Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 12
12º Capítulo - "Que beijo?"


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo quero me desculpar por não ter postado nos últimos 30 dias. Estive pensando se realmente valia a pena continuar com a história, mas não achei justo com vocês. Bom, espero os comentários de vocês pra repensar se ainda vou continuar. Boa leitura a todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694230/chapter/12

— Gustavo? __ O grito de Alice vinha de um lugar que Gustavo não consegue encontrar. A casa tem muitos quartos e por mais portas que ele abra, ela não está em nenhum dele.

— Alice? __ Ele gritou pela garota, desesperado. Mas não ouve resposta.

Quando Gustavo chegou no fim do corredor avistou a última porta.

— Só pode ser lá.

Ele se dirigiu até a porta e não perdeu tempo, abriu para ver se havia alguém dentro. Alice está caída no chão com o corpo coberto por sangue. Ele corre até ela e a pega nos braços, sentando no chão.

— Gatinha, por favor, abre olhos. __ Gustavo chama pela garota, fazendo carinho no rosto dela. — Vamos gatinha, não faz isso. Eu não posso perder você também. __ as lágrimas já escorriam livres pelo rosto de dele, que parece não querer acreditar no que vê.

— Acho que você agora está provando do seu próprio veneno, não é mesmo? __ A voz grave veio do outro lado do quarto, onde um homem alto, de cabelos grisalhos, barba e rosto rígido estava.

— Quem é você? Por que fez isso? __ Gustavo fala entre soluços, enquanto segura firme o corpo de Alice.

— Você tirou alguém de mim e agora, eu tirei alguém de você. ”

 

— A febre dele está muito alta, eu não sei mais o que fazer.

Estou sentada em uma cadeira ao lado da cama dele. Há dois dias. Dois dias ele não acorda. O Felipe diz que não podemos levar ele até um hospital, mas ele não melhora. Não melhora. E eu não sei mais o que fazer.

— Ele vai ficar bem, Alice. __ o Felipe está tentando me acalmar.

—Não! Não vai ficar tudo bem. Já fazem dois dias que ele está assim e você não quer deixar levar ele para o hospital. __ as lágrimas começam a correr pelo meu rosto. — Ele precisa...

Quando estou prestes a gritar o ouço gemer.

— Gatinha.... __ ele está delirando. — Não, não machuque ela... Gatinha, acorda...

Vejo a Paloma se aproximar e colocar a mão sobre a testa dele.

— Felipe, ele precisa de um médico. __ não consigo mais me controlar. — Eu não sei mais o que fazer!

— Alice... Gatinha, volta para mim... __ o suor escorre pela testa dele e cada vez que ele chama por mim sua voz parece mais fraca.  

— Eu vou buscar ajuda. __ Felipe levanta de supetão e vai até a porta. — Vou procurar um amigo, ele vai ajudar.

— Posso ir com você? __ Pediu Paloma. — Desculpa prima, mas eu não consigo mais ver ele assim.

— Você vai ficar bem, sozinha com ele? __ Pergunta Felipe.

— Por favor não demora. Ele precisa de ajuda. __ sei que ele não vai aguentar muito mais tempo. — E se eu ligar, vem correndo.

Eles saem e assim que fico sozinha com ele não consigo mais me conter. Deixo uma onda de soluços me dominar e as lágrimas molham meu rosto. Levanto da cadeira e deito no peito nu dele. No instante em que nossas peles se tocam sinto o quanto ele está quente. O medo primitivo de ficar me domina e eu me desespero.

— Por favor... acorda, eu preciso de você. __ abraço o corpo dele. — Você precisa acordar, não pode me deixar sozinha de novo, por favor...

— Não chora, Gatinha. __ a voz fraca dele me faz levantar de imediato. Não consigo conter os soluços enquanto ele tentar levar a mão ao meu rosto. A dor parece lembra-lo de tudo o que aconteceu.

— Você precisa ficar quieto, não se mexe. __ digo de imediato e ele sorri fraco.

— Gatinha. __ esse apelido idiota parece ser um mantra para ele.

— Sua febre está muito alta e já fazem dois dias... __ respiro fundo tentando controlar as lágrimas. —  por favor, fica quieto.

—  Não chora. __ ele leva a outra mão ao meu rosto e eu fecho os olhos. Aproveitando seu toque. — Alice, o beijo...

Eu não sei o que dizer. Eu realmente o beijei, mas não que ele lembre disso. Meu orgulho é grande demais para deixar que ele saiba do medo que tenho de perde-lo. E assumir que aquele beijo foi um ato de desespero é o mesmo que dizer que o amo.

— Que beijo? __ finjo não saber do que ele está falando.

De repente a expressão dele mudou e um sorriso triste nasceu em seus lábios.

— Eu estava delirando, não é? __ A voz fraca dele agora tem também um tom de melancolia.

A expressão dele faz meu coração diminuir e mesmo sabendo que o beijo tinha sido real, não quero ele ache que podemos ter algo a mais.

— Você falou muito e se debateu também, por causa da febre, ela ainda está muito alta.  __levanto da cama, para evitar olhar nos olhos dele. — Você consegue levantar?

— Para que, Alice?

O tom dele é frio. E sei muito bem que sempre que me chama pelo meu nome é por que está chateado. Pelo menos, era assim no passado.

— É só que, você perdeu muito sangue e sua febre também está muito alta... precisa de um banho frio. E eu aproveito para trocar o forro da cama.

GUSTAVO

O que eu estava pesando? Ela nunca iria me beijar assim, do nada. A droga do meu ombro está doendo demais e eu me sinto como se meu corpo inteiro estivesse em chamas.

— Preciso mesmo? __ não sei se consigo me manter em pé e não quero que ela se preocupe comigo.

— Você consegue? __ ela está em pé ao lado da minha cama.

— Consigo Alice, você não precisa se preocupar comigo. __ me arrependo no segundo seguinte de usar esse tom agressivo.

— Não preciso me preocupar?  __ a mágoa é clara na voz dela.

— Alice, eu não quis dizer isso. __ tento me levantar, mas a dor irradia por todo meu tórax.

— Tudo bem. __ ela diz, com a expressão dura. — Vou ligar para o Felipe e a Paloma. Se você não conseguir se levantar não tem problema, o Felipe te ajuda quando chegar.

Os minutos seguintes se arrastaram e a Alice não se dirigiu a mim, nem mesmo para checar minha temperatura. Ela ligou para o Felipe e pelo o que entendi ele já estava a caminho. Não demorou muito e ele entrou no quarto, vindo em minha direção.

— Cara, que susto você nos deu. __ Ele se aproxima e senta na cadeira ao lado da cama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibida Pra Mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.