na cadeira atrás da mesa e sentei na cadeira ao lado do Jhon

Jhon entregou os exames para a mãe e ela suspirou pesadamente

– Su, quando você veio e falou da sudorese noturna, eu estranhei e... - ela começou a se explicar, mas interrompi

– Tia Marta, sem rodeios - falei e ela me olhou - Me diz logo o resultado

– Está bem. Você não tem mais Leucemia Promielocítica Aguda - ela falou e eu fiquei confusa - Seu estado clínico se agravou pra Leucemia Linfócita Aguda. Su, eu sugiro que inicie o tratamento imediatamente.

– Qual a diferença entre elas? - perguntei assimilando o que ela havia dito.

– A LLA é pior. Mais efeitos colaterais - ela falou - A medida que ela avança mais fortes os sintomas.

– Su... - Jhon tentou falar comigo, mas estava focada em outra coisa.

– Quanto tempo eu tenho? - perguntei olhando-a

– Sem o tratamento adequado 14 meses - ela responde e sinto pesar em sua voz - Com tratamento um ano e meio, talvez até dois.

– Então não tem cura - falei olhando-a

– Tem chances de cura, mas são muito baixas - ela abaixou o olhar

– Mãe, quando ela começará o tratamento? - Jhon perguntou

– Não vou fazer tratamento nenhum - falei sem olhá-los

– Como é? - Jhon perguntou revoltado

– Se eu não fizer o tratamento morrerei antes dos 18 - falei e ele se levantou passando as mãos pelo cabelo de forma nervosa

– Eu não tô acreditando no que eu tô ouvindo - Jhon falou com ironia - Me diz porque você quer morrer?

– Pra quê adiar o inevitável? - rebati e ele explodiu

– PORQUE ADIANTAR O NOSSO SOFRIMENTO? - ele gritou e vi que ele começou a chorar

– Jhon... eu tentei falar, mas comecei a chorar também

– Não faz isso, Su. Pensa no Nico, pensa no seu pai, pensa em mim - ele tava praticamente suplicando

– Isso não tem só a ver com a gente, Jhon - falei e senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto - Há coisas maiores envolvidas.

– O que quer dizer? - ele perguntou intrigado

– A profecia. Se eu morrer antes dos 18 anos a profecia não se cumprirá - falei olhando-o - Eu não quero ficar com o peso de tomar uma decisão tão importante Jhon.

– Mas e quanto a gente? - ele perguntou chorando, me levantei e o abracei. Ele me abraçou de volta e chorou com mais força a ponto de soluçar

– Vai ficar tudo bem, Jhon - falei tentando acalmá-lo

– Eu não quero te perder - ele falou em meio ao choro

– Fica calmo - pedi e ouvi o barulho da porta se fechando - Vamos aproveitar ao máximo esses meses que ainda temos. Ok?

Ele não falou, apenas assentiu. Ficamos abraçados até ele se acalmar um pouco e parar de chorar.

– Eu preciso ir, estão me esperando pra jantar - falei quando desfizemos o abraço - Vou manter contato.

– Tá - ele falou secando o rosto - Vou tentar te ver com mais frequência.

– Vai ser mais fácil, afinal estarei praticamente todos os dias em Nova York - falei e ele assentiu - Se cuida.

– Isso era o que você deveria fazer - ele diz e eu dei um pequeno sorriso

– Eu sei. - dei um beijo na bochecha dele e outro abraço - Te amo.

– Eu também te amo - ele falou, desfizemos o abraço e fui embora.

Peguei meu carro e dirigi um pouco, parei no meio fio e chorei, deixei toda a tristeza, todo remorso, tudo se transformarem em lágrimas. Depois que eu me senti mais leve, voltei a dirigir pra mansão. Chegando lá, estacionei, sai do carro e entrei em casa.

Dei alguns passos e antes que eu pudesse falar alguma coisa, senti uma pessoa me abraçando. Quando olhei vi os cabelos claros da Pepper.

Você está bem, querida? Seu pai me falou o que aconteceu. - ela falou rápido assim que desfizemos o abraço - Se machucou? Tá sentindo alguma coisa?

– Pepper, se acalme. Eu estou bem, só cansada da viagem - faleinormalmente - Não se preocupe, ok?

– Está bem. - ela falou sorrindo - Vai descansar. Te chamo quando o jantar for servido.

– Estou sem apetite - falei olhando-a - Quero dormir, amanhã vou levantar cedo.

– Está bem. - ela falou e eu fui em direção à escada.

Subi, cheguei no topo e segui meu caminho pelo corredor. Estava tão distraída em meus pensamentos, que nem prestei atenção e acabei me batendo com meu pai.

– Desculpe - falei e vi a expressão confusa do meu pai

– Você está bem? - ele perguntou confuso

– Estou, é só... Dor de cabeça - falei me aproximando da porta do meu quarto

– Já tomou alguma coisa? - ele perguntou me olhando e eu assenti

– Se precisar de alguma coisa, peça pro Jarvis me chamar. - ele falou e eu assenti

– Está bem - entrei no quarto, tranquei a porta e fui pra cama.

Abracei meu travesseiro e comecei a pensar nas coisas que fiz e que quero fazer no pouco tempo que me resta. Antes que eu desse conta eu já havia dormido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?

Acompanhem, favoritem, recomendem e principalmente comentem.

Nos vemos nos reviews! ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.