Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 20
20º Capítulo – “Foi só um pesadelo.”


Notas iniciais do capítulo

Oi Leitores (: Bom, fiz um esforço pra terminar esse capítulo hoje, apesar de ter demorado mais do que o costume para terminar (por que estou MEGA cansada), mas está ai. Nos falamos lá embaixo, boa leitura.



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FLASH ON

Alice acordou aos poucos, sentindo o frio tomar conta de todo seu corpo pequeno. Quando abriu os olhos, não sabia onde estava, apenas que o lugar era escuro e pequeno.

— Onde eu tô? Estou com tanto medo, tá tudo tão escuro. __ Disse a si mesma.

Alice permaneceu ali, sentada e de cabeça baixa, com medo do que aconteceria se sequer mexesse um único músculo.

— Eu preciso sair daqui, preciso encontrar meu pai. __ Sussurrou Alice, sem conter as lágrimas.

A pequena Alice criou coragem e levantou o rosto, notando uma porta com frechas a sua frente. Tomando cuidado para não fazer se quer um ruído, ela levantou e espiou por um dos espaços na porta. Tudo o que viu foi seu quarto, igual como se nada tivesse mudado. As paredes continuavam tão rosas quanto se lembrava, sua cama estava impecavelmente arrumada – como sua mãe sempre exigia; os brinquedos estavam arrumados nas prateleiras e o livro que seu pai lia todas as noites estava ali, em cima do criado mudo.

A garota insuflou-se de coragem e saiu do armário, pisando o mais leve possível, para não fazer barulho algum. Alice varreu o quarto com os olhos e não encontrou nada de diferente ou anormal, fazendo sua atenção se voltar inteiramente para a porta que dava no corredor.

Eles devem estar lá em baixo.

Alice caminhou até a porta e espiou, não tinha ninguém. Aos poucos colocou o corpo para fora e caminhou pelo corredor longo, indo em direção a sala de estar. Quando chegou ao cômodo o tempo parou e todo o pesadelo veio à tona novamente. O chão da sala estava inundado de sangue, o sangue das pessoas que ela mais amava. Mas não gritou, não conseguiu. Estavam todos ali, todos. Sua mãe – com os olhos azuis abertos, vidrados e com um buraco no meio da testa; seu irmão mais novo – com o pequeno corpo completamente ensopado pelo líquido vermelho, seus tios e avós caídos, mortos. As lágrimas eram a única reação de dor que seu corpo conseguiu estravar. Mas não eram só eles. Quando Alice levantou os olhos, viu Paloma sentada no chão e encostada na parede. Seus olhos também estava abertos, com um filete de sangue que vinha de um rombo bem no meio da testa – como os de sua mãe, escorrendo entre os olhos.

E então o ar começou a falhar.

Felipe e Gustavo estavam um a cada lado de Paloma, da mesma forma, Alice gritou. Um grito de dor e desespero, um grito de socorro. O choro se tornou forte, alto e desesperador.

— Eu... preciso... sair aqui...

Os soluços não a deixavam falar, e então ela se deu conta: faltava alguém. Alice olhou para todos os cantos da sala mas não o viu. Seu pai pode estar vivo. Quando Alice virou para o corredor, pronta para correr para o quarto dos pais, o viu. Ele estava parado atrás dela com um ferimento igual ao de todos, mas em pé, a olhando.

— A culpa é sua, você fez isso com todos nós.

 

 

Alice acordou com Felipe a balançando, chamando por ela. Quando se deu conta de que tinha sido um pesadelo, se entregou as lágrimas, permitindo-se ser abraçada pelo rapaz. A dor de reviver tudo novamente a faz perder o controle, apertando com força o corpo de Felipe, por medo de perde-lo.

Felipe abraçou a garota na tentativa de acalmá-la, mas não funcionou.

— Tudo bem maninha, foi só um pesadelo.

As lágrimas vinham sem controle, junto com o soluços descompensados.

— Alice, foi só um pesadelo. __ Felipe tentou se afastar, para olhá-la, mas Alice não o soltou. — Maninha, tudo bem, eu estou aqui.

Paloma observava da porta, sem reação. O grito desesperado de Alice acordou a todos e ela realmente achava que tinha acontecido algo, quando chegou ao quarto da prima Felipe já estava lá, tentando acalmá-la.

— Ele... minha culpa... sozinha... __ Alice tentava falar entre os soluços.

FELIPE

Porra, eu sabia que isso ia acontecer. Quando Gustavo foi embora pela primeira vez ela ficou assim durante semanas, até se acostumar. A briga dos dois despertou o medo dela de ficar sozinha, de novo. Quando eu passei pelo correr para ir ao banheiro, a vi se debatendo na cama e tentei acordá-la, mas não deu certo. Os gritos dela acordaram até a Paloma, que tá parada na porta, sem reação. Já faz uns dez minutos que ela acordou e não se acalmou ainda. Acho que não é de mim que ela precisa hoje.

— Você precisa chamar o Gustavo. __ gesticulo com a boca, assim que meu olhar e o da Paloma se encontram.

Ela confirma com a cabeça e sai do quarto.

—--

Gustavo pegou no sono e dormiu encostado a cama, de frente ao espelho. O barulho do telefone o despertou aos poucos, fazendo ele abrir os olhos.

Merda, eu dormi no chão.

O barulho do telefone tocando novamente fez os sentidos dele despertar, fazendo-o se levantar. Gustavo olhou ao redor procurando o aparelho e localizou na mesa, em frente a cama. Quando olhou o visor do aparelho viu o nome da Paloma na tela.

— Pirralha, desculpa ter saído daquele jeito, eu não estava com... __ Gustavo tentou explicar, mas foi interrompido pela garota.

— Gustavo, não é isso. Você precisa vir aqui.

— Mas eu acabei de sair daí. __ Estranhou o pedido da garota.

— Você sabe que horas são? __ A pergunta da garota fez Gustavo olhar a hora em seu relógio.

02:35 A.M

— A Alice, ela teve um pesadelo horroroso, acordou gritando e Felipe não tá conseguindo acalmá-la. Você precisa vir aqui.

— Estou indo.

Gustavo não demorou pra chegar na casa deles e quando bateu na porta, não demorou para que a Paloma abrisse.

— Ela tá no quarto.

Gustavo não esperou e correu até o quarto de Alice. Quando chegou no corredor ouviu o choro dela e quando entrou no quarto a viu, abraçada a Felipe, encolhida nos baços dele. No mesmo momento ele lembrou do que ela tinha dito mais cedo, dos pesadelos que teve quando ele foi embora, do quanto sofreu.

 

GUSTAVO

Parece que eu voltei no passado e estou vendo aquela garotinha que chegou aqui, assustada e com medo. Felipe me viu, fez um sinal positivo com a cabeça e eu entrei. Me ajoelhei ao lado da cama e fiz carinho no cabelo dela.

— Gatinha?

Aos poucos ela o soltou e me olhou, como se tivesse procurando algo, tentando conter os soluços.

— Eles machucaram você... __ Os olhos dela estavam vermelhos, molhados e fixos em mim.

— Não Gatinha, ninguém me machucou. __ me levanto, vou até a cama e me sento, enquanto Felipe saia pelo outro lado.

Ela tocou meu rosto, como se ainda tivesse procurando por algo.

— Gatinha, foi só um pesadelo.

Os soluços dela ficaram forte outra vez e quando dei por mim ela já estava nos braço, chorando e soluçando forte, segurando a minha camisa.

— Eles... minha culpa... machucou você... Paloma...

— Shi, ta tudo bem. __ A abracei firme.

E eu fiz tudo como da primeira vez. Me encostei na cabeceira da cama, para que ela ficasse confortável e deixei que ela chorasse, mais uma vez. Aos poucos o choro foi diminuindo, até que ela cochilou e eu me entreguei ao sono junto com ela. 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Mais uma vez preciso pedir que vocês comentem para que eu saiba como estou me saindo. Até mais, beijos da tia.



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