Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 6
Weredemons


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo pra vocês, fantasminhas :3



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 Àquela tarde enquanto papai e tio Dean continuavam com sua pesquisa eu fui fazer o meu dever de casa. Parecia que os professores de Beacon Hills não brincavam em serviço e pegavam bastante pesado com os alunos. O professor de Astronomia, por exemplo, passou um questionário de vinte perguntas para entregar na próxima aula, sem falar a leitura de um capítulo inteiro do livro que eu ainda nem tinha.

 Quando deu oito horas da noite eu ainda estava fazendo o trabalho de Francês. Tinha que ler um texto-exemplo e depois fazer um pequeno diálogo parecido usando o que foi ensinado na aula daquele dia. Era bem simples para quem estudava francês desde a escola primária, o que com certeza não era o meu caso.

 – Ei, o que acham de irmos jantar? Vi que tem uma churrascaria perto do hospital e estava a fim de dar uma passadinha lá. – falou tio Dean levantando-se da cadeira.

 – Acho uma boa ideia. – respondeu meu pai. – Vamos, Emily?

 – Vão vocês, estou sem fome. – respondi sem tirar os olhos do caderno. – E ainda tenho que terminar de fazer o trabalho de francês.

 – Tem certeza? Não se recusa churrasco assim.

 – Tenho, podem ir.

 – Está bem. – disse papai mexendo em meu cabelo. – Nós trazemos alguma coisa pra você, ok? A gente não demora.

 Então os dois saíram do quarto e eu fiquei sozinha naquele silêncio absoluto. Quando finalmente terminei de fazer o dever de casa resolvi ir tomar um banho. Precisava relaxar depois daquele dia cansativo de estudos, que apesar de puxado eu tinha gostado muito. Peguei algumas roupas na mochila e entrei no banheiro. Me despi e entrei debaixo do chuveiro.

 Com certeza aquele banho foi restaurador. Nem parecia que tinha tido um dia cheio. Após me secar com a toalha, coloquei minha roupa e fui para frente do espelho pentear os cabelos recém-lavados. Já estava quase terminando quando ouvi um barulho vindo do quarto. Papai e tio Dean já tinham voltado? Não, não era o barulho da porta. E provavelmente meu tio não sairia da churrascaria antes de acabar com todo o estoque de carne. Então logo descartei essa possibilidade.

 Eu estava com medo, mas tinha que ver o que estava acontecendo. Vai que era um ladrão? Certamente não podia deixá-lo levar nossas coisas, mesmo que não tivéssemos quase nada. Então abri a porta devagar tendo como arma somente um pente. Exatamente, um pente. Eu nem sabia o que ia fazer com aquilo, mas daria um jeito. Pelo espaço aberto pude ver a figura do tal ladrão. Ele era alto, tinha cabelo e barba preta, e se chamava...

 – Derek? O que tá fazendo aqui?

 – Essa é a sua arma? Um pente? – disse rindo.

 – Aff! Eu pensei que fosse um ladrão! – pus o pente sobre a cama e cruzei os braços. – O que tá fazendo aqui? Como conseguiu entrar?

 – Pela janela. – respondeu indicando a mesma, que estava aberta. – Eu me lembrei de onde conhecia o sobrenome Winchester. Vocês são caçadores, não são?

 – E se fossemos? Algum problema? Aliás, como você sabe disso?

 – Talvez por que eu seja um lobisomem?

 – Lobisomem? – perguntei sem acreditar.

 – Exatamente. – disse ele se aproximando de mim. De repente seus olhos brilharam em um vermelho intenso e logo voltaram ao normal. – E você também não é tão humana quanto parece.

 – Como você sabe disso? – perguntei surpresa.

 – Os olhos de um alfa podem ver muito mais do que você imagina. Então...?

 – Eu sou... – eu não queria falar, então fui logo mudando de assunto. – O que você quer!?

 – Ok, não quer me dizer. – disse o homem sentando na cama com um sorriso malicioso no rosto. – Mas saiba que uma hora vou descobrir. Enfim, vim dizer para evitar sair de casa a noite.

 – Ah, é? E por que?

 – Hoje mais cedo chegou um grupo estranho na cidade. Os outros lobisomens e eu ainda estamos tentando descobrir o que eles querem.

 – Grupo estranho? – perguntei para mim mesma me lembrando das criaturas que tinha visto. – Eu os na lanchonete na hora do almoço! Eles eram grandes e cinzentos...

 – Exatamente, mas ainda não sabemos o que são. Então não saia de casa a noite.

 – Espera! Meu pai e meu tio estão na rua.

 – O que? Onde?

 – Na churrascaria, perto do hospital. Nós precisamos avisá-los, Derek!

 – Não, eu vou avisá-los. – falou Derek se preparando para pular a janela. – Você fica aqui.

 – Não! – estiquei minha mão na direção dele e usei meus poderes.

 – Que droga é essa? – perguntou ele tentando se mexer, mas era em vão.

 – Eu vou com você.

 – Não, Emily! É arriscado demais.

 – Por que você se importa tanto?

 – ... – o Hale ficou sem palavras. – Está bem, pode vir.

 – Assim é melhor. – disse o soltando. Derek não perdeu tempo. Ele veio até mim com um sorriso no rosto e me jogou por cima de seu ombro. – DEREK HALE, ME LARGA, SEU DOIDO!

 – Ué, não disse que queria vir comigo? – ele riu. – Vamos dar uma volta, gatinha. – Então Derek pulou pela janela e saiu correndo em uma velocidade absurda em direção à churrascaria.

 Estávamos a um quarteirão de nosso destino quando nossos ouvidos foram atingidos por um som estridente. Era como um uivo misturado com um rugido, algo assustador. Não tinha a ver com nada que já tenha ouvido antes. Até Derek pareceu assustado com o barulho, acelerando mais ainda a corrida. Porém antes que pudéssemos chegar à churrascaria vimos que o circo já estava armado.

 As pessoas corriam de um lado para o outro apavoradas. O Hale me colocou no chão e saiu correndo, sumindo na confusão. Eu fui atrás dele, é lógico, e a figura que vi logo em seguida não foi nada amigável. Era uma besta gigante de pele cinzenta, assim como havia visto mais cedo. Seus olhos vermelhos brilhavam enquanto soltava seu uivo raivoso. Papai e tio Dean atiravam contra a tal criatura, porém a única coisa que as balas faziam com ela era deixá-la mais nervosa.

 – Droga, Dean, não tá funcionando! – gritou meu pai pondo mais munição na arma.

 – Continua atirando, Sammy!

 – Pai! – disse chegando perto deles.

 – Emily!? O que está fazendo aqui? – perguntou papai nervoso enquanto voltava a atirar.

 – Eu vim com o Derek.

 – Quem!? – perguntou tio Dean.

 Olhei à volta e não vi Derek. De repente ouvimos um uivo e a figura de um lobo negro pulou sobre nossas cabeças e foi em direção a besta. Será que aquele era...? Só podia ser. Ele foi direto no pescoço do monstro e os dois começaram a travar uma batalha sangrenta de vida ou morte.

 – Aquele é o Derek. – respondi com um sorriso no rosto. Os dois pararam de atirar para assistir a feroz batalha.

 O lobo foi lançado contra o capô de um carro, causando um amasso. Ele levantou, chacoalhou a cabeça e foi novamente para cima do feioso com raiva. Porém o monstro mordeu seu pescoço irritado e o lançou no chão com toda a força. Derek grunhiu tentando se levantar, mas foi em vão.

 A besta pegou um carro e o ergueu com a maior facilidade. Estava pronto para lançá-lo em cima do lobo. Levantei e tomei a frente. A criatura sorriu com todos os dentes grandes e afiados, e lançou o carro sobre nós. Estendi as mãos frente ao corpo e com o poder da mente o joguei no meio da rua.

 – Oona, já chega! – disse uma voz masculina que vinha de cima de um telhado.

 – Eu só estava me divertindo um pouco, Daniel. – disse o monstro com uma voz terrivelmente assustadora. Então seu corpo voltou ao normal, tomando a forma de uma mulher de cabelos cor-de-rosa presos em marias-chiquinhas, usando uma roupa totalmente preta. Sem dúvidas era uma das pessoas que vi no almoço. – Você é um estraga prazeres!

 – Derek, você está bem? – perguntei correndo até ele. Seu corpo inteiro estava cheio de feridas que sangravam. Mas o lobo continuou no chão, estava morrendo de dor e com uma intensa raiva. Ele voltou a forma humana, nu, olhando fixamente para o tal Daniel.

 – Ora, ora... Se não é Derek Hale. – o rapaz se agachou ainda no telhado para olhá-lo mais de perto. – Já ouvi sobre a sua fama por aí. Mas não parece ser tão forte o quanto dizem.

 – Ei, feioso! – gritou tio Dean. – O que vocês querem!?

 – Isso é comigo? – perguntou Daniel cheio de si.

 – Vai tirar esse sorriso da cara quando eu chutar a sua bunda!

 – Vocês humanos são um bando de idiotas. – disse rindo. – Felizmente nós weredemons não temos mais esse nosso lado.

 – Weredemons? – perguntou meu pai.

 – Somos filhos da escuridão, os amaldiçoados pela luz do luar, descendentes da Besta de Gévaudan... Viemos vingar a morte de nosso antepassado. E todos nessa cidade irão pagar. Oona, vamos!

 – Beijo, Derekzinho! Me liga! – a garota pulou no telhado e os dois sumiram dali.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? No próximo capítulo vamos ter cenas fofinhas de Derely *---*
E não, não vai ter beijo ainda -q



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