Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 7
7º Capítulo – “Magoada? ”


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que sumi, me perdoem. As provas da faculdade estavam consumindo todo meu tempo.
Bom, tenham uma ótima leitura.



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Eu não posso acreditar nisso, só pode ser um pesadelo. O que ele acha que está fazendo aqui, depois de tanto tempo? Ele foi embora sem nem sequer dizer um até logo e se acha no direito de voltar assim, do nada? Nem pensar! Deixei todos lá embaixo com caras de idiotas, aliás, não acredito que o Felipe achou que eu iria gostar dessa surpresa ridícula. Nunca senti tanta raiva de alguém, não do jeito que sinto dele. Não demora muito e já tem alguém batendo na porta do meu quarto.

— Não quero falar com ninguém. __Grito.  — Me deixa em paz.

— Não importa, eu vou entrar mesmo assim. __ Respondeu Felipe, entrando no quarto.

— Qual é o seu problema? Já não basta você ter trazido esse cara aqui, ainda invade meu quarto?

— Eu não entendo de onde vem tanta raiva. __ ele diz calmo e cruza os braços sobre o peito.

— Há, você não entende? Pois deixa eu te dizer. __ me levanto da cama e vou na direção dele. — Esse cara, que você chama de amigo foi embora sem pensar duas vezes e nem sequer se deu o trabalho de dizer um “até logo” ou de ligar para pelo menos dizer que estava vivo! E você sabe quantos anos já faz? Não né? Pois eu te digo: cinco anos! __ não consego me conter e grito de novo, não só para que Felipe entendesse minha raiva, mas para que o babaca do Gustavo pudesse ouvir lá da sala e entender de uma vez por todas que não o quero aqui.

— Você está magoada com ele. __ ele responde ainda mais calmo, como se tivesse toda certeza do mundo.

— Magoada? __ pergunto, caindo na gargalhada. — Você só pode estar de brincadeira.

— Sim, você está literalmente magoada. __ insisti, arqueando a sobrancelha.

— Você é ridículo. __ ele só pode tá de brincadeira. — A única coisa que sinto por esse idiota é raiva. Agora sai do meu quarto e me deixa em paz. __ respondo o mais fria possível, deixando claro que não quero conversar.

— Pensa bem, Alice, ele não vai ficar muito tempo. Ele é o mesmo de sempre, só não mora mais com a gente. __ ele está tentando me convencer.  — Bom, vamos estar lá em baixo. Se quiser, desce pra ficar com a agente.

 — Sai. Do. Meu. Quarto. Agora. __ falo pausadamente e abro a porta para ele abrir.

Felipe se aproxima de me mim, beija minha testa e sai do quarto.

Me sento no chão ao lado da cama e não consigo evitar as lágrimas enquanto tento entender o porquê disso tudo.  Não consigo entender por que ele voltou depois de tanto tempo, já que quando foi embora e não se importou com nada e muito menos comigo. Ele simplesmente decidiu ir embora de um dia para o outro sem dizer nada, sem nem dizer que ia. Tudo isso depois de me prometer que iria ficar do meu lado, que não ia me deixar sozinha, que iria cuidar de mim.

— Que droga Alice, já chega, ele não merece isso. __ digo a mim mesma, passando as mãos no rosto.

GUSTAVO

—Ela só está surpresa Gustavo. __ Paloma está tentando me animar, enquanto estamos sentados no sofá. Mas eu sei muito bem que a reação dela não tem nada a ver com surpresa, mas sim com raiva.

— Não é surpresa, pirralha. Ela me odeia e com razão. __ respondo, passando as mãos no rosto.

— Ela vai mudar de ideia, o Felipe sempre consegue fazer ela mudar. __ ela diz, confiante.

Depois de alguns minutos ouvimos o Felipe descendo as escadas, com uma expressão cansada no rosto. Me levanto assim que o vejo, preciso saber como ela está.

— Juro que tentei, mas ela não quer conversar. __ ele diz assim que chega ao fim da escada.

— É, ouvimos ela gritando. __ a Paloma parece cansada.

— Acho melhor eu ir embora. __ me levanto e vou na direção da porta.

— Não vai Gustavo, você não vai mais voltar. __ A voz de choro da Paloma me faz parar quando já estava perto da porta. Quando me viro a vejo com os olhos cheios de lágrimas, parada ao lado do Felipe.

— Pirralha, não chora. __ caminho de volta e a abraço. — Eu não posso ficar aqui. A Alice não me quer nessa casa. __ ela me abraça forte. — Vai ficar tudo bem, eu não vou sumir de novo.

— Ela não pode fazer isso, essa casa não é só dela. __ a voz dela está abafada, por causa do rosto grudado no meu peito.

Afrouxei um pouco o abraço, fazendo ela me olhar.

— Ei, eu tenho um mês inteiro para ficar aqui, não vou embora. Só não posso impor minha presença nessa casa. Mas eu vou ficar no hotel aqui da cidade e o Felipe tem meu número, é só me ligar quando quiser falar comigo, certo? __ consigo fazer ela abrir um sorriso.

— Então você não vai embora? __ me questiona, querendo ter certeza.

— Não, temos um mês. __ repondo com um sorriso no rosto, mesmo não estando tão feliz. — Agora eu preciso ir, ta?

— Você não vai lá em cima falar com a Alice? __ Felipe me pergunta, parecendo meio irritado.

— Não acho uma boa ideia. Você viu como ela saiu daqui, não quer falar comigo. __ digo.

— Ela só está magoada com você. __ afirma Paloma.

— Não, ela me odeia. __ falo, suspirando.

— Você já foi mais esperto Gustavo. __ não sei o Felipe quer chegar. — Ela está magoada e você deve se lembrar, ela não é demonstrar o que sente.

— Não vou insistir em falar com ela, não hoje. Mesmo que vocês estejam certos, não posso obrigar ela a falar comigo. É melhor dar um tempo, amanhã eu volto e talvez ela esteja mais calma. __ é melhor assim.

Me despedi dos dois e fui embora. Não demorei a chegar no único hotel da cidade, que é pequeno e aconchegante. Tomei um banho e estou deitado, sem vontade alguma de comer, só dormir. O encontro com a Alice não foi como esperei. Devia ter imaginado que ela não iria gostar de me ver, ter ido embora sem me despedir não foi nada fácil. Quando decidi que iria me tornar o que sou hoje tive que abrir mão de tudo e de todos e isso não foi nem um pouco fácil. Ir embora sem me despedir, não foi uma decisão minha, é um protocolo que todos os novos recrutas devem seguir para evitar perguntas e comigo não foi diferente. Não foi nada fácil para mim deixar as pessoas que amo para trás, mas me parece que para Alice foi bem mais difícil. Quando tudo isso aconteceu estávamos bem próximos, quase namorados e eu tinha prometido que nunca iria deixa-la sozinha. Mas quebrei minha promessa.

Pouco a pouco o sono vai me vencendo. Apesar de estar preocupado com a Alice, sei que não posso impor minha presença. Amanhã vou voltar lá, mas sei que não vai ser nada fácil fazer ela me aceitar por perto, mas não vou desistir.


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Notas finais do capítulo

Bom, me digam o que estão achando. Beijos.



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