De Outro Mundo escrita por S Q


Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! Como estão? Espero que curtindo muito a história, porque estou cheia de planos para ela!
Aproveitem o capítulo que chegou e aguardem as novidades ;)



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Justin ficou bem abalado ao ouvir a menina que tanto gostava falar daquele jeito com ele. De cabeça baixa e com um tom mais ameno, pediu-lhe desculpas e disse para prosseguir. Ele estava com muita raiva de si por dentro, pensando que era um imbecil. Algo que nunca havia sequer passado pela sua cabeça até então.

Alex, por sua vez, deu uma sonora bufada, e contou que T.J. Taylor havia colocado um pó mágico nos bolinhos caseiros que seus tutores levaram no dia da visita. O tal pó fazia quem o consumisse ter sua consciência revertida. Assim, o que seus tios consideravam ser ruim, passava a ser bom na mente deles e vice-versa. E embora ainda estivesse chateada com Justin, o olhar arrependido e ouvidor, fora a sempre reconfortante presença do menino (apesar de tudo), fizeram ela confessar que se meteu nessa pois não teve coragem de cortar a ideia de alguém que parecia sempre tão desanimado; ou delatar seu novo amigo e metê-lo em enrascada, já que era alguém tão solitário. Disse também que por não saber como reverter o encantamento, achou melhor deixar as coisas como estavam e aproveitar a liberdade. De qualquer maneira, estava revoltada com a restrição, sim.

—Ah, eu já li sobre esse pó. Tem um livro lá na toca que explica como fazer o antídoto. A gente pode aproveitar que os próximos tempos são vagos para prepara-lo! Vem comigo!- Disse Justin empolgado, puxando Alex pela mão.  Porém como a menina ainda estava chateada, ela lhe lançou um olhar não muito amigável. Imediatamente o nerd soltou as mãos, e super envergonhado, fez um gesto tímido para que ela fosse na frente. Ela  só seguiu porque, como dito no outro capítulo, já estava farta de ver as cenas ridículas dos tios. 

 ***

Depois de várias horas na toca, lendo para caramba, bocejando muito, preparando ingredientes mega estranhos (como olho de rato, alho podre e confete com purpurina), trocando vários olhares sem-graça e nenhuma palavra, finalmente o antídoto estava pronto.  Justin perguntou com os olhos à morena, se poderia testá-lo e ela fez com a cabeça que sim, revirando os seus próprios. Então, eles foram atrás de Jerry e Theresa. Encontraram-nos na lanchonete, por sinal vazia, pois estavam afastando todos os clientes, dançando tango na mesa.

Uma vez que Justin despejou o líquido em cima deles, os dois pararam o que estavam fazendo e ficaram se encarando atordoados. Em seguida, berraram em alto e bom som com Alex, pedindo explicações, pois logo reconheceram os efeitos do “pó anti-consciência”, e suspeitavam da sobremesa que os pais do amigo dela ofereceram-lhes. Novamente, já perdendo a paciência, Alexandra contou toda a história. Quando terminou, perceberem que ela nem fora tãão culpada assim, mas falaram-na que deveria ter contado sobre o que T.J. fez para alguém antes. O problema poderia ter sido resolvido mais rapidamente. Se ele não quisesse mais ser seu amigo por levar bronca, então o problema era dele.

— Poxa, confesso que agora me surpreendi. Pensei que vocês seriam mais intolerantes. Minha mãe seria.

— Querida, me desculpe pelo o que vou falar, mas sua mãe é um caso perdido. Por isso, nem te culpamos tanto por suas atitudes... Mas enfim, você sabe que sempre pode contar com a gente, né? — Falou o dono do estabelecimento.

— Sim, me desculpe pela confusão.— Disse sem graça— Aliás podem me ajudar com uma coisa?

No dia seguinte, Alex pegou o endereço de T.J. e apareceu lá de surpresa. Jerry foi junto dela, e assim que entrou na casa do garoto, avistou os tutores de Taylor, que por sorte, estavam lá. Rapidamente, o homem jogou o antídoto sobre o casal, fazendo-os ter a mesma reação que ele e sua esposa. A suspeita de Alex estava certa: os pais do garoto também estavam sob o efeito do pó. Era muito estranho que ajudassem com aquele plano biruta do moleque.

Eles começaram a dar tanta bronca no pupilo, que Jerry e a sobrinha acharam melhor se retirar e conversar com eles depois, quando as coisas estivessem mais calmas. Pois naquele momento, nem sequer seriam ouvidos.

 

 ***

Nos demais dias de aula, T.J. sequer apareceu. Quando retornou, Alex e Harper (que obviamente, já sabia de tudo) tentaram falar com ele, mas o garoto estava mais carrancudo que o normal e até fugia quando elas se aproximavam dele.

— Não entendo por que ele não quer mais falar com a gente. Estamos sendo muito compreensivas; até demais! Onde já se viu, alguém, na primeira visita num lar que não é dele, sair armando confusão sem nem pedir permissão! Ignorando o fato de que por causa da atitude dele, o já biruta do meu irmão correu um sério risco de ficar perdido em Marte sem saber como voltar! Sim, pois todos nós sabemos como esse garotinho é cabeça de vento...  Ah, se o Justin não tivesse ido atrás dele! Ele até disse que não me avisou antes dessas idas pro planeta vermelho, só para não me preocupar! Não é um fofo?!

Alex olhava para cima, tentando disfarçar a própria culpa, assobiando. O discurso de Harper estava nesse ponto, quando ela levou um esbarrão de Gigi e suas puxa-saco.

— Ai, nos desculpe, queridinha! Ninguém aqui queria te zoar ainda mais... Mas já que a gente se encontrou, vou aproveitar para avisá-la que está convidada para a mega festa que estou preparando. Acho que é uma ótima oportunidade para fazermos as pazes não é mesmo? Pode levar essa sua amiga estranha aí, se quiser.

— Hey, olha como fala de mim, “queridinha”! Pode tirar seu cavalinho da chuva, pois a Harper não vai cair nessa! Fazer as pazes, assim do nada?! Onde já se viu... – Respondia Alex até ser cortada pela melhor amiga:

— Ah, por mim pode ser. Não tem nada demais em tentar resolver as intrigas não é mesmo? E confesso que acho que deve ser um programa e tanto!

— Ótimo.- Respondeu Gigi com um sorriso falso.- Nos vemos lá então.

Assim, ela e suas coleguinhas saíram andando.

Alexandra chegou em casa naquele dia bufando. Não conseguia acreditar no quão tola Harper poderia ser. A ruiva nem sequer deu ouvidos para os conselhos da amiga, que tentava alertá-la. Quando subiram para o apartamento, foram para os quartos sem trocar uma palavra.  Ambas se tacaram emburradas (uma com a outra) em suas respectivas camas. Porém uma delas deu um gritinho de felicidade (totalmente atípico) ao encontrar o que estava embaixo de seu travesseiro.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado! ♥
Quem puder, deixe aí algum comentário, eu quero saber o que estão achando!!! Aceito sugestões de bom agrado, ok?
Bjssss e até mais! ;)



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