De Outro Mundo escrita por S Q


Capítulo 3
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Notas iniciais do capítulo

Olha eu de volta com mais um capítulo novinho! Espero que gostem! ♥
Obrigada pelo apoio! ;)



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Justin acabara de chegar, quando esbarrou fortemente em uma mulher que andava cheia de empáfia, fazendo-a cair no chão.

— Me desculpe senhora, eu não tive a intenção! — falou rapidamente enquanto ajudava a outra a se levantar.

— Arg! Me solta! — ela esbravejou, empurrando a mão do garoto, e indo embora.

— Ótimo! Além de chegar depois do planejado, ainda crio confusão e antipatia logo na entrada! — pensou em voz alta. — Que maneira “maravilhosa” de... Não, otimismo Justin, empurra logo a porta da lanchonete e as coisas vão melhorar!

Aquela tarde não havia sido nada fácil para ele. Depois de se despedir do pai, seguiu em direção ao metrô a fim de desembarcar na estação Waverly Place. Mas sabe aquelas horas em que parece que tudo dá errado? Pois é...

Ao chegar para embarcar, já teve problemas com sua passagem, pois não havia separado o dinheiro necessário. Logo, precisou abrir a mala, em meio a toda a confusão de passageiros entrando e saindo, para pegar umas moedas, e quase foi assaltado. Já no trem, saltou bem antes do esperado, devido à problemas em um dos vagões. Fazendo a “conexão”, entrou na linha de metrô errada. Enfim, a sorte não estava muito ao lado do rapaz nesse dia...

Porém, apesar de tudo, sua animação para estudar na Tribeca Prep era tanta que ao ver seus padrinhos, ele esqueceu de todos esses problemas.

— Dinda; dindo! Que bom ver vocês! – falou abrindo os braços e lhes abraçando, depois de entrar.

— Justin, meu querido! Estou tão feliz que vai morar aqui conosco! – disse Theresa. — E o seu pai, como está? Por que não veio?

Ernesto era o melhor amigo dela, por isso chamou-lhe para ser madrinha de seu filho. Entretanto, Jerry sentia um ciúme enorme desse homem, e não evitou olha-la de maneira zangada quando ela fez a pergunta. Contudo, o gesto foi ignorado.

— Ele está bem, só teve que resolver algumas coisas durante a tarde. — Respondeu Justin. – Bem, mais alguém chegou ou fui o primeiro?

— Minha sobrinha, Alex, já está aqui também. — respondeu dessa vez, o dono da lanchonete. — Ela acabou de ir para a cozinha e...

Nesse instante, a garota passou por eles com uma coxinha na mão, nem percebendo que havia mais alguém ali. Foi direto em direção às suas malas deixar a roupa imunda que havia acabado de trocar atrás do balcão da lanchonete. Justin, quase que de imediato foi se apresentar:

—Er... Olá! Ahn, gostaria de me apresentar; me chamo Justin e serei seu novo colega de apartamento. — disse tentando ser simpático, enquanto a menina fechava a mala.

— Alex. — ela respondeu sem animação. Só depois de dizer o nome, que se virou para ele. E foi aí que seus olhares se cruzaram pela primeira vez...

Um simples olhar, como qualquer outro; mas que provocou sensações inexplicáveis em ambos. 

Sentiram de imediato uma forte ligação, como se já se conhecessem há muito tempo. Além disso, uma certa paz lhes tomou conta, como se só por estarem próximos, nada fosse dar errado. Justin se sentiu mais forte e Alex, leve como um anjo. Ficaram se encarando um certo tempo, como se não houvesse nada em volta, tentando entender o que estava acontecendo. Até que Justin, sentindo a acelerada no ritmo de seu coração, acordou do transe. Sem graça, tentou retomar a conversa:

—É... P-prazer em conhece-la, Alex! –disse estendendo-lhe a mão. A garota então, pousou a sua sobre a dele para cumprimentá-lo, sem nem imaginar o que aconteceria depois: uma eletricidade tão intensa tomou conta deles, que sentiram um choque transcorrer seus braços imediatamente. Por impulso, afastaram-se rapidamente, assustados.

— Você também sentiu? – a morena perguntou atônita.

— Então não fui só eu?!

Não sabiam direito o que mais dizer. Mas também, antes que pudessem pensar qualquer outra coisa, entraram 2 adolescentes de supetão na lanchonete, passando por eles correndo e se jogando em baixo do balcão. Alex, Justin, Jerry e Theresa, se encararam sem entender nada. De repente, um dos dois põe os olhos para fora da bancada e fala:

— Ok, acho que a barra tá limpa, mana.

— Ufa.

Ambos se levantam, e caminham na direção dos outros.

— O que está acontecendo? Vocês são Harper e Maximiliano? — Perguntou Jerry, confuso.

— Não. Meu nome é Max.

— Deixa de ser bobo. Até parece que não sabe que esse é só seu apelido... — falou a irmã dele tentando disfarçar os maus modos do mais novo, com um sorriso estranho no rosto.

— Ah, é verdade... Já tinha até esquecido que eu tenho outro nome! – concluiu Max, pensativo. Os demais se encararam novamente, perplexos. Harper percebeu que precisava falar alguma coisa:

— Ai, me desculpem mesmo por essa confusão. É que meu irmão e eu viemos fugindo dos nossos pais.

Os donos do apartamento, sem dizer nada, arregalaram ainda mais os olhos e a boca. A garota imediatamente emendou:

— Não é o que vocês estão pensando! Meus pais são artistas e querem que nós sigamos a carreira deles, sem nem frequentar escola. Mas não é o que nós queremos. Por isso, quando a caravana deles estava chegando aqui em Nova York, resolvi fazer a reserva do aluguel on-line num apartamento, no caso esse, e matricular a gente na Tribeca. O problema é que nossos responsáveis, trancaram a gente para não nos deixar vir. Então tivemos que fugir. Eles perceberam logo, e seguiram a gente por um bom tempo, mas acho que agora despistamo-nos.

Theresa percebeu que precisava falar alguma coisa. A descendente de latinos então, disse:

— Olha, realmente estou com pena de vocês por passarem por uma situação tão delicada. Mas infelizmente, sem o consentimento de seus responsáveis, não podemos deixar que morem aqui. Vocês ainda são muito novos, principalmente o Max. Seria contra a lei...

— Mas meus pais também estão sendo contra a lei: queriam nos prender num quarto, e não nos deixar mais frequentar qualquer colégio! Olha, eu me responsabilizo por tudo: se um dia vier a polícia aqui, eu crio assinaturas falsas, digo que enganei a todos, e só eu sou culpada. Mas, por favor, ajuda a gente! Se eu fosse denunciar Mike e Elaine Finkle no conselho tutelar, demoraria muito, e até lá eu perderia a vaga na escola. — Choramingando, ela concluiu, suplicando novamente—  Por favor me ajuda, eu não aguento mais..

Alex, que até então, observou tudo calada, se manifestou:

— Aí, deixem eles virem logo. Pelo o que eu vi, a coisa está feia para lado desses dois. E pro meu também; não aguento mais ficar aqui esperando. Eu preciso de um sofá, poxa!

— Theresa, deixa vai, a Alex está certa. Vamos estar fazendo uma boa ação; sem falar que é mais um aluguel. — Se manifestou Jerry.

— Ah, quer saber? Você é que sabe, mas se me perguntarem, eu não tenho nada com isso. – concluiu para seu marido.

— Bem, então está feito! Podem ficar! – falou o homem.

Max e Harper se abraçaram e começaram a pular feito loucos em comemoração. De repente, puxaram Justin e Alex para aquele abraço também. Quando se acalmaram, Harper falou envergonhada:

— É; me desculpem pela empolgação. Aliás, quem são vocês?

— Eu me chamo Justin, tenho 18 anos, e vim para estudar na Tribeca Prep também. — respondeu formalmente, o garoto.

— Você parece ser o maior nerd. Irado! — falou Max. Sua irmã, sem graça, dando um risinho leve com a cabeça inclinada, emendou:

— Me desculpe pelo meu irmão. Ele não está acostumado a lidar com pessoas tão fof.. educadas!

— E eu sou Alex! — cortou a outra menina. E emendou sendo irônica— Pelo o que entendi, vamos todos estudar na mesma escola, morar na mesma casa, e trabalhar no mesmo lugar! Super-divertido, não?

Inocentemente, Harper respondeu:

— Sim! Nossa, que empolgante! Acho que vamos ser super-amigas, hein?!

— É... Até que pode ser. Você é meio esquisitinha, mas tem um estilo bem diferente; normalmente, só faço amigos assim.


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Notas finais do capítulo

Bom, pessoal, espero que tenham gostado.
Se puderem, deixem suas opiniões; serão sempre bem-vindas! ;)
Bjs e até o próximo capítulo!



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