Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana
Notas iniciais do capítulo
Olá Leitores, como estão?
Bom, esse capítulo ficou grande demais e decidi dividi-lo em duas partes.
Tenham uma ótima leitura, nos falamos lá em baixo.
Passei os últimos dois dias tentando manter a Paloma calma. Desde que a Alice foi levada nossa vida virou de cabeça para baixo e nem para casa pudemos voltar. A falta de notícias tem nos deixado sem opções e mesmo o Gustavo e o David não conseguem nenhum sinal do paradeiro dela.
— Paloma, você precisa dormir um pouco. __ Digo, tentando convence-la pela milésima vez.
— Não consigo. __ ela levanta da cama e fica de costas para mim. — Onde ela tá Felipe?
E ai ela volta a chorar. Levanto da cama e a abraço forte. Estou com tanto medo quanto ela, mas não me dou o direito de desabar também. Preciso me manter firme por ela e pela a Alice.
— Eu sei que você tá com medo. __ Digo me afastando o suficiente para olhá-la nos olhos. — Eu também estou. Mas a gente precisa ficar firme, por ela.
— E se ela já tiver morta? __ Ela pergunta, deixando as lágrimas caírem.
— Ela não está. __ Digo firme.
Ela me abraça forte novamente e ficamos assim durante alguns minutos.
— Vamos sair um pouco daqui. __ Digo.
Nos afastamos, pego sua mão e saímos do quarto. Passamos por um longo corredor e quando chegamos ao galpão o clima tensão é quase palpável. O Gustavo está em pé, andando de um lado para o outro e falando ao telefone. David está sentado, o olhando.
Quando nos aproximamos o David nos olhos e ficou evidente que algo estava acontecendo.
— O que tá acontecendo? __ A Paloma perguntou antes que eu esboçasse alguma reação.
— Sua prima. __ Disse David. — Está no telefone.
ALICE
A dor é insuportável. Fiz o que o Gustavo pediu e as grades se afastaram um pouco, mas a dor piorou de forma agressiva e eu não consegui me manter de pé. Respirei fundo algumas vezes até me acostumar com a dor, peguei o celular e o levei a orelha novamente.
— Gatinha? __ Ouço ele me chamar. — Droga Alice, responde.
— Estou aqui. __ Digo, ofegante.
— Graças a Deus. __ escuto ele respirar fundo. — Você conseguiu?
— As grades... __ paro, tentando me acostumar com a dor. — Afastaram um pouco.
— Um pouco quanto? Você consegue passar por elas?
— Acho que sim... __ Tento olhar pra cima e a dor piora, me fazendo soltar um pequeno gemido.
— Tudo bem. __Ele diz. — Agora, você me disse que o furgão está estacionado logo abaixo da janela, certo?
Me levanto com dificuldade e olho pelas grades afastadas. A janela fica a uns 6 metros de altura e o furgão ainda está estacionado logo abaixo da janela.
— Certo.
Onde ele quer chegar?
— Preciso que você me ouça com cuidado agora. __Ele para por alguns segundos. — Você vai sair pela janela, pular e cair em cima do furgão.
— O que? __ Ele só pode tá brincando. — Você tá louco?
— Alice, você quebrou a cadeira e fez barulho. Já é muita sorte não ter aparecido ninguém ai ainda. Temos aproximadamente uns doze minutos até que a próxima ronda aconteça. Você precisa pular.
— Gustavo, isso aqui tem uns 6 metros de altura. Eu não vou conseguir.
— Vai sim. __ Disse ele, rápido. — Você vai sair pela janela e pular.
Olho mais uma vez pela janela e ouço a voz da minha prima do outro lado da linha. Ela está chorando.
Eu preciso tentar. Preciso tentar por ela, pelo Felipe e o Gustavo. Preciso tentar por mim.
— Alice, eles vão...
— Tudo bem. __ O interrompo. — Vou fazer.
— Vou esperar na linha.
Guardo o telefone na cós do short e respiro fundo. Seguro firme nas grades, coloco um dos meus pés no batente da janela e impulsiono meu peso até conseguir subir. A dor está irradiando por todo o meu tórax, mas não me permito sentir e passo minha cabeça pelo pequeno espaço entre as grades. Sem soltar as mãos, passo o resto do corpo e agora estou pendurada do lado de fora da janela. Coloco o celular na mão – para que não quebre, programo minha queda sobre o furgão, fecho os olhos e me jogo, sem pensar. A sensação da queda livre é desesperadora, mas o choque contra o metal frio do automóvel é pior ainda. A dor que antes era só no abdômen agora toma conta de todo o meu corpo. O choque foi forte demais e eu simplesmente não consigo me levantar. Durante alguns segundos a escuridão toma conta da minha visão e nem sequer um único músculo responde aos meus comandos. Quando consigo fechar a mão não sinto o aparelho e o desespero faz meu corpo despertar. Levanto a cabeça e procuro o telefone. Ele está no chão. Uso todas as minhas forças e me arrasto até chegar na parte da frente do furgão e deslizo pelo para-brisas e pelo capô, até chegar no chão. Ando devagar e me abaixo com dificuldade pra pegar o telefone.
— Gustavo __ Minha voz sai baixa.
— Graças a Deus. __ Ouço ele soltar a respiração.
— E agora? __ Estou tentando não pensar na dor.
— Você precisa entrar no furgão e procurar pela chave. Provavelmente ela já está na ignição ou em algum lugar lá dentro.
Vou até a lateral do furgão, abro a porta e uso um esforço quase sobre-humano para entrar, já que ele é um pouco alto. Assim que sento, vejo a chave na ignição.
— Achei.
— Ligue o carro e saia daí, agora.
Antes que eu pudesse responder ouvi gritos saindo da casa. Quando olhei para a porta vi dois homens saírem de lá, gritando e correndo na minha direção. Não pensei, só agi. Bati a porta do carro e girei a chave, fazendo o carro ganhar vida. Fiz todo o resto de forma automática. Quando dei por mim, o carro já estava adentrando a pequena estrada de terra, deixando os homens e casa para trás.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Preciso dizer que é provável que publicarei a segunda parte ainda essa semana (rezem para que eu tenha tempo amanhã).
SOBRE O CAPÍTULO: Apesar da Alice ter saído da cativeiro, chegar até um lugar seguro vai ser um pouco mais difícil. Ela está se esforçando, mas devo lembrar que ela está muito machucada e a queda só acentuou isso.
Deixem COMENTÁRIOS para que saiba o que estão achando, vocês estão sumidos. Peço que recomendem a história para amigos e conhecidos.
Beijos da tia e até a próxima ♥