Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 32
32º Capítulo – “Me tira daqui, Ogro.”


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei e agora pra ficar ♪

Imagino que vocês estejam querendo me matar... Mas eu precisava curtir um pouco minhas férias e desopilar minha mente.
Sei também que algumas pessoas imaginaram que eu iria abandonar a história, mas isso não irá acontecer.
Enfim, curtam o capítulo e nos falamos lá embaixo.



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— Gustavo?

Ouvir a voz de Alice do outro lado da linha, mesmo fraca, trouxe todas as minhas forças de volta.

— Gatinha? __ A única coisa que consigo ouvir são seus soluços. — Onde você está? Me diz, onde você tá?

— Eu... eu não sei... __ Ela diz, entre soluços.

— Amor presta atenção. __ Tento soar o mais calmo possível. — Eu preciso que você me diga o que consegue ver, o que tem a sua volta.

Preciso que ela me dê alguma pista, qualquer coisa que me ajude a chegar até ela.

Ouço ela respirar fundo algumas vezes.

— É um quarto... bem menor que o meu... __ Ela soluça algumas vezes. — Tem uma cadeira e.... uma janela com grades...

Ela não consegue se segurar e deixa o desespero assumir, caindo no choro. Fecho os meus olhos e seguro o ar. Eu preciso me manter frio para tirá-la de lá, mas ouvir ela chorando desse jeito e não poder abraça-la, faz eu me sentir completamente impotente.

— Gatinha, eu sei que você tá com medo. __ Digo um pouco mais baixo. — E eu prometo, prometo que vou te encontrar, te trazer pra casa e matar esses desgraçados. Mas agora, eu preciso que você me ajude a te encontrar. Você pode fazer isso?

— Me tira daqui, Ogro. __ Mais soluços escapam dela.

— Eu vou, acredita em mim. __ Pego papel e caneta. — Agora de novo Gatinha, me descreve tudo o que você consegue ver.

Ouço ela respirar fundo novamente.

— Um quarto, pequeno. __ Ela para um momento. — Tem uma cadeira, um colchão velho, a porta e uma janela com grades.

Enquanto ela fala eu desenho um esboço no papel.

— Qual o tamanho das barras?

— Não sei... Não são muito grossas...

— Certo, faz quanto tempo que eles deixaram você sozinha?

— Uns 10 minutos. __ Ela soluça de novo.

— Você deve ter uma média de 20 minutos até que eles voltem ai. __ Digo.

— Como você sabe?

— É uma estimativa. Vá até a janela e me diga o que tem do lado de fora.

Enquanto espero alguns minutos, para que ela vá até lá e me diga o que consegue ver, vejo o Felipe e a Paloma se aproximarem.

— Não tem nada Gustavo... __ A respiração dela acelera de novo. — Só mato por todo lado e uma estrada estreita.

— Nenhum carro?

— Tem furgão. __ Vai ter que servir.

— Vou precisar que você me ouça com muita atenção, Gatinha.

Respiro fundo e planejo mentalmente uma forma de tirá-la de lá. Não sei se o que vou tentar vai dá certo, mas preciso tentar.

— Agora escuta, eu preciso que você quebre uma perna da cadeira, pode fazer isso?

—O que? Mas pra que, eu vou...

— Alice, eu preciso que você faça exatamente tudo o que eu disser.

 

 

ALICE

 

Estou desesperada e ter conseguido falar com o Gustavo me deu esperanças. Eu não consigo entender por que ele quer que eu faça isso e em como isso vai me ajudar a sair daqui, mas vou fazer tudo o que ele disser. Respiro fundo mais algumas vezes e espero ele falar de novo.

— Você precisa rasgar um pedaço grande do forro desse colchonete.

— Rasgar o colchonete? Gustavo, eu não consigo entender onde isso...

— Alice __ Ele me interrompe. — Só vou poder te ajudar se você fizer tudo o que eu disser.

— Tudo bem, espera.

Coloco o telefone no chão e enfio o dedo em um buraco que já tem no forro. Puxo algumas vezes até que ele seda o suficiente e comece a rasgar. Demoro um pouco para conseguir e quando termino, sinto uma dor forte abaixo do peito. Me levanto e pego o celular no chão.

— Pronto... __ Digo, ofegante.

— Você vai precisar fazer xixi nesse pano.

— O que? __ Ele só pode tá brincando comigo.

— Esse colchão provavelmente é velho, você precisa aumentar a resistência do tecido se não ele não vai aguentar.

Fiquei em silêncio, tentando regular minha respiração.

— Gatinha, eu sei que parece estranho. Mas a gente precisa tentar, é o único jeito.

— Espera.

Coloco o telefone no chão novamente e ando com dificuldade até o canto do quarto. Coloco o pedaço do forro embaixo de mim, baixo meu short e calcinha, e faço o que ele pediu.

— O que mais você precisa? __ Pergunto assim que pego o telefone novamente.

— Quebre uma perna da cadeira. __ Ele diz, frio.

— Eu não consigo. __ Digo, me encostando na parede. — Tá doendo muito.

— Eu sei. __ Ouço ele inspirar profundamente. — Sei que você tá machucada e sei também que tudo isso é minha culpa. Mas você precisa se esforçar mais um pouco, Gatinha.

— Eles querem te matar. __ Não consigo conter minhas lágrimas.

— Eu prometo que vai ficar tudo bem... Só mais um pouquinho tá?

— Tudo bem. __ Me afasto da parede e caminho devagar até a cadeira.

— Vai fazer barulho. __ Ele diz. — Então você precisa ser rápida.

Prendo o telefone no cós do meu short, seguro firme a cadeira e bato com ela no chão uma, duas vezes, até a perna soltar. Pego o telefone e levo ao ouvido de novo.

—Pronto.

— Agora, fique de frente pra janela.

— Já estou.

— Dobre o pano no meio, passe ele em duas barras diferente e dê um nó apertado, bem próximo a grade. __ Mantenho o telefone no ouvido com a ajuda do ombro e faço o que ele pediu.

— Pronto.

— Agora coloque a perna da cadeira entre o nó e a grade e torça, até as barras se afastarem das outras.

Coloquei o telefone no short de novo e fiz o que ele pediu. Torci uma, duas vezes e as grades não se moveram. A dor agora está insuportável, dificultando inclusive minha respiração. Descansei alguns segundos e torci mais uma vez, mais outra e outra, até que o pano não esticou mais e as grades se moverem. Então eu continue, torci mais algumas vezes e vi as grades se afastarem mais um pouco e então eu cai.


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Notas finais do capítulo

Então, apesar de ter sumido um pouco, quero agradecer a todos que esperaram e pedir desculpas aqueles que ficaram na ânsia de um novo capítulo.

Sobre nosso capítulo de hoje, devo dizer que apesar da experiência de Gustavo ser um fator decisivo para Alice, não é só isso que vai salvá-la. Ela está bastante machucada e conseguir sair do cativeiro vai exigir muito esforço.

Vocês já sabem, COMENTEM!

Até a próxima, beijos da Tia.



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