De Outro Mundo escrita por S Q


Capítulo 29
Do Nada


Notas iniciais do capítulo

Olá para quem ainda lê essa fic! Não me xinguem pelo capítulo, a ideia era ser um evento meio desencaixado mesmo para mudar a relação Alex/Kelbo , com a reaproximação justamente nesse momento mais delicado para ela. Tipo aqueles momentos da vida em que você acha que nada pode complicar e... lá vem bomba. O intuito não é deixar ninguém para baixo, mas fazer alguém que se sinta assim se identificar. Sei bem como ver a própria dor espelhada numa obra pode nos fazer sentir melhor. Ou ao menos me faz, então espero que faça a alguém (risos).
Não, o capítulo não é pesado. É só que estou tentando deixar claro agr o q se passou na minha cabeça nas notas ao invés de uma simples saudação. Será que dá certo? Vamos tentar.
D qlqr forma, ainda desejo que curtam muito kd capítulo q eu postar e q estejam tds bem ^^

PS: imagem para refletir o estado de espírito da Alex.



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Kelbo foi super simpático com Justin e Max e esses trocaram a camaradagem, agradecidos ao homem por ter sido fechamento mesmo quando criaram o alerta falso. Todos os presentes falaram com o funcionário do DUM antes de Alex, que por sua vez não conseguia dizer uma palavra sequer. Sempre sonhara com o momento em que reencontraria o pai, mas como levou tantos anos, considerou que isso demoraria e aconteceria aos poucos. Ele simplesmente brotar ali depois de sumir por todos esse tempo quebrou qualquer momento hiper-carinhoso que poderia haver e só restar o rosto observador da menina. Kelbo notou o distanciamento da filha, então chegou aos poucos para perto dela, enquanto ainda saudava discretamente os demais. Quando já estava próximo o bastante, não pôde mais conter a emoção:

— Minha filhinha querida como você cresceu!

Numa fração de segundos envolveu Alex em um abraço de urso e ela também não pôde deixar de se emocionar. Mas sem fazer draminha ou cena, claro. Ficaram assim em silêncio um certo tempo curtindo um ao outro. Porém, depois as perguntas começaram inevitavelmente:

— Porque apareceu agora depois de tantos anos?

— Bem, meus superiores já estavam prestes a me liberar para te visitar há um tempinho através de uma aproximação mediada por eles. Medida de precaução. Só que com os últimos acontecimentos na Feitiçotech eles acharam de certa forma emergencial que eu fosse enviado até aqui para ver como andam as coisas com você e Justin. Fora que seu aniversário está próximo, meus chefes devem ter se compadecido!

— Esse pessoal do DUM, viu? Eu sei da importância do trabalho de vocês, só que essas regras restritivas são bizarras. — Comentou Theresa de braços cruzados, compreendendo quantos sentimentos não deviam estar passando pela cabeça de Alex.

— Eu concordo, mas se isso foi uma critica, acho que é bom lembrar que não tive muita escolha quando me recrutaram para fazer parte da organização. E não colaborar com DUM é o mesmo que pedir para voltarmos à idade das trevas...

— Como assim? — Perguntou Alex.

— Hm, essa explicação é meio longa e chata para quem não estiver interessado em ouvir. Olha, eu posso te contar melhor enquanto damos alguma volta para matar as saudades. Tem certas coisas que eu sempre quis fazer com minha garotinha mas não podia enquanto não sabia se era feiticeira. Tem problema se eu leva-la da aula para dar um passeio de pai e filha, Theresa?

Assim, Kelbo passou o dia tentando agradar a garota, levando-a para fazer piqueniques; conjurando a própria comida; nadando até o fundo do mar com um feitiço para respirar em baixo d'água e outras coisas divertidas e  até inimagináveis alguns meses atrás para Alex. Ela se impressionou muito com tudo que fizerem naquela tarde; por vezes até se esqueceu da birra pelo tempo em que ficou longe dele. Mas isso acontecia rapidamente e cada vez que ele tentava fazer um carinho na filha ela enrijecia, se recordando. Kelbo, frustrado percebeu que era melhor não enrolar e contar tudo de uma vez à garota. Ao fim da tarde, guiou a filha para perto de um lago onde haviam peixes mágicos, invisíveis aos simples humanos. Sentaram-se lá e ele começou a narrar:

— O DUM é um órgão que entre outras coisas, organiza toda a frequência emitida pelos tipos mágicos para impedir que pessoas gananciosas saibam da magia e ataquem os feiticeiros ou que os próprios bruxo recebam uma quantidade tão forte de poder e acabem se tornando tiranos. Além disso, há o suporte necessário para confortar os perdedores das competições, para não se tornarem de modo algum uma ameaça; enfim, toda a segurança bruxa de um modo geral. Fora criado após a idade média, para conter a perseguição às criaturas mágicas e sem ele talvez nós nem teríamos nascido. Por isso, seus métodos e funcionários permanecem sob imenso sigilo para garantir a segurança da operação. Pois bem, quando um feiticeiro é escolhido para integrar esse corpo ele não pode recusar. Enfrentar e questionar um órgão de inteligência não é exatamente uma boa ideia, ainda mais se esse órgão é composto pelos mais reconhecidos magos do mundo.

Alex achou isso tudo muito bonito mas não podia deixar de concordar com Theresa sobre os métodos de segurança deles serem meio paranóicos. De repente uma pergunta passou pela sua cabeça, como um estalo:

— Você se separou da minha mãe... só por causa desse trabalho?

O sr. Russo suspirou e disse:

— Não só por isso... Mas me doeu muito ter que te deixar.

— Eu sei, você já explicou numa carta.

A baixinha se sentia menor ainda naquele momento, mas por dentro; tão pequena que a única coisa que podia fazer era se render e recostar a cabeça no ombro do pai. Os dois ficaram assim em silêncio, observando os peixes e o Sol se pôr durante um longo tempo.

                                                ***

Na república, Harper começou a bolar e preparar várias coisas para o aniversário de Alex. Simplesmente não conseguia se conter. Acabou até pesquisando kitnets onde Kelbo poderia se instalar por esses dias, pensando em reunir convidados para uma grande festa e mais devaneios desse tipo. Obviamente, quem cresceu em um circo amava festas.

— Se até o pai dela veio, não entendo porque não fazemos uma festa surpresa, nem que seja só um bolo com confeitos de caveira ou aquelas outras coisas bizarras que a minha amiga gosta. Qual é, acho até que levantaria a moral dela. Onde eu morava tudo era resolvido com um bom bolo, sabe?

— Então por que não faz um bolo para seus pais e se acerta com eles de uma vez por todas? — questionou Theresa.

— Ora, o caso é diferente. Meus pais não são nem normais da cabeça. Porém na situação da Alex, tenho certeza de que vai dar certo! Se não quiser me ajudar, eu mesma dou um jeito de organizar a festa surpresa. Já trabalhei por muuito tempo organizado evento no circo dos Finkle.

Batendo a mão na testa, a mais velha resmungou "eu devo estar maluca".

— Tudo bem eu te ajudo.

Saíram as duas então rápido organizando as coisas e comprando o máximo de adornos necessários enquanto a aniversariante estava fora. Quando pai e filha retornaram encontraram umas sacolas com enfeites de festa caindo de trás do balcão da lanchonete.

—  Ahrg, eu não acredito! Se estavam planejando fazer uma festa surpresa forçada podem saber que eu já descobri! Eu não quero, não estou com cabeça para isso agora, que coisa!

— Poxa Alex, desculpa fui eu que dei a ideia. — Disse Harper. — Só queria te animar, pensei que vendo nossa preocupação em comemorar seu dia você pudesse se animar.

— Pensou errado.


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Notas finais do capítulo

É, o clima pesou agora. Continuem acompanhando se quiserem saber o desfecho ;) Uma música que eu lembrei bastante enquanto escrevia foi "Maré" do NxZero, e recomendo como um" pós-capítulo", pq meio q completa o q eu queria passar.
Enfiim, agradeço a paciência de todos, espero que tenham gostado, e até o próx capítulo!!

PS: Eu podia estar matando, eu podia estar roubando, mas estou aqui escrevendo essa história e pedindo a colaboração de quem puder comentar... XD XD XD (créditos da frase à Priscilla Paiva)



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