Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 25
A Decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores e fantasminhas
Tudo bem com vocês?
Vim trazer esse capítulo malaviloso cheio de tretas pra vocês ♥
Espero que gostem :3



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 Dizem que no Inferno perde-se a noção de tempo. Meu tio Dean mesmo disse que enquanto esteve aqui pareceu se passar mais de trinta anos, enquanto ficou apenas por três meses. Desde que cheguei ao Inferno sinto algo similar; parece que já se passaram meses, quando na verdade, no mundo dos humanos pode ter passado apenas alguns dias ou até mesmo horas.

 Nesse tempo que estive aqui fiquei treinando com Crowley e agora já consigo me controlar muito melhor. Sem vidros explodindo, sem mortes, sem confusão. Também fiz bastante amizade com Rowena, mãe do Rei do Inferno, que mesmo com as ordens de seu filho para ficar longe de mim sempre está por perto. Já até perdi as contas das vezes em que tomamos chazinho e jogamos conversa fora.

 Confesso que achei que as coisas por aqui iriam ser bem piores, mas até que o Inferno era um lugar legal cheio de pessoas interessantes como, por exemplo, Marlene. Passava horas ouvindo suas histórias sobre o Brasil e de como era um lugar muito bonito, sobre como as coisas eram animadas, etc.

 Se eu sinto falta de casa? Sinto, e muita. E também do jeito certinho de papai, das palhaçadas de tio Dean, dos meus amigos da escola e também de Derek. Aliás, foi ele quem me deu forças para ser realmente quem eu sou e sempre serei grata por isso. Gostaria de vê-lo mais uma vez para agradecer-lhe por tudo, mas não sei se será possível.

 Naquela manhã – ou seria tarde? – estava treinando na sala de armas, enfrentando um grupo de demônios altamente preparado para o combate que Crowley havia reservado especialmente para mim. Eles tinham diversos tipos de armamentos e eu, bem, apenas o poder da mente.

 Alguns demônios partiram para cima de mim com suas armas ao mesmo tempo. Girei o corpo, liberando uma quantidade de energia que os lançou com força em direção à parede. Mais um grupo resolveu atacar, então peguei um bastão que caiu quando os demônios voaram e comecei uma batalha derrubando um a um. Em um piscar de olhos todos os demônios estavam no chão.

 Joguei a arma no chão e indo pegar a toalha para secar o suor. Antes que pudesse chegar onde a toalha estava pendurada recebi um ataque surpresa por trás. Um demônio vinha com uma faca enfeitiçada pronto para perfurar o meu corpo. Apenas me virei, estiquei a mão em sua direção e ele saiu voando longe, batendo de costas na parede e fazendo um grande buraco.

 – Isso é pra aprender a não atacar os outros por trás. – falei passando uma mão na outra, como se as limpasse.

 – Ótimos reflexos, Emily. – ouvi uma voz feminina dizer.

 – Rowena? Não vi que estava aí. – disse observando a mulher sentada sobre um baú madeira em um canto da sala.

 – Acabei de chegar. – disse se levantando. – Mas cheguei a tempo de ver esse show. Como consegue?

 – Não é tão difícil. – falei dando de ombros. – Ah, Rowena, eu estava mesmo precisando falar com você.

 – Então diga, querida.

 – Vamos para um lugar mais reservado. – disse indicando os demônios que se levantavam na sala.

 Rowena e eu saímos do salão de treinamento e fomos parar no corredor, que estava vazio. Fechei a porta de madeira sem fazer muito barulho e me certifiquei se realmente não teria ninguém para ouvir nossa conversa.

 – Então, o que tem de tão secreto para me contar? – perguntou a ruiva.

 – É possível tirar um demônio do Baixo Inferno? Digo, existe algum feitiço que faça isso?

 – Baixo Inferno? – disse a mulher pensativa. – Hum... Posso pesquisar. Mas pensei que odiasse sua mãe.

 – Não é minha mãe. Por mim Ruby queima no fogo do Inferno pela eternidade.

 – Então de quem estamos falando? Posso saber?

 – Uma velha amiga da família. – respondi.

 – Interessante.  

 – CORRAM! CORRAM! – gritou de repente um demônio correndo, seguido de um pequeno grupo.

 Nós não entendemos nada, mas saímos correndo em direção a sala do trono. Quando chegamos, os demônios explicaram a Crowley que estava havendo uma invasão no Inferno e que muitos soldados já haviam sido mortos. Eu sabia muito bem o que aquilo significava: minha família estava aqui para me resgatar.

 – Fechem todos os portões! – ordenou Crowley. – Não deixem aqueles malditos Winchesters chegarem aqui!

 – Tarde demais. – disse tio Dean enfiando a espada angelical em um demônio.

 – Emily! – papai veio em minha direção para me abraçar. – Você está bem?

 – Deixem-na ir. – disse Castiel com os seus olhos azuis brilhantes, pronto para um ataque.

 – Alce, Esquilo e Plumadinho... Bem achei que estavam demorando. – disse Crowley erguendo seu copo. – Aceitam whisky?

 – Corta essa, Crowley. – disse tio Dean. – Você não tem vergonha na cara de manter uma menina em cativeiro?

 – Cativeiro? – perguntou o Rei do Inferno rindo. – Emily está aqui por conta própria.

 – Querida, como assim? – perguntou papai me soltando.

 – Corta essa! Emily jamais ficaria em um lugar como esse! – disse tio Dean. – Não é mesmo?

 – Crowley tem razão. – disse com uma expressão triste me afastando de meu pai.

 – O que? Não... – papai ficou incrédulo.

 – Fiz um trato com Crowley de que ele prenderia os weredemons e Beacon Hills não seria mais atacada. – falei com a cabeça baixa. – Em troca eu ficaria aqui no Inferno com ele.

 – E você aceitou? – perguntou tio Dean. – Emily, esse cara é mau! Ele faz de tudo para conseguir o que quer.

 – E o que garante que ele vai cumprir o trato? – perguntou Castiel.

 – Vocês nunca aprendem? Pacto com o Diabo, o contrato não pode ser quebrado. – disse Crowley.

 – Emily, por favor, – papai segurando minhas mãos, aparentando estar desesperado. – volta com a gente.

 – Eu já tomei a minha decisão. – falei com grande certeza.

 – Crowley, o que você fez com a minha sobrinha? Eu te mato! – esbravejou tio Dean indo na direção do rei. Estiquei minha mão e fiz com que o mesmo não conseguisse avançar. – Emily, me solta! Eu vou matar esse cara!

 Respirei fundo e fui em direção a tio Dean que se mexia todo tentando se soltar, mas era praticamente impossível. A vontade de chorar era tamanha, mas não iria demonstrar tal fraqueza naquele instante. Eu estava decidida e seguiria até o fim.

 – Tio, você é o cara mais engraçado que já conheci. Como você, nesse mundo, acho que não há mais ninguém. Você sempre me faz sorrir, mesmo nos piores momentos. Lembra do dia em que você me ensinou a andar de bicicleta e eu caí? Então você me levou para comer torta porque torta certamente é remédio para qualquer coisa. Sempre vou me lembrar daquele dia. – naquele instante o abracei com força. – Continue sendo o homem maravilhoso que você é.

 O dei um beijo no rosto e em seguida fui até Castiel. Seus olhos azuis voltaram ao normal e ele ficou parado me olhando.

 – Emily... – disse o mesmo.

 – Cass, meu anjo favorito. – disse abraçando o mesmo. – Foram muitos anos treinando juntos, não é mesmo? Você me ensinou muita coisa e sempre serei grata por isso. Boa sorte em sua jornada sobre desvendar o mundo dos humanos e continue lutando pelo que você acredita. Ah, e vê se põe também um pouco de juízo na cabeça do tio Dean, tá? Alguém tem que fazer isso enquanto eu não estiver por perto.

 Por último, mas não menos importante, fui até meu pai que derramava lágrimas de desespero. Também né, não podia julgá-lo, pois eu era a sua única filha. A separação seria um momento muito difícil.

 – Paizinho, papi, pai... – disse deslizando a mão pelo rosto do mesmo, secando suas lágrimas. – Não chore, por favor. Hey, eu estou bem, viu? Entenda que o mundo dos humanos já não me pertence mais. O meu lugar é aqui, no Inferno, junto com os demônios, meus iguais ou quase isso. Muito obrigada por tudo o que você fez por mim; de como me protegeu, ensinou sobre a vida e até mesmo pelas verduras que me fez comer. Tá, até que não era tão ruim, né? Podem se passar milhões de anos, pode o planeja explodir, mas sempre vou continuar sendo a sua garotinha, ok? – disse o dando o último abraço. – Agora, por favor, voltem lá para cima e arrasem na estrada que é o que vocês fazem de melhor. Saibam que eu amo vocês todos e jamais vou esquecê-los, afinal, somos família e uma vez família, sempre família, certo? Então, esse é um adeus. Ah, e digam a Derek que eu o amo, mas infelizmente não posso voltar.

 Me afastei de todos eles e fui em direção a Crowley, ficando ao lado do mesmo. Os três se entreolharam bastante tristes com a despedida, mas sabia que logo se recuperariam. Afinal, estávamos falando dos Winchesters, certo? Eles já perderam tudo diversas vezes e agora teriam que começar de novo mais uma vez, dessa vez sem a minha presença.

 – Se é assim que você quer, Baixinha. – disse tio Dean. – Adeus...

 Tio Dean foi o primeiro a deixar a sala do trono. Papai e Cass me olharam por uma última vez e também saíram indo atrás do mesmo. Aquele momento marcaria o início de um novo ciclo em nossas histórias, mas o que aconteceria dali em diante, só o tempo poderia nos dizer.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Vamos comentar, meus amores! Quero saber o que vocês estão achando u-u'
No próximo capítulo de Hybrid vamos ter uma FESTA NO INFERNO com direito a muito funk e caninha da roça
Vocês não querem perder o Crowley arrastando a bunda no chão, né?
Então leiam o próximo capítulo!!!!

Os demônios são Baile de Inferno
E o Crowley é Baile de Inferno
A Emily é Baile de Inferno
E os Winchesters estão preparados pra exorcizar os demônios delas ♫