Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 34
Adeus, amigo




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 Todos estavam no velório de Leon; os Hale, Stiles, Lydia, Scott, Isaac, Liam e até mesmo o diretor Argent e o Xerife Stilinski. Talita estava inconformada pela morte de seu melhor amigo. Tivemos que inventar uma história para ocultar o sobrenatural e dissemos que Leon foi atacado por um animal, um jaguar mais especificamente.

 – MEU FILHO! MEU FILHO! – berrava a mãe de Leon debruçada sobre o caixão. A cena era de partir o coração.

 Resolvi então me afastar e tomar um ar, pois já estava me sentindo mal. Sentei-me em um banco de pedra que havia ali perto e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Cass me observava de longe, provavelmente por ordens do meu tio. Estava distraída quando ouvi alguém se aproximar e falar comigo.

 – Hey.

 – Isaac, o que houve? – perguntei ao mesmo.

 – Vim tomar um ar. – disse o mesmo. – Posso?

 – Pode. – respondi e ele se sentou ao meu lado.

 – Muito triste o que aconteceu com o Leon, não é? – disse o mesmo – Eu nem conhecia o cara, mas parece que as pessoas gostavam muito dele.

 – Leon, além de ótimo amigo, era uma pessoa fantástica. – respondi. – Não merecia ter tido esse fim.

 – Não se preocupe, vamos encontrar aquele metamorfo maldito e vamos dar a ele o que merece.

 – Como? – perguntei. – Ele pode assumir a forma de qualquer pessoa.

 – Ahn... Bem... Vamos dar um jeito. – disse pondo a mão sobre me ombro, porém Isaac ficou meio sem graça e logo tirou a mão. – Desculpe, nós nem nos conhecemos direito e... Mas, então, me fale um pouco sobre você. Ouvi dizer que é meio “diferente”.

 – Você é engraçado, Isaac. – falei com um leve sorriso no rosto.

 – Consegui te fazer sorrir, já é alguma coisa. – disse o loiro sorrindo.

 – Bem, eu sou uma híbrida, meio humana e meio demônio, por isso nasci com poderes.

 – Ah, entendi.

 – Mas com as habilidades também vem as fraquezas, como não poder assistir ao velório do próprio amigo.

 – Ué, por que? – perguntou Isaac confuso.

 – Capelas e igrejas são lugares sagrados, então é meio que destrutivo para demônios. Mas, fazer o que? É a vida. – disse dando de ombros. – E você? Quem é Isaac Lahey?

 – Bem... eu nasci humano, mas meu pai sempre me tratou como se fosse um monstro. Ele me prendia dentro de um freezer, dá pra acreditar?

 – Freezer? – perguntei impressionada. – Criativo o seu pai.

 – Pois é. – disse o mesmo. – Antigamente era algo doloroso para mim, mas hoje em dia consigo até rir disso.

 – E como você se tornou lobisomem? – perguntei curiosa.

 – Derek me mordeu. – respondeu Isaac logo emendando. – Ah, calma, isso foi quando ele tinha acabado de se tornar alpha e era um tremendo babaca. Quer dizer, não que ele ainda não seja, mas nem se compara aquela época.

 – Ele era tão ruim assim? – perguntei.

 – Putz, e como era. Sabe o Eustáquio Resmungão daquele desenho “Coragem, o cão covarde”?

 – Sei.

 – Era pior que aquilo.

 – Cruzes! 

 – Mas, enfim, voltando a história, Derek havia acabado de se tornar alpha e estava atrás de uma alcateia. Naquela época, como eu disse, eu sofria muito por causa do meu pai. Então o pedi que me tornasse um lobisomem para que pudesse me sentir forte e confiante, e assim me tornei seu primeiro beta.

 – Derek nunca me contou essa história.

 – É que depois de me transformar não fiquei muito tempo em Beacon Hills. – explicou o rapaz. – Houve uma batalha contra o Nogitsune, e Allison foi assassinada.

 – Allison Argent? – perguntei.

 – É, essa mesmo. – respondeu. – Sofri demais com a morte de Allison e como já não tinha mais família em Beacon Hills pedi para que o Argent me levasse para a casa de uma tia que mora em New Jersey e fiquei lá até entrar na faculdade e acabar reencontrando Scott. É, mundo pequeno. 

 – Nem me fale.

 Naquele momento as pessoas começaram a sair da capela. Ao centro, o caixão fechado sendo carregado por seis pessoas, três de cada lado, sendo uma delas Derek. Ele me encarou por um instante, mas sabia que não era um bom momento para conversarmos, pois as coisas ainda estavam muito instáveis. Olhei para Isaac e nos levantamos seguindo a procissão pelo cemitério.

  O caixão foi colocado dentro da cova e todos lançamos flores para dentro da mesma, dando a última despedida a Leon. Uma música foi tocada por uma pequena orquestra ali presente e a terra começou a ser lançada dentro do buraco.

 – Adeus, meu amigo. – falei em voz baixa.

 Sem me despedir de ninguém fui andando para a porta de entrada, onde meu pai e meu tio me aguardavam no carro. Tio Dean abriu a porta traseira do Impala 67 e eu entrei sem dizer nenhuma palavra. Ele também entrou no carro, deu a partida e fomos para casa.


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Notas finais do capítulo

OBS: Uma curiosidade, só para terminar a história do Leon. Quando comecei a escrever Hybrid, era para Leon e Talita serem do mal e estar infiltrados na alcateia de Derek, mas conforme fui escrevendo acabei conhecendo melhor personagens e mudei de ideia.



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