Alguns anos depois...

— Então, amanhã é o casamento? – Yuka, uma das companheiras de residencia de Sakura, perguntou ao ver a garota se aproximar do balcão de informações.

— Sim, já até mandei a mensagem para a coordenadora confirmando que não venho amanhã. – Sakura respondeu entregando as fichas dos pacientes que ela estava encarregada para a atendente. – Vou dormir bastante porque logo cego eu e as outras meninas vamos para o salão para uma sessão de tortura.

Yuka riu entregando algumas fichas e pegando outras.

— Seu cabelo vai agradecer, se passasse mais uma semana sem fazer nada nele a moça da limpeza ia confudir ele com a bucha de esfregar a privada. – brincou.

— Yuka, me faz um favor? – Sakura perguntou de repente, bem séria. – Você pode, por favor, ir se foder?

A residente forçou um sorriso e revirou os olhos.

— Se você não trouxer nenhum docinho na segunda, vou colocar seu no quadro nos piores casos, está me ouvindo? – ameaçou ajeitando as fichas nos braços. – Ruins do tipo criança parecendo a menina do exorcista girando a cabeça enquanto vomita.

— Você não faria isso comigo. – Sakura sorriu se fingindo de fofa.

— Vaza daqui, mulher. – Yuka pediu revirando os olhos.

 Sakura riu antes de se despedir rapidamente das enfermeiras que estavam no balcão e ir até vestiário se trocar e pegar suas coisas.

Sakura mal podia acreditar que Temari e Shikamaru iriam se casar no dia seguinte, eles eram os primeiros dos amigos do colegial que iria casar, aquilo era muito estranho, sem brincadeira.

Não que eles não fossem um casal que combinasse, Sakura não podia pensar em um casal que se encaixasse tanto. Temari era agitada, determinada, sempre com uma resposta afiada na lingua enquanto Shikamaru era mais reservado, mais “na dele”, muito inteligente, mas tambem muito preguiçoso, mas só quando Temari não estava perto

Um equilibrava o outro, fora que era muito divertido ver os dois conversando, ou melhor, ver a Temari pegando no pé dele.

Mesmo assim, era dificil acreditar que Shikamaru, uma das pessoas que ela cresceu junto e Temari, sua ex-não cunhada irmã do Gaara que achava que eles iam se pegar, iam se casar.

Virar adulta era estranho demais.

Sakura gemeu desgostosa ao entrar em seu apartamento e ver que tinha deixado a janela aberta e tinha chovido.

— Maravilha. – tirou seus sapatos e colocou sua surippas, indo até a area de serviço pegar um pano para limpar a poça de agua.

Desde que tinha se mudado para Osaka para cursar a faculdade, ela morou em alguns lugares antes do atual, que ela realmente gostava e planejava ficar pelo menos até o final da faculdade.

De começo, ela viveu em uma republica dividindo o imovel com mais 6 meninas, nenhum espaço pessoal e um banheiro compartilhado. Nas primeiras semanas ela até não tinha do que reclamar, mas depois de meses já estava pronta para matar a proxima que ousasse pegar seu iogurte sem pedir. O estopim para ela sair da casa foi quando uma cleptomaniaca mudou pra lá e começou a pegar as coisas.

Com ajuda de Sasuke, que já tinha dado indiretas para ela se mudar para terem mais intimidade porque não era uma situação nada agradável vir ficar com sua namorada e ter mais seis garotas o encarando o tempo inteiro, ela se mudou para um apartamento pequeno que conseguia pagar o aluguel com o dinheiro que os pais mandavam.

Depois de um tempo, ela mudou novamente para um apartamento um pouco maior, aquele que morava no momento, e que ela dividia com Sasuke.

As coisas com Sasuke não aconteceram da forma que ela pensou, por incrivel que parecesse, foram melhores.

A distancia foi complicada, sem sombra de dúvidas, os momentos de crises também vieram como se era de esperar, afinal com ele em Tóquio cursando relações internacionais e ela em Osaka ficava muito dificil de manter a relação acesa, fora o ciúmes que vieram junto com a vida academica de festas, pessoas novas,  lugares novos, horarios diferentes... Mas eles conseguiram.

Por o curso ser mais curto, Sasuke terminou antes e, contrariando o que ele pensava no ensino médio, não assumiu a empresa da família. Terminada a faculdade, ele foi para Osaka e depois de refletir muito sobre sua situação, decidiu ir atrás do irmão pedir sua parte da herança e usar como investimento para abrir sua própria empresa.

Segundo ele, a empresa da família tinha sido manchada pela corrupção, envolvida em inumeros escandalos na imprensa, fora que boa parte já tinha sido vendida. Da empresa original que sua familia se dedicou tanto, já não existia quase nada.

Foi uma conversa bem séria, pelo o que ele disse para a Sakura, e Itachi não pareceu ter saído muito feliz, mas Sasuke não voltou atrás.

Alguns dias depois, Itachi surgiu no apartamento deles em Osaka trazendo os documentos confirmando que tinha feito a transferencia da parte dele da herança, Itachi disse que – como empresário e parte da mesa da direção da empresa – não poderia ajudá-lo com contratos, entre outras coisas por agora serem concorrentes, mas que como irmão Sasuke sempre poderia contar com ele e que ele estava muito orgulhoso da posição firme que ele teve.

Foi quase  como se um peso enorme saisse dos ombros do Sasuke.

Para fazer a empresa crescer, Sasuke passava boa parte da semana viajando, mas sempre reservando os finais de semana para ficar com ela em Osaka. Coisa que Sakura até gostava porque assim ela conseguia se focar totalmente nos estudos durante a semana, não que Sasuke a atrapalhasse, mas ficava dificil se concentrar com ele por perto.

O dia já tinha amanhecido e Sakura estava cozinha de pijamas, colocando seu café quando ouviu a porta da sala abrir.

— Tadaima. – Sasuke se anunciou 

— Okaeri. – Sakura o cumprimentou de volta, girou seu corpo apoiando seu quadril na pia.

Ela esperou Sasuke colocar suas surripas e vir em sua direção, quando ele estava perto o suficiente ela inclinou a cabeça um pouco pra baixo recebendo um beijo na testa.

— Achei que já estaria no cabeleireiro. – Sasuke comentou afagando a bochecha da namorada.

— Só mais tarde. – ela inclinou o rosto contra a mão dele.

Um dos cantos da boca dele se curvou pra cima e ele deu um beijo rápido nos lábios dela.

— Pelo menos terei algum tempo para te aproveitar antes de você ser sequestrada pela Temari.

Sakura quase revirou os olhos, mas se limitou em rir.

Temari tinha a chamado para ser sua madrinha de casamento e isso queria dizer que as folgas que ela tinha eram usadas para os preparativos do casamento que seria realizado em uma cidade proxima a Osaka em um hotel que o salão de festas tinha uma abertura para um jardim incrível onde seria realizada a cerimonia.

— Não seja tão assim, ela precisava de ajuda e se você visse a tortura que foi pra ela ter que ficar experimentando todos aqueles vestidos e aturando aquelas vendedoras. – Sakura riu relembrando de como as visitas as lojas de vestidos tinham sido. – Sério, se tivesse mais uma prova de vestido eu acho que a Temari iria enforcar alguem com uma fita métrica.

Sasuke tombou a cabeça para os lados.

— É uma coisa que eu consigo imaginar ela fazendo. – ele comentou descendo as mãos do rosto, pegando suas mãos.

— Comeu alguma coisa enquanto vinha pra cá? Acho que ainda tem um pouco de café. – Sakura perguntou se soltando das mãos dele, girando seu corpo para ver se ainda tinha café o suficiente na cafeteira.  

— Comi um sanduiche no aeroporto. – a abraçou por trás.

Sakura tirou a atenção da cafeteira, passando as mãos pelos antebraços que abraçavam sua cintura.

— Graças a Kami, porque eu to morta de sono. – inclinou sua cabeça para trás, a deitando sobre o ombro dele.

Com inocência, ela depositou um beijo rápido no pescoço dele abrindo um sorriso ao vê-lo se arrepiar.

Sasuke colou mais o corpo dos dois, a encurralando contra a pia. Suas mãos foram para a cintura dela, apertando o local antes de girá-la. Sakura subiu os braços, circulando seu pescoço fazendo um carinho timido na nuca dele.

Eles ficaram algum tempo daquele jeito, em silêncio apenas se olhando nos olhos, se comunicando com olhares.

Sakura não sabia quando exatamente aquilo tinha se tornado uma mania entre eles, mas era algo que ela amava.

Sasuke nunca tinha sido alguem de muitas palavras e continuava sendo, mas tinha mudado bastante no colegial – se ela lembrava bem – ele tinha passado por todas as etapas possíveis.

Indiferente, revoltado, arrumando briga com Gaara, ignorando completamente a Karin, romantico dando a trufa no White Day, solitário sentado no balanço na chuva, febril a beijando de surpresa no quarto...

Ela desceu os olhos pelo rosto do namorado relembrando de como seu ultimo ano tinha sido de altos e baixos, chegando a ter até uma foto fake dela com o Gaara querendo prejudicar o relacionamento dela com o Sasuke.

Sasuke uniu as sobrancelhas e Sakura reconheceu curiosidade na expressão dele.

— Sakura...

— Só estava pensando nos nossos tempos de escola. – respondeu mesmo sem ele ter perguntado.

— Se arrependendo de alguma coisa?

— Algumas. – fez suspense o que faz Sasuke levantar uma sobrancelha. – De não ter dito algumas coisas bem simpáticas para Karin.

Sasuke fechou os olhos deixando uma risada baixa sair, sua cabeça se inclinou para frente.

— Entao acho que ficará muito feliz em saber que ela estará no casamento do Shikamaru.  

Sakura soltou um pequeno ofego, deixando o desanimo claro.

— E eu achando que iria ser uma cerimonia completamente agradavel. – lamentou o que fez Sasuke soltar uma uma risada curta. – Bem, espero que os anos tenham servido para melhorar aquela personalidade.

O pequeno sorriso nos lábios do Uchiha deu lugar a uma expressão preocupada, levou uma das mãos até o rosto da garota com a ponta dos dedo fez o caminho da testa até o queixo pela lateral do rosto dela.

— Não estava pensando só na Karin. – afirmou.

Ela suspirou, passando a mão pelos ombros dele, dando mais a atenção a tarefa do que o necessário.

— Estava pensando em tudo que passamos até aqui. – respondeu terminando de massagear os ombros dele. 

Sasuke espero em silêncio ela continuar, mas Sakura ainda ficou alguns minutos pensativa o olhando, suas mãos acariciavam as bochechas dele.

— Você é feliz, Sasuke? – Ele ergueu ambas sobrancelhas, pego de surpresa pela pergunta incomum ele começou a achar estranho a situação. – Quero dizer, o que a gente tem não é perfeito, mas...

— Sou. – respondeu com sinceridade interrompeu o que ela falava e sua expressão facial vacilou quando continuou. – Por que a pergunta?

— Não sei, estava pensando nisso, nós passamos por tanta coisa... – hesitou no final. – Você se arrepende de alguma coisa?

— Se eu falar “ ter demorado tanto tempo para perceber que gostava de você” vai ser muito clichê?

Sakura não aguentou, soltando uma risada bem alta.

— Sim. – afirmou fazendo uma careta. – Você fez faculdade, querido, acho que consegue elaborar algo melhor que isso. – cobrou batendo de leve no ombro dele.

Sasuke fez sua melhor expressão de derrota e revirou os olhos, demorou ainda  alguns segundos elaborando uma resposta melhor.

— Vou parecer um idiota, mas... – seu olhar perdido em algo sobre o ombro da garota. – Eu não sei se faria algo diferente, quase perdi você, você me tirou da minha zona de conforto e eu realmente precisava passar por tudo aquilo, se não, não  mereceria você. – ele levou uma das mãos até o pescoço dela, fazendo carinho em sua nuca fazendo Sakura abrir um sorriso preguiçoso. – Eu devo muita coisa a você.

Vendo a intensidade com que Sasuke a olhava, a seriedade com tinha dito aquilo... Os ombros dela se retraíram e ela teve certeza que suas bochechas ficaram vermelhas.

Sempre ficava sem graça quando Sasuke falava algo romantico daquele tipo.

Ela se sentia como uma adolescente apaixonada de novo.

— Não é verdade.

 — É sim. – reafirmou beijando entre as sobrancelhas dela, o nariz dela e por fim seus lábios.

O que começou com inocentes selinhos mudou quando Sasuke prendeu a nuca dela, seus dedos se  emaranharam nos fios rosados, os puxando fazendo Sakura inclinar a cabeça para trás soltando um gemido lento, fogoso enquando Sasuke arrastava os lábios até o pescoço dela.

— Sasuke... – suas unhas se cravaram nos ombros dele cobertos pela camisa social.

Em resposta, a mão que ainda estava na cintura dela desceu, segurando na dobra de seu joelho puxando sua perna para cima encaixando seu quadril no dela sentindo seu membro acordar com a proximidade e ele fez questão de mostrar a Sakura que soltou um ofego mais alto ainda ao senti-lo duro, pressionado contra ela.

Hoje em dia eles estavam longe de ser aqueles jovens que tinham acabado de conhecer a vida sexual.

Sasuke sabia muito bem do que gostava e, a parte mais importante, sabia e fazia tudo o que Sakura gostava. Nenhuma imagem ou pintura era mais bonita para ele do que o momento em que Sakura explodia em seu proprio prazer.

Infelizmente, Sakura ouviu seu celular começou a tocar tirando sua atenção.

— Sasuke... – Sakura o chamou, mas seu nome saiu abafado pelos lábios do moreno.  

Sasuke quase grunhiu, sua mão que estava na dobra do joelho dela foi para sua coxa, a apertando com força. Ele pressionou o quadril contra o dela, como uma estocada e – mesmo ainda totalmente vestidos – Sakura prendeu a respiração por um instante ao senti-lo duro.

O celular continuou tocando por um tempo até parar, mas Sasuke comemorou cedo demais pois o telefone de casa começou a tocar.

Quem quer que fosse parecia que não iria desistir tão fácil.

Com seus beijos, Sasuke conseguiu prender Sakura tempo suficiente para a chamada cair na secretária eletronica.

— Sakura? Sakura, você está ai?! – eles ouviram a voz de Temari quase gritar no vivo a voz. – Não acredito que você ainda está dormindo! — Sakura empurrou Sasuke de leve, tentando pensar com clareza. – Não, você não ia dormir até agora. Merda, ele já chegou, né? – Sasuke olhou para o telefone com as sobrancelhas unidas, como se Temari realmente estivesse ali. – Sasuke, guarda esse pinto dentro da calça e devolve minha madrinha! Hoje é o meu dia! — brigou fazendo Sasuke revirar os olhos.

Sakura balançou a cabeça negativamente enquanto ria, ela segurou os braços de Sasuke os puxando para se soltar porém, para contrariá-la, Sasuke fechou mais ainda seus braços ao redor dela. Sua expressão fechada vinha acompanhada de um bico que só o deixava mais fofo ainda.

— Não adianta. – ela desviou o olhar do rosto dele tentando resistir a ele. – Eu tenho que ir. – Sasuke tentou voltar a linha de visão dela, por isso ela esticou o pescoço. – Sasuke! – brigou tentando se manter séria, mas sua tentativa foi para o espaço quando Sasuke aproveitou a brecha e enfiou o rosto na curva do pescoço dela, deslizando os lábios bem lentamente até chegar na clavicula dela, não resistindo, ele mordeu o local sentindo a garota estremecer. – Sasuke! – bateu em seu ombro e depois o empurrou. – Tenho que ir.

Ele não pareceu nada feliz, mas se afastou deixando seus braços cairem.

Sakura deu um sorriso doce e para recompensá-lo, se inclinou na ponta dos pés depositando um beijo calido nos lábios dele antes de sair correndo para não dar tempo de Sasuke a prender mais uma vez.

Ela o ouviu bufar, o que só a fez rir mais ainda. Pegou seu celular vendo a ligação e as inúmeras mensagens tanto de Temari surtando, quanto de outras pessoas que também foram pertubardas por Temari querendo saber dela.

Ela ouviu Sasuke se movimentar pela cozinha, abrindo e fechando a geladeira enquanto ela andava de um lado para o outro lendo o grupo de WhatsApp do hospital e conversando em privado com o pessoal do seu plantão para saber como estavam seus pacientes, só depois disso respondeu as mensagens de Temari dizendo que em dez minutos estaria no salão onde elas teriam um dia de SPA para “ relaxar” antes do casamento.

“Você já tinha que estar aqui.” Foi a resposta de Temari e Sakura rezou para que alguma daquelas massagens funcionassem e Temari não a matasse quando chegasse lá.

Largou o celular e foi para o banheiro um banho rápido.

Ela e Temari iriam ter um dia completo de rainhas no SPA, tudo que uma mulher saída de um plantão 48h iria querer naquele momento.

Ela iria fazer de tudo. Massagem corporal, esfoliação, depilação completa – essa parte ela não estava tão empolgada assim – iria fazer vários tratamentos facias... Elas só não iriam comer muito para deixarem a fome de verdade para o buffet do casamento.

Aquilo tinha sido caro e Temari iria comer tudo que fosse possível e impossível, aquele dinheiro iria valer a pena.

Quando Sakura saiu do banheiro, Sasuke estava sentado com as pernas sobre o sofá e o notebook em cima delas provavelmente trabalhando em algo.

Em sua versão adulta, Sasuke odiava ficar sem fazer nada e isso o fazia se dedicar ainda mais em fazer sua empresa crescer e Sakura tinha certeza de que aquilo ia acontecer. Conhecia Sasuke, acompanhava de perto todo seu empenho e esforço para crescer, admirava sua inteligencia, sua visão de negócios e seu foco...

Ela suspirou admirando a expressão concentrada que ele tinha em seu rosto, aquela expressão sexy mais um terno tinham se tornado a combinação perfeita para fazer seu corpo se arrepiar e seu útero se contrarir.

Sasuke desviou os olhos da tela do computador para ela, provavelmente ele tinha a ouvido suspirar. Sua expressão concentrada foi substituida por uma curiosa e ele fechou o notebook, o colocando de lado e estendeu uma mão para ela. Sakura não perdeu tempo e foi até ele sentando de lado em seu colo.

— Já vai? – Sasuke perguntou depois de selar os lábios nos dela.

Ela assentiu, escorregando suas mãos dos ombros dele até seus cotovelos, sentindo seus musculos por cima da camisa social.

— Nós vemos no casamento? – foi a vez dele assentir, Sakura se aproximou mais uma vez pressionando seus lábios. – Te vejo mais tarde então. – disse se levantando. – E, por favor, não deixe que o Shikamaru durma e se atrase, ok? – pediu ajeitando a bolsa em seu ombro.

Sasuke abriu um pequeno sorriso assentindo, Sakura deixou o apartamento logo em seguida descendo dois lances de escada até chegar no terreo e chamar o Uber para levá-la até o salão que ficava na cidade onde iria ser o casamento.

Não era surpresa nenhuma para ela que Temari iria faltar arrancar o fígado dela quando ela chegasse, mas a atendente que a tinha levado até a sala onde Temari estava ficou asssustada quando a loira começou a brigar com ela.

— Você assustou a atendente. – Sakura comentou voltando do vestiário onde tinha trocado suas roupas por biquini e um roupão, entrando na sala de massagens onde Temari estava deitada toda enrolada e com o rosto coberto por uma mascara dourada.

— Pensasse nisso antes de chegar atrasada. – Temari retrucou balançando a mão, menosprezando o que tinha acontecido.

Sakura riu indo para a maca de massagem onde a massagista já a esperavap para começar.

O silêncio relaxante durou exatos 30 minutos antes de Temari surtar e pegar seu celular para saber como estava a organização do casamento. Depois de algumas massagens e mais tratamentos faciais, elas receberam a visita da assistente da organizadora trazendo os vestidos delas.

— Sua familia disse que vai estar aqui daqui a pouco, seu buque está dentro do carro e sua tiara e joias estão ali. – a assistente disse apontando para caixa de veludo em cima da pentiadeira.

Temari foi até o cabide onde estava seu vestido, abrindo o ziper da capa para ver se estava tudo bem.

— Sakura, eu estou ficando louca ou a cor do meu veu veio da cor errada? – a loira perguntou pálida.

Sakura levantou na mesma hora, correndo indo até ela, abrindo o zíper até o final.

— Não surta, só estava mais escuro porque você não abriu o zíper todo. – Sakura zombou voltando para a penteadeira onde terminava de fazer sua maquiagem.

Como ela queria algo mais leve, Sakura optou por fazer sua própria maquiagem, já Temari tinha contratado um maquiador profissional porque não queria correr riscos no seu grande dia.

— Graças a Kami, porque sinceramente eu não saberia o que fazer se isso tivesse acontecido. – Temari disse aliviada se abanando com medo de ter suado de nervoso e estragado a maquiagem.

Ela retornou para sua cadeira onde o cabeleireiro se aproximou para conferir se algum fio tinha saído do lugar.

— Relaxa, tudo vai dar certo. – Sakura tentou acalmar.

Temari suspirou fechando os olhos, tentando seguir o conselho da amiga, mas foi só ela fechar os olhos para o seu celular começar a tocar.

— Deixa comigo! – Sakura tomou o celular dela, saindo da sala em seguida para atender o telefone.

A conversa com a organizadora durou alguns bons minutos, onde elas tiveram que re-organizar duas meses porque um convidado tinha informado no dia que iria levar a namorada e os dois filhos dela junto.

Ainda bem que Temari não tinha atendido porque se bobeasse ela iria mandar ela enfiar o convidado e os penetras dele em um lugar onde o sol não passava, mas algumas pessoas sentiam muito prazer.

— Ora, ora, se não é nossa medica formada em medicina trabalha na empresa medicina.

Sakura arregalou os olhos reconhecendo a voz, mas só para ter certeza ela se virou abrindo um sorriso gigantesco ao ver um homem de cabelos ruivos – um pouco mais arrumados do que ela se lembrava – alto, os olhos verdes e um pouco mais bronzeado do que ela se lembrava, vestindo um terno preto com gravata roxa.

— Seu desgraçado... – ela soltou rindo, correu até ele e não hesitou em abraçar a cintura dele.

Gaara riu retribuindo o abraço, apertando a garota contra si, beijando o topo da cabeça dela. Eles ficaram naquele abraço apertado por um tempo até lentamente se afastarem o suficiente para conseguirem se olhar.

— Não é que você está até bonitinha? – Gaara comentou a olhando de cima a baixo.

Sakura sorriu agradecendo mentalmente Temari por escolher um vestido bonita para ela. Era um vestido longo roxo, da mesma cor da gravata de Gaara, de frente única e um decote não tão cravado nas costas, descendo em degrade até terminar em  lilás.  

 — Você também não está nada mal. – ela devolveu o elogio ajeitando a gravata dele e em seguida passando a mão pelo terno, o ajeitando.

Ele sorriu de lado, debochado.

— Só o seu cabelo que tá zuado. – Sakura completou fazendo uma careta para o cabelo lambido demais.

Gaara revirou os olhos.

— E eu não sei? – ele passou a mão no cabelo, o penteando, ou melhor, o despenteando para trás. – Ficou melhou?

Sakura colocou a mão no queixo, o segurando, fingindo pensar por alguns segundos antes e levar as mãos até o cabelo dele. Arrumando ele de um jeito que ficasse bom.

— Não tá bom, mas já ta melhor que antes. – debochou fazendo uma careta. – Veio buscar a Temari? Ela ainda não está pronta ainda.

— Eu sei, na verdade eu só vim aqui pra dentro porque não aguentava mais ficar aqui na presença do meu queridissimo pai e o meu irmão.

Sakura balançou a cabeça negativamente.

Mesmo com os anos fora, o relacionamento entre a familia de Gaara não melhorou, mas também não piorou eles fingiam que eram uma familia comum o que era bem fácil quando Gaara passava boa parte do ano fora do país.

Depois de sobreviver alguns meses como barmen, Gaara fez um curso de fotografia e era muito bom naquilo. Em pouco tempo, ele ganhou fama com suas fotografias e na internet a arte dele, que retratava ambientes urbanos, comportamento e coisas do cotidiano que na lente dele ganhavam outras interpretações coisas que passavam batido dos olhares comuns.

Ele tinha achado seu caminho sozinho, mostrando ao mundo a sua visão dele.

— Se quiser entrar pra ver como ela está? – Sakura perguntou.

— E se ela estiver pelada? Não quero ver minha irmã pelada no dia do casamento dela! – Gaara fez uma careta. – Na verdade, eu não quero ver minha irmã pelada nunca.

Sakura revirou os olhos, entrelaçando seu braço no dele, ela o puxou pelo corredor, o levando até a sala onde Temari estava.

— Temari? Vestida? Estamos entrando! – anunciou batendo na porta.

— Por favor, não esteja pelada. – Gaara pediu já entrando com os olhos fechados na sala.

— Sakura, me ajuda com... – Temari se interrompeu ao ver que a madrinha não estava sozinha. – Gaara! Nem sabia que você já tinha chegado! – ela se aproximou do irmão, mas Gaara ergueu ambar as mãos a parando.

— Caramba, Temari... – ele soltou com os olhos arregalados, a olhando cima a baixo. Temari já estava vestida, um lindo vestido de organza branca, com um decote em canoa que deixava seus ombros livres com mangas de renda que cobriam seus braços  e ficavam mais largas perto do pulso. – Finalmente alguem conseguiu pentear aquele teu cabelo.

Na mesma hora o sorriso de Temari morreu e ela olhou feio para o irmão, desistindo de ir abraçá-lo. Sakura não aguentou, rindo da situação.

— Eu daria um soco em você agora, mas um olho roxo vai ficar feio nas fotos do casamento. – Temari disse forcando um sorriso amarelho.

Gaara riu se aproximando da irmã, ele segurou seus ombros, a olhando de perto. Seus olhos verdes pálidos a olhando de cima a baixo, quase marejados.

Sakura observou a cena atentamente, não se lembrava de uma única vez em que viu Gaara com os olhos marejados.

 — Você está linda. – ele disse a irmã.

Temari encolheu os ombros e seu olhar caiu para a gravata de Gaara, suas bochechas ficaram levemente vermelhas pelo elogio.

— Obrigada.

Sakura desviou o olhar, se sentindo mal por ficar encarando uma cena tão intima quanto aquela.

A assistente da organizadora entrou mais uma vez no comodo, sendo pega de surpresa pela presença de Gaara ali, mas Sakura percebeu que ela não se importou afinal, assim que os olhos verdes pálidos de Gaara foram para a assistente, a moça corou gaguejando as primeira palavras.

Ela tinha vindo avisar que a cerimonia já estava para começar e se não saissem naquele momento, eles iriam se atrasar. Como Temari odiava atrasos, expulsou todos do comodo, gritando antes de sair para Sakura pegar seu buquê.

Eles seguiram em dois carros, Gaara junto de Sakura e a noiva e o resto da familia em outro, para o hotel onde seria realizado o casamento.

Temari e Shikamaru tinham decidido por um casamento ao estilo ocidental onde iriam assinar os papéis e casar legalmente, eles optaram por realizar a cerimonia religiosa só entre os dois.  

Quando chegaram, a organizadora foi de encontro com eles, levando a familia de Temari para o altar, a loira tinha decidido que iria entrar sozinha pois, segundo a mesma, não precisava que ninguém a entrasse para Shikamaru como se ela fosse alguma posse que fosse ser transferida de um dono para o outro.

Se ela iria casar, iria caminhar sozinha e com os proprios pés até seu futuro marido.

Como sempre, aquela familia sempre surpreendia Sakura.

A musica da entrada da noiva começou a tocar e Sakura se alinhou na frente de Temari ajeitando a  cópia reduzida do buque de Temari que estava em suas mãos, podia ouvir a organizadora dando intruções a assistente enquanto ajeitava o véu de Temari.

— Sakura? – Temari a chamou, Sakura se virou para ver o que era.

Ao virar, encontrou uma Temari que a maioria das pessoas achava que nem existia.

Os olhos verdes – tão diferentes dos de Gaara – olhavam receosos para a amiga, os ombros caídos e a expressão que quase beirava o panico.

 Sakura deu uma pequena corridinha até ela, a abraçando com força por alguns instante antes de a soltar.

— Tudo vai dar certo. – disse segurando a mão da noiva que não segurava o buque, a sentindo gelada de nervoso. – Quer dizer, na verdade, tudo já deu certo. – riu se corrigindo.

Temari respirou fundo e apertou a mão de Sakura uma ultima vez antes de a soltar, ajeitando o buque.

 — Tem razão. – Temari abriu um sorriso de lado que Sakura tinha visto várias vezes surgir também no rosto de Gaara. – É só um papel. – tentou não mostrar tanta importancia. – Qualquer coisa, se eu me arrepender, é só processar e tirar todos os bens dele. – falou com tanta tranquilidade e segurança que fez Sakura unir as sobrancelhas.

— Que?

— Brincadeira, eu amo aquele preguiçoso. – a loira riu da expressão horrorizada que Sakura tinha feito sem perceber. – Mas se ele sequer pensar em me trair eu arranco o pau dele fora. – completou a frase muito sério fazendo Sakura rir nervosa.

— Que bom então que ele é inteligente o suficiente pra nem pensar isso.

As duas riram e Sakura voltou a sua posição, a organizadora acenou e os dois funcionários abriram as portas. Sakura foi na frente ficando um pouco desconfortável quando todos a olharam, mas se acalmou quando perdiam o interesse nela e focavam  em Temari que vinha atrás, quer dizer, a maioria das pessoas, Sasuke continuava a olhar com um meio sorriso. Ela sorriu especialmente para ele, sentindo suas bochechas corarem.

Ela se posicionou do lado da noiva do altar e esperou por Temari, enquanto isso, olhou para Shikamaru. Longe daquele olhar tedioso que ele sempre tinha, Shikamaru parecia realmente nervoso, seus olhos brilhavam e ele abria e fecha um sorriso, como se quisesse se controlar, mas sua felicidade não deixava.

Temari entregou o buque para Sakura e segurou ambas mãos de Shikamaru, as apertando.

A cerimonia seguiu e foi muito emocionante, Sakura teve que segurar as lágrimas quando os dois fizeram seus votos e ela teve certeza que não foi a única. O padrinho Chouji, por exemplo, passou a cerimonia toda chorando só se controlando quando terminou e os convidados foram chamados a se sentar que o jantar seria servido.    

Sakura tinha sido colocado em uma mesa junto com seus amigos de escola a fazendo se sentir nostalgica.

Sasuke estava sentado no seu lado direito, Naruto no esquerdo. O loiro manteve sua personalidade animada durante os anos, mas agora – graças a Kami, como Sasuke disse – ele estava um pouco menos barulhento e maduro. Ao lado do loiro estava Hinata, era a primeira vez que Sakura via a amiga desde que ela tinha abandonado o curso de Direito que fazia na mesma universidade que Tenten e Neji e foi para outra cursar literatura descobrindo por acaso que Naruto também fazia curso naquela universidade.

Bem, foi por acaso e até um pouco clichê.

Hinata estava indo de uma aula para a outra quando encontrou com Naruto  saindo da sua própria aula. Ela só teve tempo de arregalar os olhos reconhecendo o loiro antes de desmaiar nos braços dele.

Apesar do começo, no minimo, estranho os dois se aproximaram bastante mesmo que a garota parecesse que iria desmaiar se ele chegasse muito perto então Naruto foi se aproximando aos poucos.

Sakura sorriu quando viu as bochechas de Hinata ficarem ainda um pouco vermelhas quando Naruto sussurrou algo no ouvido dela.

Parecia que finalmente Naruto tinha percebido a garota incrivel que estava ao lado dele e tinha começado a investir em algo com ela.

A atenção da rosada foi desviado do casal ainda não formada para o casal já formado e bem sólido, Tenten e Neji.

Neji, que estava ao lado de Hinata, vestia um terno preto com uma gravata vermelha da cor do vestido de Tenten que estava sentada ao seu lado, a garota tinha os cabelos cor de chocolate caindo sobre seus ombros em ondas largas e vestia um vestido vermelho escuro muito bonito.

 Quando o colegial terminou, Hinata, Neji e Tenten, graças a bolsa de estudos esportiva que a familia Hyuuga deu, foram para a mesma universidade. Para diminuir os custos em viver em uma cidade nova eles tinham decidido dividir um apartamento que ficava perto da universidade, mas quando Hinata se rebelou contra as vontades do pai e deixou o curso, ficaram apenas Neji e Tenten.

Só levou um mês para a garota transformar todas as barreiras que Neji tinha em pó e entrar de vez no coração do prodigio Hyuuga.

Para conseguir viver juntos, eles decidiram deixar as brigas no colegial e exercitar um pouco mais da paciencia. O resultado foi impressionante, a quimica entre os dois fluiu muito bem.

Segundo Tenten, a declaração aconteceu quando os dois estavam vendo Mindhunter e Tenten estava tagarelando criando mil e uma teorias sobre a série, ela estava tão empolgada que só percebeu que Neji a encarava intensamente depois de alguns minutos.

Ela perguntou se algo tinha acontecido, ele respondeu que sim, ela perguntou o que era e Neji a beijou.

Depois daquilo Tenten não pensou em mais nada, esquecendo a série, a máteria que tinha que revisar, o pão que Neji tinha dito que ia comprar e não comprou...

Nada mais passava na cabeça dela naquele momento e também pelo resto da noite quando os dois desistiram de vez de fingir que não amavam um ao outro.

Agora, olhando bem para os dois, Sakura não soube porque não tinha reparado antes o jeito que Neji olhava para Tenten o tempo todo.

Ao lado de Tenten estavam Ino, Sai e Chouji fechando a mesa.

Sai estava fazendo Design Artistico na universidade de Tsukuba, Ino embarcou em publicidade e propaganda em Tóquio e Chouji estava cursando engenharia de produção.

De um jeito ou de outro a vida deles seguiu e, apesar de se falarem pela internet, nada continuou igual e doía comparar como eles tinham sido um dia e como eram agora.

— Sakura?

— Hn? –  ela se virou para Sasuke respondeu seu chamado.

Os olhos onix a olhavam atentamente como se soubessem o que se passava na mente dela no momento. Por debaixo da mesa, Sasuke levou a mão até a dela, entrelaçando seus dedos nos dela atitude que fez Sakura sorrir.

De repente, a organização chamou todos para a pista para anunciar que Temari iria jogar o buque.

Todos da mesa se levantaram para ver a cena, Naruto era o único homem animado para ver a briga que ia ser pelo buquê. Sakura estranhou quando passou por Neji e o viu andar todo tenso.

As moças interessadas no buquê, isso incluia Ino que tinha quase sangue nos olhos de tanta voltade de conseguir o prêmio, se reuniram na pista de dança esperando.

Temari ficou de costas, balançando o buquê nas mãos.

— E um! E dois! E três! – as garotas se apertaram, ansiosas prontas para brigar pelo buquê. – E... – jogou o buquê criando uma mini-guerra entre mulheres na pista de dança.

Para tristeza de Ino, ela não conseguiu pegar o buquê que foi conquistado por uma prima de Temari, mas pelo menos rendeu algumas boas risadas.

A organizadora pegou mais uma vez o microfone.

— Agora, para abrir a pista de dança com grande estilo, apresento a vocês senhor e senhora Nara! – anunciou e Temari e Shikamaru foram para a pista dançar.

Aos poucos outros casais se uniram a Temari e Shikamaru dançando.

— Sakura? – Sasuke disse o nome dela como um convite, sua mão erguida a chamava para dançar.

Sakura colocou a mão sobre a dele, aceitando e os dois seguiram para o meio dos casais. Sasuke colocou as mãos na curva da cintura dela enquanto Sakura rodeou o pescoço dele com os braços.

— Sabe, achei por um momento que Ino conseguiria te arrastar para pegar o buquê. – Sasuke comentou depois de um certo tempo.

O comentário fez Sakura rir.

— Bem que ela queria, mas minha coluna de idosa pelas horas de plantão não me permitem. – respondeu rindo. – E eu também não estava nenhum pouco animada para isso.

Sasuke levantou uma das sobrancelhas.

— Não está com pressa para casar?

— Casar? Nenhum pouco. – ela riu, mas ao notar que Sasuke não a acompanhou seu riso foi morrendo. – Sasuke, eu ainda estou fazendo residencia, ainda nem tenho um emprego, como posso casar? Montar a vida com alguem?

— Nós vivemos bem. – ele argumentou.

— É diferente, casamento é... – ela fez uma careta sem saber como por em palavras. – É diferente. – repetiu ainda sem saber o que falar. – Mas por que? Você quer casar? – perguntou sem muita seriedade.

— Sim. – a resposta saiu com facilidade dos lábios dele e fez Sakura arregalar os olhos. – Mas eu entendo você não querer e não vou te pressionar a nada.

Sakura não disse nada  por um bom tempo, apenas o encarando sem reação.

Sasuke queria casar? Ou mais chocante ainda, pelo que ela tinha entendido, ele queria casar com ela.

— Você... Você quer casar? – perguntou chocada depois de algum tempo em silêncio. – Comigo?

— Hn? – Sasuke pareceu perdido por um momento antes de lembrar o assunto. – Claro, com quem mais seria?

Sakura engoliu seco, arregalando mais ainda os olhos.

Uma coisa eram eles namorarem, Sasuke passar algum tempo na casa dela, eles passarem as férias juntos, outra coisa eram eles casarem.

Casamento era diferente.  

Sakura piscou algumas vezes se recuperando do choque.

— Está falando sério? – os braços dela caíram dos ombros dele.

Sasuke uniu as sobrancelhas, sem entender o choque que Sakura estava tendo. Era tão absurdo assim a ideia dele querer casar?

Ele respirou fundo  e puxou mais a garota, a envolvendo sua cintura.

— Sakura... – ele desviou o olhar para o colar que Sakura usava, que ele tinha dado quando eles ainda estavam no colegial. – Depois da minha conversa com o meu irmão, muita coisa ficou esclarecida pra mim, e eu tenho certeza que não seria o homem que eu sou hoje em dia se não fosse por você. – Sakura ia interromper, mas Sasuke não lhe deu chance. – Estou falando sério. – afirmou a olhando nos olhos. – E falo mais sério ainda quando digo que quero ficar todos os dias com você, eu quero ter uma vida com você.

Sakura sentiu seus pulmões reclarem pedindo o ar que ela nem tinha percebido desde que Sasuke tinha começado a falar.

 Levada pela emoção Sakura só deixou seu coração falar o que ele estava gritando dentro do peito.

— Sim. – balançou a cabeça reformulando, Sasuke tombou a cabeça um pouco para o lado  um pouco confuso. – Quer dizer, eu também. – hesitou e reformulou mais uma vez, Sasuke arregalou um pouco os olhos, alerta. – Quer dizer, eu quero só... Não agora, sim?

Sasuke piscou algumas vezes antes de abrir um sorriso enorme, que ele até tentou não deixar crescer tanto.

— O tempo que precisar.

Quem sabe onde esta estrada deve nos levar?

Nós não temos nada além do tempo

Enquanto você estiver aqui ao meu lado, tudo ficará bem