Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 31
Quer um cafezinho?




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 Falso Derek POV

 Acordei àquela manhã na cama com Emily. A garota estava dormindo feito um bebê, parecendo não suspeitar de nada. Me levantei e fui até o banheiro, onde tirei as ataduras que cobriam os “ferimentos” e diminuí a sua “gravidade”; na verdade não havia nenhum machucado, tudo não passava de simples transfiguração que os weredemons me sugeriram a fazer para tentar enganar a alcateia de Derek.

 Era estranho estar liberto depois de tanto tempo. Passei mais de cinquenta anos aprisionado dentro daquele caixão enterrado a sete palmos do chão. Tudo por culpa daqueles militares infelizes na época da guerra fria que só me viam como uma experiência mal sucedida, uma arma fora de controle que precisava ser detida a todo o custo. Então me enterraram vivo em um caixão protegido por magia.

 Agora os weredemons me libertaram em troca de assassinar todas as pessoas que Derek Hale mais ama. Se eu me importo com isso? Nenhum pouco. Aproveitarei esse tempo para planejar a vingança contra as forças armadas e todos aqueles cientistas imbecis que acabaram com a minha vida.

 Coloquei uma camisa e desci as escadas. A casa estava em silêncio absoluto e não havia nem alma penada ali. Me veio a ideia então de fazer um café batizado com acônito, que Derek tinha o suficiente escondido no alto do armário da cozinha. Idiota. Envenenaria a todos e trataria de matá-los logo em seguida.

 Peguei a escada e subi na mesma para poder pegar o vidro. Com cuidado, pus um pouco de acônito na cafeteira, guardei o pote e fui preparar o café normalmente. A primeira a acordar foi Emily, a tal meio-demônio. Eu não tinha certeza se aquilo funcionaria da mesma forma, afinal, não era um lobisomem, mas não me importava, acônito era uma planta venenosa também para humanos, então sem problemas.

 – Bom dia. – disse a mesma com cara de sono.

 – Bom dia, meu amor. – respondi indo dar um beijo na mesma, afinal, tinha que manter o disfarce. – Dormiu bem?

 – Dormi. – disse se espreguiçando e indo se sentar em um dos bancos que ficavam no balcão. – Só estou com um pouco de preguiça.

 – Ah, é? Aqui, toma um café pra ver se melhora. – disse pondo uma xícara com café sobre o balcão.

 – Obrigada. – disse a mesma pegando a xícara e ameaçando beber, mas resolveu falar. Vadia. – Você está melhor?

 – Estou. – respondi. – Quase não sinto mais dor e só tem alguns arranhões, mas nada que precise se preocupar.

 – Da última vez demorou uns três dias para curar, então acho que vai ficar cem por cento logo logo.

 – Espero que sim. – disse a olhando. Bebe logo, vadia!

 Foi então que Emily levou a xícara até os lábios e tomou um gole do café. Fiquei a observando cheio de expectativa, esperando que o acônito fosse fazer efeito, mas não acontecia nada. Aliás, Emily começou a falar mais ainda, o que estava me deixando irritado. Como Derek aguentava aquela garota?

 Naquele meio tempo quem desceu as escadas foi Peter, que estava todo arrumado e parecia ter passado um litro de perfume, que empesteou o apartamento. Ele estava feliz demais, parecia até que tinha encontrado uma namorada ou algo do tipo.

 – ... Que vontade de te ter, garota. Eu gosto de você, fazer o que? O pai te ama... — cantarolava o mesmo em uma língua estranha. – Bom dia.

 – Bom dia, Peter. – respondeu Emily. – Tá animado, hein...

 – É, hoje eu vou ver a Lydia. – disse indo pôr café na xícara e indo se sentar com Emily. – A mais nova gravidinha de Beacon Hills. Nem acredito que vou ser titio.

 – Mas você já é titio. – disse Emily.

 – Ah, é verdade. – falou o mesmo. – Mas meus sobrinhos já estão todos velhos. Precisamos de crianças nessa família, não é mesmo, Derek? Vocês dois bem que podiam providenciar.

 – É. – falei emburrado, como Derek faria. Emily ficou vermelha feito um pimentão.

 – Bem, eu tenho que ir. – disse Peter. – Lydia está me esperando. Até mais e... Pensem nisso!

 E lá se foi Peter Hale deixando a xícara de café cheia de acônito sobre o balcão intocável. Emily também não tinha nenhuma reação a planta. Que raiva que aquilo me dava. Alguns minutos depois quem desceu foram Malia e Cora, que também estavam prontas para sair.

 – Hey, Emily, quer ir tomar café com a gente? – perguntou Cora.

 – Soube que a Mandy’s está em promoção. – falou Malia. – Cinco waffles por um dollar. Eu vou comer muito.

 – Ah, eu adoraria. – disse Emily se levantando. – Vamos, Derek?

 – Ah, não, vão vocês. – falei. – Preciso resolver algumas coisas por aqui.

 – Está bem então. – disse Emily. – Vou me arrumar.

 Cerca de dez minutos depois as garotas saíram, me deixando mais uma vez sozinho em casa, no silêncio absoluto. E o pior, meu plano havia dado totalmente errado. Pensei que seria fácil acabar com aquelas pessoas, mas vejo que vai ser totalmente o contrário. Mas não importava, arrumaria um jeito de acabar com eles, nem que fosse com todos de uma vez.


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