Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 5
5º capítulo “Eu não vou conseguir...”


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoas, consegui dar uma passadinha para postar hoje. As lembranças estão tomando conta do nosso Gustavo, como será que vai ser o encontro dos dois?
Boa Leitura a todos!



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— Eu realmente não acho que seja uma boa ideia, Felipe. __ digo, assumindo que ainda não estou seguro da ideia de ir até a casa deles.

— Elas vão adorar te ver, já faz muito tempo, mas elas ainda são as mesmas pessoas. __ ele responde, enquanto caminhamos em direção ao carro dele. — Você vai de carro comigo?

— Não vou deixar minha lindinha aqui de jeito nenhum! __ digo e ele cai na gargalhada.  

— Tudo bem então, você vai com sua “namomoto” logo atrás de mim.

— Vamos logo, antes que eu desista de ir. __ murmurou, deixando claro minha irritação.

Ele entrou no carro, enquanto eu fui até minha moto. O caminho não é nem um pouco estranho para mim. Justamente por isso não tenho dificuldade nenhuma para chegar até lá antes mesmo dele. Durante o percurso não consegui evitar que as lembranças me assombrassem, trazendo à tona coisas que tinha guardado no fundo da mente. Na tentativa de evitar que a dor da saudade me corroesse.

Flash On:

— Gustavo, por favor, você precisa achar ela. Não quero ficar sozinha. __ Paloma invadiu meu quarto chorando, me fazendo pular da cama achando que algo tinha acontecido.

— O que aconteceu, Paloma? __ A urgência na minha voz era evidente.

— A Alice... __ tentava falar entre os soluços. — Ela foi embora... ela... ela... por favor, o Felipe não consegue encontrar ela, eu não quero ficar sozinha. __ ela tentava falar e chorar ao mesmo, enquanto estava abraça a mim, molhando minha camisa.

— Tudo bem, eu vou procurar por ela. Mas eu quero que você fique calma, ta bem? __ soltei-a um pouco, para que ela olhasse para mim. — Agora, vá procurar o Felipe e fique com ele, que vou procurar a Alice.

— Não... não deixa ela ir embora. __ disse, tentando segurar o choro.

— Eu não vou deixar. __ digo, dando um beijo em sua cabeça.

 

Eu não sei o que essa garota tem na cabeça, ela sabe que a Paloma morre de medo de ficar sem ela e some desse jeito. Ela só pode estar querendo enlouquecer a coitada da menina, que fica desesperada quando ela faz isso. Além do mais, eu já não sei por onde procurar, já fui em todos os lugares que ela vai e não encontrei nem sinal dela. Paro no parque na cidade enquanto descanso um pouco – um lugar lindo, cheio de árvores e grama verde, onde normalmente crianças brincam a tarde, mas agora não tem quase ninguém, já que é noite e está ficando tarde.

 

— Pensa Gustavo... __ digo a mim mesmo em voz alta, enquanto paro de andar e me sento no em um banco branco, tentando lembrar um outro lugar em que ela possa estar.

Quando olho para o lado, a vejo sentando embaixo de uma árvore, abraçada com as pernas, de cabeça baixa. Ando em direção a ela, pronto para falar poucas e boas e arrastá-la para casa, mas à medida que me aproximo escuto seus soluços, e me do conta: ela estava chorando. Não sei muito bem o que dizer, então só me aproximo lentamente e me sento ao lado dela, não quero mais brigar. Como se sentisse minha presença, ela levantou a cabeça lentamente, e pude ver seus olhos vermelhos, destacando ainda mais o azul. Não consegui conter meu impulso e enxuguei uma lágrima que escorria pela bochecha.

— Gustavo, eu... __ falou ela, tentando conter o choro, o que não funcionou. E então ela se jogou nos braços, se entregando as lágrimas. — Eu não vou conseguir... eu não tenho força... não... não quero ficar aqui sem eles... eu... __ ela tentava falar, lutando contra os soluços, mas eles a venciam.

— Shii, vai ficar tudo bem. __ a abraço o mais forte que consigo, tentando mostrar que eu estava ali, por ela. 

O choro dela se tornava cada vez mais forte e eu só a mantive ali, nos meus braços. Eu não posso leva-la para casa assim, ela não tem condições nenhuma de ir para lá. E ainda tem a Paloma, se ela ver a Alice assim, vai desabar também. Sem que ela veja, tiro meu telefone do bolso e mando uma mensagem para o Felipe dizendo que estou com ela e que depois irei leva-la para casa. Depois de alguns minutos chorando, ela me solta um pouco e olha para mim.

— Me desculpa, eu... não queria... __ diz ainda soluçando.

— Não precisa se desculpar. __ e de novo não consigo me conter e enxugo outra lágrima, fazendo carinho no rosto dela. — O que aconteceu?

— Sinto falta deles, sinto falta da minha casa, eu não consigo cuidar da Paloma, não posso ser mãe dela, não quero ser mãe dela, eu... __ ela se entrega de novo as lágrimas, apertando seu corpo contra o meu.

— Vai ficar tudo bem. __ não consigo dizer mais nada, só a abraço forte. Me encosto no tronco da árvore que está atrás de nós para que ela fique confortável e deixo que ela chore, ela precisa chorar tudo que não pôde chorar quando tudo aconteceu.

Algum tempo depois os soluços foram diminuindo. Ela continua encostada no meu peito, mas sua respiração foi ficando cada vez mais calma. Olho para baixo tentando ver seu rosto e me do conta de que ela está dormindo.

 — Como vou te levar para casa, gatinha? __ Sussurro baixo, para não a acordar.

— Não vai precisar, eu vou andando. __ ela responde em um tom baixo, deixando claro que estava acordada.

— Eu te acordei? __ pergunto, me sentindo um idiota.

— Não, eu não estava dormindo. Só... __ ela suspira. — Não queria ter que sair daqui. __ ela diz, fazendo um sorriso discreto nascer nos meus lábios. 

—Não precisa, podemos ficar aqui até quando você quiser. __ digo, tentando passar segurança.

Ela move a cabeça, levando os olhos aos meus e pronto, estou preso naquele mar azul e não consigo sequer piscar. De repente uma vontade maluca de beijá-la toma conta de mim, toco o seu rosto e me aproximo aos poucos, inconscientemente. Quando me dô conta ela está com os olhos fechados, esperando que eu me aproxime mais. De repente nossos lábios estão juntos. Colados em um beijo doce e calmo que toma conta de nós dois. Ela abri os lábios dando passagem para minha língua, intensificando nosso beijo e me fazendo esquecer de tudo, só me fazendo pensar nela.

A buzina do carro de Felipe me despertou das lembranças. Percebo que já chegamos e que está na enfrente o passado, que está carregado de fantasmas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem e me contem!



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