Cavaleiros do Zodíaco: A Saga dos Herdeiros escrita por Dré
— Ave Fênix!
— Corrente de Andrômeda!
Os golpes combinados formaram uma centena de correntes em chamas circundando uma ave de fogo. Perseu e Diomedes se protegeram dentro de uma esfera de cosmo que explodiu. O calor local se misturou com as chamas de Ikki, que incendiava as casas ao redor. Os cosmos de Diomedes e Perseu lentamente se apagaram.
— Eles teriam sido muito perigosos se estivéssemos separados – disse Shun. – Mas juntos somos muito superiores.
— Eu entendi meu erro, Shun. Mas não se preocupe, eu estou de volta e não abandonarei Atena novamente.
Enquanto isso, nas Doze Casas, as sombras que invadiram o santuário chegaram à Casa de Escorpião. Lá, os três inimigos restantes encontraram Jabu, que parecia disperso em sua magnífica armadura de Escorpião. Um deles se aproximou e retirou o manto. Era um homem alto, de armadura azulada, seu capacete tinha chifres semelhantes aos da armadura de Touro.
— Eu me chamo...
— Teseu – Interrompeu Jabu, que parecia estar se concentrando em outra coisa. – Eu sei quem você é. Agora andem. Passem logo.
Os inimigos então se entreolharam. Teseu acenou para que os outros dois continuassem, mas ficou para trás.
— O que está fazendo? – Perguntou Jabu. – Vá com os outros.
— O que você está fazendo? – Rebateu Teseu. – É um traidor, ou apenas um covarde?
Jabu estava concentrado no cosmo de Seiya e Belerofonte, que se enfrentavam longe de lá. Belerofonte parecia ter um cosmo muito maior no começo, mas conforme se enfrentavam, o cosmo de Seiya crescia cada vez mais, como se não tivesse fim. Jabu não conseguia entender o que estava acontecendo. Seria esse o poder que Atena dava aos seus preferidos? Não parecia. Era como se fosse outra coisa, algo inerente a Seiya. O que ele tinha de diferente?
A resposta acertou Jabu quase como um golpe: Seiya não desiste. Ele continuava se levantando, aprendendo e evoluindo durante a própria batalha. Jabu entendeu que não era o que Atena dava aos cavaleiros, mas sim o que os cavaleiros davam a ela. Jabu voltou-se para Teseu, e sem pestanejar, avançou contra o inimigo.
— Picada de Escorpião!
Teseu conseguiu desviar o braço de Jabu com as costas da mão, mas o movimento do cavaleiro de ouro fora veloz o suficiente para acertar a ombreira da armadura do inimigo e explodi-la. Teseu segurou o braço de Jabu e o arremessou para o alto com um jorro de cosmo que fez Jabu explodir contra o teto e em seguida cair no chão. O golpe fora poderoso o suficiente para trincar a armadura de ouro, e o efeito psicológico fez Jabu estremecer. Não desistir.
Jabu investiu. Ele e Teseu começaram a trocar golpes em velocidade assombrosa. Teseu era ágil e veloz, e logo Jabu começou a notar que seu inimigo era tecnicamente superior.
— Ângulo Titânico! – Bradou Teseu.
Em uma abertura, Teseu socou o chão e uma coluna de energia azul moveu-se contra Jabu. Não desistir. O cavaleiro resistiu ao golpe segurando-o com as próprias mãos, o que vaporizou as manoplas da armadura. Boquiaberto, Teseu viu o escorpião investir mais uma vez contra ele.
— Vingança de Antares!
O punho de Jabu se ascendeu em uma energia vermelha. Teseu ficou espantado ao ver que o cosmo do cavaleiro de Escorpião não parava de crescer. Ele revidou e os punhos de ambos se chocaram. Explosão, estilhaços e pilares se rompendo. Uma cratera surgiu no meio da Casa de Escorpião. Teseu teve uma manopla destruída e Jabu estava sangrando, esmagado contra um pilar.
— Eu sou superior em todos os sentidos – disse Teseu.
O corpo de Jabu escorregou e caiu. De vagar, começou a se levantar. Algo crescia dentro dele, algo que nunca sentira antes. Foi então que, no fundo do seu peito, pode sentir o toque luminoso alcançar seu coração. Atena. Não era algo atual, mas sim uma força que estava lá para que os cavaleiros alcançassem por si próprios.
Estava aqui todo o tempo, pensou Jabu. Eu só precisava encontrar.
— Meu próximo golpe, será o último – disse Teseu.
Foi então que o Herói Caído notou as lágrimas nos olhos de Jabu.
— Atena está do meu lado. Você não irá me derrotar. – O cosmo de Jabu começou a se elevar a níveis inacreditáveis, espantando o próprio Teseu. – Orgulho de Antares!
— Ângulo Titânico!
A esfera de gigante de energia vermelha se ascendeu como nunca antes e viajou contra a coluna de energia azul que vinha em sua direção. Os golpes se chocaram, mas a coluna quebrou-se. A casa de Escorpião tremeu em suas fundações. O cosmo de Teseu apagou-se como uma vela que perde seu oxigênio.
Jabu caiu no chão, fraco demais para continuar de pé. Sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
Após cruzar a casa vazia de Sagitário, dois inimigos restantes alcançaram a casa de Capricórnio, protegida por Ban. Ao ver o cavaleiro lidando com sua infinidade de materiais, um dos inimigos adiantou-se e retirou seu manto. Ele trajava uma armadura dourada cujo capacete era muito semelhante a uma coroa.
— Há muito tempo eu queria conhecê-lo pessoalmente, Ban de Capricórnio, o Mago de Atena.
Ban voltou-se para os inimigos.
— Ah! Édipo, o Rei de Tebas, aquele que venceu os enigmas da esfinge. É uma verdadeira honra.
— Sua sabedoria também me honra, cavaleiro de Atena. Mas estamos diante de um impasse. Um enigma dado agora. Como pretende resolvê-lo?
— Eu tenho uma proposta – continuou Ban. – Reconheço os meus limites, sei que não poderei conter os dois. Então deixarei seu aliado passar. Mas você, Édipo, ficará aqui comigo, me fazendo companhia enquanto a batalha se desenvolve.
— Não iremos lutar?
— Não há necessidade. Não seremos nós, afinal, aqueles que irão decidir essa Guerra Santa. Se você tentar passar a força, eu lutarei e, de qualquer jeito, você acabará tendo de ficar aqui. O que você prefere? Ficar e lutar, ou ficar e relaxar um pouco?
— Como era de se esperar do Mago de Atena – riu Édipo.
Enquanto o último Herói Caído seguiu a diante, o Rei apenas acomodou-se em uma cadeira.
— No que está trabalhando? – Perguntou Édipo – É algum tipo de arma contra nós?
— Sim. Uma arma contra você especificamente – Ban então estendeu uma bandeja até Édipo. – Petiscos canadenses. Feitos com tomate, presunto e cebola fritos.
O último inimigo alcançou o Salão do Mestre. O Grande Mestre estava em pé ao lado do trono, quando o inimigo revelou-se como Cadmo, o último dos Heróis Caídos. Ele trajava uma armadura vermelha e tinha longos cabelos castanhos.
— Cadmo, aquele que, guiado por Atena, derrotou e semeou os espólios do dragão – disse Sorento. – É possível dizer que você foi o primeiro cavaleiro de dragão.
— Isso é muito interessante – disse Shiryu, se apresentando para a batalha final.
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