Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 49
48º Capítulo – “Posso dormir aqui?”


Notas iniciais do capítulo

Oi gente

Acho que esse é o capítulo mais esperado de todos, então espero que gostem.

Tenham uma boa leitura, nos vemos lá embaixo.



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Eu não posso estar ficando louca. Era ele, tenho certeza. Mas eu não entendo, não consigo entender por que ele voltou, por que logo agora? Estou andando de um lado a outro na sala, numa tentativa falha de organizar meus pensamentos e tudo que estou sentindo. Minha parte mais racional faz questão de gritar, numa tentativa voraz de me lembrar, que ele foi embora. Foi embora e me deixou aqui, machucada. Mas a outra parte, a menor e mais frágil, me diz que sente falta dele e que mesmo que passem mil anos, vou continuar o amando. Sinto meus olhos arderem, numa preparativa óbvia para as lágrimas. Subo as escadas o mais rápido possível, entro no meu quarto e me tranco no banheiro. Sinto os soluços me dominem e a respiração travar na garganta. Abro o box, ligo o chuveiro e entro em baixo da água.

Fecho meus olhos e deixo a água escorrer pelo corpo. Tento a todo custo assumir o controle de tudo que estou sentindo. Passo um bom tempo assim e aos poucos meus soluços dão lugar a um silêncio solitário. Respiro fundo e sinto o descontrole dar lugar a um equilíbrio forçado, instável.

Me dô conta de que ainda estou vestida e de modo automático tiro as roupas molhadas e saio do box. Levanto o rosto e vejo meu reflexo no espelho, que parece fazer questão de jogar na minha cara que eu estou sozinha. Minha íris azul, em destaque no vermelho da esclera, parece ser de outra pessoa, uma pessoa que eu não reconheço. Deixo minha mente divagar enquanto me enrolo em uma tolha e saio do banheiro. Caminho até o guarda-roupas e assim que abro as portas vejo uma camisa dele dobrada no cantinho, exatamente onde a coloquei, numa tentativa idiota de fingir que ele nunca voltou. Desisto de lutar contra minha sanidade. Sedo a saudade que sinto dele, pego a camisa e levo até o nariz, inalando o máximo possível do cheiro dele impregnado no tecido. Minhas lágrimas deixam marcam no cinza da camisa e eu a visto. Deixo a toalha cair no chão e ando até minha cama.

Puxo o forro para deitar e de repente uma sensação forte faz meu corpo inteiro se arrepiar. Quando me viro o vejo parado do outro lado do quarto, com os olhos completamente negros e fixos em mim. Ele está ofegante. Um arrepio ainda mais forte corre o meu corpo acompanhando o olhar dele, que vasculha cada canto na minha pele. A respiração dele é o único som dentro do quarto e parece obrigar meu coração a bater exatamente no mesmo ritmo.

— Gustavo.

Meus lábios articulam o nome dele de forma automática e no mesmo instante seus olhos sobem até os meus e ar parece fugir dos pulmões. O tempo parece parar e consigo ver pela expressão em seu rosto que está travando uma batalha interna. Ele fecha olhos e faz um movimento leve de negação com a cabeça. Segundos depois ele os abre e meu coração ameaça parar quando ele solta a bolsa que estava segurando e caminha a passos firmes até mim. 

Não consigo me mover, já que os olhos dele me impedem de dar sequer um único passo. Quero gritar com ele e dizer para ficar longe de mim, mas não consigo. Não quero. E sem hesitar ele me beija de forma urgente, intensa. Sinto os braços dele me puxarem pela cintura até nossos corpos estarem colados e minha mente se desconecta de tudo que não seja ele.  Quando a língua dele invade minha boca sinto o meu corpo gritar, implorar para nunca mais ficar longe dele. Ele me puxa ainda mais para si e sinto uma de suas mãos descer pela minha cintura e desenhar a curva da minha bunda, puxando ainda mais meu quadril até ele. Não consigo evitar meus gemidos quando sinto o membro dele completamente excitado contra mim. As mãos dele sobem pelas minhas costas e em um movimento delicado ele se afasta, tirando sua camisa que estou vestindo. Nossas respirações estão descompensadas e sinto os olhos dele queimarem meu corpo de cima a baixo. Fechos meus olhos quando ele leva as mãos aos meus seios e os apertam, me fazendo arfar. O ouço gemer e em seguida ele beija o canto da minha boca, tomando meus lábios novamente. Quando me dou conta estou deitada na cama, com ele encaixado entre as minhas pernas. Minhas mãos passeiam pelas costas dele e minhas unhas arranham sua pele, fazendo-o gemer. Ele se afasta o suficiente para que eu puxe a barra da camisa até passa-la por sua cabeça e se afasta ainda mais para tirar a calça, sem desgrudar os olhos dos meus.

De repente os olhos dele param na mancha clara que ainda existe abaixo do meu peito e sua expressão muda. Ele coloca a mão em cima dela e faz uma leve pressão, provocando uma dor leve. Não consigo evitar a expressão de dor. Ele me olha e sei exatamente o que está fazendo. Coloco minha mão sobre a dele, numa tentativa de mostrar que estou bem, mas com sua outra mão ele captura meu punho e o aperta de leve.  Mas uma vez não consigo esconder a expressão de dor.

Uma expressão que não consigo decifrar toma conta do rosto dele e só então entendo: ele se sente culpado. Deixo um soluço escapar e quando ele me olha fica surpreso ao ver que estou chorando. Ele solta meu punho e desliza os nós dos dedos pela minha bochecha, secando algumas lágrimas. Fecho os olhos e sinto ele encostar a testa na minha.

— Me perdoa. __ A voz dele é rouca e baixa.

Antes que eu possa responder os lábios dele se chocam aos meus e um beijo carregado de dor e saudade me faz ter certeza de que ele me ama. Deixo as pernas dele afastarem as minhas e seu corpo se encaixa no meu de forma perfeita. O calor das mãos dele passeando pela lateral do meu corpo despertam o desejo mais puro e forte que já senti. Ele desce os lábios até meu pescoço e um arrepio avassalador atravessa minha pele. Fecho meus olhos e não consigo conter o gemido quando ele aperta forte minha cocha e a puxa para cima, pressionando ainda mais sua excitação contra mim.

 — Gustavo....

Enrosco os dedos dos pés na cueca dele e puxo o tecido para baixo. Mordo meu lábio quando sinto a excitação dele livre. Os lábios molhados dele parecem marcar minha pele como fogo e gemidos sem nexos escapam da minha boca. Sinto ele se afastar e quando abro os olhos o vejo parado, me olhando. Nossas respirações estão descompensadas. Deixo os fios do cabelo dele deslizarem entre meus dedos e nossos lábios se encontram. Em meio ao beijo urgente sinto ele deslizar para dentro de mim e um prazer surreal se espelha pelo meu corpo. O restante do meu controle vai embora enquanto nossos gemidos se misturam. Sinto ele entrar e sair lentamente de mim enquanto minhas unhas arranham as costas dele. Ele esconde o rosto na curva do meu pescoço e o ouço grunhir. Fecho meus olhos e me entrego ao mais puro e forte prazer enquanto ele aumenta o ritmo e o sinto cada vez mais fundo dentro de mim. As mãos dele apertam as laterais do meu corpo e sinto meu último resquício de controle sumir enquanto o prazer ainda mais forte e puro parece prestes a explodir tudo dentro de mim.

 — Ogro, eu....

— Só mais um pouco Gatinha....

Mal consigo ouvir a voz rouca dele. Basta mais algumas investidas dele e meu corpo explode, me deixando em um completo estado de êxtase. Sinto ele se movimentar mais algumas vezes e o ouço gritar meu nome, caindo em cima de mim.

Nossas respirações estão descompensadas e sinto o tórax dele expandir e voltar ao normal a cada respiração. Passamos um bom tempo assim, sem nos mexermos. Não consigo evitar pensar no que está acontecendo agora e no que vai acontecer daqui para frente. E mesmo querendo acreditar que ele vai ficar, eu sei que não vai. Tento pensar em tudo o que tenho para falar, mas organizar tudo o que estou pensando é impossível. Quando estou pronta para tirá-lo de cima de mim e gritar tudo o que estou sentindo, ele desgruda o corpo do meu e parece que as palavras fogem de mim. Não consigo dizer nada quando nossos olhos se encontram. Ele também parece ter voltado a mesma batalha interna de quando chegou.  

— Posso dormir aqui? __ a voz dele é calma.

Tudo parece quebrar dentro de mim. Minha razão quer brigar e dizer para ele ir embora e nunca mais voltar. Mas a outra parte, a menor e mais frágil, ganha a batalha e eu simplesmente desisto. Confirmo com um movimento de cabeça e ele sorri fraco. Observo enquanto ele deita a cabeça na minha barriga e aperta as laterais do meu corpo com força. Levo minha mão ao cabelo dele e o vejo relaxar quando os fios deslizam pelos meus dedos. Ele continua com o corpo entre as minhas pernas e eu só consigo o observar, enquanto meus dedos bagunçam ainda mais os fios, até ele pegar no sono.    


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Notas finais do capítulo

Beijos da tia !



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