Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 12
O Cão do Inferno


Notas iniciais do capítulo

E aí? Que tal rir um pouco do Dean com medo do Parrish?
Ah, desculpem a escrita, estou desde ontem com dificuldade para escrever e.e



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 Com o corpo na mala, todos entramos no carro e seguimos para a clínica veterinária do Dr. Deaton que ficava em uma rua pouco movimentada, onde não se via alma viva àquela hora além de nós, é claro. O doutor abriu a porta e entramos na recepção. Eu me sentia um pouco estranha, mas não liguei muito.

 – Por aqui, por favor. Coloquem em cima da mesa. – disse Deaton guiando papai e tio Dean, que carregavam o corpo para dentro de seu consultório. – Pode entrar também, mocinha.

 Tentei passar pela porta fui estranhamente repelida, empurrada para trás. Parecia que tinha uma barreira invisível que me impedia de entrar. Fiquei tentando atravessar, mas era praticamente impossível. Deaton, que estava na porta, ficou me olhando e depois deu um sorriso gentil.

 – Não vai conseguir.

 – Por que não? O que é isso? – soquei a barreira irritada.

 – Tramazeira. – respondeu ele. – Serve para manter as criaturas sobrenaturais longe.

 – Qual o preconceito? – brinquei. Deaton riu.

 – É só uma questão de segurança. – disse pondo as mãos sobre a divisória que ficava em frente ao balcão. – Se me disser o que você é posso te deixar entrar.

 – Meio demônio. – chutei a barreira em vão.

 – Demônio? – ele levantou uma sobrancelha.

 – É, demônio... Aqueles carinhas com rabo e chifre que espetam o traseiro dos outros com um garfo. – falei parando de tentar atravessar. – Mas eu sou boazinha.

 – Interessante. – disse abrindo a porta. – Vamos, entre.

 Fiquei meio hesitante, mas enfim consegui passar. Entrei no consultório e Deaton veio logo atrás, fechando a porta. Aparentemente era uma clínica veterinária comum. Tinha armários e balcões por todos os lados cheios de remédios muito bem organizados, uma pia, uma tela na parede que deveria servir para tirar radiografias, entre muitas outras coisas.

 – Então, o que vamos fazer com o corpo? – perguntou tio Dean de braços cruzados.

 – Estudá-lo enquanto ainda há tempo. – falou o doutor pondo as luvas de borracha nas mãos.

 – Como assim “ainda há tempo”? – perguntou papai recostando em um dos balcões.

 – Em breve o Cão do Inferno virá buscá-lo. – disse começando a fazer pequenos exames no corpo. – E irá levá-lo até a Nemeton.

 – Nemeton? A árvore? – perguntou meu pai.

 – Ah, então já ouviram falar da Nemeton.

 – O Argent comentou sobre ela. – respondeu papai. – É uma árvore que atrai criaturas sobrenaturais para a cidade.

 – Exatamente, mas creio que ele não tenha contado a segunda parte da história, certo? – falou o doutor agora analisando o ferimento. – Sempre que uma criatura morre, o Cão do Inferno tem a função de recolher o corpo e levá-lo até a Nemeton. Ele faz isso para que o sobrenatural esteja sempre oculto.

 – Isso explica o sumiço de corpos. – falei pensativa.

 – Ok, eu não estou afim de ver nenhum Cão do Inferno. – disse tio Dean.

 – Está com medo? – perguntou Deaton tirando uma amostra de sangue do corpo. – Porque se o problema for esse, vocês tem um bem muito valioso com vocês. – ele me indicou com a cabeça.

 – O que? Emily? – perguntou papai.

 – Que eu saiba demônios são capazes de controlar os Cães do Inferno.

 – E como você sabe de todas essas coisas? – perguntou tio Dean.

 – Eu sou um druida, estudei o sobrenatural a minha vida toda. – disse dando um peteleco no tubo com sangue. – É, acho que já basta. Então, com o que conseguiram matá-lo?

 – Essa faca. – falei a tirando de dentro do casaco. Dr. Deaton a pegou e ficou a analisando.

 – É uma faca mágica, nós a usávamos para matar demônios. – disse papai.

 – Muito interessante. – falou Deaton parecendo conseguir ler os escritos. – Onde a conseguiram?

 – Com a demônio namorada do Sam, Ruby. – falou tio Dean.

 – Dean!

 – O que foi? Era sua namorada mesmo.

 – Com a minha mãe? – perguntei.

 – É, baixinha. Sua mãe nos deu a faca para ajudar a matar demônios, mas tudo fazia parte do joguinho dela para nos enganar e começar o Apocalipse e toda aquela história que você já sabe.

 – Vejo que vocês tem muita história para contar. – disse Deaton me devolvendo a faca.

 – Você nem imagina o quanto. – disse tio Dean.

 – Acho que temos visita. – falou Deaton olhando para a porta do consultório. Quando me virei para olhar tinha um homem parado na mesma com o corpo todo negro e em chamas. Seus olhos brilhavam em uma cor laranja vibrante.

 – Quem diabos é...? – perguntou tio Dean.

 – O Cão do Inferno. – disse papai.

 – Fiquem aqui e não se mexam. – disse o doutor indo abrir a porta.

 Segundos depois o homem entrou na sala sem parecer notar nossas presenças, pegou o corpo sobre a mesa e quando estava voltando para a porta olhou em meus olhos e finalmente saiu. Dr. Deaton voltou para a sala como se nada tivesse acontecido.

 – Até que esse totó é bonzinho. – disse meu tio passando a mão no cabelo visivelmente nervoso.

 – É só não ficar no caminho dele. – respondeu o doutor fechando a porta. – O nome dele é Jordan Parrish, um bom homem. Mas quando o Cão do Inferno assume o controle perde totalmente a consciência.

 – O olhar dele... – disse eu. – é puro ódio.

 – O que você esperava? Ele é um Cão do Inferno. – falou tio Dean.

 – Na verdade, não é qualquer Cão do Inferno.

 – Como assim? – perguntou papai.

 – É Cerberus.

 – Então, vamos pra casa né? – perguntou tio Dean claramente incomodado. – Sabe como é, tá ficando tarde e...

 – Dean, você tá com medo? – perguntou papai rindo.

 – Não! Eu só estou cansado e...

 – Com medo. – falei rindo. Dr. Deaton também riu.

 – Até você, garota? Eu não estou com medo. Come on!

 – Bem, Dean tem razão, já está tarde. Muito obrigado pela ajuda, Dr. Deaton. – disse estendendo a mão para o homem que a apertou.

 – Sem problemas. Fico feliz em conhecer os famosos irmãos Winchester. Ah, e a senhorita, poderia voltar aqui... Vejamos, segunda-feira? Gostaria de conversar sobre algumas coisas. – olhei para o meu pai e ele deu de ombros.

 – Posso sim, doutor.

 – Ótimo. – ele nos levou até a porta do consultório com um sorriso gentil estampado no rosto. – Tenham uma ótima noite.

 – Obrigado, pra você também. – disse tio Dean abrindo a porta do carro.

 Nós entramos no Impala 67 e partimos direto para o hotel. O que eu mais desejava naquele momento era tomar um bom banho, deitar na minha cama e dormir. Provavelmente sonharia com Derek e o tempo, mesmo que curto, maravilhoso que passamos juntos.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do capítulo?
Lembrando: não vai ser a última vez que Dean e Parrish se encontram, ok?
Tem alguma coisa que queiram ver na história? Deixem nos comentários, de repente eu possa colocar o